PETRÓLEO E ESTADO
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Capítulo 22 - Abastecimento: um desafio do tamanho do Brasil 271<br />
Melhorando a qualidade dos combustíveis<br />
Em seu primeiro ano de atividade, 1998, a ANP<br />
instituiu o primeiro mecanismo de controle de<br />
qualidade dos combustíveis e lubrificantes vendidos<br />
no Brasil: o Programa de Monitoramento da<br />
Qualidade dos Combustíveis Líquidos (PMQC).<br />
Ao longo dos anos, o PMQC cresceu em abrangência<br />
territorial, escopo de produtos monitorados<br />
e quantidade de análises realizadas. Desde<br />
2005, todo o Brasil passou a ser monitorado pelo<br />
programa. Em 2013, foram coletadas mais de 222<br />
mil amostras. E o número de amostras coletadas<br />
em 14 anos de funcionamento do programa<br />
(2000 a 2013) totalizou cerca de 2,3 milhões.<br />
um retrato da qualidade dos combustíveis líquidos<br />
vendidos no País, o PMQC coíbe a sonegação<br />
fiscal, preserva o bom funcionamento dos<br />
motores dos veículos e contribui para a redução<br />
das emissões ao meio ambiente. Contribui<br />
também para a capacitação de especialistas<br />
na área dos combustíveis e biocombustíveis, o<br />
funcionamento de laboratórios e a publicação<br />
de expressivo número de artigos técnicos, dissertações<br />
e defesa de teses. Os resultados do<br />
Programa repercutem na população em geral,<br />
contribuindo para criar uma cultura da qualidade<br />
dos combustíveis no País.<br />
Comparado a sistemas similares de outros países,<br />
em sua abrangência e resultados, o PMQC é um<br />
dos maiores programas de monitoramento da<br />
qualidade dos combustíveis em funcionamento<br />
no mundo, principalmente se considerarmos que<br />
a ele se soma a fiscalização diária realizada pela<br />
ANP em toda a cadeia de comercialização de<br />
combustíveis no território brasileiro.<br />
Agora com mais de 15 anos de existência, o<br />
PMQC firmou-se como importante ferramenta<br />
de monitoramento, não apenas pela abrangência<br />
territorial e pela quantidade de amostras<br />
coletadas e analisadas, mas também pela eficácia<br />
no combate a práticas anticompetitivas e à<br />
adulteração de combustíveis. Sua efetividade é<br />
comprovada pela diminuição, ano após ano, dos<br />
índices de não conformidade dos combustíveis<br />
comercializados em território nacional, como se<br />
pode ver na Tabela 22.2.<br />
TABELA 22.2 – HISTÓRICO DOS ÍNDICES DE NÃO CONFORMIDADE NO BRASIL<br />
14<br />
12<br />
10<br />
8<br />
6<br />
Em 2000, 8,8% das amostras analisadas (considerando<br />
a média dos índices da gasolina, etanol<br />
hidratado e óleo diesel) apresentaram algum tipo<br />
de não conformidade. Graças ao esforço conjunto<br />
do monitoramento e da fiscalização, em dezembro<br />
de 2013 esse índice foi de 1,9%, indicando melhora<br />
significativa da qualidade dos combustíveis<br />
comercializados no território brasileiro.<br />
Ao identificar os focos de não conformidade, o<br />
controle de qualidade permite que a fiscalização<br />
da Agência atue com rapidez e precisão no<br />
combate à adulteração. Além de proporcionar<br />
4<br />
2<br />
0<br />
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013<br />
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