PETRÓLEO E ESTADO
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206 Petróleo e Estado<br />
Wikipedia.org/Mario Roberto Duran Ortiz<br />
apresentou substitutivo com modificações ao<br />
texto original do Executivo e, por fim, o substitutivo<br />
foi encaminhado ao Senado, que o aprovou<br />
em 9 de novembro de 1995.<br />
Em 1995 e 1996,<br />
o monopólio estatal<br />
do petróleo voltou a<br />
ser intensamente<br />
debatido no<br />
Congresso Nacional.<br />
Congresso Nacional, na Praça dos Três Poderes, em Brasília<br />
Um dos itens da Proposta de Emenda Constitucional<br />
(PEC) n o 06/95 era a possibilidade de contratação<br />
de empresas privadas, pela União, para<br />
as atividades de exploração e produção, refino,<br />
importação e transporte de petróleo e gás natural.<br />
Além da contratação de terceiros, o governo<br />
sugeria a realização de joint ventures e outras<br />
formas de parceria da Petrobras com empresas<br />
privadas para construção de empreendimentos<br />
específicos, como refinarias. Para o Governo Fe-<br />
deral naquele contexto de reforma do Estado,<br />
a flexibilização do monopólio da Petrobras era<br />
compatível com a construção de uma economia<br />
mais aberta, dinâmica e competitiva. 312<br />
Em função da sua complexidade, a PEC 06/95<br />
foi analisada inicialmente por uma Comissão Especial<br />
criada para este fim na Câmara dos Deputados,<br />
que ficou conhecida como CESP do<br />
Petróleo. O relator da PEC, deputado Lima Neto,<br />
Desde a chegada da PEC até a aprovação do<br />
substitutivo, os debates no Congresso foram intensos,<br />
assim como a mobilização de setores da<br />
sociedade, favoráveis e contra a flexibilização<br />
da execução do monopólio estatal. A principal<br />
polêmica se deu em torno do risco de privatização<br />
da Petrobras, o que levou o presidente<br />
Fernando Henrique Cardoso a formalizar com<br />
os parlamentares, por escrito, um acordo com<br />
o compromisso de que a empresa não seria desestatizada.<br />
Outro compromisso firmado pelo<br />
governo foi manter sob controle da estatal 29<br />
bacias onde a empresa já atuava, além de garantir<br />
que a Petrobras teria preferência sempre<br />
que suas propostas ficassem empatadas com<br />
outras, nas licitações de áreas de exploração e<br />
produção de petróleo e gás. 313<br />
312. BRASIL. Exposição de Motivos nº 39, de 16 de fevereiro de 1995. Disponível em: <br />
313. NUNES, Edson. O Quarto Poder: gênese, contexto, perspectivas e controle das agências regulatórias. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE<br />
AGÊNCIAS REGULADORAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS, 2., 2001, Brasília, DF. [Trabalhos apresentados]... Brasília, DF, Instituto Hélio Beltrão, 2001