E-REVISTA N.º 34
Revista electrónica do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, Nº 34
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Sindicato<br />
dos Enfermeiros<br />
Portugueses<br />
n˚<strong>34</strong> - março 2016<br />
INFO<br />
1<br />
8 março - Dia Internacional da Mulher<br />
Sou mulher e escolhi ser enfermeira
ÍNDICE<br />
capa<br />
8 março - Dia Internacional da Mulher.................................................................................3<br />
destaque<br />
35 horas para todos, independentemente, do vínculo. .......................................................6<br />
em foco<br />
Recolha de resíduos provenientes dos cuidados de enfermagem<br />
prestados no domicílio...........................................................................................................8<br />
XIII Congresso da CGTP.......................................................................................................10<br />
Regiões<br />
Lisboa<br />
Hospital Santa Maria - Urgência Pediátrica.......................................................................12<br />
CHLO, EPE - Luta incessante garante a regularização do<br />
pagamento das Horas de Qualidade pelo 62/79................................................................14<br />
ACES Sintra - Há questões por esclarecer..........................................................................16<br />
Porto<br />
CH Vila Nova Gaia - Fim da Precariedade para 22 enfermeiros<br />
após intervenção sindical....................................................................................................19<br />
Caos em alguns serviços do CH Tâmega e Sousa<br />
exigem Admissão de Enfermeiros...................................................................................... 20<br />
Minho<br />
CH Médio Ave - Administração continua a considerar<br />
não ser o momento para resolver os problemas dos Enfermeiros.................................. 22<br />
Ficha técnica<br />
E-revista: SEP-Info • Edição: SEP, Sindicato dos Enfermeiros Portugueses • email: sede@sep.pt • Tel: 213 920 350 • Fax: 213 968 202 • Morada: Av. 24 de Julho, 132,<br />
1350-<strong>34</strong>6 Lisboa, Portugal • Diretor: José Carlos Martins • Coordenadora Técnica: Guadalupe Simões • Secretariado de Redação: Dora Galvão e Fernando Gama •<br />
Lay-out/Paginação: Formiga Amarela - Oficina de Textos e Ideias, Lda. • Web: Webisart • janeiro 2016
capa<br />
8 Março - Dia Internacional da Mulher<br />
Sou mulher<br />
e escolhi ser enfermeira<br />
Ao facto de ser mulher acrescentei ser<br />
enfermeira e não concebo que me queiram<br />
impor que os meus deveres se sobreponham<br />
aos meus direitos. E, sendo<br />
mulher, sou também filha, companheira e mãe.<br />
Não admito que me questionem se “vou casar”<br />
ou “se vou ter um filho” fazendo depender disso a<br />
possibilidade de ser contratada. Não admito que<br />
me humilhem para saber se amamento. Não admito<br />
que, de forma mais ou menos subtil, tentem<br />
que não usufrua do direito, que é do meu filho, de<br />
o amamentar.<br />
3
capa<br />
Desde os finais do século XIX,<br />
irromperam lutas e greves de<br />
mulheres contra os horários<br />
de 16 horas diárias e salários<br />
de miséria nas fábricas, pelo<br />
direito de voto, pela melhoria<br />
das condições de vida e de<br />
trabalho, pela igualdade e o<br />
fim das discriminações.<br />
Em 1975 foi comemorado<br />
oficialmente o Ano<br />
Internacional da Mulher e<br />
em 1977 foi reconhecido<br />
pelas Nações Unidas, o dia<br />
8 de Março, como o Dia<br />
Internacional da Mulher.<br />
A Constituição da República<br />
Portuguesa, desde a sua<br />
aprovação em 1976, consagra<br />
e valoriza as conquistas<br />
sociais, económicas, políticas<br />
e culturais das mulheres.
Não admito que, de forma mais<br />
ou menos subtil, tentem que<br />
não usufrua do direito, que é do<br />
meu filho, de o amamentar. Não<br />
admito que a luta de gerações de<br />
mulheres esbarre na hipocrisia<br />
de decisores que tanto invocam<br />
o envelhecimento da população<br />
portuguesa como dificultam o<br />
exercício dos meus direitos sob<br />
a bandeira dos meus deveres. E<br />
continuar a lutar por afirmar a<br />
igualdade a nível social e laboral,<br />
combatendo todas as formas de<br />
discriminação, de assédio e de<br />
violência, que têm vindo a crescer<br />
a par do esbulho de direitos<br />
conquistados, do aumento do<br />
horário de trabalho, da precariedade,<br />
do desemprego.<br />
5<br />
texto do postal do Dia Internacional da Mulher<br />
divulgado pelo SEP
destaque<br />
35 horas para todos,<br />
independentemente,<br />
do vínculo<br />
Ministério da Saúde vem de encontro às exigências do SEP e<br />
assume que as 35 horas são para todos.<br />
Segundo o SEP, este compromisso<br />
foi assumido pelo Ministério da<br />
Saúde, na pessoa dos dois Secretários<br />
de Estado, presentes. Como<br />
é sabido, entraram 4 propostas na Assembleia<br />
da República que após aprovação<br />
“baixaram” à Comissão respectiva, onde<br />
está em discussão.<br />
Junto àquela Comissão foi constituído um<br />
grupo de trabalho que está a ouvir várias<br />
estruturas sindicais, entre as quais o SEP.<br />
A dúvida a esta data prende-se com a<br />
proposta final de lei que será aprovada<br />
na Assembleia da República e só há uma<br />
de duas hipóteses. Ou a Lei determina a<br />
aplicação para toda a Administração Pública,<br />
independentemente do vínculo, o que<br />
resolvia de imediato o âmbito de aplicação<br />
a todos os enfermeiros, ou a Lei consagra<br />
apenas a reposição aos CTFP obrigando à<br />
negociação de um Instrumento de Regulamentação<br />
Colectiva para que se aplique,<br />
também, aos CIT.<br />
Independentemente, do acima descrito,<br />
o SEP foi intransigente “quando a lei for<br />
aplicada tem que ser para todos os enfermeiros,<br />
independentemente do vínculo.<br />
Significa que, caso seja necessário negociar<br />
um IRCT, ela terá que ocorrer até finais<br />
de maio, para possibilitar a sua publicação<br />
em junho”. Segundo o SEP, este calendário<br />
decorre da previsão que a Lei só entrará<br />
em vigor em julho, tal como Governo e proposta<br />
do Partido Socialista contempla.
35h é justo!<br />
Esclarecimento<br />
Há cerca de dois dias correu nas redes sociais uma informação de outras estruturas<br />
sindicais de enfermeiros referindo que as 35 horas já estavam consagradas desde 2009<br />
e aludindo a uma Convenção para as Carreiras Gerais. Segundo o SEP, este tipo de “notícia”<br />
apenas tem como objetivo baralhar os profissionais e, de certo modo, colocar<br />
obstáculos não só nas negociações no Ministério da Saúde mas também nas diferentes<br />
instituições onde estão a ser negociados Regulamentos de Horários. A referida Convenção<br />
é de aplicação exclusiva às carreiras do regime geral e consagra a diminuição de 1h/<br />
dia aos trabalhadores em Regime de Jornada Continua. Os Enfermeiros têm este regime<br />
de trabalho consagrado na sua Carreira, Especial, desde 1992 razão pela qual não se lhes<br />
aplica desde aquela data.<br />
“Importa referir que foi com base neste argumento, as 40h não se aplicam aos enfermeiros<br />
porque a lei que a impõe não é extensível às Carreiras Especiais da Administração<br />
Pública, que interpusemos as 60 ações impugnatórias nos Tribunais, em Novembro de<br />
2013, das quais ainda não existe nenhuma decisão”.<br />
7
em foco<br />
Recolha de resíduos<br />
provenientes dos<br />
cuidados de enfermagem<br />
prestados no domicílio<br />
O transporte de resíduos contaminados não deve ser feito na<br />
mesma viatura que transporta o material esterilizado e o respetivo<br />
transporte não deve ser feito pelo enfermeiro porque não faz parte<br />
do seu conteúdo funcional (art<strong>º</strong> 9<strong>º</strong> do DL 248/2009).<br />
Esclarece o SEP que para uma<br />
boa prática clínica, o lixo de<br />
um doente não pode transitar<br />
para o domicílio de outro<br />
doente, pelos riscos de contaminação<br />
facilitado pelas temperaturas ambientais<br />
que obviamente facilitam a proliferação<br />
bacteriana.
[a operação de transporte dos resíduos é realizada por<br />
empresa devidamente habilitada para o efeito. Ao enfermeiro<br />
compete “criar um ambiente de cuidados seguro, através de<br />
estratégias de garantia da qualidade e de gestão do risco”]<br />
Este entendimento é reforçado pela<br />
Direção Geral de Saúde que informa que<br />
a operação de transporte dos resíduos<br />
é realizada por empresa devidamente<br />
habilitada para o efeito. Ao enfermeiro<br />
compete “criar um ambiente de cuidados<br />
seguro, através de estratégias de garantia<br />
da qualidade e de gestão do risco”.<br />
Acresce que a Ordem dos Enfermeiros<br />
não divulgou novas competências profissionais<br />
sobre esta matéria (ler Parecer<br />
do Conselho de Enfermagem n.<strong>º</strong>76/2013<br />
para a Portaria 801/2010 de 23 de Agosto<br />
e para a Portaria 1056-A/2010 de 14 de<br />
Outubro e Despacho 242/96).<br />
Adianta ainda a fonte sindical, que o Conselho<br />
de Enfermagem na avaliação que<br />
faz diz que o produtor de resíduos não é<br />
o enfermeiro mas sim a entidade para a<br />
qual ele trabalha. Se, em caso de acidente<br />
rodoviário o lixo contaminado causar<br />
dano a terceiros isso fará incorrer em<br />
eventual responsabilidade civil e criminal<br />
a pessoa que transporta os resíduos.<br />
Em conclusão, o SEP considera, que<br />
qualquer solução para este problema,<br />
deve ser sempre tomada pela equipa da<br />
Unidade ou ACES e não isoladamente por<br />
nenhum enfermeiro (ler comunicado).<br />
9
em foco<br />
XIII Congresso da CGTP-IN<br />
Organização, Unidade e Luta<br />
Defender e reforçar o Serviço Nacional de Saúde,<br />
Prestador Público, que garante o acesso universal à<br />
generalidade dos cuidados e gratuito<br />
Na sua intervenção, no XIII Congresso da CGTP, em<br />
Almada, o Presidente do SEP, José Carlos Martins,<br />
destacou que é “importante continuar a defender,<br />
exigir e lutar por uma gestão eficiente do SNS e<br />
desenvolver um sério combate à fraude, corrupção e desperdício.<br />
Defendeu ainda “reestruturação da rede hospitalar, o<br />
retorno à gestão pública dos hospitais entregues às Misericórdia<br />
assim como dos geridos em regime de PPP, opondose<br />
à criação de mais parcerias publico privadas”. O membro<br />
do Conselho Nacional continuou a referir que é fundamental<br />
o “reforço de meios da rede de cuidados de saúde primários,<br />
alargamento e reforço de meios da rede pública de cuidados<br />
continuados, articulação das citadas redes com a rede hospitalar<br />
e criação de sistemas/comunidades locais de saúde”.<br />
Salienta que “ao nível dos CSP, exigir que todos os cidadãos/<br />
famílias tenham respostas integradas de cuidados, pros-
11<br />
seguidas por equipas multiprofissionais,<br />
compostas, designadamente, por médicos e<br />
enfermeiros de família, dotar os ACES de autonomia<br />
administrativa e financeira, harmonização<br />
das condições de trabalho e laborais<br />
de todos os profissionais que integram as<br />
diferentes unidades funcionais dos ACES,<br />
revogar diplomas sobre “municipalização<br />
da saúde” e taxas moderadoras em geral”.<br />
Conclui afirmando que é preciso “garantir<br />
condições para a estabilização nos postos<br />
de trabalho e a valorização das carreiras e<br />
mecanismos de desenvolvimento profissional<br />
e salarial dos profissionais de saúde”.<br />
Participaram no congresso, Pedro Frias que<br />
falou sobre “Organização e Reforço Sindical”,<br />
Rui Marroni e Guadalupe Simões com intervenções<br />
sobre a importância do “enfermeiro<br />
de familia” e “caderno reivindicativo”, respectivamente,<br />
foram 2 das 54 intervenções que<br />
não tiveram oportunidade de ser apresentadas<br />
neste Congresso. Dos representantes do<br />
Conselho Nacional da CGTP, fazem parte os<br />
enfermeiros, José Carlos Martins, Guadalupe<br />
Simões, Pedro Frias, Jorge Rebelo, eleitos<br />
através do SEP, Isabel Barbosa, eleita pela<br />
União Sindicatos de Lisboa, Fátima Monteiro.<br />
eleita pela União Sindicatos do Porto e Joana<br />
Teixeira, eleita pela Interjovem.
egiões<br />
Lisboa - Hospital Santa Maria<br />
Urgência Pediátrica<br />
Grave carência de enfermeiros<br />
compromete segurança de cuidados.<br />
Segundo o SEP, a Urgência de pediatria do Hospital de<br />
Santa Maria é constituída pela Sala de Triagem, Sala<br />
de Tratamentos, Sala de Pequena Cirurgia, bem como,<br />
Sala de Reanimação e Sala de Vigilância, incorporando<br />
ainda as 6 unidades no Serviço de Observação (SO). Estes 6<br />
postos de trabalho são assegurados por apenas 4 enfermeiros,<br />
numero manifestamente insuficiente face à necessidada de<br />
acompanhamento das crianças e pais para além das respostas<br />
que possam ser exigidas em caso de emergência.<br />
O Hospital de Santa Maria é um hospital de referência, particularmente<br />
na área de pediatria, recorrendo a ele milhares de<br />
crianças em situação aguda. O Serviço de Urgência de Pediatria<br />
do CHLN constitui o Centro de Neuro-trauma de referência de<br />
Lisboa, recebendo crianças em situação instável desde a zona<br />
Centro até ao Sul do país e é o único Centro Hospitalar que dispõe<br />
das Especialidades de Otorrinolaringologia e Oftalmologia<br />
da região Centro e Sul, durante o período noturno, destinado a<br />
observar situações de emergência.
[A sobrecarga de trabalho dos<br />
enfermeiros neste serviço é tão<br />
elevada que estes profissionais já<br />
acumulam mais de 921 horas e os<br />
feriados por gozar são já 167. Além<br />
disso, as horas extraordinárias que<br />
os enfermeiros são obrigados a fazer<br />
só são parcialmente pagas]<br />
13<br />
Adverte o SEP, que a direção do CHLN<br />
pretende assegurar os 6 postos de<br />
trabalho que compõem a Urgência com<br />
a imposição de trabalho extraordinário,<br />
que inviabiliza o gozo de folgas e descansos<br />
semanais. Mais, fazem depender<br />
o direito ao gozo de férias da realização<br />
de turnos extraordinários..<br />
A sobrecarga de trabalho dos enfermeiros<br />
neste serviço é tão elevada que<br />
estes profissionais já acumulam mais<br />
de 921 horas e os feriados por gozar são<br />
já 167. Além disso, as horas extraordinárias<br />
que os enfermeiros são obrigados a<br />
fazer só são parcialmente pagas.<br />
O CHLN assumiu o compromisso de<br />
corresponder à exigência legal de implementação<br />
de Triagem de Manchester,<br />
não existindo condições ao nível de<br />
recursos humanos e estrutura física do<br />
Serviço para alcançar este objetivo.<br />
A Direção Regional de Lisboa do SEP<br />
exige a admissão de mais enfermeiros e<br />
horários adequados de forma a assegurar<br />
as dotações seguras necessárias à<br />
prestação de cuidados de enfermagem<br />
em segurança e de qualidade.
egiões<br />
Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, EPE<br />
Luta incessante garante<br />
a regularização do<br />
pagamento das Horas de<br />
Qualidade pelo 62/79<br />
Liderada pelo SEP desde 2007, a luta dos<br />
enfermeiros pelo pagamento das horas de<br />
qualidade, finalmente teve resultados, ainda<br />
que parciais.<br />
Segundo o SEP, após um processo<br />
de que utilizou várias formas de<br />
luta, a administração do CHLO<br />
iniciou a regularização do pagamento<br />
das horas de qualidade em dívida,<br />
de 2011 e 2012, mas só para os enfermeiros<br />
admitidos antes de 2008.
[o SEP disponibilizou para<br />
todos os sócios uma fórmula<br />
de cálculo para auxiliar no<br />
apuramento do valor das dívidas]<br />
15<br />
De acordo com a mesma fonte esta<br />
solução deverá abranger também os<br />
enfermeiros contratados posteriormente<br />
àquela data pelo que já foi solicitada reunião<br />
onde se pretende discutir, também, o<br />
plano de pagamentos face ao volume de<br />
encargos envolvidos.<br />
Este problema solucionado há muito<br />
noutras instituições, decorrente das greves<br />
institucionais desenvolvidas no verão<br />
de 2012 e a intervenção do SEP junto da<br />
ACSS que deu origem à orientação: “O<br />
DL 62/79 de 30 de março, é aplicável aos<br />
enfermeiros que exercem funções nos<br />
hospitais transformados em entidades<br />
públicas empresariais, independentemente<br />
da natureza jurídica do vínculo<br />
contratual.”<br />
Entretanto, o SEP disponibilizou para<br />
todos os sócios uma fórmula de cálculo<br />
para auxiliar no apuramento do valor das<br />
dívidas.<br />
Concluindo, a união, a luta organizada e a<br />
persistência do SEP com os enfermeiros<br />
foram e são determinantes para a obtenção<br />
de resultados (ler comunicado).
egiões<br />
ACES Sintra<br />
Há ainda questões<br />
por esclarecer<br />
Após reunião entre SEP e Direção de Enfermagem do<br />
ACES de Sintra ainda persistem questões a esclarecer.<br />
SEP reitera pedido de reunião à ARLVT.<br />
S<br />
egundo o SEP, a reunião com a Direção do ACES de Sintra<br />
no passado dia 19 de fevereiro, não permitiu esclarecer o<br />
motivo de exclusão de uma Enfermeira Chefe das nomeações<br />
para a Direcção de Enfermagem. De acordo com fonte<br />
sindical a “Direção de Enfermagem inicial, neste caso do ACES Sintra,<br />
é composta por TODOS os Enfermeiros Subsistentes” acrescenta<br />
“que o SEP se opõe claramente à exclusão da Enfermeira Chefe”<br />
pelo que “levará esta questão à ARSLVT quando esta responder ao<br />
pedido de reunião.”<br />
Em termos da avaliação de desempenho, constata-se que o processo<br />
está atrasado e que as entrevistas de orientação inicial irão<br />
acontecer entre fevereiro e março.
[faz parte do conteúdo funcional<br />
dos Enfermeiros em função de<br />
Chefia a gestão dos recursos<br />
humanos e a elaboração dos<br />
horários de acordo com as<br />
necessidades previstas]<br />
No que diz respeito à eleição da Comissão<br />
Paritária, o SEP refere ter exposto as irregularidades<br />
que ocorreram neste processo,<br />
tendo afirmado que a sua intenção não é<br />
a impugnação do acto eleitoral de forma a<br />
não comprometer as avaliações dos enfermeiros,<br />
mas sim, de reforçar a importância<br />
das formalidades legais serem cumpridas. A<br />
DE apenas refere ter realizado o processo à<br />
semelhança da Direção anterior.<br />
Em matéria de horários, de acordo com fonte<br />
sindical “faz parte do conteúdo funcional<br />
dos Enfermeiros em função de Chefia a gestão<br />
dos recursos humanos e a elaboração<br />
dos horários de acordo com as necessidades<br />
previstas.” Porém, e ainda segundo o<br />
SEP, neste ACES a validação da assiduidade<br />
dos Enfermeiros Coordenadores está a ser<br />
realizada pelo Diretor Clínico e são des-<br />
carregados horários “standard”/anuais no<br />
SISQUAL por profissionais não enfermeiros<br />
que não correspondem minimamente às<br />
necessidades dos serviços. A DE explica que<br />
este facto é da responsabilidade da ARSLVT,<br />
concorda que é dever dos enfermeiros o planeamento<br />
dos cuidados e disponibiliza-se a<br />
resolver esta situação.<br />
Relativamente à condução de viaturas por<br />
enfermeiros, o SEP reforça que não faz parte<br />
do conteúdo funcional do enfermeiro, associado<br />
ao facto das viaturas não apresentarem<br />
condições mínimas de segurança. Ainda<br />
de acordo com fonte sindical “em termos<br />
de matéria de Segurança e Saúde no Trabalho<br />
a responsabilidade de garantir estas<br />
condições aos trabalhadores é da entidade<br />
patronal”. A DE admite que a frota automóvel<br />
é muito velha e que deram conhecimento à<br />
17
egiões<br />
[a Lei 106/98 determina que os trabalhadores têm direito a ajudas<br />
de custo, durante todo o seu período laboral, se as deslocações em<br />
relação ao seu domicílio necessário são superiores a 20km]<br />
ARSLVT que não lhes facultou solução<br />
para o problema. Já no que concerne<br />
à condução de viaturas dizem estar de<br />
acordo com o SEP.<br />
A recolha de resíduos não deve ser<br />
feita pelos enfermeiros, conforme o<br />
SEP contextualiza na página 5, desta<br />
edição, e a DE assume concordar com<br />
esta análise.<br />
Sobre as ajudas de custo, o SEP declara<br />
que a Lei 106/98 determina que<br />
os trabalhadores têm direito a ajudas<br />
de custo, durante todo o seu período<br />
laboral, se as deslocações em relação<br />
ao seu domicílio necessário são superiores<br />
a 20km. A DE afirma estarem a<br />
ser pagos de acordo com a lei.<br />
Relativamente à composição do júri do<br />
período experimental, segundo o SEP,<br />
a DE assegura que o júri proposto à<br />
ARSLVT não sofreu alterações nos elementos<br />
que o compõem e que a avaliação<br />
dos enfermeiros está publicada em<br />
Diário da República.<br />
Face à necessidade de esclarecer determinadas<br />
questões o SEP afirma que<br />
irá realizar novo pedido de reunião à<br />
ARSLVT (ler comunicado).
egiões<br />
Centro Hospitalar Vila Nova Gaia<br />
Fim da Precariedade<br />
para 22 enfermeiros<br />
após intervenção sindical<br />
Enfermeiros em Contrato Individual a termo, em risco de serem<br />
dispensados, passaram a Contratos a Tempo Indeterminado.<br />
19<br />
Segundo o SEP, os cerca de 22 enfermeiros em<br />
contrato individual de trabalho a termo, imprescindíveis<br />
para o regular funcionamento<br />
dos serviços, e em vias de ser dispensados,<br />
viram os seus contratos serem renovados resultante<br />
da pressão exercida por aquela estrutura sindical.<br />
A confirmação chegou através do Enfermeiro Diretor.<br />
A DR Porto do SEP, promove o slogan “para funções<br />
permanentes – vínculo permanente”, apelando aos<br />
enfermeiros que estão em situação de precariedade,<br />
contratos a termo, permaneçam atentos ao termino do<br />
seu contrato e contactem o SEP.
egiões<br />
Porto<br />
Caos em alguns serviços<br />
do CH Tâmega e Sousa exigem<br />
a admissão de Enfermeiros<br />
Nos últimos anos, entre outubro e março, assiste-se a uma<br />
sobrelotação dos serviços, com macas nos corredores. Para<br />
agravar a situação, o aumento do número de doentes internados<br />
não é acompanhado pelo reforço das equipas de enfermagem.<br />
Segundo o SEP, há muito que foi denunciado a<br />
necessidade de admissão de enfermeiros no<br />
Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS).<br />
Desde Novembro que os corredores passaram<br />
a ser enfermarias e o internamento em macas a única<br />
opção. Os doentes são mantidos nesta situação dias<br />
consecutivos, à espera de uma acomodação condigna.<br />
Em alguns desses locais não existem saídas de oxigénio,<br />
nem sistemas de aspiração.
[inadmissível que, face à<br />
recorrência destas situações<br />
nos últimos anos, o hospital<br />
continue a não ter um plano<br />
de contingência que permita<br />
dar as respostas necessárias e<br />
condignas aos cidadãos]<br />
21<br />
Para o SEP é inadmissível que, face<br />
à recorrência destas situações nos<br />
últimos anos, o hospital continue a<br />
não ter um plano de contingência que<br />
permita dar as respostas necessárias<br />
e condignas aos cidadãos. Mais, afirmam,<br />
“as soluções agora encontradas<br />
continuam a colocar em causa doentes,<br />
famílias e profissionais!”<br />
Segundo a mesma fonte, a situação<br />
agrava-se pelo facto de não haver o<br />
reforço das equipas de enfermagem.<br />
A DR Porto do SEP responsabiliza<br />
o Ministério da Saúde, a ARS Norte<br />
e o Conselho de Administração do<br />
CHTS,EPE pelas consequências que<br />
advenham da situação denunciada<br />
(ler nota à comunicação social).
egiões<br />
Minho - CH do Médio Ave<br />
Administração continua a<br />
considerar não ser o momento<br />
para resolver os problemas<br />
dos enfermeiros<br />
Respostas adiadas às questõs prementes como são as<br />
“Dotações Seguras versus Carência de Enfermeiros”,<br />
constituição da “Direção de Enfermagem”, “Avaliação do<br />
Desempenho” e negociação do “Regulamento de Horários”.<br />
Segundo o SEP, a exigência de discutir<br />
estas matérias ficou suspensa em virtude<br />
da devolução da Unidade de Santo Tirso à<br />
Misericórdia determinou que fosse garantida<br />
a manutenção daquela unidade na esfera<br />
pública junto do Ministério da Saúde e dos Grupos
[deixa o SEP o desafio aos enfermeiros para que possam<br />
decidir ações de luta, marcando um plenário para o efeito]<br />
Parlamentares. Concluido este processo, a fonte sindical reclamou<br />
de novo ao Conselho de Administração do CHMA a negociação à qual<br />
obteve a resposta de apesar reconhecer a relevância das temáticas,<br />
consideram não ser enquadrável a sua realização no contexto actual,<br />
pelo que se propõe a sua concretização num momento posterior.<br />
Avalia o SEP, que após um ano, o CA não se disponibilizou para negociar<br />
um regulamento de horários e questiona a quem interessa a desregulamentação<br />
existente?<br />
Várias outras questões são colocadas por aquela estrutura sindical<br />
desde logo sobre a Direção de Enfermagem/Avaliação do Desempenho<br />
e a carência de enfermeiros/Dotações Seguras. Deixa o SEP o desafio<br />
aos enfermeiros para que possam decidir ações de luta, marcando um<br />
plenário para o efeito (ler comunicado).<br />
23<br />
Plenário de Enfermeiros<br />
Unidade de Famalicão > 18 março > 15h