O novo carioca
O livro reúne 19 artigos escritos nos últimos 10 anos por três intelectuais nascidos e criados na periferia do Rio de Janeiro: Jailson de Souza e Silva, Jorge Luiz Barbosa e Marcus Vinícius Faustini. Os textos refletem sobre um novo modo de ser e estar no Rio de Janeiro, ‘o novo carioca’, um sujeito com mobilidade para circular nos diversos territórios, produzir experiências que envolvam atores de diversos lugares, valorizar e legitimar as diferenças, o direito à autenticidade e a importância de defender a igualdade da dignidade humana.
O livro reúne 19 artigos escritos nos últimos 10 anos por três intelectuais nascidos e criados na periferia do Rio de Janeiro: Jailson de Souza e Silva, Jorge Luiz Barbosa e Marcus Vinícius Faustini. Os textos refletem sobre um novo modo de ser e estar no Rio de Janeiro, ‘o novo carioca’, um sujeito com mobilidade para circular nos diversos territórios, produzir experiências que envolvam atores de diversos lugares, valorizar e legitimar as diferenças, o direito à autenticidade e a importância de defender a igualdade da dignidade humana.
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Prefácio<br />
É provável que no futuro os historiadores olhem para este nosso<br />
presente da cidade do Rio de Janeiro e o vejam como um daqueles momentos<br />
– raros, em uma época que chegou a postular “o fim da história”<br />
– em que os dados se encontram no ar, girando, alguns instantes antes<br />
de tombarem decretando seus números finais. Que números serão esses<br />
ou, descodificando a metáfora, que cidade resultará desse momento de<br />
aparente abertura? Isso ainda não podemos dizer.<br />
Mas algumas coisas já podem ser ditas. Dentre elas: a consolidação<br />
da economia brasileira, seguida de um governo de orientação de esquerda,<br />
que distribuiu melhor a renda e impulsionou o crescimento por meio<br />
da criação de um <strong>novo</strong> mercado interno, resultante do aumento do poder<br />
aquisitivo da população de baixa renda. Isso, por si só, não é pouca<br />
coisa – e desmente as tentativas de abolir as diferenças entre direita e<br />
esquerda, a partir de uma perspectiva estrita e redutoramente econômica,<br />
como se o fim do projeto socialista de tomada dos meios de produção<br />
pelo Estado significasse uma indistinção ideológica.<br />
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