Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
um jornal para aqueles que não gostam de jornais!<br />
2 euros / 10 de Abril de 2014 / Quinta - Feira / Ano 1 / Número 1 / www.p3.publico.pt
Índice<br />
O P3 nasceu para todos<br />
os jovens (e n‹o s—) que<br />
se encontram afastados<br />
dos —rg‹os de informa ‹o<br />
por n‹o se r everem nos<br />
temas tratados. ƒ um site<br />
de informa ‹o generalista<br />
produzido por uma equipa<br />
que concilia a experi ncia<br />
jornal’stica do PòBLICO<br />
com a ousadia dos<br />
estudantes da Licenciatura<br />
e do Mestrado em<br />
Ci ncias de Comunica ‹o<br />
da Faculdade de Letras da<br />
Universidade do Porto. A<br />
nossa preocupa ‹o Ž que<br />
este site seja feito por<br />
jovens e para jovens.<br />
Est‡s neste momento a<br />
aceder a uma vers‹o beta<br />
do P3 que est‡ ainda a ser<br />
desenvolvido tendo como<br />
objectivo a melhoria da<br />
sua vers‹o final.<br />
Pretendemos acompanhar<br />
a actualidade<br />
nacional e internacional e<br />
apostar nos temas<br />
culturais e nas novas<br />
narrativas multimŽdia. A<br />
recomenda ‹o de<br />
conteœdos e a interac ‹o<br />
nas redes sociais s‹o<br />
preocupa ›es<br />
constantes, refor ando o<br />
incentivo ˆ participa ‹o<br />
dos utilizadores. Por<br />
outras palavras,<br />
contamos com os teus<br />
textos e as tuas imagens.<br />
Este projecto resulta de<br />
um cons—rcio composto<br />
pelo Pœblico, pela<br />
Universidade do Porto,<br />
pela Faculdade de Letras<br />
da Universidade do Porto,<br />
pela Faculdade de<br />
Engenharia da Universidade<br />
do Porto e pelo<br />
INESC Porto, Ž uma<br />
iniciativa do Quadro de<br />
Refer ncia EstratŽgico<br />
Nacional (QREN),<br />
co-financiada pelo Fundo<br />
Europeu de Desenvolvimento<br />
Regional (FEDER),<br />
atravŽs do Programa<br />
Operacional Factores de<br />
Competitividade e tem<br />
como principal objectivo<br />
criar um site de<br />
informa ‹o destinado a<br />
jovens entre os 18 e os<br />
35 anos.<br />
ƒ Ð j‡ ˆ nascen a Ð um<br />
projecto que combina<br />
diferentes experi ncias e<br />
‡reas de conhecimento.<br />
Esta rede de investiga ‹o<br />
constitu’da pelos v‡rios<br />
elementos do cons—rcio<br />
garante ao P3 um ambiente<br />
editorial œnico, em que<br />
alunos e profissionais de<br />
diferentes disciplinas<br />
contribuem para a<br />
inova ‹o constante do<br />
produto final. Por isso, a<br />
redac ‹o do P3 Ž tambŽm<br />
um laborat—rio.<br />
pag. 4<br />
pag. 6<br />
pag. 16<br />
pag. 14<br />
pag. 8<br />
pag. 18<br />
Cultura Actualidade V’cios Pqu ?<br />
pag. 10<br />
Tratamos a Cultura de<br />
forma aut—noma. Da<br />
Mœsica ˆs Artes do Palco,<br />
passando pelo Cinema,<br />
pelas exposi ›es, pelos<br />
livros e pela Arquitectura e<br />
o Design.<br />
Navegamos pelo mundo e<br />
contamos o essencial,<br />
mas sem economiqu s ou<br />
paternalismos.<br />
Todos os temos e<br />
estamos fartos de os<br />
esconder. Planeia viagens<br />
low cost, colecciona<br />
aplica ›es, inventa a tua<br />
pr—pria moda, descobre<br />
as melhores ementas e<br />
devora as œltimas sŽries<br />
televisivas.<br />
Regista-te e descobre a<br />
nossa ‡rea de utilizadores.<br />
pag. 12<br />
pag. 20<br />
pag. 22<br />
3
Upcycle Fetish<br />
mais do que bicicletas<br />
embalsamadas<br />
autoria Andreas Scheiger<br />
Andreas Scheiger interpreta as letras como<br />
organismos e classifica-as quase como espŽcies<br />
(vale a pena acompanhar o seu projecto<br />
ÒEvolution of TypeÓ). Para alŽm das esculturas<br />
tipogr‡ficas, o designer, que vive e trabalha em<br />
Viena, na çustria, criou a sŽrie "Upcycle Fetish",<br />
falsas constru ›es taxidŽrmicas que reutilizam<br />
pe as de velhas bicicletas.<br />
Um selim, um guiador e uma base servem n‹o<br />
s— para decora ‹o Ñ como as cl‡ssicas<br />
cabe as de animais, trofŽus de ca a Ñ como<br />
tambŽm de cabide para os mais variados<br />
objectos, inclusive outras bicicletas. As cria ›es<br />
de Andreas est‹o ˆ venda por 195 eu ros. Mas<br />
ninguŽm te impede de criares o teu pr—prio<br />
trofŽu.<br />
Fotografia<br />
5
Adriano Sodré<br />
luz, câmara, pão<br />
autoria Adriano Sodré<br />
Fala da sua Zenit como de uma pessoa.<br />
E fala das pessoas como de alimento<br />
para a sua m‡quina fotogr‡fica, faminta.<br />
Pedimos a Adriano SodrŽ que nos<br />
mostrasse o que lhe vai na alma. O p‹o<br />
para a sua boca. Revelou-nos a sua<br />
ess ncia.<br />
As dœvidas de ÒInterlœdioÓ (curta-metr -<br />
agem com Rita Lagarto e Filipe Joel<br />
Reis), um ins—nia colada aos len —is, a<br />
simples aus ncia, um domingo<br />
qualquer... E um peda o da luz do<br />
projecto ÒDo Discurso AmorosoÓ Ñ o<br />
fot—grafo e realizador do Porto foi<br />
convidado do Fragmento#1 deste<br />
projecto teatral de longa dura ‹o, uma<br />
produ ‹o dÕA Turma.<br />
Fotografia
Ilustras-me<br />
esta canção?<br />
autoria Rosário Pinheiro<br />
O tra o dela tem manchas de sangue. S‹o desenhos de cora ‹o partido. ÒS‹o<br />
mœsicas, excertos liter‡rios, frases apanhadas na rua ou conversas de cafŽÓ,<br />
confessou ao P3 Ros‡rio Pinheiro (23 anos, Viseu). O tra o dela Ž feito de<br />
marŽs e de saudade (ainda n‹o nos conseguimos despedir das sŽries ÒFaina<br />
MaiorÓ e ÒPesca do BacalhauÓ). ÒIlustrar Ž mais prazer do que trabalho e as<br />
melhores s‹o sempr e as de cora ‹o partidoÓ, diz a ilustradora, que aceita<br />
Òdiscos pedidosÓ dos Òamigos com bom gostoÓ. Òî ilustra-me esta can ‹o,<br />
ilustras?"<br />
Ilustra ‹o<br />
9
É quase isso: almoçamos amanhã?<br />
Os portugueses gostam de resolver tudo ˆ mesa. N‹o h‡ nada como um bom<br />
almo o de neg—cios, algo que nem Ž trabalho, nem tempo livre. E que pode<br />
acabar num bordel.<br />
Texto de João Nogueira Dias<br />
Aviso: este texto contŽm asinhas de camar‹o.<br />
Grelhadas.<br />
Os portugueses s—est‹o bem a comer ou a ver<br />
futebol. Se puderem ver futebol enquanto<br />
comem, ent‹o atingem uma felicidade apenas<br />
compar‡vel ˆ do Dalai Lama. Ou da Serenella<br />
Andrade.<br />
AtŽ os neg—ciospodem ser resolvidos ˆ mesa.<br />
Devem! Sim, os portugueses adoram almo os<br />
de trabalho, algo que n‹o Ž bem trabalho, mas<br />
tambŽm n‹o Ž bem tempo livre. Por outras<br />
palavras, uma espŽcie de boneca insufl‡vel da<br />
hora de almo o: n‹o Ž sexo, mas tambŽm n‹o<br />
Ž masturba ‹o.<br />
Este tipo de encontros t m sempre uma conversa<br />
introdut—ria, n‹o qual se Òenchem<br />
chouri osÓ,atŽ chegar o momento importante e<br />
onde muito est‡ em jogo. Voltemos ao sexo:<br />
esta conversa Ž como os preliminares, uma vez<br />
que, se o principal correr mal, ninguŽm se vai<br />
lembrar destes dez minutos iniciais.<br />
J‡ sem o teu chefe, que entretanto foi tirar a<br />
espinha do es—fago.<br />
Os almo os de trabalho podiam trocar, de vez<br />
em quando, com os casamentos, no que diz<br />
respeito ao final da refei ‹o. O pessoal<br />
mantinha-se s—brioe formal nos casamentos e<br />
acabava os almo os de trabalho b bado, com a<br />
gravata na cabe a, a camisa cheia de vinho, e<br />
dan ava o ÒApitao ComboioÓou o ÒDancing<br />
QueenÓ, de forma Žpica.<br />
Pior do que um mau almo o de trabalho Ž ter<br />
que trabalhar depois de um mau almo o de<br />
trabalho. N‹o Ž s—a moleza provocada pela<br />
barriga cheia e pelo efeito do vinho. ƒ querer<br />
que alguŽm fique com uma espinha de tubar‹o<br />
encravada no es—fago e saber que isso Ž<br />
improv‡vel. ƒ querer que alguŽm seja comido<br />
por um tubar‹o e n‹o existirem tubar›es ˆ m‹o.<br />
Um mau almo o de trabalho deveria dispensar-nos<br />
da tarde. E da manh‹ seguinte, caso<br />
fssemos,na mesma, a um bordel, com a malta<br />
da empresa.<br />
Chega a hora da sobremesa. O almo o atŽ<br />
correu mal, mas as partes parecem come ar a<br />
ceder. ‡ um entendimento no horizonte. ƒ<br />
como sexo de reconcilia ‹o. J‡ n‹o interessa<br />
quem paga a conta.<br />
Enquanto se discutem os assuntos importantes,<br />
ninguŽm come. Conhe o alguŽm que diz que se<br />
sente mal por ser o œnico ˆ mesa a comer,<br />
enquanto os neg—cioss‹o discutidos. Mas eu<br />
compreendo: a comida est‡ a arrefecer. Devia<br />
haver uma m‹e ou um pai ˆ mesa, nos almo os<br />
de trabalho, para nos mandar comer. E, mais<br />
importante, para dar um cacha o a quem se<br />
portasse mal.<br />
Imagina o teu chefe a comer peixe e a ficar ˆ<br />
rasca com uma espinha. Ou com um osso de<br />
camar‹o. O camar‹o n‹o tem osso, mas n‹o<br />
interessa para o caso. Um plano de reestrutura<br />
‹o financeira pode ir por ‡gua abaixo, n‹o<br />
por ser mal elaborado, mas porque o teu chefe<br />
tem um objecto pontiagudo espetado no<br />
es—fago.Pior poder‡ ser o teu dilema: salvar o<br />
chefe ou o plano de reestrutura ‹o? Pode surgir<br />
uma terceira apetitosa hip—tese:comer aquela<br />
œltima asinha de camar‹o.<br />
O camar‹o n‹o tem asinhas, mas vai dar ao<br />
mesmo.<br />
Um verdadeiro almo o de neg—cios demora<br />
muito mais do que o previsto. Se for mesmo<br />
bom, acaba pelo jantar. Se for excelente, acaba<br />
num bordel.<br />
Cr—nica
“Habitante Irreal”, de Paulo Scott<br />
ÒHabitante IrealÓ Ž o olhar de Paulo Scott sobre as rela ›es de poder demonstradas nas<br />
suas mutantes formas: o sexo, a coloniza ‹o, a corrup ‹o<br />
Texto de Mário Rufino<br />
Paulo Scott (Rio de Janeiro, 1966) tem em<br />
ÒHabitante IrealÓ (Tinta da China Edi ›es) um<br />
romance complexo e de indispens‡vel releitura.<br />
Esta obra galardoada com o PrŽmio Machado<br />
de Assis 2012 n‹o Ž de interp reta ‹o un’voca.<br />
A estrutura, a hist—ria e a caracteriza ‹o<br />
psicol—gica das personagens foram pensadas<br />
para pluralizar as possibilidades de descodifica<br />
‹o. A capacidade de descodificar o texto<br />
depende da forma ‹o liter‡ria do leitor .<br />
As influ ncias de Alencar e Darcy Ribeiro s‹o<br />
evidentes. Paulo Scott v o leitor como<br />
indiv’duo inteligente e exigente. A postura do<br />
autor Ž clara: ele procura compreender o outro<br />
e, no processo, compreender-se, tambŽm.<br />
O processo de escrita foi moroso. Segundo o<br />
autor, com quem conversei sobre o livro no<br />
Festival Liter‡rio da Madeira, ÒO ÒHabitante<br />
IrrealÓ foi um exerc’cio que durou sete anos de<br />
pesquisa e seis anos de redac ‹o, passando<br />
por tr s vers›es e ainda uma quarta vers‹o,<br />
que Ž a adapta ‹o da te rceira. Eu comecei a<br />
primeira, mas larguei tudo; comecei a segunda,<br />
mas larguei tudo; comecei a terceira que virou<br />
essa quarta.Ó<br />
A obra foca a quest‹o ind’gena, o autoconhec -<br />
imento como indiv’duo e, contextualizado por<br />
uma forte vertente sociol—gica, a evolu ‹o<br />
pol’tica no Brasil durante 20 anos. Segundo o<br />
autor, Òesse arco que come a em 89 e que<br />
parte de uma promessa, ou de uma ambi ‹o, e<br />
se realiza atŽ 2009 Ñ ar co de 20 anos do livrofaz<br />
uma reflex‹o do que foi a minha gera ‹o. A<br />
minha gera ‹o falhou como todas as gera ›es<br />
que vieram antes.Ó<br />
Ma’na, a ’ndia, Ž a personagem central. Mesmo<br />
quando n‹o est‡ ÒfisicamenteÓ presente na<br />
hist—ria, Ž ela que comanda a vida das<br />
personagens.<br />
A irrealidade permite a manipula ‹o temporal<br />
da narrativa. Uma das interpreta ›es poss’veis<br />
Ž a de que, a partir de determinado e fulcral<br />
momento da hist—ria, tudo o que se sucede Ž o<br />
futuro desejado por Ma’na. AtŽ certo ponto,<br />
Ma’na Ž um sinal do profundo respeito do autor<br />
pelas mulheres. O leitor est‡ perante Òum livro<br />
de maternidade. Todas as mulheres, todas sem<br />
excep ‹o, s‹o a r ela ‹o com o que ge rem, o<br />
futuro que elas geram.Ó<br />
ÒHabitante IrealÓ Ž o olhar de Paulo Scott sobre<br />
as rela ›es de poder demonstradas nas suas<br />
mutantes formas: o sexo, a coloniza ‹o, a<br />
corrup ‹o.<br />
Um dos muitos aspectos interessantes Ž a<br />
transforma ‹o do conceito de colonizador e da<br />
sua rela ‹o com o colonizado. O colonizado r,<br />
nesta obra, Ž a sociedade maiorit‡ria perante a<br />
minoria. ƒ ela que vai espoliando essa minoria,<br />
presente no Brasil antes do ÒdescobrimentoÓ,<br />
dos seus direitos e da dignidade. O escritor,<br />
que se assume como um cruzamento de v‡rias<br />
culturas e ÒsanguesÓ, demonst rou indigna ‹o<br />
ao afirmar o seguinte: ÒO ’ndio, no Brasil, Ž<br />
menos do que bicho. Voc tem o negro numa<br />
situa ‹o bastante dif’cil, mas a situa ‹o do<br />
’ndio Ž de invisibilidade. êndio Ž bicho.Ó<br />
O simbolismo inerente ao jogo de poderes<br />
amplia as possibilidades de interpreta ‹o.<br />
ÒHabitante IrealÓ s‹o "v‡rios livros", qui ‡<br />
polŽmicos, num s— livro. E pertence,<br />
certamente, ˆ melhor literatura.<br />
Cr—nica<br />
13
A voz delas, no digital<br />
A tecnologia de ponta est‡ hoje muito ˆ fr ente das nossas necessidades quotidianas. Isso Ž t‹o ve rdade que Ž<br />
frequente n‹o nos darmos conta de tudo o que temos ao nosso dispor tecnologicamente, a cada momento.<br />
Texto de Hugo Salvado<br />
Ao contr‡rio do que acontecia h‡ 20 ou 30 anos, quando a<br />
vanguarda tecnol—gica (ainda que a pre os exorbitantes e<br />
para um pœblico restrito) era usada em raros instrumentos<br />
e equipamentos de uso pessoal e profissional Ñ e, ainda<br />
assim, com retornos que implicavam um esfor o relevante<br />
de integra ‹o do utilizador Ñ, hoje temos a investiga ‹o e<br />
a tecnologia "state-of-the-art" muito ˆ f rente das nossas<br />
necessidades quotidianas.<br />
AlguŽm fica maravilhado com ecr‹s ÒtouchscreenÓ de 10<br />
pontos de sensibilidade? Quem Ž o homem que diz ˆ<br />
mulher/namorada que o seu ÒsmartphoneÓ integra GPS e<br />
A-GPS com cartografia online para proporcionar os<br />
servi os localizados que permitem escolher o melhor<br />
restaurante da zona ou o caminho com menos tr‰nsito<br />
para casa?<br />
Se uma pessoa disser que criou o site da sua empresa em<br />
duas horas baseado num "hosting" gratuito e uma<br />
plataforma Wordpress (com "template" tambŽm gratuito) a<br />
custo zero, isso far‡ "cair o queixo" a alguŽm?<br />
Na verdade, poderemos nem pestanejar ao saber de<br />
alguma das situa ›es acima, por que j‡ o esperamos e, ao<br />
mesmo tempo, sabemos que a investiga ‹o vai muito ˆ<br />
frente e que as necessidades comerciais das empresas e<br />
do mercado (esse monstro!) obrigam a escoar produto de<br />
n’vel tecnol—gico pouco mais que mediado, sob pena de<br />
se perder a viabilidade financeira da investiga ‹o que<br />
suporta essa evolu ‹o.<br />
O foco vira-se, portanto, para o UX/UI ("user experience/user<br />
interface") e para a utilidade e ÒagradabilidadeÓ<br />
(esta palavra existe?) dos equipamentos, das plataformas<br />
de utiliza ‹o, de tudo o que Ž suportado por via tecnol—gica,<br />
com o natural enfoque no design e na sua adaptabilidade<br />
e usabilidade por um leque, que se quer o mais<br />
amplo poss’vel, de potenciais utilizadores.<br />
Neste contexto, o "text-to-voice" e o "voice-to-text" t m<br />
vindo a entrar nas nossas vidas como facilitadores,<br />
permitindo a opera ‹o/cont rolo e interac ‹o sem o<br />
recurso ˆs m‹os, dando um novo grau de liber dade ao<br />
utilizador.<br />
Se, numa primeira fase, Žramos capazes de gravar "n"<br />
vezes a nossa voz para ter "n" contactos pass’veis de<br />
serem chamados por voz, hoje "isso j‡ Ž coisa do<br />
passado" e esperamos que o ÒsmartphoneÓ reconhe a a<br />
pessoa a quem queremos ligar pelo nome, mesmo sem<br />
nenhuma "voice tag" previamente gravada.<br />
Do mesmo modo, as instru ›es recebidas por voz n‹o se<br />
cingem ˆ voz escolhida para o softwar e de GPS, em que o<br />
vocabul‡rio Ž reduzido e focado apenas nas indica ›es de<br />
direc ‹o a toma r. Hoje, "o m’nimo que se exige" Ž ter o<br />
ÒsmartphoneÓ como assistente pessoal, que fale e oi a<br />
como uma pessoa e depois cumpra como uma m‡quina, ou<br />
seja, que seja como um escravo obediente e sem humores.<br />
Agora Ž que s‹o elas<br />
O cŽrebro humano e o comportamento que ele desenha Ž<br />
not‡vel e est‡ estudado e descrito que a compreens‹o e<br />
ÒagradabilidadeÓ da interac ‹o Ž maior com vozes femininas,<br />
por pessoas de ambos os sexos. N‹o Ž por acaso que, na<br />
esmagadora maioria dos casos, as vozes de atendimentos<br />
telef—nicos automatizados sejam femininas.<br />
Provavelmente, j‡ n‹o que remos interagir com a voz do<br />
Sonny (de "I, Robot"), do AUTO (de "Wall-E", ou mesmo os<br />
pr—prios Wall-E e EVE), do "Number 5" (do "Short Circuit",<br />
depois re-baptizado "Johnny 5"), do HAL 9000 (de "2001") e<br />
muito menos do R2D2 (de "Star Wars").<br />
Assim aconteceu, com a maior facilidade, que a Siri entrou<br />
em casa de muitos utilizadores de equipamentos Apple (e<br />
tanto se especulou para saber quem era a pessoa por<br />
detr‡s daquela voz).<br />
ƒ assim, do mesmo modo, que a Cortana se prop›e a ser a<br />
sua congŽnere nas plataformas Microsoft, para tudo o que<br />
seja receber pedidos e dar informa ‹o.<br />
Estas personagens s‹o hoje, numa primeira fase, apenas<br />
vozes. Mas n‹o Ž dif’cil adivinhar que, a curto prazo, ter‹o<br />
uma correspond ncia visual, feminina e tecnol—gica, para<br />
que homens e mulheres sintam o "empowerment real" ao<br />
mesmo tempo que t m uma experi ncia e interac ‹o<br />
agrad‡veis, simples e intuitivas.<br />
Claro, porque esta ÒagradabilidadeÓ (ainda n‹o me habituei a<br />
esta palavra!) Ž comum aos dois sexos, n‹o se pense que Ž<br />
um mero fetiche masculino (que atŽ o poder‡ ser, nalguns<br />
casos) ou algo/alguŽm como a Samantha (do filme "Her", de<br />
Spike Jonze), capaz de "conquistar o cora ‹o" do utilizado r.<br />
Cr—nica<br />
15
anti-social<br />
Uma app<br />
para evitar encontros indesejados<br />
ƒ uma rede social para quem n‹o quer ser social. A Cloak<br />
alerta-te quando aqueles "amigos" que n‹o que res ver<br />
est‹o por perto.<br />
Texto de Mariana Correia Pinto<br />
ƒ a rede social para os anti-sociais. A aplica ‹o<br />
Cloak troca as voltas ao objectivo intuitivo de<br />
uma app social e d‡ aos utilizadores a<br />
possibilidade de saber onde est‹o os amigos<br />
para... os poder evitar.<br />
AtravŽs de uma liga ‹o ˆs redes Foursquare e<br />
Instagram, a Cloak Ñ que est‡ dispon’vel para<br />
iPhone e iPad gratuitamente Ñ disponibiliza um<br />
mapa onde mostra qual a posi ‹o dos teus<br />
amigos relativamente ˆ tua.<br />
Depois Ž s— seleccionar a op ‹o ÒflagÓ para as<br />
pessoas com quem n‹o te que res cruzar e a<br />
aplica ‹o vai avisa r-te sempre que elas cruzem<br />
um determinado raio de dist‰ncia, que pode<br />
ser configurado para aquilo que quiseres.<br />
A ideia dos criadores Brian Moore e Chris<br />
Baker Ž aumentar o nœmero de redes sociais<br />
com liga ‹o ˆ aplica ‹o, para que esta seja o<br />
mais eficaz poss’vel.<br />
O Twitter dever‡, no entanto, ficar fora desta<br />
rede uma vez que os dados de localiza ‹o n‹o<br />
s‹o suficientemente vi‡veis: ÒA maior parte dos<br />
utilizadores t m os dados desligados e mesmo<br />
quando est‹o ligados s‹o muito vagosÓ,<br />
explicam na p‡gina do iTunes da app.<br />
N‹o Ž completamente nova a ideia de criar<br />
sofware anti-social. Um dos mentores desta<br />
app, Chris Baker, deixou recentemente o cargo<br />
de director criativo do Buzzfeed para se dedicar<br />
ao desenvolvimento da Rather, uma extens‹o<br />
do Chrome que ajuda os utilizadores a bloquear<br />
conteœdos indesejados no Facebook.<br />
"Eu acho que n—s vimos na crista da onda das<br />
redes sociais... Eu acho que o software<br />
anti-social est‡ em crescimento. Estamos a<br />
assistir a uma implementa ‹o maior deste tipo<br />
de projectosÓ, disse ao Washington Post.<br />
Tecnologia<br />
17
Tragédia<br />
do Meco e praxes nas páginas do<br />
“New York Times”<br />
A tragŽdia do Meco e o debate pœblico sobre a praxe chamaram a aten ‹o do "New Y ork Times". Jornal<br />
analisa ainda a qualidade do ensino superior privado.<br />
Texto de Amanda Ribeiro<br />
Depois de ter relan ado o debate sobre a<br />
praxe por c‡, a tragŽdia do Meco, em que<br />
seis estudantes da Universidade Lus—fona<br />
perderam a vida em circunst‰ncias ainda por<br />
esclarecer, chegou ˆs p‡ginas do "New Y ork<br />
Times (NYT)".<br />
Num artigo intitulado "Mortes de estudantes<br />
desencadeiam debate sobre praxes nas<br />
universidades portuguesas", publicado a 18<br />
de Mar o na edi ‹o online e a 19 na<br />
impressa, Raphael Minder come a por<br />
contextualizar o ensino superior pœblico<br />
portugu s, cuja grande procura a partir de<br />
finais dos anos 80 "abriu um mercado" para<br />
as universidades privadas (um "verdadeiro<br />
neg—cio", diz ao "NYT" Pedro Lourtie,<br />
Secret‡rio de Estado do Ensino Superior<br />
durante o mandato de Ant—nio Guterres),<br />
"geralmente consideradas de menor<br />
qualidade", onde as praxes assumiram um<br />
"papel proeminente", relata o jornalista.<br />
"Ao contr‡rio das universidades norte-americanas,<br />
e outras na Europa, a praxe n‹o se<br />
limita ˆs frate rnidades ou irmandades, mas Ž<br />
sim um rito de inicia ‹o para os alunos do<br />
primeiro ano. Na universidade pœblica mais<br />
antiga de Portugal, fundada em 1290 em<br />
Coimbra, a cerca de 180 km de Lisboa, a<br />
praxe tem uma tradi ‹o forte e lend‡ria, e Ž<br />
esse o legado que as universidades com<br />
menos hist—ria tentam imitar."<br />
Esta œltima posi ‹o Ž, ali‡s, defendida ao<br />
"NYT" por JosŽ Miguel Caldas de Almeida,<br />
ex-director da Faculdade de Medicina da<br />
Universidade Nova de Lisboa, para quem os<br />
rituais que viu foram "mais violentos" do que<br />
os que testemunhou durante a guerra em<br />
çfrica enquanto mŽdico militar. "Muitas das<br />
nossas universidade, especialmente as<br />
privadas, s‹o de m‡ qualidade, por isso as<br />
pessoas tentam desesperadamente recriar o<br />
sentimento de que estudar nelas Ž algo de<br />
especial.".<br />
Praxe "cada vez mais perigosa"<br />
A morte dos seis estudantes no Meco, onde<br />
recai a "suspeita" de um ritual prax’stico, atirou<br />
o assunto para o debate na esfera pœblica,<br />
conta Raphael. Se uns encaram a praxe como<br />
um meio de "forma ‹o de 'esprit de corps'",<br />
outros afirmam que est‡ a ficar "cada vez mais<br />
perigosa".<br />
Entre os restantes entrevistados est‹o<br />
estudantes pr— e anti-praxe e a jornalista da<br />
TVI, Ana Leal, respons‡vel pela medi‡tica<br />
reconstru ‹o da tragŽdia do mŽdico. O<br />
rep—rter falou ainda com a m‹e de Pedro<br />
Negr‹o, uma das v’timas, a quem o filho ter‡<br />
dito, onze dias antes do fim-de-semana, que o<br />
encontro na casa arrendada seria para<br />
"preparar actividades de praxe".<br />
Ao "NYT", o advogado que representa a fam’lia<br />
dos estudantes desaparecidos, V’tor Parente<br />
Ribeiro, aponta o dedo ˆ Universidade<br />
Lus—fona, enquanto que a institui ‹o se afasta<br />
da polŽmica na voz de EugŽnia Vicente.<br />
Universidade<br />
19 7
Jovens portugueses<br />
apoiam co-adopção e adopção por casais do mesmo sexo<br />
Mais de dois ter os dos 900 jovens inquiridos por uma empresa de estudos de mercado s‹o a favor da<br />
co-adop ‹o e mais de metade ab re as portas ˆ adop ‹o.<br />
Texto de Amanda Ribeiro<br />
H‡ uma semana, cinco votos ditaram a<br />
reprova ‹o na especialidade do pr ojecto do<br />
PS que propunha a co-adop ‹o por casais<br />
do mesmo sexo, uma decis‹o que em nada<br />
corresponde ˆ opini‹o dos 900 jovens, entr e<br />
os 18 e os 35 anos, que foram inquiridos<br />
sobre o assunto para um estudo interno da<br />
empresa de an‡lise e estudos de mercado<br />
Ipsos Apeme.<br />
De 19 a 24 de Fevereiro, foram realizados<br />
900 question‡rios online com a seguinte<br />
proposi ‹o: "Nas œltimas semanas assistiu-se<br />
a um aceso debate sobre a co-adop ‹o por<br />
casais do mesmo sexo, isto Ž, em situa ›es<br />
em que apenas um elemento do casal Ž pai<br />
ou m‹e da crian a, o out ro elemento do casal<br />
poder passar a ter direitos legais de<br />
parentalidade sobre a crian a. Qual a sua<br />
posi ‹o em rela ‹o a este tema?"<br />
Seiscentos e quarenta e oito, mais de dois<br />
ter os dos inquiridos, manifestaram uma<br />
posi ‹o favor‡vel. Se 56% dizem "concor dar<br />
totalmente" com a co-adop ‹o e atŽ com<br />
adop ‹o por casais do mesmo sexo, 16%<br />
manifestam ainda reservas em rela ‹o ˆ<br />
adop ‹o mas ap rovam a co-adop ‹o.<br />
Apenas 7% dos inquiridos revelaram<br />
discordar "totalmente"; 10% divergem "de<br />
alguma forma" e 11% assinalaram a op ‹o<br />
"n‹o sei bem o que pensar sobr e este tema".<br />
Foram inquiridos residentes em Portugal<br />
Continental, distribu’dos por Grande Lisboa,<br />
Grande Porto e outras regi›es. Na<br />
compara ‹o entr e sexos, responderam 479<br />
mulheres e 421 homens. S‹o elas quem<br />
demonstra mais abertura: 80% concordam<br />
com a co-adop ‹o (destas, 67% acham que<br />
a adop ‹o tambŽm deveria ser apr ovada e<br />
13% ainda t m dœvidas) contra 63% no sexo<br />
masculino (44% aprovam tambŽm a adop ‹o<br />
e 19% ainda t m dœvidas).<br />
Ë faixa et‡ria dos 25-30 anos corresponde a<br />
maior percentagem de aprova ‹o. Os mais<br />
velhos, entre os 31 e os 35 anos, s‹o os<br />
mais reticentes, embora com uma margem<br />
muito pequena em rela ‹o aos out ros<br />
grupos. Curiosamente, os inquiridos sem<br />
filhos, que foram questionados em maior<br />
nœmero (685), apresentam as posi ›es mais<br />
favor‡veis: 75% concordam totalmente com<br />
a co-adop ‹o (59% tambŽm com a<br />
adop ‹o), enquanto que nos 215 entr evistados<br />
com filhos esse valor desce para os<br />
67%.<br />
Este estudo quantitativo, a que o P3 teve<br />
acesso, teve como objectivo "monitorizar e<br />
acompanhar as altera ›es de um 'target'<br />
que est‡ sempre em evolu ‹o e movimento,<br />
quer pelas mudan as naturais da idade,<br />
como pela r‡pida evolu ‹o das tend ncias e<br />
surgimento de novos sistemas e desafios".<br />
Considera-se um intervalo de confian a de<br />
95%, com uma margem de erro a rondar os<br />
3,3%.<br />
56%<br />
16%<br />
11%<br />
10%<br />
7%<br />
concordo totalmente e atŽ acho que deviam aprovar a adop ‹o<br />
concordo totalmente com a co-adop ‹o mas ainda tenho dœvidas<br />
em rela ‹o ˆ adop ‹o<br />
n‹o sei bem o que pensar sob re este tema<br />
discordo de alguma forma com a co-adop ‹o<br />
discordo totalmente com a co-adop ‹o<br />
Estudo<br />
21
Optimus Primavera Sound 2014<br />
05 - 07 Jun<br />
Porto<br />
O Porto<br />
A cidade do Porto Ž a segunda maior de Portugal, capital do distrito do Porto e da regi‹o norte<br />
do pa’s. Situada ao largo do Oceano Atl‰ntico, e de f‡cil acesso a partir de qualquer ponto do<br />
continente europeu, desfruta de um clima ameno, bastante semelhante ao das restantes<br />
cidades do Sul da Europa. Conhecida como a ÒCidade InvictaÓ, e com refer ncias hist—ricas<br />
que remontam ˆ Žpoca prŽ- romana, o Porto Ž detentor de uma cultura œnica, de uma<br />
popula ‹o hospitaleira e de uma gastr onomia inesquec’vel. Dotado de inœmeros espa os de<br />
ineg‡vel interesse tur’stico e arquitect—nico, como museus, salas de espet‡culos, teat ros,<br />
galerias de arte ou bibliotecas, o Porto Ž tambŽm, e cada vez mais, conhecido pela sua<br />
anima ‹o notur na no centro hist—rico da cidade, declarado Patrim—nio da Humanidade pela<br />
UNESCO. A revista Wallpaper nomeou recentemente a cidade do Porto na categoria de Melhor<br />
Cidade nos Design Awards 2012, destacando a enŽrgica vida cultural da Baixa portuense,<br />
agora Òrevitalizada por uma comunidade art’stica e estudantilÓ. Tradicionalmente conhecido e<br />
reconhecido a n’vel internacional pela produ ‹o do Vinho do Porto (sobejamente apreciado em<br />
todo o mundo), foi principalmente na œltima dŽcada que o Porto sofreu a grande e importante<br />
revitaliza ‹o social e econ—mica. Desde 2001, ano em que a cidade foi Capital Europeia da<br />
Cultura, o comŽrcio alternativo, a anima ‹o notur na, o culto do vinho, a atividade cultural, a<br />
arquitetura e a alta gastronomia t m ocupado os lugares de maior destaque na din‰mica da<br />
cidade, fazendo do Porto um verdadeiro banquete sensorial.<br />
Porqu<br />
o Porto?<br />
Encontrar a localiza ‹o perfeita para converter este<br />
projeto em realidade n‹o foi ta refa f‡cil, e foram muitas<br />
as cidades europeias que se ofereceram para receber<br />
este novo festival. Mas assim que os mentores desta<br />
ideia conheceram a cidade do Porto, cidade de<br />
extrema beleza, grande qualidade cultural e portadora<br />
de uma rica heran a hist—rica, perceberam que esta<br />
seria a cidade perfeita para acolher um evento<br />
ÒPrimavera SoundÓ. O Porto partilha com Ba rcelona<br />
certos tra os idiossincr‡ticos, como a sua localiza ‹o<br />
junto ao mar, o agrad‡vel clima, as suas dimens›es, o<br />
seu car‡cter empreendedor ou a sua oferta de<br />
servi os. ƒ a segunda cidade mais importante de<br />
Portugal, competindo com Lisboa em poder econ—mi -<br />
co, e encontra-se num per’odo de forte crescimento,<br />
sobretudo tur’stico e cultural.<br />
O que fazer:<br />
O Porto Ž uma cidade encantadora, situada nas encostas do rio Douro, j‡ pr—ximo da sua foz.<br />
Classificado como Patrim—nio Mundial pela UNESCO gra as aos seus belos monumentos e<br />
edif’cios hist—ricos, como a imponente SŽ ou a Torre dos ClŽrigos, tem espalhados pela cidade<br />
diversos locais culturais como a Casa da Mœsica, o Hard Club ou o Museu de Arte Contempor‰nea<br />
de Serralves. Com um din‰mico cent ro de comŽrcio e de divers‹o, a cidade do Porto<br />
est‡ dotada de v‡rios espa os de lazer e conv’vio onde facilmente te vais enquadrar. Propomos-te<br />
alguns locais de interesse a n‹o per der durante o teu tempo livre.<br />
Onde ficar:<br />
No Porto existe um sem nœmero de possibilidades de alojamento. Com a requalifica ‹o e a<br />
crescente actividade econ—mica da baixa, t m vindo a ganhar destaque os hostels que se<br />
estabeleceram nos œltimos anos no centro da cidade. Com uma identidade forte, espelhando o<br />
dinamismo e a heran a cultural portuenses, muitos j‡ foram premiados a n’vel mundial pelo seu<br />
conceito inovador e vanguardista, aliado aos pre os economicamente sustent‡veis. Aqui fica o<br />
nosso destaque de alguns dos mais interessantes hostels do Porto.<br />
Festivais<br />
23