Trabalho e saúde mental dos profissionais da saúde

Trabalho_e_saude_mental_dos_profissionais_da_saude Trabalho_e_saude_mental_dos_profissionais_da_saude

20.05.2016 Views

TRABALHO E SAÚDE MENTAL DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE pode se dar pela apropriação dos limites sociais que admitem a capacidade de mediação dos impulsos humanos frente à imposição da realidade externa. Considerações finais No séc. XII, na primeira escola médica fundada pelo rei Frederico II da Sicília, preconizava-se que o aluno não poderia conhecer a Medicina sem cursar três anos de lógica. Parafraseando o rei Frederico II podemos dizer que para atuar como profissionais da área da saúde deveríamos ser éticos e ter saúde mental, estes atributos nos permitirão lidar com as boas emoções e também com aquelas desagradáveis. O aluno que faz a formação para atuar na área de saúde deve ter em mente que não basta apenas a aquisição do conhecimento científico, mas um desenvolvimento ético nas relações interpessoais, seja com os outros profissionais de saúde, seja com os pacientes e seus familiares. Durante seus estágios na universidade, ele deveria ser avaliado por ambas as competências; a de conhecimento e técnica e a ética. Critérios de reprovação não deveriam ser apenas os acadêmicos, mas também a postura ética do aluno para com seus colegas, professores, outros profissionais e, principalmente, com os pacientes no contexto do hospital-escola. Se considerarmos que a constituição do sujeito ético está estritamente relacionada com a saúde mental do indivíduo, e que a ética é necessária na constituição das relações humanas saudáveis, o estudante da área de saúde deve ter uma formação ética bem avaliada pelos seus pares e pelos seus mestres, pois ele será o futuro profissional que estará inserido numa relação interpessoal assimétrica, marcada pela vulnerabilidade do paciente na relação. No que tange às questões bioéticas sobre a saúde mental do profissional de saúde, o que deve ser levado em consideração é o tipo de comportamento antissocial ou aético que este possa vir a atuar. Referências 34 1. Segre M, Cohen C. Bioética. 3. ed. São Paulo: EDUSP; 2002; p.218. 2. Cohen C, Gobbetti GJ. Bioética em saúde. Revista HOSP. 2002:94. 3. Gobbetti GJ. A função da confidencialidade: bioética e incesto. São Paulo. Tese [Doutorado]. Faculdade de Medicina da USP, Fisiopatologia Experimental; 2006. 4. Cohen C, Gobbetti GJ. Ética profissional: herdeira das relações familiares. In: Groeninga GC, Pereira RC, organizadores. Direito de Família e Psicanálise. Rio de Janeiro: Imago; 2003. 5. Mental health: strengthening our response. World Health Organization. Acessado em: 30 dez. de 2015. Disponível em: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/ fs220/en/

6. (SPP/DVSAM – Saúde Mental) Definição de Saúde Mental. Secretaria de Saúde do Estado do Paraná. Acessado em: 30 dez. de 2015. Disponível em: http://www. saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1059 7. Gobbetti GJ, Cohen C. Bioética: desenvolvimento humano e os profissionais de saúde. In: Ismael SMC, organizador. Temas de prevenção, ensino e pesquisa que permeiam o contexto hospitalar. São Paulo: Casa do Psicólogo; 2005. p.149-61. 8. Laplanche J, Pontalis JB. Vocabulário da Psicanálise. São Paulo: Martins Fontes; 1988. 9. Klein M. Notas sobre alguns mecanismos esquizoides. In: Klein M, Heimann P, Isaacs S, Riviere J. Os progressos da psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar; 1982. p. 312-43. 10. Mesquita EM, Nunes AJ, Cohen C. Evaluation of medical students attituds toward drugs abuse by colleagues in the academic environment. Revista Psiquiatria Clínica. 2008; 35:8-12. 11. Facundes VLD, Ludermir AB. Common mental disorders among health care students. Rev. Bras. Psiquiatr. 2005:27(3). 12. Cohen C, Gobbetti GJ. CEARAS: uma reflexão sobre as funções da família. In: Cohen C, Ferraz FC, Segre M, organizadores. Saúde mental, crime e justiça. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo; 2006. p.149-157. 13. Cohen C. Incesto, um desejo. São Paulo: Casa do Psicólogo; 1993. 14. Cohen C. Bioética e sexualidade nas relações profissionais. São Paulo: Associação Paulista de Medicina; 1999. 15. Cohen C, Gobbetti GJ. Bioética e incesto polimorfo. In: Garrafa V, Pessini L, organizadores. Bioética: poder e injustiça. São Paulo: Edições Loyola; 2003. p.517-22. 1 Bioética e saúde mental dos profissionais de saúde 35

6. (SPP/DVSAM – Saúde Mental) Definição de Saúde Mental. Secretaria de Saúde<br />

do Estado do Paraná. Acessado em: 30 dez. de 2015. Disponível em: http://www.<br />

saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1059<br />

7. Gobbetti GJ, Cohen C. Bioética: desenvolvimento humano e os <strong>profissionais</strong> de<br />

<strong>saúde</strong>. In: Ismael SMC, organizador. Temas de prevenção, ensino e pesquisa que<br />

permeiam o contexto hospitalar. São Paulo: Casa do Psicólogo; 2005. p.149-61.<br />

8. Laplanche J, Pontalis JB. Vocabulário <strong>da</strong> Psicanálise. São Paulo: Martins Fontes;<br />

1988.<br />

9. Klein M. Notas sobre alguns mecanismos esquizoides. In: Klein M, Heimann P,<br />

Isaacs S, Riviere J. Os progressos <strong>da</strong> psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar; 1982. p.<br />

312-43.<br />

10. Mesquita EM, Nunes AJ, Cohen C. Evaluation of medical students attituds toward<br />

drugs abuse by colleagues in the academic environment. Revista Psiquiatria Clínica.<br />

2008; 35:8-12.<br />

11. Facundes VLD, Ludermir AB. Common <strong>mental</strong> disorders among health care students.<br />

Rev. Bras. Psiquiatr. 2005:27(3).<br />

12. Cohen C, Gobbetti GJ. CEARAS: uma reflexão sobre as funções <strong>da</strong> família. In:<br />

Cohen C, Ferraz FC, Segre M, organizadores. Saúde <strong>mental</strong>, crime e justiça. São<br />

Paulo: Editora <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de São Paulo; 2006. p.149-157.<br />

13. Cohen C. Incesto, um desejo. São Paulo: Casa do Psicólogo; 1993.<br />

14. Cohen C. Bioética e sexuali<strong>da</strong>de nas relações <strong>profissionais</strong>. São Paulo: Associação<br />

Paulista de Medicina; 1999.<br />

15. Cohen C, Gobbetti GJ. Bioética e incesto polimorfo. In: Garrafa V, Pessini L, organizadores.<br />

Bioética: poder e injustiça. São Paulo: Edições Loyola; 2003. p.517-22.<br />

1 Bioética e <strong>saúde</strong> <strong>mental</strong> <strong>dos</strong> <strong>profissionais</strong> de <strong>saúde</strong><br />

35

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!