Alguma mulheres do mundo
Reunindo quase 200 cartuns “Algumas mulheres do mundo”, de Chiquinha, é um retrato bem-humorado do comportamento feminino. Com 192 páginas, o livro conta com prefácio da antropóloga Mirian Goldenberg, que descreve as mulheres de Chiquinha como “extremamente irreverentes e dramaticamente insatisfeitas” e que elas “ensinam que rir de si mesmas é fundamental para quebrar clichês, tabus e estereótipos”. Laerte Coutinho, que assina a quarta capa, lembra ainda que os desenhos de Chiquinha representam “nossa busca por equilíbrio entre o grotesco e o gracioso, o patético e o encantador, o terror do fracasso e a esperança de um empate honroso”.
Reunindo quase 200 cartuns “Algumas mulheres do mundo”, de Chiquinha, é um retrato bem-humorado do comportamento feminino. Com 192 páginas, o livro conta com prefácio da antropóloga Mirian Goldenberg, que descreve as mulheres de Chiquinha como “extremamente irreverentes e dramaticamente insatisfeitas” e que elas “ensinam que rir de si mesmas é fundamental para quebrar clichês, tabus e estereótipos”. Laerte Coutinho, que assina a quarta capa, lembra ainda que os desenhos de Chiquinha representam “nossa busca por equilíbrio entre o grotesco e o gracioso, o patético e o encantador, o terror do fracasso e a esperança de um empate honroso”.
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Copyright © Chiquinha<br />
To<strong>do</strong>s os direitos desta edição reserva<strong>do</strong>s à MV Serviços e Editora Ltda.<br />
REVISÃO<br />
Mariana Pires Santos<br />
cip-brasil. catalogação na publicação<br />
sindicato nacional <strong>do</strong>s editores de livros, rj<br />
C468a Chiquinha, 1984<br />
<strong>Alguma</strong>s <strong>mulheres</strong> <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> / Chiquinha. – 1. ed.<br />
Rio de Janeiro : Mórula, 2014.<br />
192 p. : il.; 18 cm.<br />
ISBN 978-85-65679-24-4<br />
1. Humorismo brasileiro. I. Título.<br />
14-13523 CDD: 869.97<br />
CDU: 821.134.3(81)-75<br />
R. Teotônio Regadas 26, 904 – Lapa – Rio de Janeiro<br />
www.morula.com.br | contato@morula.com.br
As <strong>mulheres</strong> de Chiquinha têm algo em comum: são muito divertidas,<br />
extremamente irreverentes e dramaticamente insatisfeitas.<br />
O slogan delas é: “nunca tá bom!”.<br />
E nunca está bom, mesmo!<br />
Elas querem tu<strong>do</strong> e muito mais.<br />
Elas somam interesses, curiosidades e projetos.<br />
Elas acumulam papéis, obrigações e dúvidas.<br />
Elas querem ser magras, jovens e sensuais.<br />
Elas são desengonçadas, atrapalhadas e confusas.<br />
Elas são contraditórias.<br />
Elas não têm me<strong>do</strong> de ser ridículas.<br />
Elas são muito ridículas.<br />
Elas querem estar na moda.
Elas são muito vai<strong>do</strong>sas.<br />
Elas não têm a menor noção <strong>do</strong> que é estar na moda.<br />
Elas querem um homem gostoso.<br />
Elas só encontram sapos.<br />
Elas curtem a casa.<br />
Elas são muito bagunceiras.<br />
Elas fazem dietas malucas<br />
Elas têm amigas malucas.<br />
Elas trabalham e são independentes.<br />
Elas querem casar e ter filhos.<br />
Elas querem ser solteiras para sempre.<br />
Elas são muito românticas.<br />
Elas têm hábitos nada saudáveis.<br />
Elas comem besteira, não fazem ginástica.<br />
Elas reclamam muito de tu<strong>do</strong>.<br />
Elas são diferentes, únicas e especiais.<br />
Elas são iguais a todas as <strong>mulheres</strong> <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.
As <strong>mulheres</strong> de Chiquinha são maluquinhas e esquisitinhas.<br />
Mas elas são, mais <strong>do</strong> que tu<strong>do</strong>, muito engraçadas.<br />
Chiquinha busca pegar o la<strong>do</strong> mais ridículo das preocupações e obsessões<br />
femininas e expor sem censura, por meio <strong>do</strong> humor, os sofrimentos, as vaidades<br />
e as contradições das <strong>mulheres</strong>.<br />
Ela diz que a figura típica das <strong>mulheres</strong> nos quadrinhos é a musa,<br />
idealizada pelos homens. “As minhas <strong>mulheres</strong>, não. Tento fazê-las mais reais,<br />
apelan<strong>do</strong> para o grotesco mesmo: suor, lágrimas, peitões. Geralmente figuras<br />
com bastante apelo dramático. Tento desconstruir esses arquétipos de beleza.<br />
As <strong>mulheres</strong> de Chiquinha têm algo muito especial e raro: elas sabem rir<br />
das próprias loucuras, imperfeições e neuroses.<br />
E, fazen<strong>do</strong> isso, mostram que as <strong>mulheres</strong> deveriam aprender a rir,<br />
brincar e se divertir muito mais.<br />
As <strong>mulheres</strong> de Chiquinha ensinam que rir de si mesmas é fundamental<br />
para quebrar os clichês, tabus e estereótipos que atormentam as brasileiras.<br />
Chiquinha brinca com o título <strong>do</strong> filme que fez de Leila Diniz um mito de<br />
mulher revolucionária: Todas as <strong>mulheres</strong> <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, de Domingos de Oliveira.<br />
Ela mostra que algumas <strong>mulheres</strong> <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> conseguem, sim, ser “meio<br />
Leila Diniz”: com muito prazer, muito coração e muitas risadas.<br />
Mirian Goldenberg
9
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177
1 a edição julho 2014<br />
impressão rotaplan<br />
papel miolo offset 90g/m 2<br />
papel capa cartão supremo 300g/m 2
ISBN 978856567924-4<br />
9 78 8 5 6 5 6 7 9 2 4 4<br />
Da Chiquinha, tenho uma caneca ilustrada que gosto de usar no café da manhã.<br />
Ali vejo uma criatura possuída, depilan<strong>do</strong> pernas e pintan<strong>do</strong> unhas <strong>do</strong> pé enquanto fuma<br />
de bobes no banheiro. É bom começar o dia com a visão desse balé que a Chiquinha desenvolve<br />
em seus desenhos como ninguém: nossa busca por equilíbrio entre o grotesco e o gracioso,<br />
o patético e o encanta<strong>do</strong>r, o terror <strong>do</strong> fracasso e a esperança de um empate honroso.<br />
Tá tu<strong>do</strong> aqui neste livro. E a cor <strong>do</strong> esmalte da louca é a minha preferida…<br />
LAERTE COUTINHO<br />
www.morula.com.br<br />
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