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50 Agenda da Cidade • Santo André esportes 11 de junho • 12h e 13h30 Ginásio do Parque Celso Daniel Av. Dom Pedro II, 940 – Bairro Jardim BASQUETE MASCULINO SUB 17 Santo André/APABA X São Caetano Campeonato Estadual 15 de junho • 20h Complexo Esportivo Pedro Dell’’Antonia Rua São Pedro, 27 – Silveira HANDEBOL FEMININO ADULTO Santo André X S. José dos Campos Campeonato Paulista 18 de junho • 17h Ginásio de Esportes Noêmia Assumpção Rua Custódia, 50 Jardim Santo Antônio VOLEIBOL MASCULINO SUB 21 Santo André x Santos Campeonato Estadual 21 de junho • 19h Complexo Esportivo Pedro Dell’’Antonia Rua São Pedro, 27 – Silveira VOLEIBOL MASCULINO SUB 21 Santo André x São Caetano Campeonato Estadual 24 de junho • 19h Complexo Esportivo Pedro Dell’’Antonia Rua São Pedro, 27 – Silveira HANDEBOL FEMININO ADULTO Santo André X São Caetano Campeonato Paulista 29 de junho • 18h30 Ginásio de Esportes Noêmia Assumpção Rua Custódia, 50 Jardim Santo Antônio
Lutcha Agenda da Cidade • Santo André Alma mestiça Quando os europeus saíram explorando o mundo, a maioria dos países descobertos e colonizados já eram habitados, mas o Arquipélago de Cabo Verde era desabitado e os portugueses usaram a Ilha de Santiago como entreposto de escravos e plantas que vinham para o Brasil. Hoje, a população de cabo-verdianos é de aproximadamente 1,3 milhão, dos quais apenas 550 mil vivem nas ilhas. O restante está espalhado pelo mundo. O desafio de preservar a cultura cabo-verdiana nesses meus 53 anos de vida no Brasil inclui Santo André. Cidade-irmã de São Nicolau, uma das 10 ilhas de Cabo Verde, acolhe cerca de 300 imigrantes e descendentes. Porém os mais velhos estão falecendo e a nova geração não se interessa em manter a Associação Caboverdeana do Brasil, guardiã de nossa memória e referência de pesquisa de universidades brasileiras, que conta com o apoio do Consulado de Cabo Verde, em São Paulo, e da Embaixada de Cabo Verde, em Brasília Sabemos que nascemos mestiços. Falamos o dialeto crioulo, que significa mistura. A Lei Colonial nos obrigava a ter um nome português, no meu caso, Lucialina Maria Soares dos Reis, mas tínhamos também um nome no dialeto o meu é Lutcha. Gosto muito do que minha cidade de Santo André produz. Temos o Grupo Cultural Caboverdiano, que completa 20 anos em 2016 e representa a cidade ininterruptamente no Revelando São Paulo/Festival da Amizade desde 2007. Contamos com o Museu de Santo André Octaviano Gaiarsa como grande fomentador da pesquisa da diversidade cultural da cidade. Em 2007 organizamos a apresentação, no Teatro Municipal, de Cesária Évora, “Diva dos pés descalços” conhecida em todo o mundo, principalmente na Europa, vencedora do Grammy da World Music. Com a fundação do Grupo Kizomba Cultura e Arte, saí da minha zona de conforto e fui conhecer Santo André. Saí do meu próprio gueto e andei pelos bairros com peças teatrais que tratavam da discriminação. Passei a olhar a cidade com outros olhos e a sentir o pertencimento. Entendi que a cultura cabo-verdiana era importante para Santo André. Lutcha é técnica contábil aposentada, secretária Geral da Associação Caboverdeana do Brasil, Folclorista e Diretora de Artes do Grupo Cultural Caboverdiano. 51 miniartigo
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