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PETRÓLEO E ESTADO

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Capítulo 3 - Estado intervém com mais força 43<br />

métodos de trabalho do órgão e treinou um<br />

grande número de profissionais. Foi contratado<br />

também, em 1933, o geólogo lituano Victor<br />

Oppenheim, que havia prestado serviços para<br />

a Companhia Petróleo Nacional, em Alagoas, e<br />

também para a estatal argentina Yacimientos<br />

Petrolíferos Fiscales. 66<br />

FGV/CPDOC - Arquivo Artur Neiva<br />

Oppenheim desenvolveu estudos sobre as<br />

possibilidades da existência de petróleo na<br />

Bacia do Paraná, incluindo o território paulista,<br />

e publicou em dezembro de 1934 o trabalho<br />

Rochas gondwânicas e geologia do petróleo<br />

no Brasil Meridional. Esse estudo – que coincidia<br />

com as posições do diretor do DNPM,<br />

Fleury da Rocha – provocou grande celeuma<br />

por não acreditar na presença de petróleo em<br />

Irati (PR) e também por negar, de maneira geral,<br />

a existência de petróleo no Brasil meridional.<br />

Ele não negava a presença de rochas gondwânicas<br />

no sul do País, mas dizia que estas<br />

não eram geradoras de petróleo. 67 Suas teses<br />

incomodaram em especial a alguns empreendedores<br />

privados, como o escritor Monteiro<br />

Lobato, que buscavam petróleo em São Paulo<br />

e nos estados sulistas.<br />

Poço de petróleo em funcionamento em Lobato (BA), em 1938<br />

66. MARINHO JUNIOR, 1989, p. 55. Para maiores informações sobre a<br />

companhia, ver item 1.3.4.<br />

67. Ibid., p. 57.

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