PETRÓLEO E ESTADO
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282 Petróleo e Estado<br />
Inclusão social e desenvolvimento regional<br />
Em dez anos, o Brasil saiu da condição de país<br />
não produtor de biodiesel para figurar, ao lado de<br />
Estados Unidos e Alemanha, entre os três maiores<br />
produtores e consumidores mundiais desse biocombustível.<br />
Em 2013, cerca de 60 unidades industriais<br />
localizadas em todas as regiões do País<br />
já produziam aproximadamente 2,8 bilhões de<br />
litros/ano. Esta cadeia agroindustrial movimenta<br />
a economia e gera empregos, especialmente no<br />
interior, promovendo a inclusão social e produtiva<br />
de milhares de agricultores familiares, além de<br />
contribuir para a nossa diversificação energética<br />
e para os compromissos brasileiros em relação ao<br />
uso de combustíveis renováveis.<br />
Implementar de forma sustentável a produção e o<br />
uso do biodiesel, com geração de emprego e renda,<br />
desenvolvimento regional e inserção qualificada<br />
de agricultores familiares na cadeia de produção,<br />
é o objetivo do Selo Combustível Social, que<br />
integra as ações desenvolvidas pelo Ministério<br />
do Desenvolvimento Agrário (MDA). A iniciativa<br />
compõe o PNPB.<br />
As empresas que possuem o Selo devem adquirir<br />
um percentual mínimo de matéria-prima dos<br />
agricultores familiares, em percentuais que variam<br />
conforme a região. No Nordeste e no Semiárido,<br />
a participação mínima da agricultura familiar<br />
na matéria-prima dos produtores de biodiesel é<br />
de 50%. Nas regiões Sudeste e Sul, é de 30%. E<br />
nas regiões Centro-Oeste e Norte, 10%.<br />
Em 2013, as 45 usinas participantes do Selo Combustível<br />
Social respondiam por aproximadamente<br />
99% da produção do biodiesel brasileiro, beneficiando<br />
cerca de 84 mil estabelecimentos e<br />
mais de 77 cooperativas da agricultura familiar<br />
em todo o País. Além dos serviços de assistência<br />
técnica e capacitação tecnológica para essas<br />
famílias, a compra de matéria-prima ultrapassou<br />
R$ 2,8 bilhões/ano. A adesão ao programa<br />
confere condições especiais às empresas produtoras<br />
de biodiesel, como a participação nos leilões<br />
promovidos pela ANP.<br />
Os avanços são expressivos, mas impõem grandes<br />
desafios, como a diversificação de matérias-<br />
-primas para o biodiesel e a sua apropriação tec-<br />
milhões percentagem<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
nológica por parte dos agricultores familiares, a<br />
organização econômica da agricultura familiar e<br />
a necessidade de fortalecer os sistemas de gestão<br />
das cooperativas, em especial nas Regiões<br />
Nordeste e Centro Oeste. A diversidade de oleaginosas<br />
que podem ser usadas na produção do<br />
biodiesel – soja, dendê (palma), mamona, girassol,<br />
babaçu, amendoim, pinhão-manso e outras,<br />
originárias de diferentes regiões do Brasil – confere<br />
a esse programa uma abrangência nacional.<br />
TABELA 23.1 – DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE FAMÍLIAS<br />
PARTICIPANTES DO PNPB POR REGIÃO – 2013<br />
TABELA 23.2 – EVOLUÇÃO DOS RECURSOS DESTINADOS PELAS USINAS<br />
À AQUISIÇÃO DA PRODUÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR (2006-2013)<br />
3000<br />
2500<br />
2000<br />
1500<br />
1000<br />
500<br />
0<br />
75,29%<br />
SUL NORDESTE CENTRO SUDESTE NORTE<br />
OESTE<br />
68,5 117,5<br />
15,46%<br />
276,5<br />
667,3<br />
6,13%<br />
1060<br />
2,73%<br />
1520<br />
2110<br />
0,39%<br />
2850<br />
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013<br />
Fonte: SAF/MDA<br />
Fonte: SAF/MDA