PETRÓLEO E ESTADO

Capítulo 19 - Uma indústria que gera desenvolvimento 227
Pré-sal inaugura modelo de partilha
Na primeira licitação no Brasil sob o regime de
partilha para a produção de petróleo e gás, a
única área ofertada foi a de Libra, na Bacia de
Santos. 366 Situado a 183 km da costa do Rio de
Janeiro, em lâmina d´água de 1.964 metros, o
campo tem reservas recuperáveis estimadas
entre 8 e 12 bilhões de barris, o que equivale a
80% de todas as reservas provadas de petróleo
do Brasil. Em seu nível máximo, Libra será
capaz de produzir 1,4 milhão de barris de petróleo
ao dia, volume equivalente a dois terços
da produção atual de todo o Brasil.
perfuração de um poço a sete mil metros de
profundidade pode custar US$ 100 milhões. E
o montante a ser investido para o desenvolvimento
de Libra foi estimado em US$ 130
bilhões. Ver capítulo 20: “O marco regulatório
do pré-sal”.
Um consórcio formado por cinco das maiores
empresas do planeta – a Petrobras, as chinesas
CNPC e CNOOC, a anglo-holandesa Shell
e a francesa Total – arrematou a concessão,
ofertando à União a parcela mínima de 41,65%
do óleo excedente a ser produzido no local e
propondo pagar um bônus de R$ 15 bilhões de
reais. 367 O contrato é de 35 anos, não prorrogáveis,
com uma fase de exploração estimada
em quatro anos.
A Petrobras, como operadora do consórcio,
de acordo com o disposto no regime de partilha,
tem 30% do grupo, além da participação
de 10%. As duas empresas chinesas também
têm 10% cada uma, enquanto a Shell e
a Total têm 20% cada. O consórcio terá um
Bacias sedimentares
terrestres
Bacias sedimentares
marítimas
Bacia de
Santos
Bacia de
Campos
grande desafio técnico, operacional e logístico
pela frente, o que vai exigir colaboração
tecnológica permanente entre as empresas. A
Polígono pré-sal
Áreas de produção
RIO DE JANEIRO
366. CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA ENERGÉTICA (Brasil).
Resolução nº 4, de 22 de maio de 2013. Diário Oficial [da República
Federativa do Brasil], Brasília, DF, 24 maio 2013. Seção 1, p. 1.
367. CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA ENERGÉTICA (Brasil).
Resolução nº 5, de 25 de junho de 2013. Diário Oficial [da República
Federativa do Brasil], Brasília, DF, 4 jul. 2013. Seção 1, p. 1.