PETRÓLEO E ESTADO
1RZuvmj
1RZuvmj
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
288 Petróleo e Estado<br />
Vanguarda internacional<br />
“Incrementar, em bases econômicas, sociais e<br />
ambientais, a participação dos biocombustíveis<br />
na matriz energética nacional”. Este item foi<br />
acrescentado, em 2005, aos demais objetivos<br />
que já vinham norteando os trabalhos da ANP<br />
desde sua criação. Entre as atividades direcionadas<br />
a esse objetivo, a Agência desenvolve<br />
estudos que servem de subsídios à especificação<br />
dos novos combustíveis, elabora normas<br />
que estimulam a inovação e participa de fóruns<br />
internacionais – como a Internacional Organization<br />
for Standardization (ISO) e a American<br />
Society for Testing and Materials (ASTM International).<br />
Este intercâmbio, que mantém a ANP<br />
alinhada com a vanguarda mundial em termos<br />
de biocombustíveis, busca um padrão regulatório<br />
internacional. Os grupos técnicos da ISO<br />
para análise do etanol e do biodiesel são atualmente<br />
coordenados pela ANP. Embora as especificações<br />
de cada país sejam diferentes, os<br />
técnicos brasileiros presentes nesses fóruns defendem<br />
que as metodologias sejam as mesmas.<br />
A harmonização de normas e a eliminação das<br />
barreiras técnicas são vitais para a aceitação<br />
dos biocombustíveis no mercado mundial: tornando-se<br />
commodities, o biodiesel e o etanol<br />
poderão ser itens importantes da pauta brasileira<br />
de exportações.<br />
ações do governo, bem como dar transparência<br />
de dados ao mercado, aos novos investidores e<br />
à sociedade.<br />
O transporte aéreo é um mercado novo e promissor<br />
para os biocombustíveis. A Resolução<br />
ANP nº 20/2013, 467 alinhada com as normas da<br />
ASTM International, especifica os querosenes<br />
de aviação alternativos e suas misturas com o<br />
querosene de aviação (QAV-1) para o consumo<br />
em turbinas de aeronaves, bem como as obrigações<br />
quanto ao controle da qualidade. Os<br />
querosenes de aviação alternativos – derivados<br />
da biomassa (bioquerosene de aviação) ou de<br />
fontes não renováveis, como carvão e gás natural<br />
– podem ser adicionados ao QAV-1 até o limite<br />
máximo de 50% em volume. O aumento do<br />
tráfego aéreo e da demanda por combustíveis<br />
de aviação cria um cenário atrativo para o desenvolvimento<br />
das novas tecnologias combustíveis<br />
renováveis, propiciando maior segurança<br />
energética e ambiental. Porém, o custo do bioquerosene<br />
de aviação ainda é um desafio para<br />
sua aceitação em larga escala.<br />
A harmonização<br />
de normas e a<br />
eliminação das<br />
barreiras técnicas<br />
são vitais para<br />
a aceitação dos<br />
biocombustíveis<br />
no mercado mundial.<br />
Atenta ao desenvolvimento técnico dos novos<br />
combustíveis, a ANP vem trabalhando em procedimentos<br />
e regras que viabilizem a participação<br />
desses produtos na matriz energética com<br />
o máximo de confiabilidade. Para isso, busca<br />
reduzir a assimetria de informações e facilitar<br />
467. AGÊNCIA NACIONAL DO <strong>PETRÓLEO</strong>, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS (Brasil). Resolução nº 20, de 24 de junho de 2013. Diário Oficial [da<br />
República Federativa do Brasil], Poder Executivo, Brasília, DF, 25 jun. 2013. Seção 1, p. 48-51.