Jornal O Claustro - 4ª ed - 2016
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DISCURSO INDIRETO<br />
cujos resultados e conclusões desempenharão<br />
um papel basilar na conceção de<br />
formas inovadoras de diagnóstico demencial<br />
precoce. O conhecimento resultante<br />
da criação de métodos de diagnóstico<br />
mais acurados contribuirá, em última instância,<br />
para o desenvolvimento de novas<br />
técnicas e novos fármacos mais eficazes<br />
nos tratamentos de demências.<br />
Enquanto não o posso fazer, pretendo<br />
ajudar aqueles, indiretamente, d<strong>ed</strong>icam<br />
a sua vida a pessoas como a minha<br />
avó. E, por isso, deixo aqui o meu apelo:<br />
façam o download do Sea Hero Quest<br />
e contribuam para o avançar da Ciência.<br />
Catarina Bettencourt, 3º ano, Psicologia<br />
Hoje, neste momento de loucura, vou<br />
ver a lua. Ela está já ali, a seguir à janela<br />
que vai dar à varanda, é só levantar um<br />
bocadinho o rabo e arrastar-me até lá. Desta<br />
cadeira só vejo as luzes dos prédios, isso é<br />
chato. Não dá para ver a Lua, nem se inclinar<br />
a cabeça, nem que chegue com os ombros<br />
ao chão. Deve estar do outro lado, sim, só<br />
pode ser isso. Nem vale a pena confirmar:<br />
se ela não quer que eu a veja, quem sou<br />
eu para a chatear? Também não gosto que<br />
me chateiem, nem que vão atrás de mim<br />
quando eu fujo. Isso é só ser chato, desagradável.<br />
Tomei a decisão de não a ver,<br />
mas eu quero-a à mesma. Nem que seja<br />
para ver se está cheia, pá! Alguém me disse<br />
que a Lua ia estar cheia um destes dias.<br />
João Valério, 3º ano Psicologia<br />
O <strong>Claustro</strong> Página 15