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E-REVISTA N.º 33

Revista electrónica do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, Nº 33

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Sindicato<br />

dos Enfermeiros<br />

Portugueses<br />

n˚<strong>33</strong> - janeiro 2016<br />

INFO<br />

GREVE<br />

29 janeiro<br />

n m t<br />

1


ÍNDICE<br />

capa<br />

Greve a 29 janeiro...................................................................................................................3<br />

em foco<br />

SEP intervém a todos os níveis - reuniões com grupos parlamentares.............................6<br />

Frente Comum - Processo negocial anual (2.ª Reunião)<br />

Trabalhadores da Administração Pública<br />

mais um ano sem aumentos salariais..................................................................................8<br />

atual<br />

Vale a pena lutar 1 (ARS Norte) ..........................................................................................10<br />

Vale a pena lutar 2 (ULS Litoral Alentejano) ......................................................................11<br />

Vale a pena lutar 3 ((H. Espírito Santo-Évora) ....................................................................12<br />

Vale a pena lutar 4 (ULS Norte Alentejano) ........................................................................13<br />

Regiões<br />

PPP Vila Franca Xira.............................................................................................................14<br />

CH Lisboa Central.................................................................................................................16<br />

H. Fernando Fonseca...........................................................................................................18<br />

Ficha técnica<br />

E-revista: SEP-Info • Edição: SEP, Sindicato dos Enfermeiros Portugueses • email: sede@sep.pt • Tel: 213 920 350 • Fax: 213 968 202 • Morada: Av. 24 de Julho, 132,<br />

1350-346 Lisboa, Portugal • Diretor: José Carlos Martins • Coordenadora Técnica: Guadalupe Simões • Secretariado de Redação: Dora Galvão e Fernando Gama •<br />

Lay-out/Paginação: Formiga Amarela - Oficina de Textos e Ideias, Lda. • Web: Webisart • janeiro 2016


capa<br />

3<br />

Greve a 29 janeiro<br />

Não há razões para manter a ilegalidade do regime de horário<br />

Em toda a intervenção do SEP, está expresso que a passagem do horário de<br />

trabalho para as 40 horas é ilegal, não se destina aos enfermeiros e já está<br />

revogado. É preciso que as 35h sejam aplicáveis a todos os enfermeiros do<br />

SNS e ao mesmo tempo.<br />

A manutenção da greve está única e exclusivamente dependente da reunião<br />

com o MS e de compromissos que possam ser assumidos.


capa<br />

[A passagem do horário de<br />

trabalho para as 40 horas é ilegal,<br />

não se aplica aos enfermeiros e já<br />

está revogado]<br />

Segundo o SEP, o agendamento<br />

da greve para dia 29 tem como<br />

objetivo o reconhecimento e a<br />

exigência de que as 35 horas se<br />

apliquem aos enfermeiros com Contrato<br />

Individual de Trabalho, até porque, reforçam<br />

“os enfermeiros com Contrato de<br />

Trabalho para Funções Públicas (vulgo<br />

contratos individuais de trabalho) são<br />

no essencial, Contratos de Trabalho em<br />

Funções Públicas atípicos”.<br />

Do programa de Governo e da proposta<br />

do PS sobre as 35 horas depreende-se<br />

a disponibilidade de revogar a lei que<br />

impõe as 40 horas de trabalho, na Administração<br />

Pública, mas, afirma fonte<br />

sindical “o fazer depender a entrada em<br />

vigor da lei de uma regulamentação,<br />

sem que se saiba a fundamentação,<br />

é uma preocupação” . Certo é, que no<br />

programa do Governo está expresso que<br />

a passagem para as 35 horas semanais<br />

está diretamente relacionada com a<br />

existência ou não do aumento de custos<br />

com pessoal.<br />

Segundo o SEP, esta não pode ser questão.<br />

Afirmam que os dados inscritos<br />

no Balanço Social Global do Ministério<br />

da Saúde de 2014 dão boa nota disso.<br />

De acordo com aqueles dados, há uma<br />

variação negativa de 1400 enfermeiros<br />

quando se compara os anos de 2012 e<br />

2014 mas que esse número poderia ser<br />

reduzido para 648 caso seja conside-


[O agendamento da greve para dia 29<br />

tem como objectivo o reconhecimento e a<br />

exigência que as 35 horas se apliquem aos<br />

enfermeiros com Contrato Individual de<br />

Trabalho]<br />

rado o absentismo que aumentou 2,26% comparativamente a 2012,<br />

ou seja, 752 enfermeiros permanentemente ausentes dos serviços<br />

correspondente a 1 920 000 horas assistenciais perdidas.<br />

Por ano os 28 014 enfermeiros com CTFP trabalharam 6 723 360<br />

horas gratuitamente correspondendo a 40 milhões de euros/ano.<br />

“Demonstramos que a variabilidade do número de enfermeiros<br />

entre 2012 e 2014 a exercer funções no SNS não pode ser uma<br />

justificação do governo/ministério da saúde para decidir não aplicar<br />

a todos os enfermeiros as 35 horas” continuam “pelo contrário, se<br />

considerarmos o aumento do absentismo e o aumento dos acidentes<br />

de trabalho em grande parte resultante da degradação das<br />

condições de trabalho, seria mais prudente que a decisão viesse ao<br />

encontro das reivindicações dos enfermeiros” rematam.<br />

5<br />

[O SEP já pediu reunião ao Ministério da<br />

Saúde, a todos os grupos parlamentares<br />

e, regionalmente, serão pedidas reuniões<br />

aos deputados eleitos]


em foco<br />

SEP intervém a todos os níveis<br />

Reuniões com Grupos Parlamentares<br />

35 horas para todos<br />

No âmbito da discussão, na Assembleia da República,<br />

das propostas legislativas de 4 partidos políticos sobre<br />

as 35 horas, o SEP solicitou reuniões com os grupos<br />

parlamentares proponentes e ao PAN.<br />

A 26 de Janeiro concretizaram-se as reuniões com o BE e o PAN.<br />

Nestas reuniões, segundo o SEP, os dois partidos assumiram<br />

como prioritário o regresso às 35 horas de trabalho, tendo mesmo<br />

o PAN informado que a sua proposta, inscrita no seu programa<br />

eleitoral, é que o horário de trabalho diário deveria ser de 6h.<br />

O BE assumiu que no âmbito dos consensos a que terão que<br />

chegar os partidos que viabilizaram o governo, tudo fará para<br />

que a proposta que vier a ser aprovada alargue o âmbito de<br />

aplicação das 35 horas a todos os trabalhadores da administração<br />

pública, independentemente do vínculo, “o que resolveria o<br />

problema dos enfermeiros”, remata fonte sindical. É, ainda entendimento<br />

do BE, que na administração pública não deveria haver<br />

CIT, a haver, têm que se aplicar as mesmas regras dos CTFP e<br />

consagrado em lei.


Foi ainda transmitido, pelo grupo parlamentar do BE, que é inevitável o<br />

aumento de custo com o pessoal porque a redução do horário de trabalho<br />

irá determinar a admissão de mais trabalhadores, afirmando que por<br />

exemplo, o governo prevê a necessidade de admitir cerca de 3000 enfermeiros<br />

para compensar a redução do horário de trabalho.<br />

Segundo o SEP, estes números podem facilmente ser revistos de acordo<br />

com os balanços da ACSS e afirma que “o problema da carência crónica<br />

de enfermeiros não pode servir agora para tentar justificar quaisquer outras<br />

opções, por parte do Ministério da Saúde.”<br />

[a proposta que vier a ser aprovada deverá ter um âmbito de aplicação das 35<br />

horas a todos os trabalhadores da administração pública, independentemente do<br />

vínculo, o que resolveria o problema dos enfermeiros]<br />

7


em foco<br />

Frente Comum - Processo negocial anual<br />

2ª reunião<br />

Trabalhadores da<br />

Administração Pública<br />

mais um ano<br />

sem aumentos salariais<br />

Segundo o SEP, a expectativa gerada em torno da<br />

possibilidade de existirem aumentos salariais<br />

anuais, em 2016, foi gorada. Na reunião de 28, a<br />

Secretária de Estado da Administração Pública assumiu<br />

que não havia condições orçamentais para proceder<br />

a aumentos salariais e atualização do subsídio de refeição.<br />

“o governo fez questão de vincar o que já fez nos últimos<br />

dois meses, designadamente, o aumento do salário mínimo<br />

nacional que abrange muitos trabalhadores da administração<br />

pública, a reconversão da CES, atualização das pensões<br />

e reposição gradual dos salários.<br />

Na próxima reunião a 11 de fevereiro está previsto discutir<br />

o reposicionamento nas posições remuneratórias (progressão<br />

nas carreiras).


[é entendimento do Governo que a lei das 35h,<br />

quando for publicado, não precisa de regulamentação]<br />

Segundo Eugénio Rosa, um dos técnicos que<br />

fazem assessoria à Frente Comum, “desde<br />

2010 até 2015 houve uma redução das despesas<br />

com o pessoal que atingiu os 4930 milhões<br />

de euros, ou seja, a consolidação orçamental<br />

foi feita essencialmente à custa dos<br />

salários dos trabalhadores da administração<br />

pública razão pela qual o esboço orçamental<br />

apresentado pelo governo siga a mesma filosofia”.<br />

Outro dado importante que demonstra<br />

o quanto o impacto das medidas de austeridade<br />

foi maior no setor público que no privado<br />

prende-se com a diminuição do poder de<br />

compra, 24% superior, no primeiro.<br />

Para responder numa próxima reunião a<br />

questão dos aumentos dos descontos dos<br />

trabalhadores da administração pública para<br />

a ADSE que originou ainda maior excedente<br />

de dinheiro e que, até agora, nenhum membro<br />

do governo explicou, se esse excedente está<br />

ou não a ser utilizado para outros fins que<br />

aqueles que obriga a sua existência, “se for<br />

assim, estamos perante mais uma ilegalidade”<br />

afirma fonte sindical.<br />

Segundo o SEP e sobre as 35 horas, a Secretária<br />

de Estado da Administração Pública<br />

afirmou que essa matéria está em discussão<br />

na Assembleia da República e é da responsabilidade<br />

dos partidos que apresentaram<br />

as propostas de lei. Questionada sobre o que<br />

pretendia o Partido Socialista com a previsão<br />

de ter que existir uma regulamentação<br />

da lei, após a sua publicação, foi taxativa “é<br />

entendimento do Governo que a lei não precisa<br />

de regulamentação” deixando claro que<br />

só é plausível a proposta do PS no âmbito<br />

do levantamento da necessidade de admitir<br />

trabalhadores face ao já assumido que os<br />

trabalhadores irão voltar às 35 horas.<br />

9<br />

[desde 2010 até 2015 houve uma redução das despesas com o<br />

pessoal que atingiu os 4930 milhões de euros, ou seja, a consolidação<br />

orçamental foi feita essencialmente à custa dos salários dos<br />

trabalhadores da administração pública]


atual<br />

Prossegue, implacável, o ataque aos direitos dos trabalhadores<br />

ARS Norte<br />

1<br />

Vale a pena lutar<br />

Finalmente foi aplicado o<br />

IRCT - Instrumento de Regulamentação<br />

Coletiva de Trabalho aos enfermeiros com Contrato<br />

Individual de Trabalho que estão em mobilidade.<br />

Em comunicado, o SEP afirma que a<br />

sua intervenção sindical a nível do<br />

Ministério da Saúde e da ARS Norte<br />

e a luta dos enfermeiros, foram<br />

essenciais para garantir a aplicação do<br />

IRCT aos colegas que estão em mobilidade<br />

na ARS Norte. Em janeiro foi finalmente<br />

processado o vencimento pela primeira<br />

posição remuneratória – 1.201,48 euros a<br />

todos os enfermeiros nessa condição.


ULS Litoral Alentejano<br />

Vale a pena lutar<br />

2<br />

Decorrente da intervenção Sindical e da união dos enfermeiros, a harmonização<br />

salarial dos CIT a 35/h semanais é, finalmente, concretizada em fevereiro.<br />

[nos termos do IRCT os<br />

retroactivos são devidos a 1 de<br />

outubro de 2015, com efeitos no<br />

vencimento base e valor hora]<br />

Émais um bom exemplo, segundo o SEP,<br />

da união dos enfermeiros articulada<br />

com a intervenção sindical.<br />

Através de carta enviada ao CA e ao Ministério<br />

da Saúde foi exigido a rápida resolução<br />

da discriminação que estes enfermeiros estavam<br />

a ser alvo.<br />

Segundo o SEP, a mobilização dos enfermeiros<br />

e as centenas de assinaturas recolhidas sob<br />

a forma de abaixo-assinado deixava antever a<br />

possibilidade de outras formas de luta.<br />

Isso foi determinante para que o CA, formalmente,<br />

assumisse “proceder à harmonização<br />

salarial dos Enfermeiros com CIT´s de 35/horas<br />

semanais no próximo mês de fevereiro com os<br />

devidos retroativos.”<br />

O SEP esclarece que, nos termos do IRCT os<br />

retroativos são devidos a 1 de outubro de 2015<br />

com efeitos no vencimento base e valor hora.<br />

11


atual<br />

H. Espírito Santo - Évora<br />

Vale a pena lutar<br />

3<br />

O IRC - Instrumento de<br />

Regulamentação<br />

Reposicionamento salarial dos enfermeiros com CIT (35h),<br />

está garantido em fevereiro.<br />

Coletiva de Trabalho,<br />

parcelar e transitório,<br />

acordado entre o SEP,<br />

EPE e Ministério da Saúde,<br />

foi assinado a 29/Set/2015<br />

e publicitado;<br />

Publicado em BTE a<br />

22/Nov/ 2015<br />

Foi necessária a marcação de ações de protesto<br />

firmes para que a administração fosse<br />

obrigada a cumprir a harmonização salarial<br />

dos enfermeiros a CIT, independentemente do<br />

horário de trabalho semanal praticado.<br />

Segundo o SEP, esta atitude só poder ser entendida<br />

como uma forma de, através da coação, pretenderem<br />

obrigar estes enfermeiros a aceitar as 40h. Sendo<br />

ainda mais incompreensível, sabendo a administração<br />

que os enfermeiros estão unidos na exigência das<br />

35 horas para todos.<br />

Afirma o SEP, “Vale. sempre a pena lutar!” divulgando<br />

a informação da administração:<br />

“… foi deliberado em reunião de Conselho de Administração<br />

de 21/02/2016, atualizar o vencimento dos<br />

enfermeiros … Os retroativos serão pagos em duas<br />

parcelas, uma em fevereiro e outra em março …”.


ULS Norte Alentejano<br />

Vale a pena lutar<br />

4<br />

Nenhum enfermeiro da ULSNA recebe abaixo da primeira<br />

posição remuneratória da Carreira de Enfermagem.<br />

A<br />

concretização da harmonização salarial dos CITs a 35h só foi possível,<br />

segundo o SEP, resultante da ação sindical e da união e determinação<br />

dos enfermeiros para lutarem por aquilo que é justo. Este foi um passo<br />

importante na uniformização da profissão.<br />

“Este objetivo está atingido” alertam “mas a ação reivindicativa continua uma<br />

vez que há injustiças relativas que ainda persistem na profissão. Só continuando<br />

a luta poderão ser resolvidas”.<br />

Segundo aquela fonte sindical as 35 horas para todos os enfermeiros é, neste<br />

momento, a grande prioridade face às discussões que estão a ser desenvolvidas<br />

na Assembleia da Republica. Por outro lado, com a apresentação da propostas<br />

de Orçamento de Estado, matérias como o congelamento das progressões, os<br />

cortes nas horas de qualidade e extraordinárias estarão em cima da mesa.<br />

13


egiões<br />

PPP Vila Franca Xira<br />

Situações agravam-se<br />

e entidade gestora<br />

é parte do problema<br />

Sucessivos pedidos de reunião sem resposta demonstra que o Grupo Mello<br />

Saúde, entidade gestora deste hospital, despreza os profissionais de saúde.<br />

Os problemas agravam-se e poderão estar em causa as prestações dos<br />

Cuidados de Enfermagem, a segurança dos profissionais e dos doentes.<br />

N<br />

ão é por falta de denuncia dos problemas e disponibilidade para<br />

encontrar soluções junto da Administração (9 meses de ausência<br />

de respostas).<br />

É desta forma que o SEP comunica o agravamento dos problemas<br />

naquela instituição. Entre outros, destaca a falta de enfermeiros e o<br />

consequente não cumprimento dos rácios das Dotações Seguras, o recurso<br />

crescente e abusivo a falsos “Recibos Verdes”, a manutenção das<br />

injustiças e desigualdades em relação aos suplementos e às remunera-<br />

[9 meses de ausência de respostas da<br />

administração aos pedidos de reunião do sindicato]


[É inadmissível que um hospital<br />

do SNS seja entregue para ser<br />

gerido por um parceiro privado e<br />

este não cumpra a lei]<br />

ções com enfermeiros a receberem menos,<br />

cerca de 300€ abaixo da tabela salarial em<br />

vigor. Também a desregulação dos Horários<br />

semanais que ultrapassam largamente<br />

as 40h, sem que essas horas sejam consideradas<br />

como extraordinárias é outra<br />

acusação daquela estrutura sindical.<br />

“É inadmissível que um hospital do SNS<br />

seja entregue para ser gerido por um<br />

parceiro privado e, este, não cumpra a lei.<br />

A ARS de Lisboa e Vale do Tejo é quem<br />

tem a responsabilidade de fazer cumprir o<br />

contrato programa e de ser o regulador. A<br />

escusa em o fazer determina a sua co-responsabilidade<br />

nas ilegalidades que estão a<br />

ser cometidas pelo Grupo Mello.”<br />

O SEP afirma que vai exigir que o novo Ministro<br />

da Saúde intervenha junto das parcerias<br />

publico privadas, nomeadamente no<br />

que diz respeito ao cumprimento das leis<br />

laborais. “sendo um hospital que pertence<br />

à rede de hospitais do SNS, o Ministério da<br />

Saúde tem tanta responsabilidade sobre<br />

as consequências desta má gestão, quer<br />

para os profissionais quer para os doentes,<br />

como em qualquer outro hospital. O sistemático<br />

deixar andar que temos assistido<br />

nos últimos anos por parte das entidades<br />

reguladoras, as Administrações Regionais<br />

de Saúde, tem que acabar”.<br />

15


egiões<br />

Centro Hospitalar Lisboa Central<br />

CHLC é o exemplo da saída<br />

de enfermeiros em massa<br />

A falta de condições de trabalho é responsável pela saída<br />

de enfermeiros da instituição, agudizando os problemas de<br />

dotações seguras, regulamentação de horários, direitos da<br />

parentalidade e a implementação da avaliação do desempenho.


Segundo o SEP, a saída de mais de<br />

uma centena de enfermeiros por<br />

via de concursos, aposentações<br />

e emigração agravaram o défice<br />

destes profissionais em todos os serviços,<br />

promovendo irregularidades na elaboração<br />

dos horários (horas extraordinárias<br />

programadas, turnos de 16h programado,<br />

horas acumuladas, feriados por gozar, não<br />

gozo das folgas devidas, etc).<br />

De acordo com a fonte sindical, o CA<br />

assumiu estar a fazer o levantamento das<br />

necessidades de enfermeiros, tendo admitido<br />

230 dos cerca de 400 identificados<br />

pelo SEP, como necessários, em 2014.<br />

À semelhança de outras instituições os<br />

inúmeros pedidos de horários fixos, nomeadamente<br />

para possibilitar o acompanhamento<br />

de filhos menores, determina<br />

rácios enfermeiros/doentes no turno da<br />

manhã bastante mais favoráveis, comparativamente<br />

aos turnos da tarde e da<br />

noite. “Reconhecemos que pode haver<br />

dificuldades mas é da responsabilidade<br />

do CA encontrar soluções, nomeadamente<br />

através da contratação de mais enfermeiros”<br />

afirmam os dirigentes sindicais, “o<br />

que não podemos permitir é a tentativa de<br />

rateamento do gozo de direitos, incluindo<br />

os da parentalidade, que o CA pretendeu<br />

promover, ainda que com a suposta cobertura<br />

da CITE”.<br />

No que diz respeito à avaliação de desempenho,<br />

o CA explicitou que o processo<br />

está na fase de definição de objetivos,<br />

sendo que constatam dificuldades de<br />

implementação do processo de avaliação<br />

em serviços onde há muitos enfermeiros.<br />

Acrescentaram que a Comissão Paritária<br />

será uma realidade em 2016.<br />

(Ler documento)<br />

17<br />

[O que não podemos permitir é a tentativa de rateamento do gozo<br />

de direitos, incluindo os da parentalidade, que o CA pretendeu<br />

promover, ainda que com a suposta cobertura da CITE.]


egiões<br />

Hospital Fernando Fonseca<br />

Intervenção sindical permite<br />

resposta a problemas antigos<br />

Incumprimento da reposição dos CIT, limitação do exercício do<br />

direito à Greve, falta de segurança e sistema de avaliação em<br />

atraso exigiram reunião e decisões da administração.<br />

Segundo o SEP, a publicação do diploma<br />

para a harmonização salarial dos<br />

CIT permitiu à maioria das instituições<br />

processarem-no sem mais delongas. O<br />

CA insiste nas dúvidas sobre a sua aplicabilidade<br />

e aguarda esclarecimentos pelo MS. Considera<br />

a fonte sindical que já não se compreende este<br />

entendimento e comprometeu-se na próxima<br />

reunião com o MS levá-lo à sua resolução definitiva<br />

e colocou um abaixo-assinado a requerer<br />

o integral cumprimento do IRCT (ler documento).


[SEP diz que já não se compreende a<br />

falta de entendimento na aplicação do<br />

IRCT e comprometeu-se na próxima<br />

reunião com o MS a levá-lo à sua<br />

resolução definitiva. Há um abaixoassinado<br />

a requerer o seu integral<br />

cumprimento.]<br />

19<br />

Já sobre as limitações do direito à Greve,<br />

nos serviços em que os enfermeiros<br />

não têm o dever legal de comparecer<br />

porque não funcionam 24h/dia, dando<br />

como exemplo, o serviço de técnicas de<br />

pneumologia, a administração respondeu<br />

que já deu indicação para só serem<br />

realizadas as técnicas com caráter de<br />

urgência. Garantiram ainda o reforço de<br />

policiamento que irá agora abranger as<br />

24h, perante a denúncia do SEP da falta<br />

de segurança nos turnos da noite no<br />

Sub Mem Martins. Finalmente sobre o<br />

atraso das avaliações do desempenho<br />

em 6 serviços do HFF, segundo a administração,<br />

deveu-se a um problema<br />

informático que será resolvido este mês.<br />

O SEP reforçou a importância de a médio<br />

prazo o sistema de avaliação convergir<br />

com as restantes EPE, no âmbito<br />

da validação de competências para uma<br />

futura progressão na carreira.

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