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PETRÓLEO E ESTADO

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292 Petróleo e Estado<br />

PERSPECTIVAS<br />

E DESAFIOS<br />

O setor de petróleo e gás desempenhou papel<br />

fundamental no desenvolvimento do País ao longo<br />

deste século e meio de atividades. A implantação<br />

de uma infraestrutura na área de energia,<br />

estratégica para qualquer nação, trouxe consigo<br />

a criação de uma cadeia produtiva que integra<br />

a indústria de bens de capital e o segmento de<br />

prestação de serviços, responsáveis pela geração<br />

de emprego e pela manutenção da capacidade<br />

de crescimento econômico no longo prazo.<br />

No Brasil, durante boa parte de nossa história o<br />

desenvolvimento da indústria do petróleo foi capitaneado<br />

pelo investimento público, cujo marco<br />

mais significativo foi a criação da Petrobras, em<br />

1953. Este modelo permitiu ao Estado brasileiro<br />

tomar decisões que garantiram, mesmo nos períodos<br />

de crise econômica aguda, o crescimento<br />

contínuo do setor, o desenvolvimento de tecnologia<br />

e a conquista de novas fronteiras, como ocorreu<br />

na exploração na Bacia de Campos, no início<br />

da década de 1970, quando o País produzia 160<br />

mil barris diários. Em 1981, a produção marítima<br />

já superava a terrestre e, em 1984, a produção nacional<br />

alcançava meio milhão de barris diários.<br />

No final da década de 1990, o novo arcabouço<br />

legal do setor possibilitou à indústria novos avanços<br />

e conquistas para o País. A liderança tecnológica<br />

na exploração de águas ultraprofundas<br />

e as descobertas no pré-sal da Bacia de Santos<br />

são exemplos do sucesso dessa estratégia. Além<br />

disso, a entrada de novas concessionárias no<br />

mercado de exploração e produção de petróleo<br />

e gás, por intermédio das rodadas de licitações<br />

realizadas pela ANP, dinamizou e ampliou a atividade<br />

exploratória no Brasil, contribuindo para o<br />

desenvolvimento econômico e social. A eficácia<br />

do novo modelo foi demonstrada por fatos como<br />

a duplicação das reservas provadas nacionais, entre<br />

1997 e 2013, e a conquista da autossuficiência<br />

da produção de petróleo.<br />

Aceleradas mudanças seriam desencadeadas na<br />

primeira década do século XXI pela implantação<br />

da Lei do Petróleo, exigindo da Agência um permanente<br />

esforço de adaptação, que teve início<br />

com sua estruturação organizacional. Esse esforço<br />

garantiu, para a ANP, mais robustez, credibilidade<br />

técnica e respeito da indústria, dentro e fora<br />

do País. A fase atual é marcada pela preocupação<br />

com a segurança do abastecimento nacional;<br />

pela ampliação do escopo de atuação regulatória<br />

(com a introdução do biodiesel e do etanol na<br />

matriz energética); pela aplicação de recursos federais<br />

para o conhecimento geológico e pela geração<br />

de recursos inéditos que contribuem para<br />

a promoção do desenvolvimento econômico e<br />

social, graças à realização dos leilões de petróleo<br />

e gás, que incentivaram o ingresso de mais de 80<br />

empresas nas atividades do setor.<br />

Nestes 16 anos de atuação da ANP, a indústria do<br />

petróleo passou por grandes transformações.<br />

Em 1998, o barril do petróleo custava cerca de<br />

US$ 15,00. Já esteve acima dos US$ 140,00 em

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