Revista Penha | maio 2016
O que acontece, quem são as pessoas que marcam a Freguesia e ainda algumas curiosidades sobre a Penha de França. Uma revista editada pela Junta de Freguesia da Penha de França.
O que acontece, quem são as pessoas que marcam a Freguesia e ainda algumas curiosidades sobre a Penha de França.
Uma revista editada pela Junta de Freguesia da Penha de França.
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PENHA<br />
Do rio à colina<br />
da primeira<br />
à última página<br />
Visita do<br />
Presidente<br />
da CML<br />
A Primeira<br />
Pedra da Piscina<br />
da <strong>Penha</strong><br />
Entrevista<br />
Diretora Museu<br />
do Azulejo<br />
<strong>Revista</strong> Mensal<br />
Junta de Freguesia da <strong>Penha</strong> de França<br />
jf-penhafranca.pt<br />
nr. 03<br />
mai ‘16<br />
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Ficha Técnica<br />
Propriedade<br />
Junta de Freguesia da <strong>Penha</strong> de França<br />
Directora<br />
Sofia Oliveira Dias<br />
Subdirector<br />
José Castelo Branco<br />
Coordenadora<br />
Teresa Oliveira<br />
Design e Grafismo<br />
Gravity - Creative Dynamics<br />
Fotografia<br />
André Roma<br />
Colaboração<br />
Ricardo Oliveira<br />
Cometa Mágico<br />
Impressão<br />
Sogapal<br />
Tiragem<br />
23500 Exemplares<br />
Distribuicao Gratuita<br />
Depósito Legal 408969/16<br />
02<br />
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editorial<br />
No mês que passou, conjugaram-se<br />
três acontecimentos muito<br />
importantes para a nossa<br />
Freguesia da <strong>Penha</strong> de França.<br />
Em primeiro lugar, a resolução<br />
do diferendo relativo ao Vale<br />
de Santo António, que permitiu<br />
o regresso daqueles terrenos<br />
à posse do município<br />
e a remoção de um problema<br />
que se arrastava há mais de uma<br />
década, sendo um obstáculo ao<br />
desenvolvimento daquela zona.<br />
Resolvido o bloqueio, tomou-se<br />
a decisão política de inverter<br />
a filosofia que presidia ao plano<br />
para aquele território:<br />
em vez de construir um centro<br />
comercial, construir habitação<br />
e equipamentos sociais.<br />
Em segundo lugar, o início das<br />
obras na Piscina da <strong>Penha</strong> de<br />
França, no mesmo dia em que<br />
foi formalmente apresentado o<br />
Programa de Renda Acessível.<br />
O início das obras na nossa Piscina,<br />
marcam o princípio do fim do seu<br />
fecho, que corresponde a um dos<br />
<strong>maio</strong>res anseios da população,<br />
consistentemente reivindicado e<br />
justamente exigido.<br />
Não é aceitável que existam<br />
equipamentos públicos desportivos<br />
desativados, sem estarem ao<br />
serviço da população, muito menos<br />
na <strong>Penha</strong> de França, onde eles não<br />
abundam. O Programa de Renda<br />
Acessível, por seu turno, é uma<br />
aposta decisiva na recuperação<br />
de população para Lisboa e na<br />
disponibilização de habitações<br />
para arrendamento, em particular,<br />
para a classe média.<br />
E será um impulso decisivo para<br />
a renovação etária da freguesia,<br />
valorizando uma parte do<br />
nosso território com habitação<br />
e equipamentos sociais.<br />
Em terceiro lugar, a visita<br />
do Presidente Fernando<br />
Medina à Freguesia.<br />
Uma oportunidade para os eleitos<br />
e os dirigentes municipais<br />
e da freguesia trocarem ideias<br />
sobre os projetos em curso<br />
e em preparação para o nosso<br />
território e para a cidade.<br />
Desde o Vale de Santo António<br />
até ao Miradouro da <strong>Penha</strong><br />
de França, passando pela Quinta<br />
do Lavrado e pelas Torres do Alto<br />
da Eira, ficou claro que do Rio<br />
à Colina, vamos continuar<br />
a resolver os problemas<br />
e a lançar as sementes para<br />
o futuro. O pulsar da cidade será<br />
tanto <strong>maio</strong>r quanto for a atenção<br />
dada às pessoas e aos territórios<br />
que a compõem.<br />
Na <strong>Penha</strong> de França<br />
dizemos presente<br />
a esse desafio de contar<br />
com o Município<br />
e de contribuir para<br />
a afirmação da nossa<br />
cidade.<br />
Sofia Oliveira Dias<br />
Presidente da Junta de Freguesia<br />
de <strong>Penha</strong> de França<br />
03<br />
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destaque<br />
Fernando Medina<br />
Visita do Presidente da CML<br />
O autarca fez<br />
o diagnóstico<br />
das necessidades<br />
de intervenção<br />
da CML na Freguesia<br />
da <strong>Penha</strong> de França<br />
Miradouro da <strong>Penha</strong><br />
04<br />
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Forte de Santa Apolónia<br />
Parada do Alto de São João<br />
Quinta do Lavrado<br />
05<br />
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Rua Henrique Barrilaro Ruas<br />
06<br />
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Medina<br />
percorreu<br />
as nossas<br />
ruas e ouviu<br />
os nossos<br />
fregueses.<br />
Rua Henrique Barrilaro Ruas<br />
Rua Morais Soares<br />
Praça Paiva Couceiro<br />
07<br />
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obras<br />
A piscina<br />
está de volta<br />
à <strong>Penha</strong><br />
Já estão em curso as obras de<br />
requalificação da piscina da<br />
<strong>Penha</strong> de França. Encerradas<br />
desde 2010, prevê-se que<br />
até ao final do ano estejam<br />
terminados os trabalhos<br />
para que este espaço tão<br />
apreciado possa voltar a ser<br />
fruído por todos os Fregueses.<br />
A piscina poderá ser usada, a<br />
preços reduzidos, pelos mais<br />
novos e pelos mais velhos<br />
que podem frequentar aulas<br />
de natação e hidroginástica,<br />
por exemplo, mas também<br />
beneficiar de serviços de<br />
massagens e acupuntura.<br />
Haverá ainda acessos para<br />
pessoas com mobilidade<br />
reduzida.<br />
No dia 6 de abril foi simbolicamente<br />
lançada a primeira pedra da obra,<br />
com a presença do Presidente<br />
da Câmara de Lisboa, Fernando<br />
Medina, do Vereador com o Pelouro<br />
do Desporto, Jorge Máximo, da<br />
Presidente da Junta de Freguesia da<br />
<strong>Penha</strong> de França, Sofia Oliveira Dias,<br />
e do presidente do Estrelas São João<br />
de Brito, Nuno Marçal Lopes.<br />
Será o clube Estrelas de São João<br />
de Brito que irá gerir o espaço,<br />
onde os seus atletas, muitos de<br />
alta competição, encontraram<br />
uma casa para os seus treinos. Nas<br />
instalações da piscina haverá ainda<br />
uma residência para estes atletas<br />
cumprirem os seus estágios antes<br />
das competições.<br />
Durante a cerimónia, Medina<br />
afirmou:<br />
“Sentimos que<br />
estamos a cumprir o<br />
nosso dever, que era<br />
08<br />
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esolver o problema<br />
da piscina da <strong>Penha</strong><br />
de França.<br />
E a verdade é que<br />
este dia é um dia<br />
especial porque<br />
há muito tempo<br />
que nós queríamos<br />
ter uma solução<br />
para devolver<br />
aos cidadãos este<br />
equipamento”.<br />
Sofia Oliveira Dias recordou ter<br />
aprendido a nadar naquele espaço,<br />
considerando ser<br />
“ótimo colocá-lo<br />
à disposição<br />
da população”.<br />
“Esta piscina<br />
é o local onde<br />
muitos Fregueses<br />
aprenderam a<br />
nadar. Vamos poder<br />
voltar a dar essa<br />
possibilidade às<br />
crianças da <strong>Penha</strong><br />
de França” referiu ainda<br />
a Presidente da Junta de Freguesia.<br />
O Vereador Jorge Máximo recordou<br />
o programa de natação da<br />
Câmara de Lisboa, “uma<br />
referência na cidade<br />
com 11 mil crianças<br />
a aprenderem<br />
a nadar” e que em breve<br />
se estenderá à piscina da <strong>Penha</strong>.<br />
09<br />
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entrevista<br />
Maria Antónia<br />
Pinto de Matos<br />
“O azulejo está bem<br />
e recomenda-se”<br />
Diretora do Museu Nacional do Azulejo<br />
É especialista em cerâmica<br />
oriental. Como chegou ao<br />
Museu do Azulejo?<br />
Também tenho habilitação<br />
específica para trabalhar em<br />
museus. Comecei a carreira no<br />
Museu Nacional do Traje, o meu<br />
lugar base é o Museu Nacional de<br />
Arte Antiga, fui chefe de divisão<br />
dos Museus no Instituto Português<br />
de Museus, depois diretora<br />
da Casa-Museu Dr. Anastácio<br />
Gonçalves… Estou aqui porque a<br />
minha vida são os museus. A minha<br />
especialização é cerâmica da China,<br />
mas este Museu é de cerâmica: de<br />
azulejo e cerâmica tridimensional.<br />
Este é um dos museus mais<br />
visitados de Lisboa…<br />
Dentro da direção-geral dos Museus<br />
é o terceiro mais visitado, mas é<br />
absolutamente estratégico para<br />
Portugal, até porque o azulejo é<br />
identitário da Cultura portuguesa.<br />
E vê-se o interesse crescente<br />
dos estrangeiros pelo museu,<br />
infelizmente não dos portugueses<br />
talvez por conviverem todos os dias<br />
com o azulejo. Estou aqui há sete<br />
anos e, desde que cheguei, estamos<br />
a crescer 15 mil, 17 mil visitantes por<br />
ano. Cerca de 85% são estrangeiros<br />
e 15% são portugueses – neste<br />
momento, sobretudo nos primeiros<br />
domingos de cada mês em<br />
que a entrada é gratuita, temos<br />
tido bastantes portugueses,<br />
o que é muito bom.<br />
Como explica o crescente<br />
interesse dos estrangeiros?<br />
Porque o azulejo é a matéria que<br />
faz a diferença entre Portugal e o<br />
estrangeiro. Direi mais: as artes<br />
decorativas em Portugal são o<br />
campo que faz a diferença com<br />
o resto do mundo. O azulejo, a<br />
ourivesaria, o mobiliário, esse tipo<br />
de objetos.<br />
Espanha não é um nome<br />
mais forte no campo do<br />
azulejo, com a sua herança<br />
árabe?<br />
Os primeiros azulejos foram<br />
encomendados a partir de Sevilha,<br />
por D. Manuel, pelo Arcebispo de<br />
Coimbra, pelo Duque de Bragança…<br />
A diferença entre nós – porque<br />
os espanhóis têm azulejo, os<br />
holandeses têm azulejo – é que<br />
nós o utilizamos ininterruptamente<br />
há cinco séculos. E utilizamos o<br />
azulejo de uma forma diferente:<br />
é um revestimento arquitetónico,<br />
está lá para decorar, mas também<br />
para criar cenografias, para<br />
metamorfosear o espaço… E sendo<br />
um revestimento arquitetónico,<br />
quando os retiramos da parede<br />
normalmente há uma parte da<br />
mensagem que se perde, porque<br />
tinham uma determinada função.<br />
Outra diferença: em Portugal<br />
fazemos grandes painéis, em Delft<br />
(na Holanda), por exemplo, fazem-se<br />
pequenos painéis. Aliás, Delft faz<br />
grandes painéis mas para Portugal,<br />
encomendas portuguesas. Um deles<br />
está na nossa Igreja, uma das mais<br />
bonitas da cidade de Lisboa.<br />
Delft é conhecido pelo<br />
uso da cor azul. É daí que<br />
vem o azul dos azulejos<br />
portugueses?<br />
Não, nós também temos azul e<br />
branco. Muitas pessoas pensam<br />
que azulejo vem de azul, quando<br />
nós conservamos a palavra árabe<br />
al-zuleig que quer dizer ‘pequena<br />
pedra polida’. Normalmente as<br />
pessoas dizem que é por influência<br />
de Delft e por influência da<br />
porcelana da China – por exemplo,<br />
os reis D. Pedro II e D. João V<br />
encomendam os azulejos<br />
a um determinado atelier.<br />
Os portugueses, a seguir, sentiram<br />
necessidade de eles próprios terem<br />
uma formação diferente.<br />
“Temos azulejos<br />
que são o reflexo<br />
do encontro de<br />
culturas entre<br />
Portugal e o<br />
resto do mundo.”<br />
10<br />
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A azulejaria portuguesa foi<br />
buscar inspiração aqui, ali e<br />
acolá, e fez uma coisa única?<br />
Sim, até porque através da<br />
azulejaria portuguesa podemos<br />
estudar<br />
a história do país.<br />
Na realidade vamos inspirar-nos<br />
em imensas coisas, inclusivamente<br />
temos azulejos que são o reflexo do<br />
encontro de culturas entre Portugal<br />
e o resto do mundo. Da porcelana<br />
da China, de todos aqueles animais<br />
exóticos, dos panos pintados<br />
indianos, uma série de influências<br />
porque nós, ao fim ao cabo, somos<br />
isso. Somos o resultado do nosso<br />
encontro com todas as culturas com<br />
que tivemos em contacto e que<br />
influenciámos, mas também nos<br />
influenciaram.<br />
Como é que os estrangeiros<br />
têm conhecimento<br />
deste Museu?<br />
A identidade de Portugal passa<br />
pelos azulejos e eles sentem<br />
perfeitamente isso. Está a acontecer<br />
que alguns grupos quando só têm<br />
um museu para ver escolhem<br />
o Museu Nacional do Azulejo.<br />
Há um interesse crescente, mesmo<br />
das televisões estrangeiras.<br />
E o Turismo tem tido um papel<br />
importante porque quando jornalistas<br />
estrangeiros vêm a Lisboa,<br />
normalmente eles indicam o MNAz.<br />
E finalmente, aspeto<br />
muito importante,<br />
quando fazemos<br />
inquéritos muitos<br />
visitantes dizem<br />
souberam do Museu<br />
através de amigos.<br />
As pessoas que nos<br />
visitam é que<br />
divulgam o Museu.<br />
11<br />
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O que explica a falta de<br />
interesse dos portugueses?<br />
Talvez por conviverem todos os dias<br />
com o azulejo, quer nas fachadas<br />
quer nos interiores. Mas esquecem<br />
que além da sua coleção, que<br />
permite estudar da história de<br />
cinco séculos de azulejo, o Museu<br />
está instalado num magnífico<br />
edifício que é o antigo convento<br />
da Madredeus, um convento<br />
extraordinário com uma história<br />
apaixonante. Fazemos visitas<br />
à azulejaria, mas também ao<br />
convento.<br />
E cujo presépio…<br />
É talvez o mais bonito do país.<br />
As figuras, de terracota pintada,<br />
são absolutamente extraordinárias.<br />
O interesse pelo azulejo também<br />
tem tido como consequência o seu<br />
roubo. O que se pode fazer?<br />
As pessoas estão mais alertadas<br />
e o furto já foi <strong>maio</strong>r. Não há<br />
necessidade de roubar, porque<br />
o azulejo todos os dias se renova<br />
– pode-se até sensibilizar as<br />
pessoas para comprarem azulejo<br />
contemporâneo, que o há da<br />
melhor qualidade. Temos de estar<br />
atentos, chamar a atenção, o que<br />
deve começar nos bancos da escola.<br />
Se as crianças – e não é por acaso<br />
que queremos desenvolver um<br />
projeto com a <strong>Penha</strong> de França<br />
– conhecerem bem o património<br />
do seu bairro, respeitam-no mais<br />
e depois levam esse sentimento<br />
para casa. É como a campanha<br />
contra o tabaco…<br />
Qual é a relação entre<br />
o Museu e a Freguesia?<br />
Sempre foi ótima. Temos vindas ao<br />
Museu e ao Convento, e projetos<br />
com alunos da Casa Pia, o ‘A<br />
minha casa adotou um Museu’<br />
com a Patrício Prazeres, recebemos<br />
estagiários das escolas, fazemos o<br />
“A identidade<br />
de Portugal<br />
passa pelos<br />
azulejos”<br />
12<br />
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que podemos fazer. E apresentámos<br />
agora na Junta um projeto que vai<br />
chamar muito a atenção. E o facto<br />
de as crianças virem aqui, mesmo<br />
nos programas praia/campo, tem<br />
sido importante: elas são muitíssimo<br />
observadoras. Esse é o caminho.<br />
Que pontos essenciais não se<br />
pode perder no MNAz?<br />
É difícil eleger uma peça. O ex-libris<br />
será a ‘Vista de Lisboa’ porque<br />
é um documento iconográfico<br />
extraordinário, 23 metros que<br />
representam 14 quilómetros de<br />
costa, a cidade vista a partir do Tejo.<br />
Também a Nossa Senhora da Vida,<br />
que é uma obra-prima; o ‘doze por<br />
doze’, um módulo de 144 azulejos<br />
e que nenhum país tem; também<br />
outros painéis, alguns são uma<br />
proeza da técnica. Ainda o Frontal<br />
de Altar, que é o resultado desse<br />
encontro de culturas. Por outro lado<br />
a Igreja, que é preciso não esquecer;<br />
a Sala D. Manuel, que acabou de ser<br />
restaurada e tem azulejos da autoria<br />
de Manuel dos Santos, um pintor<br />
do ‘Ciclo dos Mestres’, da viragem<br />
do século XVII para o seguinte, em<br />
que só se usa o azul e branco. Ou<br />
a ‘História do chapeleiro’, séc. XIX,<br />
que permite estudar a burguesia,<br />
um pastor que progride na vida e<br />
acaba dono de uma fábrica, a sua<br />
história toda legendada. Já para<br />
não falar das peças que os autores<br />
contemporâneos estão a fazer e que,<br />
é extraordinário, não têm deixado<br />
morrer o azulejo.<br />
de designers<br />
portugueses<br />
e estrangeiros,<br />
como a Prada,<br />
que se inspirou<br />
na ‘Vista de Lisboa’<br />
para criar<br />
um vestido<br />
e uma carteira.<br />
Ou a campanha<br />
que o Corte<br />
Inglês fez e foi<br />
um sucesso,<br />
uma campanha<br />
lindíssima.<br />
O azulejo<br />
está bem,<br />
recomenda-se<br />
e é uma fonte<br />
inspiradora quer<br />
para arquitetos,<br />
quer para artistas<br />
ou designers.<br />
E da Freguesia? A igreja<br />
da Madredeus?<br />
É evidente, porque é uma peça<br />
absolutamente extraordinária<br />
(risos). Quero ainda recordar o<br />
azulejo como fonte de inspiração:<br />
na Marcha do Alto do Pina, com<br />
fatos inspirados nos azulejos no ano<br />
em que venceu, mas também<br />
13<br />
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espaço público<br />
Rendas acessíveis no Vale de Santo António<br />
O Programa de Renda Acessível, “um dos mais<br />
importantes e mais emblemáticos da cidade de Lisboa”<br />
como Fernando Medina referiu no lançamento da primeira<br />
pedra da obra de requalificação da piscina da <strong>Penha</strong> de<br />
França, foi lançado no dia 6 de abril e passa pela nossa<br />
Freguesia. Mas precisamente pelo Vale de Santo António.<br />
Recentemente a Câmara acabou com<br />
“um litígio muito relevante, de vários<br />
anos”, que permitirá a “recuperação<br />
de todo o Vale de Santo António, da<br />
<strong>Penha</strong> de França até ao rio”, afirmou<br />
Medina ao Diário de Notícias.<br />
Neste vale poderão ser construídas<br />
600 ou 700 casas, a “preços muito<br />
competitivos”, entre os 250 e os<br />
450 euros. Já havia um plano para<br />
o vale, que foi alterado. Agora,<br />
a aposta é de “construções mais<br />
baixas, com menos andares, num<br />
desenvolvimento mais harmonioso”<br />
e que “deve conter infraestruturas<br />
de escolas, saúde, etc., que o plano<br />
original não continha” disse ainda o<br />
Presidente da Câmara.<br />
Pode candidatar-se a este programa<br />
quem não for proprietário de uma<br />
casa, não beneficiar de programas<br />
sociais de habitação e ter um<br />
rendimento ilíquido entre 7500<br />
e os 40 mil euros por ano.<br />
A CML irá disponibilizar terrenos<br />
ou edifícios de que é proprietária<br />
e financiar a urbanização<br />
e equipamentos de apoio.<br />
Por concurso público, selecionará<br />
os concessionários que vão<br />
construir os prédios, o que deverá<br />
acontecer até ao final de <strong>2016</strong>.<br />
A propriedade continuará<br />
do município, que recuperará as<br />
casas alugadas no fim do prazo da<br />
concessão, que rondará os 35 anos.<br />
O objetivo do Programa de Renda<br />
Acessível é “dar uma oportunidade<br />
a todos os que querem morar em<br />
Lisboa de poderem ter uma casa na<br />
cidade” concluiu Fernando Medina.<br />
Morais Soares e General Roçadas<br />
repensadas para os peões e Quinta<br />
do Lavrado e Museu do Azulejo<br />
totalmente acessíveis a pé.<br />
Ruas<br />
Amigas<br />
do Peão<br />
A Rua Morais Soares e a Avenida General Roçadas vão ser<br />
alteradas para passarem a ser mais ‘Amigas do Peão’.<br />
Na Rua Morais Soares, onde todos<br />
os dias circulam centenas de<br />
pessoas, há importantes problemas<br />
de mobilidade e segurança,<br />
particularmente para os idosos,<br />
os portadores de deficiência ou quem<br />
empurra carrinhos de bebé. Por outro<br />
lado, na Avenida General Roçadas,<br />
a <strong>maio</strong>r preocupação são os<br />
múltiplos atropelamentos provocados<br />
pelo tráfego intenso.<br />
Para a Junta, a mudança nestas<br />
vias terá de assegurar a criação de<br />
zonas de descanso, a remoção de<br />
obstáculos, a melhoria das zonas<br />
de cargas/descargas, criando bons<br />
acessos aos transportes públicos<br />
e condições para a instalação<br />
de esplanadas. Pretende-se que<br />
não haja perda de lugares de<br />
estacionamento na Paiva Couceiro<br />
e que sejam criados mais lugares<br />
na General Roçadas.<br />
Os projetos estão a cargo<br />
do ateliermob e a responsabilidade<br />
de os concretizar cabe ao Pelouro<br />
dos Direitos Sociais da Câmara<br />
Municipal de Lisboa (CML).<br />
O início das intervenções está previsto<br />
para o segundo semestre do ano.<br />
Adicionalmente, estão a ser<br />
formulados pela Junta dois projetos<br />
de acessibilidade pedonal para tornar<br />
a Quinta do Lavrado um quarteirão<br />
totalmente acessível a pé, tal como<br />
a envolvente do Museu do Azulejo,<br />
na Rua da Madre de Deus.<br />
14<br />
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Desmatação<br />
e Limpeza<br />
Durante o mês de abril realizaram-se intervenções<br />
de requalificação do espaço público<br />
nas seguintes zonas da <strong>Penha</strong> de França:<br />
Bairro Horizonte<br />
01<br />
Bairro Horizonte<br />
Terreno ao lado da EB Patrício Prazeres<br />
02<br />
15<br />
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vida económica<br />
Mundo<br />
dos Tijolos<br />
Tijolos que<br />
constroem<br />
mundos<br />
Desde que abriu portas no<br />
final do ano passado, a montra<br />
da loja Mundo dos Tijolos trouxe<br />
cor à Avenida General Roçadas<br />
e não deixa ninguém indiferente.<br />
É sobretudo o olhar dos mais novos<br />
que se fixa nesta vitrina, ou não<br />
estivesse ela repleta de caixas<br />
coloridas e conjuntos já montados<br />
de peças de LEGO. Antes desta loja<br />
‘física’, o Mundo dos Tijolos começou<br />
por ser uma loja exclusivamente<br />
online, gerida por António Martins<br />
e o seu filho, Francisco Martins,<br />
que adotou a paixão do pai por<br />
estas peças de plástico capazes<br />
de construir mundos.<br />
António, que sempre foi entusiasta, começou a acumular<br />
pecinhas que acabou a vender pela loja online. O<br />
negócio evoluiu quando em agosto de 2015, numa<br />
exposição de LEGO em Portimão, seguiu o conselho de<br />
pessoas do meio decidiu-se a abrir a loja física.<br />
O filho Francisco frequenta o curso de Direito na<br />
Universidade Clássica e quando lhe é feita a inevitável<br />
pergunta – LEGO ou Direito? – responde: “ Gosto muito<br />
de vender LEGO e de tudo o que está associado a este<br />
mundo, portanto se tiver sucesso, é o que gostaria<br />
de fazer”. O que não surpreende visto que, embora tenha<br />
começado como um hobby e nunca tenha deixado<br />
de brincar com LEGO, aos 14 anos Francisco inscreveu-se<br />
num clube de fãs e não parou desde então.<br />
À loja chegam pessoas de todo o lado e António conta<br />
que até “já chegou a vir um cliente de táxi, que comprou<br />
e foi embora”. Mas muitos dos seus clientes “são avós<br />
que vêm comprar para dar aos netos”.<br />
Para já o balanço é “positivo”, até porque há conjuntos<br />
de LEGO que valorizam bastante em termos financeiros<br />
e há quem compre até dois conjuntos, um para montar<br />
e outro para revender.<br />
Se ainda não entrou no Mundo dos Tijolos vá lá espreitar,<br />
de certeza que vai ficar surpreendido.<br />
16<br />
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gente<br />
António Alves<br />
Pastelaria Nilde<br />
Sabor<br />
a Trás-os-Montes<br />
na <strong>Penha</strong><br />
Encontra-se no nº 61b<br />
da Rua Morais Soares e é dos<br />
estabelecimentos mais antigos<br />
da Freguesia. António Alves,<br />
proprietário da Pastelaria Nilde,<br />
mostra com orgulho o alvará que<br />
data de 1946 e na altura custou<br />
2$50. O estabelecimento tinha<br />
“Nilde” no nome e os moldes<br />
do negócio eram semelhantes:<br />
fabrico de pastelaria.<br />
Quando há 15 anos António e a sua esposa tomaram<br />
posse do negócio decidiram manter a designação.<br />
Originários de Trás-os-Montes (Mirandela e Vila Real)<br />
de lá trouxeram os produtos típicos que ainda hoje<br />
são o forte da Nilde. São sobretudo enchidos,<br />
mas o destaque vai sem dúvida para o folar,<br />
o produto que tem mais saída.<br />
Não se esqueceram no entanto da pastelaria e todos<br />
os bolos que preenchem a montra são ali confecionados.<br />
Há até quem diga que os pastéis de nata estão<br />
entre os melhores da cidade.<br />
Para além da Nilde, António Alves, que também já residiu<br />
na Freguesia, gosta das feiras de produtos regionais<br />
e participa sempre que pode para promover e divulgar<br />
os seus. Foi inclusive entrevistado pelo Diário de Notícias<br />
e pelo Jornal de Notícias, notícias essas que ocupam<br />
lugar de destaque na pastelaria.<br />
Mais importante ainda é a qualidade que o próprio Sr.<br />
António exige aos produtos que compra: “a qualidade<br />
é o mais importante”, assevera, “aqui na pastelaria<br />
as refeições que servimos têm qualidade, prefiro pagar<br />
mais caro mas ter boa carne e bom peixe”.<br />
E os clientes sabem-no, ou não fossem 90% deles clientes<br />
habituais e tratados como família, sendo sempre recebidos<br />
com um sorriso, pela atenção e boa disposição.<br />
Questionado pelo futuro,<br />
o Sr. António responde que esse<br />
“Só a Deus pertence”, mas afirma<br />
que está muito feliz por ter o seu<br />
negócio na Morais Soares e espera<br />
que continue por largos anos<br />
a servir a <strong>Penha</strong> de França.<br />
17<br />
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gente<br />
Manuela Pintassilgo<br />
Escola Profissional<br />
de Hotelaria e Turismo<br />
de Lisboa<br />
No epicentro<br />
de uma escola<br />
de sucesso<br />
É a diretora deste estabelecimento<br />
onde 426 alunos aprendem<br />
a ser os cozinheiros, a trabalhar<br />
nos restaurante e bares ou a ser<br />
os rececionistas dos melhores<br />
restaurantes e hotéis do país<br />
e arredores.<br />
O arredores não é mesmo graça, porque basta chegar<br />
à entrada da EPHTL e ler os anúncios afixados no placard<br />
à procura de profissionais. “Nem os pomos todos”<br />
explica Manuela Pintassilgo, na certeza que quando<br />
os alunos acabam o curso “só não fica empregado<br />
quem não quer”. Como seria de esperar,<br />
é o curso de cozinha que “bate todos os recordes”<br />
no interesse dos alunos.<br />
Mas não só, a procura geral é mesmo muita. Da parte<br />
dos empregadores, já que “onde os miúdos fazem estágio<br />
ficam logo com eles”. “Para onde vou encontro sempre<br />
antigos alunos”, conta com orgulho, “preparamo-los<br />
bem porque as pessoas solicitam-nos, estão sempre<br />
a chegar pedidos”.<br />
É igualmente intensa do lado dos adolescentes que<br />
querem entrar para esta escola que não consegue acolher<br />
as mais de mil candidaturas que têm chegado todos<br />
os anos. Em abril, o número já ia nas mais de 500<br />
pré-inscrições. “Só temos 180 vagas, veja a quantidade<br />
que fica de fora”. O número continuará a subir até a altura<br />
de os entrevistar a todos, sempre com “pena de<br />
dizer não”. A diretora acredita que, se houvesse mais<br />
alunos a formarem-se o mercado absorveria “todos”.<br />
O problema é o espaço. Há salas pré-fabricadas em<br />
todos os cantos dos antigos jardins das duas vivendas<br />
que compõem a escola, no que mais parece “o Portugal<br />
dos pequeninos”. No seu pequeno gabinete também a<br />
rebentar pelas costuras, Manuela conta que era professora<br />
de matemática no liceu Rainha D. Leonor quando<br />
a convidaram para vir para o arranque da EPHTL.<br />
“Nem perguntei o ordenado”, recorda a rir.<br />
Além da direção, continuou a dar aulas até há dois anos,<br />
quando a elevada carga horária pesou na sua saúde.<br />
Para tristeza dos seus alunos, que ainda a procuram para<br />
tirar dúvidas. Há muitos anos que está na Comissão Social<br />
de Freguesia, em representação da escola. Recebem<br />
alunos de outros estabelecimentos, e quando podem<br />
ajudam com receções ou almoços em eventos da Junta.<br />
A professora Manuela chama a atenção para a atividade<br />
do Grupo sobre o Envelhecimento ou a Loja Social.<br />
“Eu lá vou dando o meu contributo”.<br />
18<br />
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António Riço Calado<br />
Deputado constituinte<br />
Viver a História<br />
de Portugal<br />
Em abril, António Riço Calado<br />
voltou ao Parlamento.<br />
Regressou para as comemorações<br />
do 40.º aniversário da Constituição<br />
da República Portuguesa,<br />
onde foi um dos homenageados.<br />
Nascido em Elvas em 1936, tem 80 anos acabados<br />
de fazer. Formou-se como Engenheiro Técnico Agrário,<br />
mas o ativismo político fê-lo passar pela prisão durante<br />
a ditadura. “Um oficial avisou o meu pai que eu iria<br />
ser apanhado”, recorda. O mesmo militar conseguiu<br />
que a estada na cadeia fosse curta, de onde fugiu<br />
para França, país que acolheu muitos críticos<br />
do regime de Oliveira Salazar.<br />
Quando chegou a Revolução, este freguês da <strong>Penha</strong> de<br />
França inscreveu-se no PS. Foi um dos escolhidos para<br />
ser candidato a deputado nas primeiras eleições livres<br />
realizadas em Portugal, a 25 de abril de 1975, de onde<br />
saíram os homens e as mulheres que tomaram assento<br />
na Assembleia Constituinte – encarregada de fazer a Lei<br />
Fundamental do país, a Constituição, à qual obedecem<br />
todas as leis em Portugal. Não fez parte do grupo que<br />
inicialmente tomou posse, mas menos de dois meses<br />
depois foi substituir um camarada. Ali esteve até à<br />
aprovação da Constituição da República, a 2 de abril de<br />
1976, e passou por momentos marcantes como o cerco à<br />
Assembleia, a 13 de novembro de 1975, quando operários<br />
da construção civil impediram a saída dos deputados<br />
durante dois dias. “Estive em tudo”, lembra Riço Calado.<br />
Foi por este trabalho que agora foi homenageado, numa<br />
sessão realizada a 14 de abril onde os antigos constituintes<br />
receberam o título de deputados honorários das mãos do<br />
Presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues. E<br />
acha “muito bem” – “oxalá”, diz mesmo – que vá adiante<br />
a ideia de outro constituinte, o atual Presidente Marcelo<br />
Rebelo de Sousa, de ter a Constituição ensinada e debatida<br />
nas escolas, No Parlamento, participou ainda noutro<br />
momento histórico: a primeira Assembleia Legislativa para<br />
onde foi eleito a 25 de abril de 1976 e onde ficou até como<br />
deputado até às eleições intercalares de 1979.<br />
A participação de Riço Calado na História de Portugal não<br />
se ficou por aqui. Foi o primeiro presidente da Câmara<br />
de Loures em democracia, onde esteve entre 1977 e 1980,<br />
quando o Município mudou de mãos. Desses tempos<br />
ficou-lhe gravada a situação “muito má” dos retornados<br />
das antigas colónias. “Pessoas que deixaram tudo para vir<br />
para cá, pais que não sabiam dos filhos”, casos dramáticos<br />
que ainda hoje o emocionam. E que lhe deixaram a<br />
mágoa de não ter sido compreendido: “Julgavam que não<br />
me interessava, mas eu não podia fazer mais, passei noites<br />
sem dormir”. Em 1980 entrou no Ministério da Agricultura<br />
e depois dedicou-se às pessoas com deficiências, dirigindo<br />
o Centro de Reabilitação Profissional de Alcoitão, que<br />
procura dar respostas e qualificações profissionais a estas<br />
pessoas. Mais tarde esteve ligado à Associação dos Cegos<br />
e Amblíopes. Tem sete filhos e orgulha-se de conhecer<br />
toda a Europa. Nas alturas mais complexas, no pós-25<br />
de abril, recorda os telefonemas com Mário Soares,<br />
a quem desabafava. “Era quase psicoterapia”.<br />
De tudo por que passou tirou uma conclusão de vida:<br />
“é importante seguir sempre em frente”.<br />
19<br />
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educação<br />
Alunos do 4.º ano<br />
recebem Constituição<br />
As crianças do 4.º ano de todas<br />
as escolas básicas da <strong>Penha</strong><br />
de França receberam um<br />
exemplar da Constituição<br />
da República Portuguesa.<br />
O objetivo foi comemorar os<br />
40 anos da aprovação desta<br />
Lei Fundamental, explicando<br />
às crianças a importância do<br />
documento.<br />
Em termos simples, foi-lhes<br />
recordado que existia uma ditadura<br />
no nosso país e que se fez uma<br />
revolução, o 25 de abril, para<br />
acabar com ela e devolver<br />
a Liberdade aos portugueses.<br />
Como era preciso garantir que<br />
a democracia “funcionasse”,<br />
foi aprovada esta Lei que<br />
“regulamenta os direitos e os<br />
deveres dos portugueses” explicou<br />
às crianças a vereadora da<br />
Educação da Câmara de Lisboa,<br />
Catarina Albergaria, que com a<br />
presidente da Junta de Freguesia<br />
da <strong>Penha</strong> de França visitou as<br />
escolas e entregou os livros.<br />
“Esta foi uma ideia muito<br />
bonita da presidente da Junta”,<br />
acrescentou a Vereadora, que disse<br />
ainda aos meninos do 4.º ano que<br />
trabalharem a Constituição com<br />
os seus professores é uma forma<br />
de aprenderem os seus direitos e<br />
deveres constitucionais “para um<br />
dia termos uma sociedade mais<br />
justa e mais equilibrada”.<br />
“Agora ainda é um pouco<br />
complicado, mas ao longo da vossa<br />
vida vão perceber quão importante<br />
é esta Lei” transmitiu-lhes, por<br />
seu turno, Sofia Oliveira Dias,<br />
recordando que é na Constituição<br />
que está consagrado, por exemplo,<br />
o direito à Educação para que<br />
“todos os meninos, pobres<br />
ou ricos, vão à escola”.<br />
A Presidente da Junta desafiou<br />
ainda os alunos darem os seus<br />
primeiros passos na política,<br />
incitando-os a participarem no<br />
concurso ‘Presidente por um dia’<br />
- escrever uma história sobre<br />
a Freguesia e ter a possibilidade<br />
de estar à Frente da <strong>Penha</strong> de<br />
França durante 24h e ganhar<br />
250 euros em material escolar.<br />
Durante a visita da vereadora<br />
da Educação foi ainda tomada<br />
nota dos arranjos a promover nas<br />
várias escolas. A EB Arquiteto Victor<br />
Palla já tem obras de remodelação<br />
agendadas, prevendo-se que<br />
comecem durante as férias<br />
escolares do verão.<br />
20<br />
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assembleia de freguesia<br />
Assembleia de Freguesia<br />
celebra 25 de Abril<br />
A 22 de abril reuniu a IV Sessão Extraordinária<br />
da Assembleia de Freguesia da <strong>Penha</strong> de França<br />
para comemorar o 42.º Aniversário do 25 de Abril<br />
e o 40.º Aniversário da Constituição da República<br />
Portuguesa. Na cerimónia participou o militar de<br />
Abril, coronel Esmeraldo Pardal, da Associação<br />
25 de Abril, e as diversas forças políticas<br />
representadas na Assembleia proferiram discursos<br />
alusivos às efemérides. O Segundo Secretário<br />
da Assembleia de Freguesia, Manuel dos Santos<br />
Ferreira, declamou um poema de sua autoria<br />
e o Vogal David Erlich disse um poema de Sofia<br />
de Melo Breyner Andresen.<br />
O músico Manuel Teixeira tocou músicas de Zeca<br />
Afonso, acompanhado pela voz dos Membros da<br />
Assembleia.<br />
Alto da Eira<br />
e Bem-Estar<br />
Animal<br />
Vai iniciar uma nova fase nas obras de<br />
reabilitação das Torres do Alto da Eira,<br />
onde vivem cerca de 100 famílias.<br />
Apesar de atrasos e de alguns erros<br />
por parte da CML, a verdade é que<br />
tem sido graças às reuniões do GABIP<br />
que moradores, CML, Junta e GEBALIS<br />
entre outros têm transmitido as suas<br />
preocupações e articulado da melhor<br />
forma possíveis soluções.<br />
O Bloco de Esquerda tem<br />
acompanhado desde o início este<br />
processo participativo, para o qual<br />
tem dado o seu contributo.<br />
A nova Comissão Local do Bem-Estar<br />
Animal da Freguesia da <strong>Penha</strong> de<br />
França está prestes a dar os seus<br />
primeiros passos, onde o Bloco de<br />
Esquerda não deixará de participar<br />
e dar o seu contributo, não só para<br />
defender os animais domésticos,<br />
com destaque para a criação de<br />
condições para a existência de animal<br />
comunitários, mas também para que<br />
seja feita sensibilização para o uso de<br />
animais na experimentação científica,<br />
produção alimentar, ou o seu uso no<br />
entretenimento.<br />
Hugo Evangelista<br />
penhadefrancabe@gmail.com<br />
21<br />
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vida na comunidade<br />
Uma fila<br />
que alimenta<br />
Entre a linha do comboio<br />
que liga Azambuja<br />
a Alcântara-Terra<br />
e a Avenida de Ceuta,<br />
dezenas de carrinhas<br />
esperam em fila à<br />
frente de um portão.<br />
São quase todas facilmente<br />
identificáveis – são muitos<br />
os logótipos de instituições –,<br />
alinham-se por corredores<br />
identificados com placas –<br />
‘frescos’ ou ‘boxes’ – e avançam<br />
à vez, ordenadamente. Há 26<br />
anos que constituem uma visão<br />
habitual para quem por ali passa,<br />
desde que em 1994 a CP cedeu<br />
ao Banco Alimentar de Lisboa os<br />
armazéns onde são processadas e<br />
distribuídas as muitas toneladas de<br />
alimentos recolhidos todos os anos.<br />
A carrinha da Junta de Freguesia<br />
da <strong>Penha</strong> de França é uma das que<br />
está presente todas as segundas,<br />
quartas e sextas-feiras, dias em que<br />
ajuda várias associações do bairro<br />
no transporte dos bens alimentares<br />
que depois serão distribuídos<br />
a quem deles mais precisa.<br />
No interior do armazém, e já depois<br />
da carrinha estacionada e pronta a<br />
carregar, os voluntários do Banco<br />
Alimentar recebem quem chega<br />
com boa disposição, encarregando-se<br />
de os orientar por entre as várias<br />
paletes e caixas de alimentos.<br />
Têm consigo uma lista com as<br />
associações marcadas para o dia,<br />
bem como o tipo e a quantidade de<br />
alimentos que irão levar. Aí começa<br />
a tarefa de recolher, carregar e<br />
arrumar o melhor possível os bens<br />
na carrinha. O hábito e o bom<br />
humor fazem com que o processo<br />
seja célere, até porque todos sabem<br />
que muitas outras instituições<br />
esperam a sua vez. Nestas incursões<br />
semanais, os carregamentos são<br />
de frescos: carne, legumes, fruta e<br />
outros bens rapidamente perecíveis.<br />
Uma vez por mês a carga faz-se nas<br />
chamadas ‘boxes’, onde as carrinhas<br />
são cheias de alimentos como arroz,<br />
massas, feijão ou outros alimentos<br />
com prazo alargado de validade.<br />
Agora, é tempo de regressar<br />
à Freguesia e descarregar tudo<br />
no lugar certo. A Associação da<br />
<strong>Penha</strong> de França, o Centro Paroquial<br />
Social São João Evangelista e a<br />
Associação das Obras Assistenciais<br />
da Sociedade São Vicente Paulo<br />
(mais conhecida na nossa Freguesia<br />
como As Vicentinas) aguardam.<br />
22<br />
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Programa de Orçamento Participativo<br />
POP <strong>Penha</strong><br />
Procuram-se<br />
ideias para<br />
a <strong>Penha</strong><br />
POP Escolas<br />
Alunos<br />
apresentaram<br />
mais de 160<br />
propostas<br />
O que falta no bairro?<br />
Se eu tivesse 10 mil euros para<br />
concretizar um projeto na minha<br />
Freguesia, o que faria com este<br />
dinheiro? Um pequeno jardim,<br />
um livro com a história da minha<br />
coletividade, colocava bancos<br />
e mesas na minha praceta?<br />
Já todos pensámos no que<br />
gostaríamos de fazer nos sítios<br />
onde vivemos, trabalhamos ou nos<br />
divertimos. A pensar nisso e porque<br />
o envolvimento da população nos<br />
processos de decisão política é um<br />
dos objetivos da Junta de Freguesia<br />
da <strong>Penha</strong> de França, foi criado o POP<br />
<strong>Penha</strong>, o Programa de Orçamento<br />
Participativo da nossa Freguesia.<br />
Lançado a 25 de abril pela<br />
Presidente Sofia Oliveira Dias e pelo<br />
Vogal David Erlich, este programa<br />
conhece a sua primeira edição<br />
em <strong>2016</strong>, em projeto piloto,<br />
e destina-se a todos os cidadãos<br />
com mais de 16 anos que residam,<br />
estudem, trabalhem ou exerçam<br />
funções cívicas na Freguesia.<br />
Todos podem apresentar propostas<br />
e votar nas suas preferidas.<br />
Cada proposta não poderá<br />
ultrapassar os 10 mil euros, sendo<br />
que o montante global atribuído<br />
pela Junta de Freguesia da <strong>Penha</strong><br />
de França para o POP <strong>Penha</strong> <strong>2016</strong><br />
é de 50 mil euros. O calendário<br />
do POP <strong>Penha</strong> é o seguinte:<br />
Abril a junho de <strong>2016</strong><br />
Apresentação de propostas através<br />
das Assembleias de bairro e da<br />
página na Internet www.POP-<strong>Penha</strong>.pt<br />
Julho a Agosto de <strong>2016</strong><br />
Verificação do preenchimento<br />
dos formulários e das condições<br />
de elegibilidade das propostas<br />
e possibilidade da sua transformação<br />
em projetos.<br />
Divulgação da lista provisória<br />
de propostas aceites e excluídas,<br />
período de reclamações e divulgação<br />
da lista final dos projetos<br />
que passam à fase de votação<br />
14 a 30 de setembro de <strong>2016</strong><br />
Votação das propostas através<br />
da internet<br />
Outubro de <strong>2016</strong><br />
Apuramento e divulgação<br />
dos projetos mais votados.<br />
Não perca esta oportunidade<br />
e participe!<br />
Também nas escolas a Junta<br />
de Freguesia está a promover<br />
um Programa de Orçamento<br />
Participativo, o POP Escolas. Nele já<br />
participaram cerca de 600 alunos<br />
de sete escolas da freguesia, do 4º<br />
ao 10º ano, que apresentaram mais<br />
de 160 propostas.<br />
No dia 25 de <strong>maio</strong>, na Assembleia<br />
Interescolas, os delegados das 26<br />
turmas participantes vão apreciar e<br />
votar as 51 propostas finalistas do<br />
primeiro POP Escolas.<br />
Até outubro, a Junta de Freguesia<br />
compromete-se a executar,<br />
por cada ciclo de ensino, uma<br />
proposta vencedora cujo valor<br />
não exceda os mil euros.<br />
23<br />
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eventos<br />
<strong>Penha</strong> de França<br />
A festa do 25 de Abril<br />
Num ambiente de festa,<br />
o aniversário do 25 de Abril foi<br />
comemorado na Praça Paiva<br />
Couceiro. Com artes circenses<br />
e de rua, zumba, e os concertos de<br />
Filipa Cardoso e Nininho Vaz Maia.<br />
Apoio aos animais<br />
da freguesia<br />
A Junta estabeleceu uma<br />
parceria com o MEG - Movimento<br />
Esterilização de Gatos de Lisboa,<br />
para implementar um programa<br />
pioneiro de bem-estar animal,<br />
promovendo a esterilização de<br />
colónias de gatos e de animais de<br />
munícipes carenciados, a instalação<br />
de abrigos, campanhas de adoção,<br />
prevenção do abandono, banco<br />
alimentar para animais, distribuição<br />
de milho contracetivo, entre várias<br />
outras iniciativas. Neste campo,<br />
a JFPF foi alertada para a existência<br />
de um cão vítima de maus tratos<br />
na Freguesia, tendo desenvolvido<br />
contactos com as entidades<br />
competentes que culminaram<br />
na entrega do cão por um familiar<br />
dos donos. O Boris foi levado para<br />
a Casa dos Animais de Lisboa,<br />
mas não resistiu. A PSP remeteu ao<br />
Ministério Público um auto de notícia<br />
pelo crime de maus tratos a animais.<br />
Crianças plantaram árvores<br />
No dia Mundial da Árvore,<br />
crianças da Freguesia e o Vogal<br />
David Erlich plantaram árvores<br />
no Jardim Bulhão Pato.<br />
Ajuda no IRS<br />
A Junta de Freguesia criou um serviço<br />
para ajudar a população a preencher<br />
as suas declarações de IRS.<br />
O atendimento é gratuito.<br />
Caminhada do Laço Azul<br />
No dia 15 <strong>maio</strong>, como forma de<br />
sensibilização para a necessidade<br />
de prevenir a negligência e o abuso<br />
infantil, vamos fazer a caminhada<br />
do Laço Azul. Às 15h00 com ponto<br />
de encontro no Mercado Sapadores.<br />
24<br />
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As outras<br />
<strong>Penha</strong>s<br />
de França<br />
Olhando<br />
para o mapa<br />
do mundo,<br />
as localidades<br />
denominadas<br />
<strong>Penha</strong> de<br />
França formam<br />
um triângulo.<br />
Existem três<br />
e uma por cada<br />
continente.<br />
Olhando para o mapa do mundo,<br />
as localidades denominadas <strong>Penha</strong><br />
de França formam um triângulo.<br />
Existem três e uma por cada<br />
continente.<br />
A primeira é bem conhecida de<br />
todos, já que quem está a ler este<br />
texto provavelmente nela reside ou<br />
trabalha: é a Freguesia da <strong>Penha</strong> de<br />
França em Lisboa. Quanto às outras<br />
duas, uma está na América do Sul e<br />
outra na Índia.<br />
Comecemos pela das Américas.<br />
A <strong>Penha</strong> de França, ou a <strong>Penha</strong><br />
como é comummente conhecida,<br />
está localizada em São Paulo, sendo<br />
um dos seus mais antigos bairros.<br />
É uma das subprefeituras da cidade<br />
(uma espécie de grande freguesia),<br />
estendendo-se por uma área de<br />
cerca de 40 km2 e onde habita<br />
meio milhão de pessoas.<br />
Esta ‘super-freguesia’ teve o seu<br />
início oficial na segunda metade do<br />
século XVII e na sua origem estão<br />
Mateus Nunes de Siqueira e o seu<br />
irmão, Padre Jacinto Nunes de<br />
Siqueira, que eram proprietários de<br />
uma grande “fazenda com ermida”.<br />
A capela terá sido construída “por<br />
volta de 1668” e dedicada à Nossa<br />
Senhora da <strong>Penha</strong>, explica-se na<br />
página da internet da diocese de<br />
São Miguel Paulista e no site da<br />
Subprefeitura. Esta “capela no topo<br />
da colina”, administrada pelo Padre<br />
Jacinto Nunes, fica no local onde<br />
hoje se situa o Santuário de Nossa<br />
Senhora da <strong>Penha</strong> de França.<br />
O bairro formou-se em seu redor.<br />
Além do Santuário foi mais<br />
recentemente construída a Basílica<br />
da <strong>Penha</strong>, que em 1985 o Papa João<br />
Paulo II recordou ter sido consagrada<br />
“à Nossa Senhora da <strong>Penha</strong>, já<br />
anteriormente escolhida para<br />
padroeira de São Paulo”. Na mesma<br />
missiva, onde atribui a dignidade de<br />
Basílica Menor a esta igreja, o Papa<br />
considerava ainda a <strong>Penha</strong> de França<br />
como “um dos mais belos bairros da<br />
cidade de São Paulo”.<br />
Dando um salto para a Ásia,<br />
na Índia há uma vila chamada<br />
<strong>Penha</strong>-de-Franca, localizada na<br />
região de Goa. Segundo o último<br />
censo, realizado em 2011, tem 15<br />
mil habitantes. É provável que o seu<br />
nome esteja também ligado a um<br />
templo: a Igreja de Nossa Senhora de<br />
<strong>Penha</strong> de França, localizada a poucos<br />
quilómetros. No site da paróquia<br />
explica-se que a igreja foi mandada<br />
erigir por Dona Ana de Azevedo nas<br />
margens do rio Mandovi. Tendo<br />
ficado viúva, decidiu que na sua<br />
casa se iria construir uma igreja, que<br />
devotou à Nossa Senhora da <strong>Penha</strong><br />
de França. O historiador Paulo Varela<br />
Gomes, no projeto Património de<br />
Influência Portuguesa da Fundação<br />
Gulbenkian, refere que “os dados<br />
publicados indicam” que terá sido<br />
“construída inicialmente a partir de<br />
1626 por Ana de Azevedo, professa<br />
da Ordem Terceira de São Francisco,<br />
que doou a igreja e os terrenos<br />
vizinhos aos franciscanos”. Mais tarde<br />
foi completamente reconstruída.<br />
“Potencialmente um dos edifícios<br />
mais interessantes da arquitetura<br />
religiosa em Goa”, descreve-a este<br />
especialista em História<br />
da Arquitetura.<br />
25<br />
AF JFPF REVISTA MAIO.indd 25 03/05/16 19:14
curtas<br />
<strong>Penha</strong> de França<br />
Pequenas notícias<br />
da nossa freguesia<br />
01<br />
Centro de Estudos ‘Em<strong>Penha</strong>-te’<br />
A <strong>Penha</strong> vai contar com um novo<br />
espaço para os mais jovens.<br />
O Centro de Estudos ‘Em<strong>Penha</strong>-te’<br />
pretende dar uma ajuda nas mais<br />
variadas matérias desde o 1º Ciclo<br />
até ao Ensino Secundário.<br />
02<br />
Exposição de Cerâmica<br />
e Tapetes de Arraiolos<br />
Foi inaugurada a 15 de abril a<br />
exposição de Cerâmica e Tapetes<br />
de Arraiolos que conta com os<br />
trabalhos dos alunos do Atelier de<br />
Cerâmica e Tapetes de Arraiolos<br />
bem como das crianças da<br />
Componente de Apoio à Família.<br />
Pode ser visitada no Espaço<br />
Multiusos até dia 6 de <strong>maio</strong>.<br />
03<br />
Casamentos de Santo António<br />
Os noivos de Santo António<br />
também estão na <strong>Penha</strong> de França.<br />
Abençoado pelo santo de Lisboa e<br />
apadrinhado por Fernando Medina,<br />
o grupo conta com dois casais e<br />
uma noiva da <strong>Penha</strong>.<br />
04<br />
<strong>Penha</strong> ajuda a ‘pôr o Sequeira<br />
no lugar certo’<br />
A Freguesia associou-se à iniciativa<br />
‘Vamos pôr este Sequeira no lugar<br />
certo!’ contribuindo com 1.221,45€<br />
para que esta obra-prima possa ser<br />
vista por todos.<br />
05<br />
Entreajuda entre graúdos<br />
e miúdos<br />
Nas férias da Páscoa arrancou o<br />
programa Entreajuda. Uma iniciativa<br />
que pretende que as crianças do<br />
9.º ano ao 12.º ano partilhem os<br />
seus “saberes” com os mais novos.<br />
Houve ateliers de cerâmica, têxtil,<br />
bijuteria, atividades desportivas,<br />
escrita criativa. Participaram alunos<br />
de 9º ano da Escola Patrício Prazeres<br />
e alunos de 10º ano e 12º ano da<br />
escola António Arroio. Graúdos e<br />
miúdos adoraram a experiência!<br />
06<br />
Higiene e Saúde nas escolas<br />
No âmbito do dia Mundial da<br />
Saúde, o Pelouro da Educação<br />
dinamizou pequenas sessões sobre<br />
Higiene e Saúde junto das crianças<br />
do 1º Ciclo das CAF´S. Foram<br />
abordados diversos temas como<br />
a lavagem das mãos, limpeza de<br />
ouvidos, higiene íntima e higiene<br />
oral. A iniciativa teve o apoio das<br />
técnicas da Saúde Mais Próxima da<br />
Santa Casa da Misericórdia.<br />
07<br />
O património do Desporto<br />
no Museu Nacional do Azulejo<br />
Para celebrar o Dia Internacional<br />
dos Monumentos e Sítios, este<br />
ano com o tema ‘O Património do<br />
Desporto’, o Museu Nacional do<br />
Azulejo organizou uma série de<br />
atividades entre as quais se incluiu<br />
uma aula de Zumba que contou<br />
com o apoio da Junta de Freguesia<br />
da <strong>Penha</strong> de França.<br />
08<br />
Mais pequenos a pensar<br />
Os meninos do jardim de infância e<br />
1.ºciclo das nossas AAA/CAF tiveram<br />
sessões de filosofia para crianças com<br />
Joana Rita Sousa. O objetivo foi o de<br />
parar para pensar e colocar em prática<br />
ferramentas dos pensamentos critico,<br />
criativo e cuidativo.<br />
Especialidades no Posto Médico:<br />
Clínica Geral<br />
Oftalmologia<br />
Otorrino<br />
Massagem<br />
Estomatologia<br />
Pediatria<br />
Ortopedia<br />
Psicologia<br />
Próteses<br />
Enfermagem<br />
26<br />
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programação cultural<br />
Maio<br />
7 de Maio<br />
Diverte-te no Bairro - Damas e Futebol Humano<br />
14h00 às 19h00 | Ponto de encontro: Torres Alto da Eira<br />
9 de Maio<br />
Dia da Europa - Exposição Documental<br />
15h00 | Salão Polo Morais Soares<br />
15 de <strong>maio</strong><br />
Evento de ginástica - Olisipiadas<br />
9h00 às 19h00 | Pavilhão do Casal Vistoso<br />
17 de Maio<br />
Comemoração do Dia contra a Homofobia e Transfobia<br />
18h00 | Salão do Polo Morais Soares<br />
21 de Maio<br />
Exposição AEC’S: História da nossa Escola<br />
10h00 às 18h00 | Espaço Multiusos<br />
Concerto Orquestra Ligeira Casa Pia de Lisboa<br />
16h30 | Praça Paiva Couceiro<br />
Diverte-te no Bairro - Jogo do Micado<br />
14h00 às 19h00 | Torres Alto da Eira<br />
22 de Maio<br />
Aulas de exercícios em aparelhos com ‘personal trainer’<br />
9h30 às 11h30 | Jardim Luís Ferreira<br />
27 de Maio<br />
Ciclo conferência - Violência no Namoro<br />
18h00 | Salão do Polo Morais Soares<br />
28 de Maio<br />
Diverte-te no Bairro - Jogo do Galo Humano<br />
14h00 às 19h00 | Torres Alto da Eira<br />
Para informações mais detalhadas esteja<br />
atento(a) aos nossos canais de comunicação<br />
Acompanhe a nossa agenda<br />
nas nossas vitrines e no Facebook.<br />
facebook.com/Freguesia<strong>Penha</strong>DeFranca<br />
Sede<br />
Travessa do Calado, nº 2<br />
Tel. 218 160 720<br />
Fax 218 160 721<br />
Email geral@jf-penhafranca.pt<br />
Linha Verde<br />
800 209 171<br />
Polo Morais Soares<br />
Rua Morais Soares, nº 32<br />
Tel. 218 163 290<br />
Fax 218 163 299<br />
Posto Médico<br />
Tel. 218 144 291<br />
Email posto.medico@jf-penhafranca.pt<br />
Espaço Multiusos<br />
Av. Coronel Eduardo Galhardo,<br />
sob o viaduto da Av. General Roçadas<br />
Tel. 218 100 390<br />
Fax 218 100 398<br />
Email multiusos@jf-penhafranca.pt<br />
Espaço Nova Atitude<br />
Av. Marechal Francisco da Costa Gomes<br />
Lojas 13, 15 e 16<br />
Tel. 216 092 710<br />
Email espaco.n.atitude@jf-penhafranca.pt<br />
Loja Social<br />
Rua José Inácio de Andrade, Loja 10<br />
Tel. 218 075 910<br />
Email loja.social@jf-penhafranca.pt<br />
Mercado de Sapadores<br />
Rua da <strong>Penha</strong> de França, Mercado<br />
Tel. 218 140 730<br />
Email mercado.sapadores@jf-penhafranca.pt<br />
Polo Eduardo Galhardo<br />
Av. Coronel Eduardo Galhardo<br />
Tel. 212 693 920<br />
Email postolimpeza@jf-penhafranca.pt<br />
27<br />
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SÁB 07<br />
16h30 Concerto: Jovens para Sempre<br />
21h30 Animação com Músicas do MundO<br />
DOM 08<br />
15h00 Concerto: Orquestras da <strong>Penha</strong><br />
SEG 09<br />
10h00 Animação com Insufláveis nas Escolas<br />
17h00 Workshops de Andas, Malabarismo e Dança<br />
TER 10<br />
15h00 Tarde Científica<br />
QUA 11<br />
10h00 Animação com Insufláveis nas Escolas<br />
15h00 Stand de Divulgação do IPDJ e Sessão de Autógrafos<br />
16h00 Sessão de Esclarecimento do IPDJ<br />
21h00 Noite de Arte com Peça de Teatro<br />
Qui 12<br />
15h00 Jogos de Tabuleiro e Videojogos<br />
SEX 13<br />
10h00 Animação com Insufláveis nas Escolas<br />
16h00 Concerto: Orquestras da <strong>Penha</strong><br />
17h00 AULA/Demonstração de Judo<br />
18h00 AULA/Demonstração de Muay Thai e Kickboxing<br />
20h30Animação com DJ<br />
SÁB 14<br />
ao longo do dia Dia da Família<br />
ao longo do dia Atividades Desportivas<br />
19h00 Animação com Flash Mob<br />
21h00 Mega Concerto<br />
DOM 15<br />
15h00 Caminhada do Laço Azul<br />
7 A 15 DE MAIO<br />
tarde/noite Feira de Street Food<br />
Stand móvel do POP <strong>Penha</strong><br />
DIA DA FAMÍLIA 14 DE MAIO <strong>2016</strong><br />
SÁb 14<br />
9h00 Tai Chi<br />
10h00 Ateliers: Azulejos<br />
Pulseiras da Família<br />
Tela Coletiva<br />
Toalha Coletiva<br />
Integrado na programação<br />
da Semana da Juventude<br />
11h00 Dinâmicas de Grupo<br />
12h00 “Aqui vai Nascer uma Praça”- Bip-Zip<br />
13h00 Foto Família + toalha de pic nic<br />
13h10 Pic Nic em Família<br />
14h30 - 19h30 Atividades Desportivas<br />
As atividades poderão sofrer alterações por motivos alheios à Junta de Freguesia<br />
Locais:<br />
Praça Paiva Couceiro<br />
Alameda D. Afonso Henriques<br />
Salão Morais Soares<br />
Escolas Básicas<br />
Entre outros<br />
do rio à colina<br />
Para mais informações:<br />
Tel 218 160 720<br />
geral@jf-penhafranca.pt<br />
facebook.com/Freguesia<strong>Penha</strong>DeFranca<br />
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