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PETRÓLEO E ESTADO

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264 Petróleo e Estado<br />

Vetores de inteligência na fiscalização<br />

Quando a ANP passou a atuar sobre o mercado,<br />

os índices de não conformidade dos<br />

combustíveis eram altos, as fraudes se multiplicavam<br />

e o não julgamento de milhares de<br />

processos por irregularidades em revendas de<br />

combustíveis, desde a época do DNC, aumentava<br />

a sensação de impunidade entre os agentes<br />

do setor.<br />

O grande desafio dos primeiros anos foi estruturar-se<br />

internamente e planejar a fiscalização<br />

de forma sistêmica. Em 2004, um grupo de<br />

trabalho interno analisou a atuação da área e<br />

elaborou um conjunto de propostas para aprimorar<br />

a fiscalização. Uma das consequências<br />

deste trabalho foi a criação da Superintendência<br />

de Fiscalização do Abastecimento, com<br />

estrutura mais robusta, para desempenhar o<br />

trabalho a partir de novas diretrizes. 429<br />

A partir de 2006, a Agência passou a investir<br />

cada vez mais na identificação das fontes de<br />

irregularidades na comercialização dos combustíveis.<br />

Em um país tão vasto e diversificado<br />

como o Brasil, esse desafio exigia um processo<br />

contínuo de planejamento, elaborado a partir<br />

do rastreamento, da investigação, do cruzamento<br />

e da análise das informações disponíveis,<br />

também conhecidas como “vetores de<br />

inteligência”.<br />

O principal vetor são as informações periodicamente<br />

atualizadas pelos programas de monitoramento<br />

da qualidade dos combustíveis e<br />

dos lubrificantes (PMQC e PMQL) e pelo Sistema<br />

de Levantamento de Preços. As análises<br />

das informações provenientes dessas fontes<br />

permitem diagnosticar, com mais precisão,<br />

onde se concentram os problemas, de modo<br />

que as operações sejam direcionadas para as<br />

localidades que apresentem maiores índices<br />

de não conformidade.<br />

A fiscalização<br />

contribui para<br />

aperfeiçoar<br />

a manutenção<br />

da qualidade dos<br />

combustíveis<br />

dentro de padrões<br />

internacionais.<br />

Outro importante vetor utilizado para o planejamento<br />

das ações são as denúncias que chegam<br />

ao Centro de Relações com o Consumidor da<br />

ANP, o CRC. Todas as denúncias recebidas são<br />

analisadas, classificadas conforme características<br />

e critérios estabelecidos, e posteriormente<br />

enviadas às unidades regionais para planejamento<br />

e programação das respectivas ações.<br />

Em 2013, 58% das denúncias encaminhadas<br />

pelo CRC resultaram em ações de fiscalização.<br />

Outra fonte de informação e de ações conjuntas<br />

são os convênios mantidos pela Agência<br />

com órgãos estaduais e municipais de 23 unidades<br />

da federação, com todos os Ministérios<br />

Públicos estaduais e do Distrito Federal, e um<br />

convênio nacional com o Instituto Nacional<br />

de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).<br />

430 A política de convênios permanentes<br />

com outros órgãos permitiu à ANP fiscalizar<br />

com mais frequência os agentes econômicos<br />

localizados em pontos de difícil acesso, como,<br />

por exemplo, os postos revendedores nos rios<br />

Amazonas e Negro, na Região Norte do Brasil.<br />

Além disso, as parcerias permitiram implantar<br />

postos de fiscalização avançados, que funcionam<br />

como apoio logístico às ações. Os postos<br />

de João Pessoa (PB), Belém (PA) e Natal (RN)<br />

contribuíram para o aumento da fiscalização<br />

nesses estados. Mesmo quando não há convênios,<br />

a colaboração com órgãos como a Polícia<br />

Federal, polícias estaduais (Militar e Civil),<br />

Poder Judiciário e prefeituras também é uma<br />

prática prioritária da Agência.<br />

De 1999 a 2013, a Agência realizou uma média<br />

de 20 mil ações anuais. O trabalho permanente<br />

de fiscalização tem contribuído para aperfeiçoar<br />

o funcionamento do mercado e para a<br />

manutenção da qualidade dos combustíveis<br />

dentro de padrões internacionais. Em 2013, os<br />

índices de não conformidade foram de 2,9%<br />

para óleo diesel, 1,3% para gasolina e 1,6% para<br />

etanol, dentro de padrões internacionais.<br />

429. Relatório Final do GTI criado pela Resolução de Diretoria no 111/2004.<br />

430. AGÊNCIA NACIONAL DO <strong>PETRÓLEO</strong>, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS (Brasil). Convênios. Rio de janeiro, 2015. Disponível em: . Portaria MME no 258, de 29/07/1993.

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