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E-REVISTA N.º 35

Revista electrónica do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, Nº 35

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Sindicato<br />

dos Enfermeiros<br />

Portugueses<br />

n˚<strong>35</strong> - abril 2016<br />

INFO<br />

Defender<br />

o Direito à Saúde,<br />

CUMPRIR A<br />

CONSTITUIÇÃO<br />

1<br />

Constituição<br />

República Portuguesa


Ficha técnica<br />

ÍNDICE<br />

capa<br />

40 anos da Constituição da República Portuguesa.......................................................... 03<br />

em foco<br />

1.<strong>º</strong> Maio................................................................................................................................ 08<br />

Regiões<br />

Lisboa<br />

CHLC - Direitos da Parentalidade não podem ser colocados em causa..........................10<br />

CHLO - Pagamento da dívida, .............................................................................................12<br />

Formação<br />

II Jornadas do Hospital de Santa Maria..............................................................................14<br />

XIV Encontro Nacional de CSP............................................................................................15<br />

Santarém<br />

CH Médio Tejo - Negociação do Regulamento de Horário continua.................................16<br />

ACES Pinhal Litoral - Eleição de Delegados Sindicais a 19 de abril..................................18<br />

Coimbra<br />

CMR Rovisco Pais - Doentes de Hansen sem Cuidados de Enfermagem<br />

no período noturno.............................................................................................................. 20<br />

Beira Alta<br />

ULS Guarda - Aberto concurso para admissão de enfermeiros....................................... 22<br />

Porto<br />

CH S. João - Continua o desrespeito para com enfermeiros e utentes........................... 23<br />

Minho<br />

H Guimarães - Vários São os atropelos que persistem....................................................24<br />

Setúbal<br />

H. Garcia Orta - SEP elegeu os seus Delegados Sindicais............................................... 26<br />

E-revista: SEP-Info • Edição: SEP, Sindicato dos Enfermeiros Portugueses • email: sede@sep.pt • Tel: 213 920 <strong>35</strong>0 • Fax: 213 968 202 • Morada: Av. 24 de Julho, 132,<br />

1<strong>35</strong>0-346 Lisboa, Portugal • Diretor: José Carlos Martins • Coordenadora Técnica: Guadalupe Simões • Secretariado de Redação: Dora Galvão e Fernando Gama •<br />

Lay-out/Paginação: Formiga Amarela - Oficina de Textos e Ideias, Lda. • Web: Webisart • abril 2016


capa<br />

40 Anos da Constituição da Repúbllica Portuguesa<br />

Defender o Direito à Saúde,<br />

cumprir a Constituição<br />

Comemora-se este ano os 40 anos da<br />

Constituição da República Portuguesa. Foi no dia<br />

2 de Abril de 1976 que, a Assembleia Constituinte,<br />

reunida em sessão plenária aprovou e decretou a<br />

Lei fundamental do país.<br />

3<br />

E, importa recordar o texto oficial aprovado pelo Decreto<br />

de Aprovação da Constituição publicado no Diário da<br />

república n<strong>º</strong> 86, I Série, de 10 de Abril de 1976:<br />

“A 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas,<br />

coroando a longa resistência do povo português e interpretando<br />

os seus sentimentos profundos, derrubou o regime<br />

fascista. Libertar Portugal da ditadura, da opressão e do<br />

colonialismo representou uma transformação revolucionária e<br />

o inicio de uma viragem histórica da sociedade portuguesa. A<br />

Revolução restituiu aos Portugueses os direitos e liberdades<br />

fundamentais. No exercício destes direitos e liberdades, os legítimos<br />

representantes do povo reúnem-se para elaborar uma<br />

Constituição que corresponde às aspirações do país.


capa<br />

O Direito à Saúde<br />

O art<strong>º</strong> 64, Saúde, determina que todos têm direito à protecção da<br />

saúde e o dever de a defender e promover. E, consagra, que a forma<br />

de garantir este Direito é<br />

a)<br />

b)<br />

através de um serviço nacional de saúde universal, geral e, tendo<br />

em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente<br />

gratuito (em 1976 era gratuito).<br />

Pela criação de condições económicas, sociais, culturais e ambientais<br />

que garantam, designadamente, a protecção na infância,<br />

da juventude e da velhice, e pela melhoria sistemática das condições<br />

de vida e de trabalho, bem como pela promoção da cultura<br />

física e desportiva, escolar, popular, e ainda pelo desenvolvimento<br />

da educação sanitária do povo e de práticas de vida saudável.<br />

Para assegurar o direito à protecção da saúde, incumbe prioritariamente<br />

ao Estado:<br />

a)<br />

b)<br />

Garantir o acesso de todos os cidadãos, independentemente da<br />

sua condição económica, aos cuidados de medicina preventiva,<br />

curativa e de reabilitação;<br />

Garantir uma racional e eficiente cobertura de todo o país em<br />

recursos humanos e unidades de saúde;<br />

Tarefas Fundamentais do Estado<br />

No art<strong>º</strong> 9, alínea d) constatamos que “Promover o bem-estar e a qualidade de vida<br />

do povo e a igualdade real entre os portugueses, bem como a efectivação dos<br />

direitos económicos, sociais, culturais e ambientais mediante<br />

a transformação e modernização das estruturas económicas e sociais” ,<br />

é uma das várias Tarefas Fundamentais do Estado.


Antes da criação do SNS.... As estruturas eram desarticuladas, dispersas e, muitas vezes, sobrepostas e<br />

concorrenciais. A distribuição de enfermeiros era de 83,3% no litoral e 16,2 % no resto do país.<br />

c)<br />

d)<br />

e)<br />

f)<br />

Orientar a sua acção para a socialização dos custos dos cuidados<br />

médicos e medicamentosos;<br />

Disciplinar e fiscalizar as formas empresariais e privadas da<br />

medicina, articulando-as com o serviço nacional de saúde,<br />

por forma a assegurar, nas instituições de saúde públicas e<br />

privadas, adequados padrões de eficiência e de qualidade;<br />

Disciplinar e controlar a produção, a distribuição, a comercialização<br />

e o uso dos produtos químicos, biológicos e farmacêuticos<br />

e outros meios de tratamento e diagnóstico;<br />

Estabelecer politica de prevenção e tratamento da toxicodependência.<br />

A realidade portuguesa antes do SNS<br />

5<br />

A situação do setor da saúde, em Portugal, antes<br />

da criação do SNS colocava-nos em quase todos<br />

os indicadores, abaixo da maioria dos países da<br />

Europa. As estruturas eram insuficientes e profundamente<br />

degradadas. Em 1975 por cada 1000<br />

nados vivos morreram 38 e em cada 100 nascimentos,<br />

20 ocorriam fora dos estabelecimentos<br />

próprios e sem qualquer tipo de assistência. As<br />

estruturas eram predominantemente verticais,<br />

desarticuladas, dispersas e, muitas vezes, sobrepostas<br />

e concorrenciais. Havia serviços de<br />

saúde na dependência de vários ministérios.<br />

A distribuição de enfermeiros era de 83,3% no<br />

litoral e 16,2 % no resto do país. O Consumo de<br />

medicamentos era de 80% no litoral e 20% no<br />

interior do país. Consideráveis faixas populacionais<br />

e geográficas sem cobertura sanitária<br />

e insuficientes ações de prevenção, profilaxia,<br />

informação e educação para a saúde. Inadequação<br />

dos esquemas de formação de base e<br />

pós-graduação dos técnicos do sector e inexistência<br />

de estatutos integrados e unificados das<br />

profissionais por falta de regulamentação das<br />

actividades privadas. População com mais de 60<br />

anos era de 28% e 30% era analfabeta. Casa sem<br />

esgotos era de 40% e a população com abastecimento<br />

de água através de poços era de 32%.<br />

População sem recolha de lixos urbanos era de<br />

61% e o consumo de leite por dia/habitante era<br />

de apenas 128g.


capa<br />

A importância das Carreiras Profissionais<br />

A criação de carreiras nacionais para os trabalhadores da saúde foi<br />

considerada uma condição cine qua non da eficiência do SNS.<br />

Sem tais carreiras seria impossível assegurar<br />

todos os cuidados de saúde, em<br />

todo o país razão pela qual foi estabelecido<br />

que, no futuro, desde a criação do<br />

SNS e até hoje, todos os profissionais<br />

que desejassem ingressar no SNS teriam<br />

que se sujeitar ao regime de carreira, podendo<br />

ser colocados em qualquer parte<br />

do território nacional, de harmonia com<br />

as vagas e as necessidades do serviço.<br />

Desde o inicio deste século que assistimos<br />

à desvalorização das carreiras, ao<br />

aumento da instabilidade contratual, aos<br />

cortes nos salários e valor hora determinando<br />

a saída de profissionais para o<br />

sector privado e para o estrangeiro e a<br />

pergunta que se impõe: se em 1978/79<br />

da análise efectuada à visão de futuro,<br />

as carreiras profissionais eram consideradas<br />

um alicerce para a construção do<br />

SNS e da garantia da sua equidade qual<br />

o objectivo para o retrocesso dos últimos<br />

anos? A quem interessa?


O SEP na construção do SNS<br />

“As portas que Abril abriu” também se abriu aos sindicatos. Até<br />

aí corporativistas e controlados pelo Estado, acompanharam os<br />

ventos de mudança que a Revolução de Abril trouxe ao País.<br />

E, a Constituição da República, em 1976 consagrou<br />

no seu art<strong>º</strong> 55<strong>º</strong> o Direito à Liberdade<br />

Sindical “reconhecendo que todos os trabalhadores<br />

a liberdade sindical, condição e garantia<br />

da construção da sua unidade para defesa dos<br />

seus direitos e interesses”.<br />

O Sindicato dos Enfermeiros da Zona Sul, que a<br />

pedido dos enfermeiros da região Norte e Centro<br />

se transformou em Sindicato dos Enfermeiros<br />

Portugueses, em 1988, apropriou-se destes<br />

desígnios constitucionais. Construiu ao longo<br />

destes mais de 40 anos, com os enfermeiros,<br />

a profissão de Enfermagem. Esteve na linha da<br />

frente entre 1974 e 1976 pela existência de um<br />

só nível de enfermagem, na criação da carreira<br />

de 1981 e, pelas suas sucessivas alterações,<br />

pontuais ou mais aprofundadas (1985, 1992,<br />

1998, 1999, 2009), acompanhando de forma dinâmica<br />

as alterações que, entretanto, também<br />

foram ocorrendo (legislação laboral, legislação<br />

do setor da saúde, etc). Ao SEP, principalmente,<br />

deve-se a existência do Regulamento do Exercício<br />

Profissional e a Ordem dos Enfermeiros.<br />

Também, a luta sempre constante pela estabilidade<br />

no emprego e pela melhoria das condições<br />

de trabalho dos enfermeiros. E sempre, na<br />

defesa do Serviço Nacional de Saúde enquanto<br />

garante dos cidadãos, a todos, a cuidados de<br />

saúde de excelência.<br />

A Constituição da República Portuguesa, apesar<br />

das suas sete revisões, mantém no essencial<br />

o espírito dos deputados da constituinte<br />

e, seguramente, continua a ser a trave mestra<br />

da nossa democracia. Aqui e ali, várias são as<br />

tentativas de a “modernizar” dizem aqueles que<br />

a querem destruir.<br />

Ontem como hoje, a constatação é da sua actualidade.<br />

Apropriemo-nos dos seus desígnios,<br />

dos seus princípios e dos Direitos que ali estão<br />

consagrados caso contrário, quando olharmos<br />

por cima do ombro, o que poderemos vir a sentir<br />

é o vazio pelo que podia ter sido e… não foi!<br />

7<br />

[Ao SEP, principalmente, deve-se a existência do Regulamento do Exercício<br />

Profissional e a Ordem dos Enfermeiros. Também, a luta sempre constante pela<br />

estabilidade no emprego e pela melhoria das condições de trabalho dos enfermeiros]


em foco<br />

1.<strong>º</strong> Maio<br />

Avançar pela mudança<br />

constrói futuro<br />

Este é o tempo de valorizar o trabalho e dignificar os<br />

trabalhadores, combater o desemprego, a precariedade, os baixos<br />

salários e pensões e a emigração forçada; vencer o medo e lutar<br />

pela efetivação dos direitos.<br />

Neste 1· de Maio assinalamos o 130· Aniversário dos acontecimentos<br />

de Chicago, que estiveram na origem do 1· de Maio, Dia<br />

Intemacional do Trabalhador, uma jornada de luta pela redução<br />

da jornada de trabalho para as 8 horas, violentamente reprimida.<br />

Uma data que homenageia também as mulheres e homens deste país que,<br />

durante a ditadura, lutaram pela liberdade e por melhores condições de vida<br />

e de trabalho, por emprego com direitos, salários e horários dignos.<br />

Vale sempre a pena lutar<br />

Nos últimos quatro anos, a força dos trabalhadores, organizados, unidos<br />

e em luta, foi determinante. Os efeitos da sua luta já se fazem sentir, pela<br />

intervenção e iniciativa dos Partidos (PS, PCP, BE e Verdes) que compõem<br />

a nova relação de forças parlamentar. Apesar de limitados, são visíveis os<br />

avanços, com a reposição nomeadamente dos 4 feriados, o fim progressivo<br />

da sobretaxa do IRS, o anúncio das <strong>35</strong> horas para trabalhadores da Administração<br />

Pública, descongelamento de pensões, reposição de complementos<br />

de reformas, entre outras conquistas.


Combater as pressões e chantagens externas<br />

Com a nova situação politica aumentam as ingerências e a chantagem<br />

externa sobre o país. Primeiro com o “Memorando da troika”<br />

e agora com o “Semestre Europeu” e o “Programa de Estabilidade”,<br />

a UE continua a fazer tudo para colocar o país refém de<br />

uma politica geradora de desigualdades, de empobrecimento e<br />

dependente dos grupos económicos e financeiros e das grandes<br />

potências europeias. É preciso romper com a prevalência dos interesses<br />

económicos sobre os direitos laborais e sociais, garantir<br />

a renegociação da dívida pública nos seus montantes, prazos e<br />

juros de modo a assegurar o crescimento económico, a criação<br />

de emprego com direitos e a soberania nacional.<br />

Os Enfermeiros também têm<br />

razões de sobra para exigir a mudança<br />

Estão confrontados com problemas que têm impacto na organização,<br />

funcionamento e capacidade de resposta dos serviços, na<br />

qualidade e segurança dos cuidados e nos níveis de (in)satisfação<br />

profissional. O congelamento das progressões desde 2005, a imposição<br />

de novas regras na construção das carreiras desde 2008,<br />

a imposição de regimes contratuais diferentes e a crise económica,<br />

aprofundaram problemas que urge resolver. Em 2013 e 2015,<br />

o SEP apresentou Cadernos Reivindicativos e alguns problemas<br />

foram minimizados, como a carência, a precariedade, a aplicação<br />

do DL 62/79 aos CIT e os 1201,46€.<br />

Está na hora de serem solucionados outros problemas, nomeadamente<br />

os salariais e as <strong>35</strong> horas semanais. Consulta as propostas<br />

apresentadas pelo SEP no seu CR para 2016 (ler comunicado).<br />

PARTICIPA! consulta o programa da tua região.<br />

9<br />

Emprego Contratação Coletiva Salários Direitos <strong>35</strong>H Serviços Públicos


egiões<br />

CH Lisboa Central<br />

Direitos de parentalidade não<br />

podem ser colocados em causa<br />

Tentar negar o gozo de qualquer tipo de direitos<br />

é retroceder civilizacionalmente. Retirar direitos<br />

que são das crianças invocando carência de<br />

enfermeiros é demonstrativo de má-gestão.<br />

Segundo o SEP, a gestão do CHLC emitiu uma<br />

nota informativa às chefias de enfermagem,<br />

sobre o “enquadramento da colisão de direitos”,<br />

na qual é expressa a negação do horário<br />

flexível pretendido pelos enfermeiros ao abrigo do direito<br />

da parentalidade. De acordo com a mesma fonte<br />

sindical, a fundamentação da medida será porque os<br />

serviços sofrem um agravamento do deficit de cobertura<br />

nas tardes, noites e fins de semana e que o mesmo<br />

não pode ser resolvido com recurso ao aumento<br />

das horas suplementares porque já é excessivo.


[Vamos esclarecer os enfermeiros dos<br />

seus direitos e reafirmar que nenhum<br />

trabalhador pode ser penalizado no gozo<br />

dos seus direitos]<br />

Curioso é que, neste quadro o CA considere<br />

que uma forma de ultrapassar o problema<br />

não passa pela contratação de mais enfermeiros,<br />

colocando como única solução o<br />

dos enfermeiros que estavam no exercício<br />

do gozo dos seus direitos, ao regime de<br />

horários por turnos.<br />

Mesmo, na consideração que o CA irá<br />

procurar, junto dos enfermeiros, o consentimento<br />

para aquela solução, o SEP consi-<br />

dera que a mesma é um atentado ao direito da<br />

parentalidade consagrado na Constituição da<br />

República Portuguesa e uma ação persecutória<br />

aos enfermeiros que têm, por direito, o regime<br />

de horário flexível para acompanhamento<br />

de filhos menores”. E, concluem, “vamos<br />

esclarecer os enfermeiros dos seus direitos e<br />

reafirmar que nenhum trabalhador pode ser<br />

penalizado no gozo dos seus direitos. Este é<br />

um problema que se agravou devido às várias<br />

politicas economicistas do anterior governo.<br />

O aumento do horário de trabalho para as 40<br />

horas, os cortes nos salários, nas horas penosas<br />

e nas horas extraordinárias tiveram esta<br />

consequência e quando foram implementadas,<br />

os conselhos de administração de todos<br />

os hospitais aplaudiram porque significava<br />

poupar dinheiro. Agora, não podem exigir que<br />

os enfermeiros sejam compreensivos com<br />

mais tentativas de penalização”, rematam.<br />

11


egiões<br />

CH Lisboa Ocidental<br />

Pagamento da dívida<br />

Depois de anos a exigir a harmonização<br />

do pagamento das horas de qualidade<br />

e extraordinárias aos enfermeiros a CIT,<br />

finalmente, o objectivo foi concretizado.<br />

O<br />

CA assumiu pagar a divida<br />

que ascende a mais de 4<br />

milhões de euros, até junho<br />

de 2016 à razão de ano em<br />

dívida/mês. Em junho será, ainda,<br />

feito o acerto de contas caso persista<br />

qualquer dívida. Os enfermeiros que já<br />

não exercem funções no CHLO terão<br />

que requerer o pagamento<br />

Segundo o SEP esta foi uma vitória da<br />

perseverança e persistência.<br />

Não menos importante tem sido o<br />

plano de admissões de enfermeiros,<br />

outra exigência do SEP seja através de<br />

contratações definitivas seja em regime<br />

de substituição para ausências<br />

prolongadas.


[Uma das medidas criativas que está a ser utilizada são<br />

horários de trabalho com uma carga diária para além do<br />

que a lei determina que como todos sabem, enfermeiros<br />

e conselhos de administração, é de 8 horas”]<br />

Sendo uma prioridade para o SEP as <strong>35</strong> horas,<br />

fonte sindical assegura que “os 30 enfermeiros<br />

que o CA assumiu vir a precisar de contratar<br />

para minimizar o impacto daquela medida, é<br />

preocupante e, espera-se, que isso não signifique<br />

medidas criativas que coloquem em causa a<br />

segurança e a qualidade dos cuidados”.<br />

E, continuam, “uma das medidas criativas que<br />

está a ser utilizada são horários de trabalho com<br />

uma carga diária para além do que a lei determina<br />

que como todos sabem, enfermeiros e conselhos<br />

de administração, é de 8 horas”.<br />

Salário dos enfermeiros em situação de mobilidade<br />

e regime de prevenção foram outras matérias<br />

em discussão (ler comunicado).<br />

13


formação<br />

Lisboa<br />

SEP realiza as II Jornadas<br />

do Hospital de Santa Maria<br />

Os Enfermeiros e o Direito da Parentalidade.<br />

Decorre no próximo dia 29 de abril, organizado pela<br />

Direção Regional de Lisboa do SEP, uma sessão de<br />

formação subordinada às questões sobre legislação<br />

laboral dos direitos da parentalidade, o exercício do<br />

direito da parentalidade e os desafios do mundo do trabalho.<br />

A inscrição é gratuita mas obrigatória e poderá ser efectuada<br />

através do telefone: 21<strong>35</strong>58751 ou do mail drl@sep.pt<br />

Num momento em que há um deficit de enfermeiros que a má<br />

gestão hospitalar pretende compensar com a supressão dos<br />

direitos e de ilegalidades, esta iniciativa torna-se oportuna.


formação<br />

Lisboa<br />

XIV Encontro de<br />

Cuidados Saúde Primários<br />

Reforçar os CSP é reforçar o Direito à Saúde.<br />

Após 8 anos da reforma importa analisar o que, e como mudou!<br />

Àsemelhança do que tem vindo a acontecer<br />

nos últimos anos, o SEP vai levar<br />

a efeito o encontro dos CSP, a 31 de<br />

Maio, no Auditório do CS de Sete Rios,<br />

das 9 às 17h.<br />

Em discussão estará a Reforma dos CSP, Políticas<br />

de Saúde, Sistemas de Informação, Contratualização,<br />

Indicadores, Enfermeiro de Família,<br />

entre outros.<br />

Os interessados poderão inscrever-se, gratuitamente,<br />

através do mail: drl@sep.pt ou do contacto<br />

da Direção Regional de Lisboa 21<strong>35</strong>58751.<br />

15


egiões<br />

Centro Hospitalar Médio Tejo<br />

Negociação do regulamento<br />

de Horários continua<br />

Tornar as regras mais claras é a melhor forma para<br />

evitar atropelos à lei e melhorar a gestão.<br />

Na sequência do compromisso<br />

assumido pelo CA, foi remetido<br />

para o SEP uma proposta de<br />

regulamento de horários para<br />

negociação. Segundo o SEP, a proposta<br />

apresentada é para ser aplicada a todos<br />

os sectores profissionais e não tinha<br />

em conta as especificidades dos enfermeiros.<br />

Neste contexto, foi proposto e<br />

aceite pelo CA que àquele regulamento<br />

geral fosse anexado um regulamento


[A proposta apresentada é para<br />

ser aplicada a todos os sectores<br />

profissionais e não tinha em<br />

conta as especificidades dos<br />

enfermeiros]<br />

17<br />

para os enfermeiros cuja proposta já foi enviada ao CA.<br />

A primeira reunião para análise e discussão da proposta<br />

aconteceu no dia 14 de Abril.<br />

“Porque esta matéria é muito sensível para todos os<br />

profissionais, decidimos que seria importante envolver a<br />

Direção de Enfermagem neste processo, proposta que foi<br />

de imediato aceite pelo Enfermeiro Director”. A reunião<br />

está agendada para o dia 22 de Abril e para além da matéria<br />

em discussão será ainda analisado com a Direção<br />

de Enfermagem a forma como foi constituída.


egiões<br />

ACES Pinhal Litoral<br />

Eleitos os<br />

Delegados Sindicais do SEP<br />

a 19 de abril<br />

O Delegado SindicaI, eleito pelos sócios, é o elemento de<br />

ligação entre os Enfermeiros e o Sindicato.<br />

Segundo o SEP, profundas alterações que estão<br />

em curso, em várias áreas, designadamente, o<br />

ataque cerrado às funções sociais do Estado, à<br />

Administração Pública, ao Serviço Nacional de<br />

Saúde e também à Enfermagem determina que as organizações<br />

sindicais se fortaleçam e criem novas dinâmicas<br />

de maior proximidade aos que representam.<br />

O lema que norteia os actuais corpos gerentes do SEP,<br />

“a força que transforma” ganha mais dimensão quando<br />

os enfermeiros, através dos seus representantes, dirigentes<br />

e delegados sindicais, têm consciência que essa<br />

é uma forma efectiva de participação e de intervenção<br />

na construção e na defesa da profissão.


É com o objetivo de fortalecer o SEP e na consideração que todos são<br />

importantes para o desenvolvimento de uma ação sindical que signifique<br />

a defesa dos Direitos, a melhoria das condições de trabalho e de vida dos<br />

Enfermeiros, bem como, a autonomia da profissão que foi apresentada<br />

a candidatura da lista A que mereceu a confiança dos seus pares, sendo<br />

eleita a 19 de abril, e divulgamos os colegas eleitos:<br />

19<br />

Efetivos<br />

Suplentes<br />

Joana Brogueira<br />

CS Porto de Mós<br />

Ana Paula Rodrigues<br />

CS Dr. Gorjão Henriques<br />

Isabel Pessa<br />

CS Pombal<br />

Olinda M. Soares<br />

CS Dr. Gorjão Henriques<br />

Paulo Gomes<br />

CS Marinha Grande<br />

Isabel Lucas<br />

CS Dr. Arnaldo Sampaio<br />

Marta Duarte<br />

CS Pombal


egiões<br />

CMR Rovisco Pais<br />

Doentes de Hansen sem<br />

Cuidados de Enfermagem<br />

no período noturno<br />

Desde 15 de março, os 9 doentes de Hansen estão sem cuidados de<br />

enfermagem das 19 às 8 horas apesar do grau do seu grau de dependência.<br />

S<br />

egundo o SEP, apesar da<br />

Lepra (Doença de Hansen)<br />

estar praticamente erradicada<br />

desde a década de 80,<br />

ainda há pessoas vitimas desta doença<br />

em Portugal. Alguns deles, estão<br />

institucionalizados no antigo Hospital<br />

Rovisco Pais, actualmente, Centro<br />

de Medicina Física e Reabilitação da<br />

Região Centro (CMRRC).<br />

A média etária destes doentes é,<br />

compreensivelmente alta, cerca dos<br />

85 anos, o que significa que na sua<br />

maioria são dependentes dos enfermeiros<br />

para o desenvolvimento das<br />

suas actividades básicas diárias.<br />

É num quadro destes que os enfermeiros<br />

foram confrontados com<br />

a informação que a partir de 15 de<br />

março deixariam de permanecer


[a especificidade e os graus de<br />

dependência dos doentes ali internados<br />

impõe que seja alocado um número de<br />

enfermeiros, generalistas e especialistas<br />

de vários domínios de especialização,<br />

que garante o acompanhamento global<br />

destes doentes]<br />

21<br />

24h/24horas no serviço sendo imposto,<br />

em contrapartida, turnos de 10 horas, das<br />

9 às 19h. O restante período, é exigido<br />

que seja assegurado pelos enfermeiros<br />

da consulta externa ou da reabilitação<br />

geral, sendo que, relativamente a este<br />

último, a consequência será que a partir<br />

das 19 horas aos <strong>35</strong> a 40 doentes habitualmente<br />

ali internados, acresce os 9<br />

doentes de Hansen e ainda os doentes da<br />

Unidade Habitacional.<br />

Esta medida economicista, no entender<br />

do Sindicato, terá consequências para<br />

todos os doentes e relembra que a especificidade<br />

e os graus de dependência<br />

dos doentes ali internados impõe que<br />

seja alocado um número de enfermeiros,<br />

generalistas e especialistas de vários domínios<br />

de especialização, que garante o<br />

acompanhamento global destes doentes.<br />

(ler nota à imprensa).


egiões<br />

ULS da Guarda<br />

Aberto concurso para<br />

admissão de enfermeiros<br />

Persistente intervenção Sindical permite a abertura de uma bolsa<br />

de recrutamento para acabar com a precariedade e a falta de<br />

enfermeiros<br />

Segundo o SEP, a abertura<br />

desta bolsa de recrutamento<br />

com a validade de<br />

um ano, a partir da data de<br />

homologação da lista final, só foi<br />

possível devido à ação contínua e<br />

fundamentada do SEP.<br />

A precariedade laboral que afecta<br />

dezenas de enfermeiros e coloca<br />

em causa a acessibilidade das<br />

populações do Distrito da Guarda<br />

aos cuidados de saúde impõe que<br />

todos se mobilizem na resolução<br />

desta problemática. “Só este envolvimento<br />

é que possibilitou que<br />

a ULS da Guarda, poder politico<br />

e administrativo assumissem o<br />

compromisso da resolução que<br />

há muito exigíamos” adianta fonte<br />

sindical.


egiões<br />

CH S. João, EPE<br />

Continua o desrespeito para<br />

com enfermeiros e utentes<br />

Há muito, e em consequência da não admissão de enfermeiros, que<br />

existe uma violação grosseira da lei, no que concerne à elaboração<br />

dos horários de trabalho.<br />

23<br />

Segundo o SEP, a gestão hospitalar<br />

do CHSJ apontada muitas<br />

vezes como exemplar, tem uma<br />

prática que demonstra precisamente<br />

o contrário. Comprovam-no os<br />

horários diários superiores às 8 horas<br />

máximos previstos na lei, horários homologados<br />

com turnos consecutivos de<br />

manhã/tarde, semanas de trabalho sem<br />

descansos obrigatórios, sonegação das<br />

pausas para as refeições ou de direitos<br />

tão elementares como o da proteção da<br />

maternidade.<br />

Reforça a estrutura sindical do SEP, que é<br />

intolerável que a administração do CHSJ<br />

não tenha ainda tomado as medidas<br />

adequadas para pôr cobro à situação<br />

descrita, e já anteriormente denunciada,<br />

agravando-a e colocando a segurança<br />

dos enfermeiros e dos utentes em causa.<br />

A determinação do SEP fará para que a<br />

legalidade na elaboração dos horários<br />

seja cumprida. Nesse sentido, exige a<br />

marcação urgente de uma reunião conjunta<br />

há muito solicitada por aquela<br />

estrutura sindical.


egiões<br />

Hospital de Guimarães<br />

Vários são os atropelos<br />

que persistem<br />

O regulamento de horários, negociado 10 meses antes,<br />

só foi publicado na sequência do pré-aviso de greve, em<br />

Setembro. Ainda assim, os atropelos continuam e sempre<br />

com um denominador comum: explorar os enfermeiros!<br />

Decorrente dos vários problemas, reportados por<br />

enfermeiros, que foram chegando ao SEP foi realizado<br />

em Janeiro, um plenário possibilitando uma<br />

discussão ampla sobre o regulamento de horários,<br />

publicado em outubro. Nesse plenário, segundo o SEP,<br />

apenas 1 enfermeiro do serviço de urgência e os enfermeiros<br />

da unidade psiquiatria levantaram a questão se poderiam<br />

fazer horários de 12 horas. Todos os outros, de vários<br />

serviços, assumiram que o regulamento de horários, entre<br />

outras vantagens, tinha permitido desmascarar a carência<br />

de enfermeiros que existe na instituição.


[A lei prevê a existência de horários concentrados,<br />

ou seja, as tais 12 horas, mas o seu período de<br />

aferição é à semana. Significa isto que cada<br />

enfermeiro que optar pelas 12 horas terá que fazer,<br />

obrigatoriamente, 3 turnos de 12 horas e 1 turno de<br />

4 horas, o que não está a acontecer]<br />

Entretanto, afirma fonte sindical, ao invés<br />

de se fazer um caminho de admissão de<br />

enfermeiros que permita a aplicação integral<br />

do regulamento de horários, que não<br />

é mais do que lei que está em vigor, para<br />

os enfermeiros, o CA insiste em incentivar<br />

os enfermeiros a praticarem horários de<br />

12 horas, escudando-se numa reunião que<br />

efectuaram com a Autoridade para as Condições<br />

de Trabalho.<br />

“Não duvidamos que possam ter feito a<br />

reunião mas duvidamos que o entendimento<br />

da ACT possa redundar no que está<br />

a ser praticado”, afirmam. “A lei prevê a<br />

existência de horários concentrados, ou<br />

seja, as tais 12 horas, mas o seu período<br />

de aferição é à semana. Significa isto que<br />

cada enfermeiro que optar pelas 12 horas<br />

terá que fazer, obrigatoriamente, 3 turnos<br />

de 12 horas e 1 turno de 4 horas, o que não<br />

está a acontecer”.<br />

Insatisfeitos com a forma como o CA se<br />

tem posicionado sobre esta e outras matérias,<br />

nomeadamente a recusa em pagar<br />

como trabalho extraordinário as horas a<br />

mais que os enfermeiros têm feito alegando<br />

que o banco de horas se aplica àqueles<br />

profissionais, aquela estrutura sindical vai<br />

pedir reunião à ACT, ao Conselho de Administração<br />

do Hospital e expor o problema<br />

ao Ministério da Saúde, para além da intervenção<br />

contenciosa.<br />

25


egiões<br />

Hospital Garcia Orta<br />

SEP elegeu os seus<br />

Delegados Sindicais<br />

Promover a participação de todos na resolução dos problemas<br />

institucionais e da profissão é o móbil do seu programa.<br />

Segundo o SEP, à eleição para delegados<br />

sindicais, apresentou-se apenas uma<br />

candidatura (Lista A) que tem como objetivos<br />

orientadores, informar e esclarecer<br />

os enfermeiros sobre os seus direitos e fazer<br />

o levantamento de problemas que os afetam na<br />

sua instituição.<br />

Com uma boa participação no ato eleitoral, o<br />

SEP exalta que as formas de discussão e reflexão<br />

são fundamentais na construção da profissão<br />

que a todos diz respeito e apresenta os<br />

candidatos eleitos e representativos dos enfermeiros<br />

do Garcia de Orta junto do SEP.


27<br />

Efetivos<br />

Suplentes<br />

Amândio Fernandes Afonso<br />

Enfermeiro - 44 anos - Orto Traumatologia<br />

Ana Filipa Margaça S. Carvalhais<br />

Enfermeira - 31 Anos - UCI<br />

Ana Inês Martinez Gonçalves<br />

Enfermeira - 31 anos - Neurocirurgia<br />

Lídia Raquel Vieira Mouta<br />

Enfermeira - 31 Anos - Orto Traumatologia<br />

Margarida Jesus Costa<br />

Enf.ª Esp. - 56 anos - Bloco de Partos<br />

Ana Margarida Catarino da Silva<br />

Enfermeira - 23 Anos - Medicina 2<br />

Maria Cristina M.V. Lopes<br />

Enfermeira - 47 anos - Consulta Externa<br />

Marisa do Rosário Soares<br />

Enf.ª Esp. - 33 Anos - Psiquiatria<br />

Nádia Cristina Caldeira Rodrigues<br />

Enf.ª Esp. - <strong>35</strong> Anos - UCINP<br />

José Júlio Veríssimo<br />

Enf.<strong>º</strong> Esp. - 45 anos - U. Funcional de CC<br />

Marisa Alexandra Sequeira Moreira<br />

Enfermeira - 27 anos - Serviço de Urgência

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