RELATÓRIO FINAL

o maior prejudicado em ambos os casos foi o cotista dos Fundos de
Investimentos que foi o Postalis; e o operador da fraude, o Sr. Fabrizio
Dulcetti Neves.
Antes de tratarmos propriamente da forma como
ocorreram os atos fraudulentos em cada um dos Casos, importante
traçarmos como os Fundos de Investimentos nos quais o Postalis aportou
recursos foram estruturados.
1.1. Estrutura do Investimento em títulos da dívida
externa:
Para melhor compreender o caso em tela, faz-se
necessário visualizar que a aplicação dos recursos do Postalis em em títulos
da dívida externa foi formulado numa estrutura complexa de dois níveis:
‣ 1º nível um Fundo de Investimento do tipo “FIC”
(Fundo de Investimento em Cotas de Fundos de
Investimento);
‣ 2º nível um Fundo de Investimento do tipo “FIDE”
(Fundo de Investimento em Títulos da Dívida Externa”).
É importante notar que o investimento em títulos da
dívida externa estruturado de forma personalizada ao Postalis – que, digase
de passagem, era e ainda é o cotista exclusivo – sempre teve dois níveis
de investimento, muito embora os Fundos de Investimento, tanto de 1º
nível, quanto de 2º nível, tenham se alterado em decorrência de
substituição de fundos ou mesmo pela incorporação de um fundo por
outro.
Desse modo, em 1º nível, o investimento dos recursos
do Postalis em títulos da dívida externa tinha inicialmente o BES DOURO FIC
Multimercado Exclusivo 28 que, a partir de novembro de 2006, foi substituído
pelo BNY Mellon FIC FIDE.
Já em 2º nível inicialmente havia o fundo Brasil
Sovereign I que operou no período de maio/2005 a outubro/2006 e, nesta
data, foi sucedido pelo Brasil Sovereign II FIDE (fundo que opera até hoje).
28 Data de Constituição maio/1999 e Cancelado em julho/2006 (sitio da CVM).
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