Trabalho e saúde mental dos profissionais da saúde
Trabalho_e_saude_mental_dos_profissionais_da_saude
Trabalho_e_saude_mental_dos_profissionais_da_saude
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
TRABALHO E SAÚDE MENTAL DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE<br />
<strong>mental</strong> muitas vezes crônico, sem tratamento adequado ao longo <strong>dos</strong> anos. O<br />
trabalho de psicoeducação do paciente e <strong>da</strong> família é fun<strong>da</strong><strong>mental</strong> para garantir<br />
a adesão ao tratamento. O suporte clínico semanal muitas vezes é necessário,<br />
tanto para melhor vinculação como pela gravi<strong>da</strong>de <strong>dos</strong> casos. A automedicação<br />
ou esse “acompanhamento de corredor” é muito comum e prejudicial<br />
ao tratamento. A automedicação, em especial, é um comportamento comum<br />
muito prejudicial, pois pode piorar o quadro e retar<strong>da</strong>r o início de um tratamento<br />
efetivo. O acompanhamento muitas vezes continua mesmo após a fase<br />
agu<strong>da</strong> <strong>da</strong> doença, o que é importante para manter a adesão e evitar recaí<strong>da</strong>s.<br />
Muitos médicos que buscam o nosso serviço têm um histórico de falha justamente<br />
nessa fase de manutenção do tratamento, ou seja, interrompem o tratamento<br />
após a melhora <strong>dos</strong> sintomas. Quando o profissional falta consultas em<br />
sequência, mesmo na fase de manutenção, fazemos uma busca ativa a fim de<br />
evitar descontinui<strong>da</strong>de no tratamento.<br />
Conclusão<br />
Ter um serviço especializado para essa população é importante porque os<br />
médicos se sentem mais acolhi<strong>dos</strong> e ampara<strong>dos</strong>. O fato de saber que existem<br />
outras pessoas na mesma situação diminui a sensação de cobrança que muitos<br />
têm devido à concepção que “médico não fica doente”. O atendimento multiprofissional<br />
aumenta a efetivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> intervenção e o sigilo torna a situação<br />
mais confortável para o profissional que necessita de aju<strong>da</strong>.<br />
Referências<br />
212<br />
1. Nogueira-Martins L. Saúde <strong>mental</strong> <strong>dos</strong> <strong>profissionais</strong> <strong>da</strong> <strong>saúde</strong>. In: Botega N,<br />
editor. Prática psiquiátrica no hospital geral. 3 ed. Porto Alegre: Artmed; 2012.<br />
p. 98-112.<br />
2. Xia J, Merinder LB, Belgamwar MR. Psychoeducation for schizophrenia. Schizophr<br />
Bull 2011; 37(1):21-2.<br />
3. Awad AG, Voruganti LN. The burden of schizophrenia on caregivers: a review.<br />
PharmacoEconomics 2008; 26(2):149-62.<br />
4. Mäder-Joaquim MJ. O neuropsicólogo e seu paciente. Em: Malloy-Diniz et al.<br />
Avaliação Neuropsicológica. Porto Alegre: Artmed; 2010.<br />
5. Malloy-Diniz LF, Fuentes D, Mattos P, Abreu N. Avaliação neuropsicológica. Porto<br />
Alegre: Artmed; 2010.<br />
6. Malloy-Diniz LF, Sedo M, Fuentes D, Leite WB. Neuropsicologia <strong>da</strong>s funções executivas.<br />
Neuropsicologia: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed; 2008.<br />
7. Wilson BA. Reabilitação <strong>da</strong>s deficiências cognitivas, In: Nitrini R, Caramelli P,<br />
Mansur LL. Neuropsicologia <strong>da</strong>s bases anatômicas à reabilitação. São Paulo: Clínica<br />
Neurológica HCFMUSP; 1996. p. 314-43.<br />
8. Pontes LMM, Hübner MMC. A reabilitação neuropsicológica sob a ótica <strong>da</strong> psicologia<br />
comporta<strong>mental</strong>. Rev Psiquiatr Clin 2008; 35(1):6-12.