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Jornal União - Edição de 11/05 a 17/Maio de 2016

Jornal União, exemplar online da 11/05 a 17/05/2016.

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2PÁG.<br />

Opinião<br />

JORNAL UNIÃO<br />

DE <strong>11</strong> a <strong>17</strong> DE MAIO DE <strong>2016</strong><br />

OS ZÉS DO BRASIL<br />

Temos o ˝Zé Migué˝ e o ˝Seo<br />

Zé˝ como representantes da população.<br />

O ˝Zé Migué˝ vive do nome,<br />

ou seja, fazendo ˝Miguelage˝, já o<br />

˝Seo Zé˝ é uma pessoa maravilhosa<br />

que trabalha para manter sua família,<br />

crescer com a socieda<strong>de</strong>. Está no<br />

todo ama ˝Seo Zé˝, mas os patrões<br />

da socieda<strong>de</strong> são os ˝Zé Migués˝.<br />

As consequências dos ˝Zé Migué˝<br />

administrarem nosso país são catastróficas,<br />

e os exemplos brotam<br />

como inço.<br />

Afora todos os escândalos que<br />

se atropelam em nossos noticiários:<br />

lava jato, Impecheamnt ilegal,<br />

grampo telefônico <strong>de</strong>ntre tantos,<br />

agora temos um novo: o Incra distribuindo<br />

terras a mortos, <strong>de</strong>putados,<br />

vereadores e mais outras <strong>de</strong>zenas<br />

<strong>de</strong> mendigos apadrinhados.<br />

Eita Brasilsão feio esse, será que<br />

tem jeito mesmo? Devemos acreditar<br />

que sim, e <strong>de</strong>vemos escutar o<br />

“Seo Zé”, não acatar as barbáries do<br />

“Zé Migué”. Mas, quem é esse “Seo<br />

Zé” que mudaria nosso país? Mario<br />

Sergio Cortella po<strong>de</strong> ser um “Seo<br />

Zé”, experiente, culto, filósofo, com<br />

um conhecimento magnânimo, tem<br />

uma frase interessantíssima; ˝...que<br />

filhos nós <strong>de</strong>ixaremos para o futuro<br />

do Brasil...?˝ Não qual o futuro<br />

que espera nossos filhos? Que este<br />

gran<strong>de</strong> filósofo quer dizer com isso?<br />

Apenas que bons modos, boa educação,<br />

respeito, <strong>de</strong>ntre outras qualida<strong>de</strong>s<br />

inerentes à formação <strong>de</strong> um<br />

ser humano, garantiram um país<br />

justo, culto, com uma distribuição<br />

<strong>de</strong> renda mais igualitária a todos.<br />

Pessoas satisfeitas com aquilo que<br />

tem para viver. E não pessoas frustradas,<br />

que para ter o que acham ser<br />

o necessário para viver, roubam, matam,<br />

saqueiam, escon<strong>de</strong>m-se atrás<br />

do foro privilegiado, <strong>de</strong>ntre outros<br />

absurdos.<br />

Seu filho, caso seja mal educado,<br />

ou cresça no meio dos “Zé Migués”,<br />

po<strong>de</strong> vir a ser um <strong>de</strong>stes. Já, se forem<br />

bem educados, e cresçam no<br />

meio dos “Seo Zés”, as chances <strong>de</strong><br />

serem pessoas que somem a socieda<strong>de</strong><br />

são maiores. Uma não excluiu<br />

a outra, mas uma pessoa que vê seus<br />

pais, amigos, enfim no meio em que<br />

vive atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cidadania, pessoas,<br />

abrindo portas, dando lugar a pessoas<br />

mais velhas em filas, bancos, não<br />

estacionando o carro em lugar preferencial,<br />

estes têm maiores chances<br />

<strong>de</strong> tornarem-se bons Zés. E aqui<br />

enten<strong>de</strong>mos o que diz o filosofo em<br />

questão, ˝...que filhos nós <strong>de</strong>ixaremos<br />

para o futuro do Brasil...?˝<br />

Cabe aqui parafrasear mais um<br />

<strong>de</strong>sses “Seo Zé” que amam nosso<br />

Brasil, Ariano Suassuna; ˝há os que<br />

concordam comigo, e os que estão<br />

equivocados....˝<br />

Simples assim, o Brasil tem jeito<br />

e está nas mãos dos seus filhos, basta<br />

você mostrar a eles qual “Zé” seguir,<br />

e também qual Zé você é.<br />

Alias, qual Zé você é?<br />

Paulo Cesar Santos<br />

O OLHAR CUIDADOSO<br />

SALVA VIDAS<br />

É <strong>de</strong> se lamentar que até hoje vários<br />

médicos ainda não pautem sua atuação<br />

no humanismo. A situação, aliás, só tem<br />

piorado, pois muitos, por absoluta falta<br />

<strong>de</strong> preparação acadêmica, abusam dos<br />

avanços tecnológicos, solicitam exames<br />

<strong>de</strong>snecessários e em excesso, sem falar<br />

que maculam a própria autonomia (e a<br />

imagem da classe) em acordos escusos<br />

com laboratórios.<br />

Assim, os sistemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, público<br />

e suplementar, veem vazar pelo ralo<br />

investimentos importantes. Ao fechar<br />

as contas, acaba faltando dinheiro para<br />

resolver questões urgentes da assistência<br />

em saú<strong>de</strong>, especialmente em relação<br />

às populações mais vulneráveis.<br />

Em pleno século XXI, há os que<br />

olhem somente para doença, esquecendo-se<br />

<strong>de</strong> que a razão da medicina<br />

é o doente, o ser humano. Quase já dá<br />

para contar nos <strong>de</strong>dos os profissionais<br />

que realizam uma consulta completa<br />

e competente, abrangendo a coleta<br />

do histórico do paciente, exame clínico<br />

completo, indicação <strong>de</strong>talhada <strong>de</strong><br />

exames complementares, se preciso, e<br />

orientações terapêuticas, por exemplo.<br />

Atendimentos que não duram mais<br />

do que 10 minutos são a regra atual,<br />

<strong>de</strong>spropósito que resulta em erro no<br />

diagnóstico e na prescrição, no agravamento<br />

<strong>de</strong> diversos quadros e em custo<br />

milionário para a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

É <strong>de</strong> fundamental relevância ter<br />

sempre em mente que o paciente carrega<br />

consigo história, cultura e essência.<br />

Nasce, a partir daí, uma das tarefas<br />

primordiais do profissional médico: a<br />

<strong>de</strong>scoberta e o conhecimento da pessoa<br />

por trás da enfermida<strong>de</strong>.<br />

Humanizar a medicina é, portanto,<br />

<strong>de</strong>safio e obrigação para todos que têm<br />

um olhar cuidadoso para o outro e para<br />

a verda<strong>de</strong>ira missão dos agentes <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>. Os médicos precisam resgatar a<br />

base da medicina clássica, do olho no<br />

olho e da personalização <strong>de</strong> cada atendimento.<br />

Não é necessário abrir mão dos recursos<br />

tecnológicos, pois há avanços<br />

necessários, mas é essencial usá-los<br />

com responsabilida<strong>de</strong>, pautado em<br />

princípios básicos e tradicionais.<br />

Falta-nos também incentivo à formação<br />

global, baseada na conduta<br />

humanística e no estímulo a atuação à<br />

beira leito. Uma formação que carece<br />

<strong>de</strong>sses princípios é ameaça toda a população.<br />

Já quando o tema é gestão, é<br />

imprescindível compromisso, responsabilida<strong>de</strong>,<br />

em especial diante do sucateamento<br />

dos hospitais e da carência<br />

<strong>de</strong> recursos.<br />

A medicina é uma ativida<strong>de</strong> cujos<br />

alicerces encontram-se na arte <strong>de</strong> cuidar<br />

do próximo, atentando-se aos seus<br />

anseios e aos seus temores. Encontramos<br />

as pessoas em seus momentos<br />

mais vulneráveis e temos, <strong>de</strong>positada<br />

em nós, a esperança <strong>de</strong> dias melhores.<br />

Assim, precisamos trabalhar para não<br />

só aten<strong>de</strong>r esta expectativa, mas superá-la.<br />

Antonio Carlos Lopes<br />

presi<strong>de</strong>nte da Socieda<strong>de</strong> Brasileira<br />

<strong>de</strong> Clínica Médica.<br />

Dá para investir em momentos <strong>de</strong> crise?<br />

Por: Wilson Quinteiro<br />

Dá para investir em<br />

momentos <strong>de</strong> crise?<br />

Todos os dias lemosnotícias<br />

negativas sobre<br />

a economia nacional. Os<br />

índices <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego crescem,<br />

a produção está caindo,<br />

a renda dos brasileiros diminuiu.<br />

Embora alguns estados,<br />

como o Paraná, 4ª maior<br />

economia do país, tenham<br />

conseguido – por mérito<br />

próprio – manter condições<br />

mais favoráveis economicamente,<br />

a crise é generalizada<br />

e tem efeito direto no bemestar<br />

<strong>de</strong> todos os brasileiros.<br />

Diante <strong>de</strong>ssa situação,<br />

muitos empresários se perguntam<br />

se agora é uma boa<br />

hora para ampliar ou implantar<br />

um novo negócio,<br />

afinal, ninguém quer correr<br />

riscos <strong>de</strong>snecessários. Acredito<br />

que a resposta seja “sim”.<br />

Por mais que as dificulda<strong>de</strong>s<br />

sejam gran<strong>de</strong>s, as crises também<br />

po<strong>de</strong>m oferecer oportunida<strong>de</strong>sque,<br />

quando bem<br />

trabalhadas, se materializam<br />

em empreendimentos <strong>de</strong> sucesso.<br />

Instintivamente, ten<strong>de</strong>mos<br />

a ver os momentos <strong>de</strong> incerteza<br />

econômica como piores<br />

para começar um negócio.<br />

De fato, um ambiente mais<br />

estável oferece, por exemplo,<br />

a chance <strong>de</strong> o empreen<strong>de</strong>dor<br />

trabalhar com planejamentos<br />

em longo prazo, sem a pressão<br />

contínua <strong>de</strong> mudanças<br />

<strong>de</strong> índices ou políticas econômicas,<br />

comuns nos momentos<br />

<strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong>.<br />

Mas o que não po<strong>de</strong>mos<br />

esquecer é que as crises econômicas<br />

não são eternas e<br />

sim cíclicas. Quando analisamos<br />

a história brasileira,<br />

vemos diversas crises extremamente<br />

graves sendo sucedidas<br />

por momentos <strong>de</strong><br />

expansão e gran<strong>de</strong> prosperida<strong>de</strong><br />

econômica. E quando a<br />

economia se recupera, ganha<br />

mais quem estiver preparado<br />

para aten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s<br />

do mercado imediatamente.<br />

Acontece que os empreendimentos<br />

precisam <strong>de</strong> um<br />

tempo <strong>de</strong> maturação até se<br />

estabilizarem. Diversos estudos<br />

mostram que apenas<br />

após dois anos <strong>de</strong> início <strong>de</strong><br />

suas ativida<strong>de</strong>s é que uma<br />

empresa encontra seu ponto<br />

<strong>de</strong> equilíbrio e plena capacida<strong>de</strong>.<br />

Assim, quem investir<br />

agora po<strong>de</strong>rá estar mais preparado<br />

para aten<strong>de</strong>r o mercado<br />

quando a crise começar<br />

a ser superada e a economia<br />

brasileira voltar a crescer.<br />

É claro que investir em<br />

um novo negócio ou na sua<br />

expansão exige planejamento.<br />

Mas isso não é uma<br />

prerrogativa dos tempos <strong>de</strong><br />

crise. Quem quer empreen<strong>de</strong>r<br />

sempre precisa estudar,<br />

se qualificar, planejar com<br />

cuidado. Depois da fase <strong>de</strong><br />

planejamento, os bancos públicos<br />

<strong>de</strong> fomento, como o<br />

Banco Regional <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

do Extremo Sul<br />

(BRDE), po<strong>de</strong>m ser a saída<br />

para viabilizar a concretização<br />

<strong>de</strong> um empreendimento.<br />

Ao contrário dos bancos<br />

comerciais, que em momentos<br />

<strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong> financeira<br />

ten<strong>de</strong>m a diminuir a<br />

oferta, aumentar juros ou<br />

diminuir prazos, os bancos<br />

públicos costumam manter<br />

as mesmas condições <strong>de</strong> financiamento,<br />

oferecendolinhas<br />

<strong>de</strong> crédito capazes<br />

<strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s<br />

dos mais variados setores.<br />

Só para <strong>2016</strong>, o BRDE, que<br />

financia empreendimentos<br />

nos estados do Paraná, Santa<br />

Catarina, Rio Gran<strong>de</strong> do<br />

Sul e Mato Grosso do Sul,<br />

tem um orçamento previsto<br />

<strong>de</strong> R$ 3,89 bilhões em operações<br />

<strong>de</strong> crédito, sendo R$<br />

1,28 bilhão só para projetos<br />

paranaenses.<br />

Não po<strong>de</strong>mos ignorar a<br />

crise econômica que atinge o<br />

país, mas também não po<strong>de</strong>mos<br />

<strong>de</strong>ixar que ela prejudique<br />

o espírito empreen<strong>de</strong>dor<br />

do brasileiro.<br />

Aliás, é justamente nessa<br />

predisposição do nosso<br />

povo para empreen<strong>de</strong>r, para<br />

colocar suas i<strong>de</strong>ias criativas<br />

em prática e trabalhar com<br />

empenho, é que vislumbro a<br />

chance <strong>de</strong> o país superar esse<br />

período tão conturbado.<br />

Trabalho e investimento<br />

são a chave para voltarmos a<br />

crescer.<br />

Wilson Quinteiro<br />

É advogado e diretor <strong>de</strong><br />

Operações do Banco Regional<br />

<strong>de</strong> Desenvolvimento do<br />

Extremo Sul (BRDE).<br />

<br />

Impressão<br />

Editora e Gráfica Paraná Press S.A - CNPJ 77.338.424/0001- 95<br />

ANO XXII<br />

De <strong>11</strong> a <strong>17</strong> <strong>de</strong> maio/<strong>2016</strong><br />

EDIÇÃO Nº 327

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