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PETRÓLEO E ESTADO

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Capítulo 15 - Respostas para a crise 179<br />

Política energética prioriza redução do consumo<br />

Uma das principais medidas do governo para a<br />

redução do consumo de derivados de petróleo<br />

foi a utilização de álcool anidro, em larga escala,<br />

como combustível dos veículos automotivos. Em<br />

novembro de 1975, nascia o Programa Nacional<br />

do Álcool (Proálcool), 280 que concedia incentivos<br />

à produção de álcool nas unidades açucareiras e<br />

destilarias independentes, e financiava o desenvolvimento<br />

de motores apropriados pela indústria<br />

automobilística e a instalação de uma extensa<br />

rede de distribuição do novo combustível.<br />

Agência Petrobras<br />

Em novembro<br />

de 1975, nascia<br />

o Programa<br />

Nacional do Álcool<br />

(Proálcool).<br />

Foi a partir de 1979 que o CNP começou a participar<br />

mais intensamente do Proálcool. Exatamente<br />

neste ano, a alta desenfreada dos preços do óleo<br />

cru deu um novo alento ao Programa. O Conselho<br />

de Desenvolvimento Econômico – CDE – decidiu<br />

aplicar US$ 5 bilhões durante seis anos, tendo<br />

como meta a produção de 10 bilhões de litros<br />

de álcool por ano. A expectativa do governo era<br />

“atender à demanda adicional de gasolina no futuro,<br />

bem como abastecer integralmente 475 mil<br />

veículos com motores adaptados e 1,225 milhão<br />

de outros com motor a álcool original”. 281<br />

A Petrobras investiu na produção de álcool de cana-de-açúcar, a partir da década de 1970, como parte do Programa Proálcool<br />

Enquanto os preços do petróleo se mantiveram<br />

elevados, o Proálcool apresentava ótimos na organização do Proálcool foi a logística de<br />

Uma das intervenções mais significativas do CNP<br />

resultados, mas a partir dos primeiros anos da abastecimento montada pelo órgão em relação<br />

década de 1980, quando a oferta mundial de petróleo<br />

aumentou e os preços caíram, o programa frete do álcool, levando ao interior os derivados<br />

ao transporte rodoviário. O Conselho otimizou o<br />

começou a ser questionado. O álcool tornou-se produzidos nas refinarias – quase todas situadas<br />

perto do litoral – e aproveitando os mes-<br />

pouco competitivo, exigindo subsídios para a<br />

manutenção do programa.<br />

mos caminhões para retornarem com o álcool. 282<br />

280. BRASIL. Decreto nº 76.593, de 14 de novembro de 1975. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, de 14 nov. 1965.<br />

281. O <strong>PETRÓLEO</strong> da cana. Veja, São Paulo, p. 92-101, 13 jun. 1979.<br />

282. Sobre o uso obrigatório do álcool, ver também capítulos 3 (tópico “A atuação das empresas estrangeiras”) e 7 (“Independência energética<br />

entra na pauta das discussões nacionais”).

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