PETRÓLEO E ESTADO
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Capítulo 19 - Uma indústria que gera desenvolvimento 237<br />
Responsabilidade ambiental<br />
O impacto do acidente no Golfo do México em<br />
2010, com 11 vítimas fatais e o vazamento de 4,9<br />
milhões de barris de óleo bruto, levou os governos<br />
a redobrarem os cuidados com a produção de<br />
petróleo e gás em alto-mar. A ANP acompanhou<br />
de perto esse episódio, e foi a primeira instituição<br />
fora dos Estados Unidos a receber, em setembro<br />
de 2010, um relato detalhado do incidente e das<br />
medidas tomadas para a sua contenção.<br />
Foram então adotadas ações para o aprofundamento<br />
de diversos aspectos relacionados com a<br />
segurança operacional, inclusive um convênio de<br />
cooperação entre a ANP e os órgãos de controle<br />
ambiental. Também foi produzido um inventário<br />
geral dos equipamentos, materiais e embarcações<br />
existentes no País, além de mapas estratégicos<br />
de sensibilidade ambiental das principais<br />
bacias hidrográficas brasileiras.<br />
A partir desse diagnóstico, a Agência envolveu<br />
seus técnicos na definição de cenário, planejamento<br />
e acompanhamento de simulados completos<br />
de áreas geográficas e realizou várias capacitações,<br />
por meio de cursos, treinamentos,<br />
simulados e intercâmbio com outras agências<br />
reguladoras. O intuito foi possibilitar a tomada de<br />
decisão e conhecimento de tecnologias avançadas<br />
na prevenção e combate a derrames, usadas<br />
dentro e fora do País.<br />
o vazamento e mitigar as suas consequências.<br />
Com os primeiros resultados da investigação<br />
apontando a responsabilidade da Chevron, a<br />
Agência determinou a suspensão imediata das<br />
atividades de perfuração da empresa no Campo<br />
de Frade e em todo o território nacional até que<br />
fossem identificadas as causas e os responsáveis<br />
pelo vazamento e restabelecidas as condições<br />
de segurança na área. Na mesma reunião em<br />
que essas decisões foram tomadas, a diretoria<br />
da ANP rejeitou pedido da concessionária para<br />
perfurar novo poço no Campo de Frade com o<br />
objetivo de atingir o pré-sal, por entender que a<br />
perfuração de reservatórios no pré-sal implicaria<br />
riscos de natureza idêntica aos ocorridos no<br />
poço que originou o vazamento, porém agravados<br />
pela extrema profundidade.<br />
A partir das lições<br />
aprendidas com<br />
acidentes no Brasil<br />
e no exterior,<br />
a ANP desenvolveu<br />
rigorosos<br />
procedimentos<br />
de segurança.<br />
O Globo, 20 de abril de 2010<br />
Agência O Globo<br />
Em novembro de 2011, logo que foi comunicada<br />
do vazamento de óleo em um poço no campo<br />
de Frade, Bacia de Campos, operado pela Chevron<br />
Brasil Petróleo, a ANP designou uma equipe<br />
técnica para investigação do incidente, fez o<br />
primeiro contato com a Marinha para definir os<br />
procedimentos de resposta e iniciou a fiscalização<br />
das medidas da concessionária para conter<br />
Em abril de 2013, para que o campo de Frade voltasse<br />
a produzir, a Chevron havia sido autorizada<br />
pela ANP a retomar suas operações, condicionadas<br />
a um rigoroso monitoramento da variação de<br />
pressão dos poços, entre outros procedimentos<br />
de segurança desenvolvidos a partir das lições<br />
aprendidas com o incidente.