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O Claustro - 3ªed

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JORNAL<br />

O <strong>Claustro</strong><br />

VOLUME 3 Abril 2016 JORNAL GRATUITO<br />

E se a tua Opcional fosse a participação<br />

numa Investigação?<br />

PÁG. 14 E 15<br />

Que Mestrado Escolher?<br />

PÁG.17 E 18<br />

Poemas ao Verde<br />

PÁG.5 E 6<br />

JuniRHUMO, a júnior empresa da FPCEUC<br />

PÁG. 17


VOLUME 3 Abril 2016 JORNAL GRATUITO<br />

EDITORIAL<br />

Clóris, a deusa em extinção<br />

Já pensaram o que seria do mundo sem a cor verde? É<br />

de se estranhar que, dentre uma paleta quase infinita de cores,<br />

logo uma tão comum e corriqueira como essa pode desaparecer<br />

em poucas dÉcadas. não É questão de ser pessimista ou<br />

qualquer coisa do gÉnero, somente É preciso pensar que não<br />

basta misturar amarelo com azul para salvar o pouco de verde<br />

que ainda nos resta.<br />

recanto de poetas e cenário de várias histórias, o meio<br />

ambiente sempre foi essencial para o homem. coletar frutos e<br />

cultivar o solo fez com que nós deixássemos de ser meros primatas<br />

Jogados ao acaso para que, assim, tornássemos colonizadores<br />

de sítios diversos. imaginem se alguÉm não tivesse tido<br />

a brilhante ideia de cultivar videiras? o que seriam das nossas<br />

noites acadêmicas?<br />

mais importante que o vinho de cada dia, estão todos os<br />

outros benefícios em deixar a natureza como está: livre e viva.<br />

É dela que obtemos o fôlego para levarmos o dia adiante e a<br />

energia para Jantares e ceias infinitas. parece tolo, e de fato É,<br />

destacar o quanto a natureza É importante para nós, no entanto,<br />

acaba sendo, dia após dia, mais importante ressaltar nosso<br />

dever em protegê-la.<br />

dicaprio atÉ citou, em seu histórico prÉmio como melhor<br />

ator no oscar desse ano, que as coisas precisam mudar imediatamente<br />

e, absurdos à parte, coisas inacreditáveis Já começaram<br />

a ser possíveis. o mundo deixará de ter poesia, as festas deixarão<br />

de ter vinho e a cidade ficará, cada vez mais, cinza e largada<br />

aos tons de castanho. se algo não for feito rapidamente,<br />

as caixas de lápis de cor virão com menos de 12 cores e desenhar<br />

uma árvore ficará para as aulas de história.<br />

pedro reis<br />

Direção Margarida Tomé Edição Francisco Santo Colaborou nesta edição Bianca Gerardo,<br />

Francisco Santo, Huliana Sales, Inês Simões, Joana Castro, Lia Almeida, Mariana Fernandes,<br />

Miguel Gonçalves, Mónica Baltazar, Pedro Marques, Pedro Reis, Rafael Henriques, Rui Carreira,<br />

Susana Nóbrega, Tiago Gonçalves Agradecimentos Direção da FPCEUC Paginação Francisco<br />

Santo Conceção e Produção NEPCESS/AAC Impressão PMP- Serviços e Equipamentos Gráficos, Lda.;<br />

Telefone 239704638/239705114; Fax 239704639; email: pedro pmpnet.eu Tiragem 100 exemplares<br />

Contactos<br />

FPCE-UC<br />

Direção<br />

dir fpce.uc.pt<br />

Serviços Académicos<br />

epg-fpce fpce.uc.pt<br />

Gabinete de Apoio ao Estudante<br />

gae fpce.uc.pt<br />

Rhumo<br />

Júnior Empresa de Recursos Humanos<br />

geral.rhumo gmail.com<br />

Desconcertuna<br />

tuna.fpceuc hotmail.com<br />

desconcertuna.2007 gmail.com<br />

InterDito<br />

Grupo de Expressão Dramática da FPCEUC<br />

interdito.fpceuc gmail.com<br />

NEPCESS/AAC<br />

Direção<br />

nepcessaac.direcao gmail.com<br />

Plenário<br />

plenario.nepcess.aac gmail.com<br />

Jornal O <strong>Claustro</strong><br />

jornaloclaustro gmail.com<br />

Pelouro de Comunicação e Imagem<br />

nepcess.comunicacao gmail.com<br />

Pelouro de Desporto e Convívio<br />

nepcess.desporto.convivio gmail.com<br />

Pelouro Intervenção Cívica e Ação<br />

Social<br />

nepcess.intervencao.civica gmail.com<br />

Pelouro da Cultura<br />

cultura. nepcess gmail.com<br />

Pelouro de Ação e Formação<br />

nepcess.acao.formacao gmail.com<br />

Pelouro de Pedagogia Educativa e<br />

Saídas Profissionais<br />

Pedagogia .nepcess gmail.com<br />

Pelouro de Relações Internacionais e Relações Externas<br />

nepcess.rire gmail.com<br />

O <strong>Claustro</strong> Página 1


POLITICAMENTE INCORRETO<br />

Passadas as eleições presidenciais,<br />

todos já conhecem a graça do candidato<br />

escolhido com 52% dos votos:<br />

Marcelo Caetano Rebelo de Sousa. O<br />

líder de Estado português assumiu o cargo<br />

no dia 9 de março deste ano. Com uma longa<br />

e distinta carreira política e académica, o<br />

atual presidente da república tem um bom<br />

currículo para as funções que irá exercer. A<br />

pergunta é se vai cumpri-las como o seu<br />

antecessor (e se por ventura o fizer, seria o<br />

caso de estarmos perdidos ou salvos?). Mas,<br />

deixemo-nos de coisas e vamos ao que interessa:<br />

o seu discurso de posse. O presidente<br />

empregou bem as palavras para dirigir<br />

os seus agradecimentos e parabenizações<br />

a uma data de convidados especiais: ministros<br />

estrangeiros, o rei espanhol Filipe VI,<br />

ao ex-presidente Cavaco Silva, aos militares<br />

e civis que fizeram o 25 de Abril e a toda a<br />

nação portuguesa.<br />

Toda uma composição com pontos<br />

muito interessantes, porém, saliento o que<br />

dentre eles, talvez, o mais importante. Passo<br />

a citar: “O Presidente da República será, pois,<br />

um guardião permanente e escrupuloso da<br />

Constituição e dos seus valores, que, ao fim<br />

e ao cabo, são os valores da Nação que nos<br />

orgulhamos de ser.”. Palavras certamente<br />

bem escolhidas, mas ser um “guardião permanente<br />

da constituição” implica não se esquecer<br />

do que lá está escrito. . A propósito<br />

disso, fiquei curiosidade para ler a constituição<br />

portuguesa (coisa que tinha sempre adiado<br />

até agora)... O presidente vai ter trabalho!<br />

Não vai ser tarefa fácil para o nosso guardião<br />

cumprir o artigo 74º da Constituição, referente<br />

ao Ensino que, mesmo sendo bem formulado,<br />

até hoje nunca foi completamente<br />

praticado. Neste artigo está escrito que: “1.<br />

Todos têm direito ao ensino com garantia<br />

do direito à igualdade de oportunidades de<br />

acesso e êxito escolar.”. Está escrito, também<br />

que “ Na realização da política<br />

de ensino incumbe ao Estado: a) Assegurar<br />

o ensino básico universal,<br />

obrigatório e gratuito” e “e) Estabelecer<br />

progressivamente a gratuitidade de todos<br />

os graus de ensino”. No entanto,<br />

todos sabem que não há nada de gratuito<br />

no ensino público. Quanto será<br />

que custa o gratuito no preto e no branco<br />

de todos os livros até ao fim do Secundário?<br />

Os pais devem saber, afinal<br />

esse “gratuito” sai do bolso deles! Até<br />

aqui já vimos uma amostra do árduo<br />

trabalho que o senhor presidente terá<br />

que desempenhar, apenas na área do<br />

ensino. Ah, se o trabalho de guardar a<br />

constituição terminasse por aqui... A<br />

coisa fica ainda mais interessante quando<br />

entramos no artigo 13º - Princípio da<br />

Igualdade, que é regido pelo lema de<br />

que “1. Todos os cidadãos têm a mesma<br />

dignidade social e são iguais perante a<br />

lei. – 2. Ninguém pode ser privilegiado,<br />

beneficiado, prejudicado, privado de<br />

qualquer direito ou isento de qualquer<br />

dever em razão de ascendência, sexo,<br />

raça, língua, território de origem, religião,<br />

convicções políticas ou ideológicas,<br />

instrução, situação económica,<br />

condição social ou orientação sexual.”.<br />

É engraçado ler isso, visto que há tantos<br />

casos em tribunal dados por encerrados<br />

sem ter uma conclusão. Casos<br />

que correspondem a determinadas<br />

elites, claro! O privilégio está estampado<br />

com letra maiúscula nos Cartões<br />

de Cidadão dos políticos e dos ricos.<br />

Contudo, digo ao senhor presidente<br />

que tenha calma, pois não terá,<br />

nem conseguirá, obviamente, fazer<br />

tudo sozinho: o povo deve colaborar!<br />

Confesso que não li toda a Constituição,<br />

mas encontrei o artigo (9º - Tarefas<br />

O <strong>Claustro</strong> Página 2


Fundamentais do Estado) que é tempestivo<br />

à nossa obrigação enquanto<br />

cidadãos, e não apenas do Estado: “c)<br />

Defender a democracia política, assegurar<br />

e incentivar a participação democrática<br />

dos cidadãos na resolução dos problemas<br />

nacionais”. Claro, é o dever do Estado,<br />

incentivar o cidadão ao sufrágio e a organizar<br />

e enfatizar a que os indivíduos participem<br />

em plebiscitos, por exemplo; mas se os<br />

nossos líderes não o fizerem? Continuamos<br />

na ignorância, utilizando a falta de estímulo<br />

como desculpa? De forma alguma! Isso<br />

seria assumir o papel de acéfalos e<br />

mentecaptos, controlados por generais<br />

gananciosos que nos usam como matéria-<br />

-prima para fazer dinheiro, oferecendo<br />

nada em troca dos nossos serviços. Sê o<br />

cidadão que vai ajudar o teu presidente<br />

a mudar o rumo do teu país! Pare de se<br />

queixar apenas de que as coisas vão mal, e<br />

faz alguma coisa para mudar. Procura mais<br />

saber quais são os teus deveres enquanto<br />

cidadão (e também os teus direitos, claro)<br />

e não tenta dar-lhes a volta. Afinal, no<br />

fundo temos todos que ser guardiões da<br />

Constituição, mesmo sem afirmarmos em<br />

rede nacional que somos. É uma tarefa<br />

difícil, mas também ninguém disse que ser<br />

“guardião permanente e escrupuloso da<br />

Constituição” seria fácil. Como certamente<br />

também ninguém disse que a poria em<br />

prática. Infelizmente.<br />

Huliana Sales<br />

interdito.fpceuc gmail.com<br />

http://teatrointerdito.blogspot.com<br />

O <strong>Claustro</strong> Página 3


AQUI HÁ PESSOA<br />

Tanta luz não basta<br />

Tanta luz não basta<br />

Só por ser um abraço<br />

Que envolve a escuridão.<br />

Se lá não houver sinal de ti.<br />

Se lá as ruas não tiverem nome<br />

E se as casas não ficarem de pé.<br />

Se a luz não se deitar comigo<br />

E se apagar no meus olhos<br />

E se acender nos meus sonhos.<br />

Francisco Santo, Psicologia, 3º ano<br />

Passarinho<br />

Antes de voar, passarinho enlouqueceu<br />

Se entupiu de pedras para não sair do<br />

chão<br />

Pensou que o ar não era mais seu lar<br />

E às nuvens voltou a voar<br />

Voava tanto e tão bem que acabava sempre<br />

sozinho<br />

Isso o entristecia até que resolveu parar de<br />

voar<br />

Voaria por mais alguns quilômetros e<br />

pararia onde não há mais solidão<br />

Resolveu se urbanizar<br />

Mais cedo, resolveu se aplumar<br />

Pintou uma pena de rosa, uma asa de outra<br />

cor<br />

Voou durante um tempo a fim de se<br />

mostrar<br />

Que passarinho aqui nunca mais irá voltar<br />

Vi nas palavras<br />

Um conjunto de ideias<br />

Presas num ecrã<br />

De vontades alheias<br />

Como algas na areia<br />

Que faziam sentido<br />

Neste mundo insensível,<br />

Dentro do sonho esquecido.<br />

Poema escrito pelos participantes do Workshop<br />

de Escrita Criativa, realizado no âmbito do Mês<br />

Cultural do NEPCESS/AAC<br />

Seguiu alguns metros, um pouco mais do<br />

que isso e as cores se dissiparam<br />

O colorido das penas escorreu aos olhos e<br />

transformou passarinho<br />

Aquele belo pássaro de olhos vitrais não<br />

existia mais<br />

E parou de vez de voar<br />

Encontrou amigos, pares, ninhos<br />

No concreto fez sua vida levar<br />

Deixou de ser passarinho<br />

Para nunca mais se encontrar<br />

Pedro Reis, Psicologia, 1º ano<br />

O <strong>Claustro</strong> Página 4


Poemas ao Verde<br />

Já dizia Oscar Wilde: “Com liberdade, livros, flores e a Lua, quem não seria feliz?”.<br />

No âmbito da celebração do dia mundial da Poesia e do dia mundial da Árvore, ambos a<br />

21 de Março, trazemos-te uma coletânea de fotografias do jardim botânico e de poemas<br />

acerca da natureza, que tão bem se entrelaçam na sua beleza.<br />

Angola<br />

A Manga<br />

Portugal<br />

III<br />

Agora que sinto amor<br />

Tenho interesse nos perfumes.<br />

Nunca antes me interessou que uma flor<br />

tivesse cheiro.<br />

Agora sinto o perfume das flores como se<br />

visse uma coisa nova.<br />

Sei bem que elas cheiravam, como sei<br />

que existia.<br />

São coisas que se sabem por fora.<br />

Mas agora sei com a respiração da parte<br />

de trás da cabeça.<br />

Hoje as flores sabem-me bem num paladar<br />

que se cheira.<br />

Hoje às vezes acordo e cheiro antes de<br />

ver.<br />

Fernando Pessoa<br />

Fruta do paraíso<br />

companheira dos deuses<br />

as mãos<br />

tiram-lhe a pele<br />

dúctil<br />

como, se, de mantos<br />

se tratasse<br />

surge a carne chegadinha<br />

fio a fio<br />

ao coração:<br />

leve<br />

morno<br />

mastigável<br />

o cheiro permanece<br />

para que a encontrem<br />

os meninos<br />

pelo faro.<br />

Ana Paula Ribeiro Tavares<br />

Junta-te a nós nas nossas reuniões semanais,<br />

terça-feira às 21:00h, no edifício principal da FPCE-<br />

UC.<br />

O <strong>Claustro</strong> Página 5


Poemas ao Verde<br />

Nas ondas da praia<br />

Nas ondas do mar<br />

Quero ser feliz<br />

Quero me afogar.<br />

Brasil<br />

Cantiga<br />

Nas ondas da praia<br />

Quem vem me beijar?<br />

Quero a estrela-d’alva<br />

Rainha do mar.<br />

Quero ser feliz<br />

Nas ondas do mar<br />

Quero esquecer tudo<br />

Quero descansar.<br />

Manuel Bandeira<br />

Huliana Sales<br />

Moçambique<br />

De Profundis<br />

Extenso dia taciturno de nuvens.<br />

Nas ramadas passarinhos de mágoa<br />

Lacrimejando chilros. Um braçado<br />

Policromo de flores<br />

Perfumado<br />

De profundis<br />

De coroas.<br />

Tão duro<br />

Assim lacónico<br />

Nosso adeus de rosas, Maria.<br />

José Craveirinha<br />

Francisco Santo<br />

O <strong>Claustro</strong> Página 6


“redes soCiais ou redes masCaradas”<br />

A<br />

ntes de mais, vou começar por identificar-me;<br />

no meu tempo (não muito<br />

longínquo), costumava sair da escola<br />

e ia brincar com os meus colegas para o<br />

parque; no meu tempo, costumava sair com<br />

os meus pais, mesmo que não fosse essa a<br />

minha vontade; no meu tempo, costumava<br />

brincar aos médicos e às professoras, ou andava<br />

de bicicleta até esmurrar os joelhos e<br />

decidir encostá-la a um canto durante algum<br />

tempo; no meu tempo, já mais crescida, ia<br />

às compras com a minha mãe, pois já tinha<br />

algum voto na matéria e podia, por vezes,<br />

escolher o que comprar…<br />

Passados alguns anos, não muitos,<br />

tudo mudou. Foi como que, imaculadamente,<br />

o mundo se tivesse posto às avessas<br />

e todos os princípios, gracejos, atitudes,<br />

se resumissem só e apenas a um dos milhentos<br />

aparelhos eletrónicos existentes no<br />

atual século XXI.<br />

Hoje, sento-me numa cadeira de esplanada<br />

e o que vejo? Um casal sorrindo<br />

para um smartphone (cada um para o seu,<br />

claramente); uma rapariga, com pouco mais<br />

de 13 anos com um tablet, tirando fotografias<br />

ao seu carioca de café, provavelmente,<br />

para “twittar” ou “publicar no instagram” para<br />

depois poder “partilhar no facebook”… Não<br />

me peçam para tentar perceber este mundo.<br />

Acusem-me de ser do século passado, ou<br />

até mesmo de ser antiquada, mas a verdade<br />

é que, na minha opinião, este não é o “mundo<br />

das novas tecnologias”, como os sabidos<br />

lhe chamam, este é o mundo das aparências<br />

e das máscaras. Passo a explicar: maioritariamente,<br />

hoje em dia, dá--se muita importância<br />

ao tipo de fotografias que se publicam<br />

nas redes sociais. Isto é, aproveitando<br />

as funcionalidades do programa Photoshop,<br />

dá-se um jeitinho aqui, outro ali, um<br />

ajuste no nariz, ou-tro nas pálpebras e,<br />

talvez, até, um batom mais claro se possa<br />

adicionar aos lábios para que a fotografia<br />

fique no ponto. Com que intuito? Obter<br />

o maior número possível de “likes”,<br />

de preferência, que consiga ultrapassar<br />

aquela rapariga da escola que chama a<br />

atenção de todos – até que nem é espantosamente<br />

bela, no entanto, é conhecida<br />

nacionalmente no Facebook!<br />

O ser humano está, cada vez mais,<br />

subjacente a máscaras, não máscaras de<br />

Carnaval, com decorações alusivas, mas<br />

sim máscaras sociais e, ao mesmo tempo,<br />

pessoais, na medida em que, a sua<br />

imagem nas redes sociais é tão transformada<br />

e tão convertida que chega ao<br />

ponto de este não ser reconhecido pela<br />

sua persona- lidade e pela sua maneira<br />

de estar no mundo e, pelo contrário, ser<br />

reconhecido pela sua “foto de perfil”, ou<br />

pelos seus “posts”. Sendo que se assemelha<br />

a um baile de máscaras do século<br />

XVIII, em que ganhava a melhor máscara.<br />

As pessoas, desta forma, acabam por<br />

idealizar um “eu” que, no fundo, não existe,<br />

sendo que, deixam de se autoconhecer.<br />

Hoje em dia, convivemos através<br />

do telemóvel, fazemos amigos<br />

através da Internet, brincamos através<br />

de um tablet, apaixonamo-nos através<br />

do Facebook e chegamos até a<br />

fazer o luto dos entes queridos pelo<br />

instagram – que ironia tão ridícula e genuína.<br />

Tenho saudades de só poder tirar<br />

vinte e duas fotografias até o rolo acabar,<br />

O <strong>Claustro</strong> Página 7


Tenho saudades de só poder tirar vinte e<br />

duas fotografias até o rolo acabar, com a<br />

obrigatoriedade de ficarem bem, de outra<br />

forma não havia remédio; já para não falar<br />

da emoção que era poder vê-las depois de<br />

reveladas, o seu tamanho, 10x15, a maioria<br />

das vezes, era o suficiente, assim como<br />

a qualidade da imagem; faziam-se álbuns<br />

intermináveis e cada fotografia tinha um significado<br />

específico, agora não é assim. Tiram-se<br />

fotografias por tirar, chegam a ser mil<br />

ou mil e cem sem qualquer conteúdo, com o<br />

único objetivo de, mais uma vez, “postar no<br />

facebook”. Tenho saudades de ver pessoas a<br />

apaixonar-se pelo olhar, pelo toque, pela fala;<br />

agora, apaixonam-se pelo olhar sim, mas o<br />

olhar é entre alguém e o seu computador.<br />

Sei que não sou ninguém para po-der<br />

opinar acerca do que quer que seja,<br />

sei que sou ainda muito jovem e que<br />

tenho muito a aprender, mas também sei<br />

o que é viver e viver, no meu ponto de vista<br />

não é ter uma rede social onde partilho<br />

a minha vida com o desconhecido; viver é<br />

partilhar sorrisos, é falar e discutir, é olhar<br />

e ser olhado, é tocar e ser tocado, é amar<br />

e ser amado. Como já dizia um anónimo,<br />

“o problema é quando o supérfluo se torna<br />

essencial e o essencial se torna supérfluo”,<br />

quando a existência humana se resume<br />

apenas e exclusivamente a futilida<br />

des. Saia à rua, olhe para o lado, sorria para<br />

o outro, diga-lhe bom dia e tenha uma<br />

conversa saudável de café, despeça-se e<br />

verificará que estes curtos dez minutos se<br />

tornam mais gratificantes e mais úteis que<br />

uma hora frente a uma rede social. Assim,<br />

acrescentará mais dez minutos na vida de<br />

alguém com um simples “bom dia”.<br />

Joana Castro, Psicologia, 1º ano<br />

O <strong>Claustro</strong> Página 8


D<br />

eixei que o meu olhar vagueasse<br />

pela sala e pelas caras familiares de<br />

outras invernosas aventuras. No entanto,<br />

houve um cruzar de olhares que me<br />

acorrentou. Fiquei capturado pela cumplicidade<br />

espontânea da afinidade eletiva<br />

que se estabelecera. A complementaridade<br />

química talvez possa ter a explicação<br />

que eu não tenho para o que se passou.<br />

Enquanto os olhos dançavam um tango<br />

de emoções fortes, a indisfarçável timidez<br />

tomou o leme e o racional acabou sobrepondo-se<br />

ao instinto primitivo.<br />

No universo paralelo da mente, a intimidade<br />

dominou o primeiro cato de uma<br />

história que não chegou a começar. Movimentamo-nos<br />

pela sala e, puxada pela órbita<br />

da tua presença, a minha mão tocou o<br />

teu braço. Não sei se sentiste como eu, não<br />

sei se me viste como eu te vi, nem sequer se<br />

existi naquele momento diante de ti.<br />

Fiquei nos bastidores da cena que se<br />

desenrolava a olhar-te mais um pouco, para<br />

descobrir que precisava de te transmitir<br />

de alguma forma o que estava a sentir. Digladiei-me<br />

com a minha sempre tão sóbria<br />

racionalidade, para assumir como ponto de<br />

honra o resgate do meu desejo inatista de<br />

estar contigo. Gostaria de dizer que venci a<br />

batalha, mas a verdade é que me escondi<br />

acabrunhado atrás de uma ideia que agora<br />

sondava como irrealizável. Todavia, no momento<br />

em que te despedias, decidi engolir<br />

em seco e dizer-te “ eu queria-te ter escolhido”.<br />

Estas palavras, vomitadas por uma<br />

trémula voz, tiveram um efeito libertador em<br />

mim.<br />

Fico feliz de, ainda que por uma<br />

fração de segundo, tenha estado suficientemente<br />

perto para poder ver o meu reflexo<br />

sorridente espelhado no profundo castanho<br />

dos teus olhos.<br />

Tiago Gonçalves, Psicologia, 4º ano<br />

Ensaios: Quartas e Quintas-feiras, 21 Horas, FPCEUC<br />

Contactos: Andreia - 917846573<br />

Davide - 912780172<br />

O <strong>Claustro</strong> Página 9


“a Patologia das emoções”<br />

N<br />

uma sociedade aterrorizada pelo<br />

medo da tristeza, desde cedo aprende-<br />

mos que devemos fazer tudo<br />

para evitar estas emoções e experiências<br />

supostamente negativas. A solução encontrada?<br />

Medicação; sejam fármacos prescritos<br />

por médicos ou obtidos sem prescrição,<br />

sejam substâncias químicas ou naturais<br />

obtidas na escuridão da ilegalidade, ou ainda<br />

o álcool, esse veneno que aparenta ser<br />

o melhor amigo de tantas almas perdidas. É<br />

Talvez, ver determinada pessoa na rua levando<br />

a sua vida como se nada se passasse<br />

seja o equivalente a ser engolida por um buraco<br />

negro, assegurando-me da insignificância<br />

da minha existência; ouvir um nome que<br />

soa como uma bala direta ao coração, para<br />

sempre impronunciável pela minha boca; o<br />

desespero da necessidade de ver, ouvir, sentir<br />

alguém cuja partida faz com que a simples<br />

tarefa de respirar exija o maior esforço. Serão<br />

estas experiências realmente negativas?<br />

Com certeza que são desagradáveis,<br />

causadoras de sofrimento até, mas como<br />

podemos classificar algo com tanto potencial<br />

como negativo? Potencial para crescer<br />

enquanto pessoa, para nos tornarmos nas<br />

pessoas que ambicionamos ser, para abrir<br />

os nossos horizontes e ver o mundo com<br />

uma visão mais madura. Não são raras as<br />

vezes em que retiramos e retemos mais destas<br />

experiências do que dos momentos em<br />

que tudo parece correr bem. Então porque<br />

fazemos de tudo para fugir, para nos “adormecer”<br />

perante estas situações e emoções?<br />

Porventura seria melhor fazer as perguntas<br />

que assombram a nossa sanidade<br />

mental mas cujas respostas ameaçam a<br />

bastante provável que, pelo menos durante<br />

um momento da nossa vida, todos<br />

nós recorramos a esta solução precária,<br />

que nunca passará de uma ilusão.<br />

Sim, por vezes é aflitivo conviver<br />

com as eternas memórias outrora<br />

felizes que, numa questão de<br />

horas ou até minutos, mudam de cor,<br />

adquirem aquele sabor amargo, são<br />

estilhaços de um espelho cujo reflexo<br />

fora, uma vez, bastante diferente.<br />

pouca coragem que resta; sentir a tristeza,<br />

a desilusão, a raiva que achamos não<br />

ter direito de sentir pois assim nos diz o<br />

nosso lado racional; aceitar que não estamos<br />

bem e não ter de o esconder como<br />

se fosse motivo para vergonha ou sinal<br />

de fraqueza. Aprender a lidar com a dor<br />

de forma saudável e até, quem sabe, utilizá-la<br />

como fonte de motivação e inspiração,<br />

tornando-se no nosso próprio ”Grito<br />

do Ipiranga” apresenta-se como a alternativa<br />

(muito pouco utilizada) à resposta<br />

recorrente. Evitar o sofrimento parece e,<br />

decerto será, uma solução bastante mais<br />

fácil. Contudo, ao navegar pelas ondas<br />

do adormecimento, não estamos a fazer<br />

nada, estamos parados num túnel escuro<br />

com uma lanterna que ilumina o espaço,<br />

mais cedo ou mais tarde essa lanterna<br />

vai deixar de funcionar e a escuridão tornar-se-á<br />

mais intensa do que nunca.<br />

Só posso falar por mim, mas estou<br />

disposta a percorrer a escuridão na esperança<br />

de um dia encontrar a luz ao fundo<br />

do túnel, sabendo que quando esse dia<br />

chegar saberei apreciar o verdadeiro valor<br />

da luz.<br />

Inês Simões, Psicologia, 2º ano<br />

O <strong>Claustro</strong> Página 10


Ana Leite, Psicologia, 1º ano<br />

Emanuelle Fehr, Psicologia, 1º ano<br />

O <strong>Claustro</strong> Página 12


Filipa Santana, Psicologia, 2º ano<br />

Júlia Mello, Psicologia, 1º ano<br />

O <strong>Claustro</strong> Página 13


E se a tua opcional<br />

fosse a participação numa investigação?<br />

Os projetos de investigação realizados por alunos da FPCE-UC já existem há<br />

alguns anos, contudo ainda são poucos os que sabem acerca da sua hipótese de substituir<br />

uma disciplina de opção por um projeto de investigação, que é tão ou mais enriquecedor<br />

do que a realização de uma disciplina.<br />

Aqui vos será apresentado três testemunhos de pessoas que participaram ou<br />

participam atualmente em projetos. Três visões de alunos que tiveram a curiosidade de<br />

saber o que é o mundo da investigação antes da realização da sua tese pessoal.<br />

Desde que tive conhecimento da possibilidade de realizar um projeto de investigação<br />

para substituir uma disciplina de opção, sempre tive esse anseio. A investigação<br />

é uma área de trabalho que me fascina, dado que é desta que surge o conhecimento<br />

mais preciso e atualizado de uma ciência. E saber que posso contribuir para o desenvolvimento<br />

da ciência, nem que seja apenas com um grão de açúcar, é de um maior<br />

apreço para mim. Contudo, os projetos a funcionar na faculdade, ao longo do meu<br />

percurso académico, não me despertavam um interesse genuíno de participar, tendo<br />

aguardado até este semestre corrente para participar num projeto. Se foi tarde para<br />

começar? Ainda não sei. Todavia, sinto-me muito feliz pela minha escolha.<br />

O projeto em que estou a participar é um dos vários a decorrer no Centro de Investigação<br />

do Núcleo de Estudos e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC),<br />

o qual investiga diversos temas acerca da minha área de estudos. No meu projeto, fui<br />

integrado em algumas tarefas que são igualmente realizadas pelos estagiários. Portanto,<br />

tenho realizado entrevistas clínicas e aplicação de questionários, atualização de bases<br />

de dados, alguma revisão bibliográfica. Igualmente, também auxilio a realização de<br />

algumas tarefas para um evento em que os meus orientadores pertencem ao Comité<br />

de Organização.<br />

Apesar de ter de cumprir 180 horas mínimas para a concretização do projeto,<br />

bem como um relatório acerca do mesmo, este serve para praticar certas competências<br />

aprendidas ao longo do curso, permitindo vivenciar uma componente prática em que o<br />

curso carece.<br />

O Conselho que posso oferecer a todos os leitores: não temam. Não temam o<br />

trabalho que o projeto vos possa dar, não temam procurar por um projeto com temas<br />

que vos interessa, não temam falar com os vossos professores para lhes questionar<br />

acerca dos projetos a decorrer. Os ensinamentos a curto, médio e longo prazo são de<br />

um valor inestimável.<br />

Rafael Henriques, Psicologia, 4º ano<br />

O <strong>Claustro</strong> Página 14


E se a tua opcional<br />

fosse a participação numa investigação?<br />

Chegado o final do 2º ano, instaurou-se a preocupação de que mestrado seguir. O<br />

risco de escolher algo apelativo e acabar desiludida era algo que não queria correr. Após<br />

alguma ponderação e aconselhamentos decidi que a prática seria a melhor opção. Depois<br />

de falar com o Professor Jorge Almeida participei no projeto de investigação “Memória de<br />

medo: um estudo de neuromodulação na perturbação de ansiedade generalizada”, no<br />

PROACTION Laboratory. A substituição de uma unidade curricular de opção pela participação<br />

neste projeto de investigação proporcionou-me a oportunidade de desenvolver<br />

o intelecto e de adquirir competências a nível académico e pessoal que antes não possuía.<br />

Nenhuma unidade curricular nos prepara para o futuro da mesma forma. A grande<br />

exigência e a pesada carga laboral obrigam a existência de disciplina e organização. A<br />

novidade e o interesse fazem crescer a vontade de querer mais. Aprendi a ser autónoma<br />

e a ser colaboradora, a ser perfeccionista mas não irrealista e a aproveitar as oportunidades<br />

sem recear os desafios. Atualmente, nós estudantes somos privilegiados por nos<br />

ser dada a possibilidade de realizar uma creditação e, desta forma, adquirir experiência e<br />

competências únicas que nos serão muito úteis no futuro. Para mim, esta possibilidade<br />

deve ser aproveitada.<br />

Bianca Gerardo, Psicologia, 3º ano<br />

Um mês antes do início do 2º ano, recebi um email que, embora mal o soubesse,<br />

mudaria muito todo o meu percurso académico. O CINEICC, núcleo de investigação da<br />

FPCEUC, procurava alunos interessados em substituir uma cadeira opcional pela participação<br />

num projeto de investigação, o BEfree, que estudava comportamentos de ingestão<br />

compulsiva e como estes poderiam ser atenuados recorrendo a terapias de 3ª<br />

geração em grupo. Foi, sem dúvida, das melhores experiências que alguma vez tive em<br />

todo o meu percurso académico. Dá-nos um vislumbre do mundo investigativo, e apenas<br />

esse vislumbre permite-nos adquirir competências de procura de informação, método de<br />

trabalho, escrita científica e de recolha de amostra, entre muitos outros. Aconselho vivamente<br />

a que aproveitem esta fantástica oportunidade que a FPCEUC nos oferece.<br />

Margarida Tomé, Psicologia, 3º ano<br />

O <strong>Claustro</strong> Página 15


SPOT DE CULTURA<br />

Sabias que…?<br />

Em 1995 a UNESCO estabelece 23 de abril como Dia Mundial do Livro e do Direito de<br />

Autor? O dia foi escolhido como recordação do falecimento de escritores como Cervantes e<br />

Shakespeare e do nascimento de Nabokov! Em Coimbra, O <strong>Claustro</strong> sugere que comemores<br />

com a “Sessão De Poesia Em Noite De Lua Cheia” proposta pela UC no âmbito da 18ª semana<br />

cultural. Esta acontecerá às 22h do dia 22 de Abril e é promovida pelo CITAC no edifício da<br />

AAC.<br />

Deixamos-te aqui, no âmbito desta celebração, duas críticas de livros que te recomendamos.<br />

Boas leituras!<br />

“aristotle and dante disCover the seCrets of the universe”<br />

de Benjamin alire saenz<br />

Benjamin conta-nos a história da mais-que-amizade de Ari e Dante, adolescentes hispânicos<br />

de El Paso, Novo México, nos anos 80.<br />

Os esforços no sentido da aceitação da homossexualidade ao nível da cultura não<br />

têm sido poucos e na literatura também não: naquela que é a epopeia da representação do<br />

amor na íntegra, primeiro nasceu o Young Adult, depois a ficção LGTBQ. Mas o ingrediente<br />

que falta muitas vezes é a noção de que estas personagens, à semelhança das pessoas que<br />

representam, não se resumem à sua orientação sexual. Desta forma, o autor apresenta-nos<br />

a história de duas famílias pouco convencionais cujos destinos se cruzam quando Ari conhece<br />

Dante e leva-nos numa viagem que altera a vida de todas as personagens para sempre;<br />

mas vai mais longe, inserindo-as num contexto histórico que poucos se atrevem a explorar:<br />

a América homofóbica de há trinta anos.<br />

Tal como descrito pela Publisher’s Weekly, este livro é uma exploração carinhosa e<br />

honesta da identidade; escrito na primeira pessoa, leva-nos a crer que talvez seja o caso de<br />

existirmos entre o dano e a cura e talvez seja, também, o caso de sermos habitados por rebelião.<br />

Em nós moram guerras, universos e palavras.<br />

“timBuktu”, de Paul auster<br />

Em Timbuktu, Auster transporta-nos para o mundo de Mr. Bones, o fiel companheiro<br />

canino de Willy G. Christmas, poeta, sem-abrigo, louco e nova-iorquino. A história começa<br />

quando Willy sente que a morte se aproxima e partem juntos para Baltimore em busca de<br />

Mrs. Swanson, a sua antiga professora de inglês que daria rumo ao seu legado literário e, à<br />

chegada Willy parte para Timbuktu, o lugar que começa onde o mundo acaba.<br />

A subtileza desta leitura permanece na versatilidade com a qual consegue passar do<br />

mundo onde as personagens são apresentadas com tonalidades de solidão, luto, revolta<br />

e humilhação para um mundo colorido com as cores vivas da infância. Descreve desafios,<br />

adaptações e é, mais do que um manual de como ser junto dos outros, um manual de<br />

como conhecer os outros. Meio-fábula-meio-ficção, fala de amizade do jeito como as fábulas<br />

falam sem deixar de ser um hino à humanidade onde quer que ela possa encontrar-se.<br />

Auster põe neste livro, uma maravilhosa prosa ao serviço da história de Mr. Bones,<br />

embrulha-a em tristeza, enlaça-a com um fino sentido de humor. Este não será um livro<br />

obrigatório para todos os donos de cães, só para aqueles que reconhecem nos seus animais<br />

verdadeiros amigos.<br />

O <strong>Claustro</strong> Página 16


Que mestrado escolher?<br />

A<br />

proxima-se o final do ano letivo e com<br />

ele, se estás no terceiro ano, o momento<br />

da escolha do teu rumo. Provavelmente<br />

encontras-te indeciso, sem saber o que cada um<br />

dos mestrados te poderá oferecer. Para te ajudar,<br />

O <strong>Claustro</strong> reuniu alguns testemunhos de estudantes<br />

de cada um dos mestrados do teu curso,<br />

para que conheças melhor como cada um<br />

funciona, pelo ponto de vista de alguém que<br />

já passou pelo mesmo que tu. Nesta edição,<br />

trazemos-te descrições de parte dos mestrados<br />

que a FPCEUC te oferece; na próxima, aparecerão<br />

os restantes de Psicologia e os mestrados<br />

de Ciências da Educação e Serviço Social.<br />

Mestrado em Psicopatologia e Psicoterapias Dinâmicas<br />

Não temos a menor dúvida de que o<br />

Mestrado em Psicopatologia e Psicoterapias<br />

Dinâmicas nos deu e continua a dar bases significativas<br />

para nos construirmos não só enquanto<br />

futuras terapeutas, mas, acima de tudo, como<br />

pessoas. Consciencializamo-nos que, passo a<br />

passo, e numa aprendizagem contínua nas diversas<br />

unidades curriculares em simultâneo, permite-nos<br />

(o mestrado) ver e entender os nossos<br />

“eus” mais profundos, sabendo que estes se podem<br />

fragmentar em mil pedaços de outras tantas<br />

mil identidades. E que aprendendo a aceitá-los,<br />

conseguiremos entender melhor os dos outros.<br />

No início, nenhum de nós nega, foi difícil.<br />

A licenciatura pouco nos prepara para o esforço<br />

que o mestrado exige e tivemos de trabalhar ar-<br />

duamente. Por um lado, tivemos de aprofundar<br />

os nossos saberes como nunca antes o fizemos,<br />

integrar novas terminologias que são muito<br />

próprias e específicas nesta área. E, por outro,<br />

colocarmo-nos à prova, descobrindo e aceitando<br />

que existem acontecimentos que ao longo<br />

das nossas vidas se tornaram âncoras fortes<br />

e que dizem, de facto, muito sobre os nossos<br />

mundos internos. Contudo, apesar da exigência<br />

e rigor evidentes, temos a certeza que foi a melhor<br />

decisão que tomámos.<br />

Por último, e não apelando para que escolham<br />

este mestrado em detrimento de outro,<br />

saibam que para usufruir melhor de qualquer<br />

um deles devem ir, naturalmente, na direção que<br />

o vosso coração insistir. O nosso insistiu neste.<br />

A turma de 4ºano do Mestrado em Psicopatologia<br />

e Psicoterapias Dinâmicas (2015-2017)<br />

Mestrado em Psicologia Forense<br />

Quando estava a pensar no meu futuro,<br />

e do que queria ser quando fosse<br />

“grande”, deparei-me com uma incógnita. O<br />

meu sonho era ser o próximo Derek Morgan<br />

ou Spencer Reid, de Mentes Criminosas, e<br />

passar a vida a traçar perfis de serial-killers<br />

e dos maiores bandidos de toda a espécie.<br />

Então o objetivo seria tirar a licenciatura em<br />

Psicologia e prosseguir no mestrado de Psicologia<br />

Forense.<br />

Com os anos de licenciatura e mais<br />

especificamente com o primeiro semestre<br />

de mestrado, acabei por me aperceber<br />

que os desafios e as tarefas que são esperadas<br />

de um Psicólogo Forense são muito<br />

mais vastas, podem incidir em vários<br />

contextos, e que, de facto, a nossa contribuição<br />

pode ser enorme. A Psicologia<br />

Forense tem adquirido uma relevância<br />

crescente no domínio dos serviços<br />

O <strong>Claustro</strong> Página 17


Que mestrado escolher?<br />

da Justiça, ora através da realização de avaliação<br />

psicológica por solicitação dos Tribunais,<br />

ora pela prestação de serviços psicológicos<br />

em diversos contextos judiciais,<br />

como por exemplo avaliação e intervenção<br />

com jovens e adultos agressores, ou prestar<br />

apoio a vítimas.<br />

Caso optem por este mestrado, tenham<br />

noção de que é uma área em contínuo<br />

crescimento e que será esperado de vós esforço,<br />

dedicação e muito trabalho.<br />

Pedro Marques<br />

Mestrado em Psicoterapia Sistémica e Familiar<br />

Todos nós tínhamos algumas dúvidas e<br />

incertezas do que íamos encontrar e se iríamos<br />

gostar do mestrado de sistémica, mas estes<br />

medos rapidamente foram ultrapassadas. Agora<br />

temos a certeza de ter feito a melhor escolha<br />

possível.<br />

Relativamente à área em si, levámos uma<br />

lavagem cerebral (o pensamento sistémico é<br />

diferente de tudo o que aprendemos na licenciatura<br />

e a adaptação poderá ser desafiadora).<br />

É-nos exigido muito trabalho e dedicação, contudo<br />

isto permite uma grande interiorização<br />

dos conteúdos. Abordamos temáticas muito<br />

específicas mas sempre com muitas portas<br />

abertas para outras matérias. Podemos dizer<br />

que aprendemos mais num semestre do que<br />

do que nos 3 anos de licenciatura.<br />

O acompanhamento que nos é dado<br />

pelas professoras é magnífico (estão sempre<br />

disponíveis e transmitem a “verdadeira essência<br />

da sistémica”) e o ambiente que se vive<br />

na nossa turma, marcado por solidariedade,<br />

companheirismo e cooperação, proporciona<br />

uma aprendizagem rica a todos os níveis.<br />

Ainda estamos no início, todavia o interesse<br />

aumenta cada vez mais, a motivação<br />

desenvolve-se e as nossas perspetivas para<br />

o futuro são enormes.<br />

Parece cliché mas, em sistémica, somos,<br />

realmente, uma família.<br />

Turma de Psicoterapia Sistémica e Familiar<br />

2015/2017<br />

Mestrado em Psicologia das Organizações e do Trabalho<br />

Em Organizações, o primeiro semestre<br />

dota-nos do conhecimento base no qual assenta<br />

a futura profissão, mas é, ao mesmo tempo,<br />

muito dinâmico, uma vez que os trabalhos em<br />

grupo são constantes e os professores acabam<br />

por ligar a teoria à sua experiência profissional.<br />

Já o segundo semestre está direcionado<br />

para as várias intervenções que podem ser realizadas<br />

nas organizações. No geral, é um mestrado<br />

orientado para a prática, mas com a<br />

preocupação de ensinar a teoria sob a qual assentará<br />

a intervenção, a qual pode passar pelo<br />

recrutamento, avaliação de desempenho, recompensas,<br />

enfim, tópicos muito variados ligados<br />

à gestão de recursos humanos. Relativamente<br />

aos outros mestrados, tem a vantagem<br />

de, no quinto ano, se fazer primeiro a tese<br />

e depois o estágio, separadamente. Eu encontrava-me<br />

a acabar o primeiro ano do mestrado<br />

em Cognitivo quando decidi mudar de rumo e<br />

seguir Organizações no ano letivo seguinte e,<br />

uma vez que já estava quase no final do ano,<br />

tive muitas dúvidas. Não posso afirmar que um<br />

mestrado seja melhor que o ou-tro, porque são,<br />

simplesmente, muito distintos. Importa sim o<br />

que cada um, com a informação de que dispõe<br />

no momento, se imagina a fazer e se assim se<br />

sentirá realizado.<br />

Mónica Baltazar<br />

O <strong>Claustro</strong> Página 18


JUNIRHUMO, A JÚNIOR EMPRESA DA FPCEUC<br />

Com o intuito de melhor dar a conhecer aos estudantes da FPCEUC a JuniRHumo,<br />

pedimos a um membro uma descrição mais detalhada do seu trabalho, valores e objetivos.<br />

Fica a conhecer esta excelente iniciativa dos nossos estudantes!<br />

HISTÓRIA DA JUNIRHUMO<br />

A JuniRHumo foi idealizada e criada por alunos do Mestrado Integrado em Psicologia<br />

das Organizações e do Trabalho (MIP) e alunos do Mestrado Europeu em Psicologia do Trabalho,<br />

das Organizações e dos Recursos Humanos (WOP-P) da FPCE-UC, em Novembro de<br />

2011. Inicialmente, foi formada com o nome de RHumo, mas, de forma a apelar ao seu estatuto<br />

universitário e de Júnior Empresa, foi rebatizada com o nome atual, JuniRHumo, em 2015.<br />

A SUA MISSÃO<br />

O intuito inerente à sua criação foi o de desenvolver e formar os membros relativamente<br />

aos conhecimentos práticos adquiridos durante a sua formação académica e de prestar<br />

serviços de qualidade na área dos Recursos Humanos, tais como Workshops e Formações,<br />

Análise de Funções, Team Building, Recrutamento e Seleção e Avaliação de Desempenho,<br />

nunca sem ter em conta a satisfação dos clientes, sempre com uma vontade constante de<br />

melhorar.<br />

OS VALORES DA JUNIRHUMO<br />

A JuniRHumo preocupa-se em ser transparente com os seus membros, obter resultados<br />

de excelência, cumprir com os seus objetivos de forma determinada e dedicada, manter<br />

sempre a sua integridade e ética profissional, comprometer-se aos seus objetivos, cooperar<br />

com os seus membros, manter boas relações interpessoais e apostar na aprendizagem<br />

de cada membro, valores que se foram demonstrando imprescindíveis para o sucesso da<br />

JuniRHumo.<br />

O SEU CAMINHO E PROGRESSO<br />

Desde a tomada de posse que decorreu no dia 18 de Dezembro de 2015, a nova Direção<br />

da JuniRHumo comprometeu-se em incrementar a visibilidade da Júnior Iniciativa,<br />

acreditando no seu potencial e qualidade de serviço. Na verdade, a JuniRHumo ainda não é<br />

oficialmente uma Júnior Empresa, mas está já a caminho de o ser através de um processo de<br />

oficialização guiado pela JADE Portugal, composto por 3 Kits de Expansão. Após a conclusão<br />

dos passos de cada Kit, será feita uma Assembleia Geral na qual a JADE e os seus membros<br />

votarão para aprovar o estatuto da JuniRHumo como Júnior Empresa. Este processo de oficialização<br />

será importante para aumentar a visibilidade da JuniRHumo, de uma forma global,<br />

para outras Júnior Empresas.<br />

Para além disto, tendo em conta a crescente desejabilidade pelos serviços fornecidos<br />

O <strong>Claustro</strong> Página 19


JUNIRHUMO, A JÚNIOR EMPRESA DA FPCEUC<br />

pela JuniRHumo, a nova Direção entrou em contacto com todas as Júnior Empresas de Coimbra.<br />

Para já, conseguiram-se criar laços profissionais e trocas de serviço com a Resistance,<br />

JuniPharma, ISCAC Junior Solutions e JEEFEUC, faltando apenas reunir com a JeKnowledge.<br />

Todas as reuniões se têm mostrado bastante positivas, marcadas pela colaboração e vontade<br />

de melhorar.<br />

Entretanto, a nova Direção da JuniRHumo tem também reunido com a Direção da FP-<br />

CEUC e do NEPCESS pois entendia que, como “órgão da casa”, devia aproximar-se das mesmas<br />

na esperança de poder contar com o apoio do corpo docente, diretivo e académico da<br />

Faculdade, estabelecendo relações igualmente positivas.<br />

Finalmente, a nova Direção quer apostar também no aspeto humano, e entrou em contacto<br />

com algumas associações solidárias da cidade de Coimbra com o propósito de poder<br />

oferecer o seu apoio, colaboração e ajuda às pessoas que mais precisam.<br />

REESTRUTURAÇÃO INTERNA<br />

A JuniRHumo também tem passado por algumas alterações internas, nomeadamente<br />

na denominação dos departamentos. Mantendo o nome de Recursos Humanos para um dos<br />

quatro departamentos, Relações Externas teve a sua designação alongada para Relações<br />

Externas e Relações Académicas, Projetos foi alterado para Organização e Gestão de Eventos,<br />

e Marketing passou a ser o departamento de Comunicação, Imagem e Marketing, para<br />

que as suas funções de cada departamento fossem melhor identificadas pelo nome que os<br />

designa.<br />

Acrescentando a esta mudança interna, a JuniRHumo conta também com um novo<br />

conselho financeiro para a sua gestão económica, composto agora por duas pessoas (o anterior<br />

cargo de Tesoureiro mais um secretário), e um conselho consultivo para ajudar a obter<br />

os melhores resultados possíveis, com a colaboração dos professores da área de Organizações,<br />

entre os quais se incluem a Prof. Carla Carvalho, a Prof. Leonor Pais, o Prof. Paulo<br />

Renato e a Prof. Teresa Rebelo.<br />

UM OBJETIVO POR CUMPRIR<br />

A JuniRHumo aspira ser a Júnior Empresa portuguesa de referência na área de Recursos<br />

Humanos e estar entre as principais Juniores Empresas a nível global, e conta com a criatividade,<br />

seriedade, ética profissional e responsabilidade de todos os membros, trabalhando<br />

como uma equipa unida e eficaz. A cada dia que passa, a JuniRHumo cresce e aproxima-se<br />

do seu grande objetivo, sem intenções de parar.<br />

O <strong>Claustro</strong> Página 20


D AGENDA<br />

CULTURAL<br />

ACTIVIDADES<br />

NEPCESS<br />

Águas Profundas | Terminal de Aeroporto<br />

6 de abril - TAGV<br />

Duas peças de Simon Stephens que dizem respeito ao “amor e perda (…) bem<br />

como a experiência da vida moderna numa cidade onde se chega, se espera<br />

ou se parte”<br />

Festival Santos da Casa<br />

8, 15 e 16 de abril – Salão Brazil / Corredor da RUC<br />

ABRIL<br />

5, 6 e 7/04 - Jornadas transdisciplinares’16<br />

luta de balões de água<br />

Anaquim<br />

15 de abril – TAGV<br />

febrada com torneio<br />

2º Congresso do Riso<br />

15-17 de abril – ISCAC<br />

MAIO<br />

Conversa de viajantes: Japão<br />

27 de abril - Casa Das Artes Da Fundação Bissaya Barreto<br />

Fórum internacional “Noite saudável das cidades”<br />

4-6 de maio – Auditório dos CHUC<br />

bootcamp de saídas profissionais<br />

Jantar de serenata<br />

Sessões de esclarecimentos acerca dos mestrados:<br />

Psicologia e Ciências da Educação<br />

sessão de esclarecimento: programa buddy<br />

Birds are Indie<br />

28 de maio – TAGV<br />

Teatro<br />

Música<br />

Workshop<br />

O <strong>Claustro</strong> Página 21


SECÇÃO DE<br />

LAZER<br />

HORÓSCOPOS DO PROFESSOR MUAMBA<br />

Carneiro (21/3 - 20/4) – Alguém parece estar a passar pela síndrome do “mommy issues”.<br />

Já é mais que altura de deixar de ser chato e confiar mais nas pessoas que gostam<br />

de você. Momento mais que oportuno para estreitar laços – A sua carta é: O segundo Sol,<br />

que significa amizade fortalecida se deixares os medos de lado. Praticar o exercício de<br />

confiança de deixar o facebook aberto no t4 em que vives.<br />

Touro (21/4 - 21/5) – O namoro acabou? É porque o cosmos está tentando te ensinar uma<br />

lição muito valiosa: praticar o desapego. O dia é interessante para jogar uma raspadinha.<br />

A intuição é um guia importantíssimo nesta fase de transição entre perder um euro ou<br />

ganhar dois. Apesar de sempre ouvir dizer que mais vale um na mão do que dois a voar,<br />

o cosmos sempre diz que as vezes convém arriscar.<br />

Gémeos (22/5 - 21/6) – Já viste aquele filme em que o rapazito deixa tudo e vai para as<br />

montanhas come uma planta venenosa que ele não conhecia e como estava sozinho,<br />

não conseguiu ajuda e morreu? Então, pelo menos ele estava seguindo os sonhos dele.<br />

Segue também os teus! Só não comas nada que não conheças. Aproveita que vais seguir<br />

os teus sonhos e mostra a alguém aquela obra de arte linda que tens escondida dentro<br />

do armário.<br />

Caranguejo (21/6 - 23/7) – Mostra a todos as tuas habilidades. É altura para pensar como<br />

é que te sentes a vontade à frente dos outros, para que te possas exprimir. Não te reprimas<br />

pois podes estar no auge da tua capacidade criativa. Quem sabe se inscrever no<br />

teatro ou dança? Fazer voluntariado também é uma escolha, a mais acertada talvez, visto<br />

que engloba desenvolver todas as características que já tens e ainda podes ajudar alguém.<br />

Dois em um!<br />

Leão (24/7 - 23/8) – A Lua, ainda em seu signo, se harmoniza hoje com Saturno e Úrano,<br />

leonino. O momento é interessante para se lembrar das asneiras passadas para saber<br />

como não estragar ainda mais o futuro. É normal se sentir mais confiante e isso pode<br />

levar a deitar tudo por água abaixo: não faça isso! É melhor ouvir o conselho da vovó e se<br />

agasalhar bem.<br />

Virgem (24/8 - 23/9) – Cuidado com o orgulho, a vaidade e o autoritarismo, não és nenhum<br />

general. Este é um momento frágil, os alinhamentos cósmicos ainda não estão completos.<br />

Qualquer passo em falso poderá diluir relações duradouras. Que será, será! A verdade<br />

é que tudo tem fim. O momento é de reflexão e mudanças, virgem. Concentre-se no<br />

que quer ser e seja!<br />

O <strong>Claustro</strong> Página 22


SECÇÃO DE<br />

LAZER<br />

HORÓSCOPOS DO PROFESSOR MUAMBA<br />

Balança (24/9 - 23/10) – Momento importante de fazer planos. É o momento ideal para<br />

escolher que cadeira vai fazer por final ou por recurso. Os amigos podem ser um apoio<br />

necessário para o que você quer empreender e criar novas maneiras de memorizar os<br />

conteúdos... Depois da Queima vai ser complicado com os vários neurónios perdidos.<br />

Escorpião (24/10 - 22/11) – A tua carta é: A lavoura. Parece que alguém trabalhou muito<br />

na terrinha durante a páscoa. Este é um momento em que você tende a confiar mais nas<br />

suas habilidades e talentos, depois de tanto semear batatas e juntar o feno. É necessário<br />

acreditar no seu potencial e aprimorar conhecimentos sobre o tempo para saber exatamente<br />

quando plantar, preparar o terreno e exterminar as pragas.<br />

Sagitário (23/11 - 21/12) – Pode aumentar o volume do telemóvel, ligar o wi-fi, ativar o<br />

bluetooth, infravermelho... É provável que recebas boas novas entretanto, logo é melhor<br />

não bloquear os caminhos do cosmos. Depois não se queixe se não receber nenhuma<br />

notícia. Eu bem que avisei das estradas do sobrenatural. Coma gengibre que é um bom<br />

anti-inflamatório.<br />

Capricórnio (22/12 - 20/1) – Cuidado com atitudes orgulhosas que podem gerar demasiado<br />

desgaste calórico. Não queremos que ninguém fique desnutrido. É momento de jogar<br />

fora aqueles cadernos velhos do sétimo ano que ainda guardas em casa. De que te adianta<br />

aquelas folhas todas riscadas de desenhos e nenhuma nota sobre sociologia?<br />

Aquário (21/1 - 19/2) – Um dia muito interessante para as parcerias e acordos, quem sabe<br />

pedir sociedade à Dona Alice? Nessa altura do ano até sabia bem fotocópias à pala. Momento<br />

de valorizar teus relacionamentos e amizades, por isso diz-lhes quão grande é o<br />

teu amor por eles, de preferência, às 4 da manhã, aos berros, quando eles já estiverem<br />

dormindo para terem a graça de serem acordados para receberem essa linda mensagem.<br />

É hora de questionar os seus ideais, crenças e valores: aposto que só foste no último mês<br />

à missa, porque era Páscoa. Deus ta vendo você que nunca vai à igreja, rezar de joelhos<br />

para passar as cadeiras.<br />

Peixes (20/2 - 20/3) – O Sol sai de seu signo e passa a atuar em Áries. Teus talentos estarão<br />

mais aprimorados, quem sabe treinar algo novo na cozinha? Sabes que a vida não<br />

pode ser só massa com atum. O início de um novo ano astrológico, com o movimento do<br />

Sol pelo primeiro signo do zodíaco. A fase é interessante para explorar os cantos de Coimbra<br />

que ainda não viste. Não, Coimbra não é só a Universidade, Praça, Sé Velha e AAC.<br />

O <strong>Claustro</strong> Página 23


JORNAL O CLAUSTRO<br />

VOLUME 3 Abril 2016 JORNAL GRATUITO

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