PETRÓLEO E ESTADO
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Capítulo 9 - O petróleo é nosso! 111<br />
Refinaria de Cubatão<br />
Enquanto a construção de Mataripe se desenvolvia e<br />
a discussão sobre as refinarias privadas se intensificava,<br />
o CNP planejava a instalação de uma refinaria de<br />
maiores dimensões, no centro-sul do País, mais próxima<br />
dos principais centros consumidores. Depois de<br />
intensa polêmica, que envolveu os principais jornais<br />
do País, os ministérios militares e diferentes segmentos<br />
da sociedade civil, o Governo Federal acabou optando,<br />
por sugestão do Conselho de Defesa Nacional,<br />
pela construção da nova refinaria em local próximo<br />
ao porto de Santos (SP). Além da proximidade com<br />
a capital paulista, onde o consumo de derivados do<br />
petróleo era superior ao de qualquer outra região do<br />
País, já havia nas instalações portuárias de Santos um<br />
esquema montado para o recebimento de óleo cru. 190<br />
Banco de Imagens Petrobras<br />
Por conta de sua topografia plana, que possibilitaria<br />
a expansão da refinaria, Cubatão foi o local escolhido.<br />
Em julho de 1949, o CNP assinou contratos com a firma<br />
norte-americana Panamerican Hydrocarbon Research<br />
Inc., responsável pela elaboração do traçado do projeto<br />
e pela supervisão de montagem da refinaria; e com o<br />
consórcio francês Fives-Lille & Schneider, encarregado<br />
da sua construção. A assinatura dos contratos foi um<br />
dos resultados da visita do coordenador do Plano Salte,<br />
Mário Bittencourt Sampaio, à França. 191 Foi previsto<br />
um prazo de quatro a cinco anos para a conclusão das<br />
instalações, que teriam capacidade de processar, por<br />
dia, 45 mil barris de petróleo importado. As obras tiveram<br />
início em 1950, ainda no governo Dutra.<br />
A Refinaria de Cubatão foi a primeira grande refinaria do Brasil. A imagem data de sua construção, em julho de 1952<br />
190. LEVY, Arthur. Artur Levy: depoimento [1987]. Rio de Janeiro:<br />
CPDOC: FGV, CPDOC; Petrobras, SERCOM, 1988. p. 216.<br />
191. DIAS; QUAGLINO, 1993, p. 70.