PETRÓLEO E ESTADO

Capítulo 11 - Impactos da criação da Petrobras 129
FGV/CPDOC - Arquivo Valfrido Moraes
Vargas visita pela última vez as obras da Refinaria de Cubatão, inaugurada oficialmente em 1955
Em 1954 foram concluídas as obras de ampliação
da refinaria de Mataripe, cuja capacidade de
refino passou a ser de 5 mil barris diários, e foi
planejada para o ano seguinte a entrada em funcionamento
da refinaria de Cubatão (45 mil bpd),
e das refinarias privadas de Capuava (20 mil bpd),
em São Paulo, e de Manguinhos (10 mil bpd), no
Rio de Janeiro.
Ao serem transferidos para a Petrobras os trabalhos
de perfuração, 11 poços estavam em andamento,
7 deles em território baiano. Os outros
eram os poços pioneiros de Jacarezinho (Paraná),
Riachão (Maranhão), Alter do Chão (Pará)
e Nova Olinda (Amazonas). Além disso, prosseguiram
os estudos para o aproveitamento das jazidas
de xisto existentes na região Taubaté-Tremembé
(SP), e foram ultimadas as providências
para a montagem da Estação Experimental de
Processamento, também em Tremembé.
Também em 1954, o CNP criou a Comissão
da Rede Nacional de Oleodutos (Creno), que
após estudos técnicos e econômicos suge riu
a construção de seis oleodutos: Santos-São
Paulo (construído), com prolongamento até
Campinas e ramais para Ribeirão Preto, Uberaba
e Goiânia; Paranaguá-Curitiba, com prolongamento
a Guarapuava, Foz do Iguaçu e Assunção
(no Paraguai); Rio de Janeiro-Juiz de
Fora, com prolongamento até Belo Horizonte;
Torres-Porto Alegre, com prolongamento a
Santa Maria e Uruguaiana; Salvador-Mataripe,
com prolongamento a Feira de Santana,
Juazeiro, Paraguaçu, Lençóis e Barreiras; e
porto de Itaqui (MA)-Teresina.