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PETRÓLEO E ESTADO

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250 Petróleo e Estado<br />

GNL, uma nova modalidade de transporte de gás natural<br />

Exatamente no momento em que aumentava o<br />

consumo doméstico e industrial do gás, a insegurança<br />

quanto ao suprimento do gás boliviano<br />

e a insuficiente infraestrutura de transporte no<br />

Brasil exigiram medidas urgentes para atender<br />

à demanda nacional. Uma solução encontrada<br />

foi a importação de gás natural liquefeito (GNL),<br />

que é resfriado a uma temperatura de 162 graus<br />

Celsius negativos, o que reduz seu volume cerca<br />

de 600 vezes e viabiliza o transporte em navios<br />

especialmente projetados para esse fim. Quando<br />

chega ao destino, o GNL é submetido à elevação<br />

de temperatura nos terminais de regaseificação<br />

e retorna à forma gasosa, podendo então<br />

ser transportado por gasodutos para atender ao<br />

mercado consumidor. Em 2006, o CNPE declarou<br />

“prioritária e emergencial” a implementação<br />

de projetos de GNL, que incluíam a importação<br />

do gás na forma criogênica, bem como a construção<br />

da infraestrutura necessária para o armazenamento<br />

e a regaseificação. Entre os objetivos<br />

da Resolução do CNPE, destacamos: ”assegurar<br />

a disponibilidade de gás natural para o mercado<br />

nacional com vistas a priorizar o atendimento<br />

das termelétricas”; “mitigar riscos de falha no<br />

suprimento de gás natural em razão de anormalidades”;<br />

e “diversificar as fontes fornecedoras<br />

de gás natural importado”. 409<br />

entraram em operação comercial no ano de<br />

2009, tornando possível a importação de gás<br />

não apenas de países fronteiriços, conectados<br />

por gasodutos, mas também de países mais<br />

distantes, como, por exemplo, Trinidad e Tobago<br />

e Nigéria. O Terminal de Regaseificação<br />

de Pecém foi construído com uma capacidade<br />

total de processamento de 7 milhões de metros<br />

cúbicos de gás natural por dia, e o Terminal da<br />

Baía de Guanabara ampliou sua capacidade original,<br />

de 14 milhões para 20 milhões de m 3 /dia,<br />

a partir de 2013.<br />

A chegada do GNL<br />

exigiu da ANP<br />

a capacitação<br />

urgente de seu<br />

pessoal técnico<br />

para a regulação<br />

das operações<br />

do novo produto.<br />

uma equipe multidisciplinar, 410 capacitando servidores<br />

nas operações técnicas e econômicas da<br />

comercialização do novo energético.<br />

Em 2012 foi aprovada pela ANP a construção<br />

de mais um terminal de regaseificação de GNL,<br />

desta vez na Baía de Todos os Santos (BA),<br />

começando a operar em 2014 com capacidade<br />

para 14 milhões de m 3 /dia. O investimento<br />

nas instalações de GNL desde 2006 ampliaram<br />

a capacidade de regaseificação no Brasil para<br />

41 milhões de m 3 /dia, o que supera a capacidade<br />

de transporte do gás boliviano através do<br />

Gasbol, que é de 32 milhões de m 3 /dia.<br />

Com esse sentido de urgência, a Petrobras iniciou<br />

a construção de duas instalações de regaseificação<br />

de GNL, uma em Pecém (CE), e outra<br />

na Baía de Guanabara (RJ). Ambos os projetos<br />

A execução dos projetos de GNL no Brasil, em<br />

tempo hábil para atender ao crescimento da demanda,<br />

particularmente a termelétrica, também<br />

exigiu bastante agilidade da ANP, que mobilizou<br />

409. CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA ENERGÉTICA (Brasil). Resolução nº 4, de 21 de novembro de 2006. Diário Oficial [da República<br />

Federativa do Brasil], Brasília, DF, 24 nov. 2006. Seção 1, p. 167.<br />

410. AGÊNCIA NACIONAL DO <strong>PETRÓLEO</strong>, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS (Brasil). O gás liquefeito no Brasil: experiência da ANP na<br />

implantação dos projetos de importação de GNL. Rio de Janeiro: ANP, 2010.2010. p. : il. (Séries ANP ; 4).

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