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E-REVISTA N.º 31

Revista electrónica do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, Nº 31

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Sindicato<br />

dos Enfermeiros<br />

Portugueses<br />

n˚<strong>31</strong> - Dezembro 2015<br />

INFO<br />

1<br />

SEP, a força que transforma!<br />

Reforço da ação sindical com os novos Corpos Gerentes


ÍNDICE<br />

Novo ano - Confiança para exigir um futuro melhor............................................................3<br />

SEP, foi a votos.......................................................................................................................4<br />

Sr. Ministro, para quando a reposição do valor integral<br />

das horas penosas e das 35h? .............................................................................................6<br />

Privado<br />

Suspensa a devolução à Misericórdia...................................................................................7<br />

Algarve<br />

Falta de recursos leva à dificuldade de gozar direitos.........................................................9<br />

ARS Norte<br />

1.201€ para os Enfermeiros em mobilidade, em janeiro................................................... 11<br />

Lisboa<br />

Carência crónica de Enfermeiros aumenta as irregularidades......................................... 13<br />

Aos enfermeiros não interessam as PPP da Saúde.......................................................... 15<br />

Minho<br />

Prepotência até na imposição da ilegalidade.................................................................... 17<br />

Beira Alta<br />

Ação imediata na defesa do Caderno Reivindicativo.........................................................19<br />

Ficha técnica<br />

E-revista: SEP-Info • Edição: SEP, Sindicato dos Enfermeiros Portugueses • email: sede@sep.pt • Tel: 213 920 350 • Fax: 213 968 202 • Morada: Av. 24 de Julho, 132,<br />

1350-346 Lisboa, Portugal • Diretor: José Carlos Martins • Coordenadora Técnica: Guadalupe Simões • Secretariado de Redação: Dora Galvão e Fernando Gama •<br />

Lay-out/Paginação: Formiga Amarela - Oficina de Textos e Ideias, Lda. • Web: Webisart • Dezembro 2015


atual<br />

Novo Ano, novo Governo, novos Corpos Gerentes<br />

CONFIANÇA PARA EXIGIR<br />

UM FUTURO MELHOR<br />

2016 tem de ser um ano de exigência no sentido de reaver o que nos foi retirado e<br />

conquistar as diferentes e justas reivindicações insertas no caderno reivindicativo,<br />

entregue em Maio passado.<br />

Após as eleições de 4 de Outubro,<br />

os últimos 3 meses foram vividos<br />

com especial expectativa.<br />

Pela primeira vez, em 40 anos<br />

de democracia, o partido mais votado nas<br />

eleições não conseguiu fazer passar o seu<br />

programa de governo. Pela primeira vez em<br />

40 anos, os partidos de esquerda materializam,<br />

num acordo parlamentar, a expressão<br />

dada nas urnas pelos portugueses.<br />

Esta situação nova, depois de 4 anos de<br />

profunda austeridade que determinou a<br />

diminuição do rendimento dos enfermeiros<br />

gerou uma onda de esperança e de confiança<br />

que todos queremos se concretize,<br />

no também novo ano que se aproxima.<br />

2016, tem de ser isso mesmo! Um ano de<br />

exigência no sentido de reaver o que nos foi<br />

retirado e conquistar as diferentes e justas<br />

[ Unidos no SEP, com a nova<br />

maioria parlamentar e com a<br />

confiança renovada, vamos<br />

conseguir a valorização<br />

profissional que perseguimos.]<br />

reivindicações insertas no caderno reivindicativo,<br />

entregue em Maio passado.<br />

E, apesar do ambiente mais favorável, não<br />

tenhamos dúvidas que teremos de continuar<br />

a lutar por aqueles objectivos, nomeadamente,<br />

35 horas independentemente do vínculo,<br />

valorização salarial, progressão na carreira,<br />

valorização dos enfermeiros especialistas e<br />

das funções de chefia, etc.<br />

Com a confiança renovada na exigência de<br />

um futuro melhor, unidos no SEP, somos uma<br />

força transformadora!<br />

3


Prossegue, implacável, o ataque aos direitos dos trabalhadores<br />

Capa<br />

SEP FOI A VOTOS<br />

No dia 27 de novembro, o SEP foi a votos para<br />

eleger os Corpos Gerentes para o mandato, 2015 -<br />

2019. A Tomada de Posse foi a 17 de dezembro.<br />

Ganhadora das eleições, a Lista A assume-se<br />

como de continuidade. José<br />

Carlos Martins, o rosto do Sindicato dos<br />

Enfermeiros Portugueses desde que em<br />

1996 foi eleito Coordenador, continuará a sê-lo<br />

naquele que é considerado o sindicato mais forte<br />

do sector da saúde.<br />

Esta liderança é assumida por muitos dirigentes<br />

do SEP como a “única capaz de continuar a<br />

congregar as várias sensibilidades que naturalmente<br />

existem em organizações como estas ”. E,<br />

relembram que com o Coordenador (Presidente<br />

depois da ultima alteração estatutária) o SEP fez<br />

três revisões da carreira de enfermagem (1998,<br />

1999 e 2009). “Une-nos o objectivo de continuar<br />

a lutar pela enfermagem”.<br />

Os últimos 4 anos foram de resistência ao feroz<br />

ataque aos direitos e à dignidade dos enfermeiros<br />

promovido pelo governo do PSD e CDS mas<br />

“estamos confiantes que alterações podem vir a<br />

acontecer face ao novo quadro politico” afirmava<br />

José Carlos Martins no discurso da tomada<br />

de posse. “Para isso temos que funcionar como<br />

uma equipa coesa e ajudar os colegas a congregarem-se<br />

em torno das reivindicações do SEP”.


“Para o conseguirmos temos que estar cada<br />

vez mais próximos dos enfermeiros nos locais<br />

de trabalho. Não é fácil. Os sucessivos governos<br />

criaram todas as condições para dividir a<br />

classe ,e exemplo disso, foi a introdução dos<br />

contratos individuais de trabalho nos hospitais<br />

públicos com condições diferentes entre estes<br />

e os Contratos de Trabalho em Funções Pública,<br />

os incentivos apenas para as Unidades<br />

de Saúde Familiar modelo B, as condições de<br />

prestação nestas unidades comparativamente<br />

a todas as outras e, depois, as diferenças<br />

salariais entre a profissão de enfermagem e<br />

outras.”<br />

Das linhas programáticas com que se apresentaram<br />

a eleições destaca-se a revalorização<br />

salarial materializada numa proposta de<br />

nova carreira entregue em Maio passado no<br />

Ministério da Saúde; a valorização dos enfermeiros<br />

especialistas pela mais valia que introduzem<br />

na cadeia de prestação de cuidados e<br />

que hoje já pode ser mensurável quer a nível<br />

hospitalar e/ou na comunidade; a valorização<br />

[ As 35h para todos os enfermeiros<br />

está à cabeça de todas as exigências.<br />

. Manter a situação actual, 40 horas, é<br />

continuar a não cuidar de quem cuida.]<br />

salarial das categorias subsistentes (enfermeiros<br />

chefes e supervisores); alteração dos factores<br />

para aposentação, etc. Mas, à cabeça de<br />

todas as reivindicações e a aquela que SEP e<br />

enfermeiros mais exigem são as 35 horas para<br />

todos, independentemente, do vínculo. “O anterior<br />

governo provocou com a imposição das<br />

40 horas, um verdadeiro caos nas instituições<br />

porque não quis perceber as especificidades<br />

do trabalho por turnos e relevou a penosidade<br />

da profissão. Manter a actual situação, as 40<br />

horas, significa continuar não cuidar de quem<br />

cuida e isso tem consequências”.<br />

Para o próximo ano, os enfermeiros vão continuar<br />

a lutar por aqueles objectivos.<br />

(http://www.sep.org.pt/index.php/sindicato/accao-sindical/6362-eleicoes-do-sep-quadrienio-2015-2019-apuramento-de-resultados-eleitorais.)<br />

5


em foco<br />

José Carlos Martins ao “Correio da Saúde”<br />

“Sr. Ministro, para quando a<br />

reposição do valor integral<br />

das horas penosas e das 35h?”<br />

N<br />

sua habitual participação na rubrica “Correio<br />

da Saúde”, do jornal diário “Correio da<br />

Manhã, o Presidente do SEP, José Carlos<br />

Martins, refere que os dados do Ministério da<br />

Saúde confirmam que a maioria das enfermeiras, em<br />

fase de constituir família, trabalham por turnos, fazem<br />

mais de 40 horas semana, em muitos locais não chegam<br />

a ter as duas folgas semanais. Na generalidade e<br />

em cada 4 semanas, fazem 8 a 10 tardes, 6 a 8 noites,<br />

trabalham fins de semana e feriados.<br />

Segundo José Carlos Martins, “a degradação das<br />

condições de trabalho potenciou a emigração, o aumento<br />

em 14% do absentismo, os horários sem turnos<br />

não esquecendo”, afirma, “o corte de 50% do valor das<br />

horas penosas que era para vigorar enquanto existisse<br />

troika, que já saiu ”.<br />

No final a pergunta que também é a de 40 mil enfermeiros:<br />

“Sr. Ministro, para quando a reposição do<br />

valor integral das horas penosas e das 35h?”<br />

(http://www.sep.org.pt/files/2015/12/101215JCM.pdf)


Privado<br />

Hospitais de Santo Tirso e São João da Madeira<br />

Suspensa a devolução<br />

à Misericórdia<br />

O SEP acusa o anterior<br />

Governo de apressar<br />

decisões quando já<br />

não tinha legitimidade<br />

para as fazer e cujas<br />

consequências são,<br />

nomeadamente,<br />

retirarem aos<br />

enfermeiros a CIT a<br />

possibilidade de terem<br />

uma carreira e de se<br />

desenvolverem nela.<br />

Esta suspensão é fundamental para o Sindicato<br />

reunir com o Ministério da Saúde e exigir a<br />

revisão das cláusulas do contrato estabelecido<br />

entre Governo e Misericórdias.<br />

O<br />

governo a prazo de Pedro Passos<br />

Coelho não se inibiu de<br />

tomar algumas decisões. Uma<br />

delas foi a devolução de mais<br />

dois hospitais públicos à Misericórdia, no<br />

caso, os hospitais de Santo Tirso e de São<br />

João da Madeira.<br />

Segundo o SEP, e apesar de ser conhecida<br />

a apetência do governo anterior pelo chamado<br />

terceiro sector, estas nunca deveriam<br />

ter acontecido. Aquela estrutura sindical<br />

acusa o anterior governo de apressar<br />

estas devoluções num quadro em que não<br />

tinha legitimidade para o fazer. E, como se<br />

não bastasse, os acordos estabelecidos<br />

para estas devoluções foram diferentes<br />

das anteriores porque criou uma nova<br />

regra para os trabalhadores em Contrato<br />

Individual de Trabalho impondo a passagem<br />

definitiva para os mapas da empresa.<br />

7


Privado<br />

[ Estas devoluções foram diferentes das anteriores<br />

porque criou uma nova regra para os trabalhadores em<br />

Contrato Individual de Trabalho impondo a passagem<br />

definitiva para os mapas da empresa.]<br />

“O SEP rejeita estas devoluções e, nestes<br />

casos concretos, é inadmissível que esteja<br />

a ser sonegado a estes enfermeiros a<br />

possibilidade de terem uma carreira e de<br />

se desenvolverem nela” Segundo o SEP, os<br />

enfermeiros a CIT numa EPE têm uma carreira<br />

que se lhes aplica e, a pouco e pouco,<br />

têm vindo a conseguir a harmonização<br />

que entendem sempre deveria ter existido.<br />

“Desta forma, isso acabou”, acusam.<br />

Para impedir o processo enviaram uma<br />

carta ao Ministro da Saúde e pediram uma<br />

reunião à ARS Norte que comunicou que o<br />

processo terá sido suspenso porque o Ministério<br />

da Saúde solicitou o visto prévio<br />

do Tribunal de Contas.<br />

“Esta suspensão é fundamental porque<br />

nos dá tempo para reunir com o Ministro<br />

da Saúde”.<br />

http://www.sep.org.pt/files/2015/12/141215santotirso.pdf)


egiões<br />

Comissão Parlamentar de Saúde no Algarve<br />

Falta de recursos leva à<br />

dificuldade de gozar direitos<br />

Espiral de exaustão, escandalosa<br />

carência de profissionais, excesso<br />

de horas e serviços carenciados são<br />

realidades no Algarve.<br />

Durante a visita da<br />

Comissão Parlamentar<br />

da Saúde, os enfermeiros<br />

fizeram uma concentração<br />

à porta do Hospital do<br />

Barlavento , e entregaram<br />

um abaixo-assinado a<br />

exigir as 35 horas para<br />

todos os enfermeiros.<br />

Pedro Nunes , Presidente<br />

do C.A., assumiu o<br />

compromisso de colocar a<br />

reivindicação ao Ministro<br />

da Saúde.<br />

No âmbito da visita da Comissão Parlamentar<br />

da Saúde ao Algarve (15 de Dezembro)<br />

concretizou-se uma reunião com todas as<br />

organizações representativas dos profissionais,<br />

entre elas o SEP que aproveitou para entregar<br />

um documento com as suas maiores preocupações e<br />

reivindicações.<br />

A conseqüência da falta de enfermeiros na região<br />

também tem repercussões na diminuição da<br />

acessibilidade dos doentes e utentes aos cuidados de<br />

saúde e coloca em causa a segurança de uns e outros.<br />

Afirmam, continuar a existir serviços com apenas<br />

1 enfermeiro/turno que conjugado com a espiral de<br />

exaustão determina menor disponibilidade física e<br />

mental para estar próximo dos doentes e famílias.<br />

9


egiões<br />

[Alteração unilateral da forma de pagamento<br />

do regime da prevenção foi a mais recente<br />

ilegalidade promovida pelo CHA.]<br />

Nos ACES (ARS) o problema não é diferente<br />

e abrange todas as unidades funcionais<br />

com situações bastante graves como é<br />

o caso da UCSP de Portimão onde não<br />

se convocam crianças para os exames<br />

globais de saúde dos 5/6 anos e 11/12<br />

anos e não são chamados os diabéticos<br />

para vigilância. É impensável que para<br />

efectuarem as visitas domiciliárias os<br />

profissionais tenham que utilizar as suas<br />

viaturas e pagarem o combustível.<br />

O SEP referia ainda no documento<br />

entregue, a importância de manter na<br />

esfera pública o Centro de Medicina<br />

Física e Reabilitação, exigindo que seja a<br />

Administração a garantir as condições de<br />

excelência para o seu funcionamento..<br />

A exigência das 35 horas para todos os<br />

enfermeiros algarvios, a falta de serviço<br />

de saúde ocupacional e a mais recente<br />

alteração da forma de pagamento do<br />

regime de prevenção promovido de forma<br />

unilateral pelo Centro Hospitalar foram<br />

outras matérias que se podiam ler no<br />

documento.<br />

http://www.sep.org.pt/files/2015/12/181215faro_comissaosaude.pdf


ARS Norte<br />

1.201€ para os Enfermeiros<br />

em Mobilidade, em Janeiro<br />

A ARS Norte vai corrigir a discriminação que são alvo os Enfermeiros em mobilidade<br />

aplicando-lhes o salário de 1.201€, a partir de janeiro.<br />

Segundo fonte sindical, a ARS Norte assumiu que iriam<br />

pagar em Janeiro porque quando receberam a orientação<br />

já haviam sido processados os vencimentos de Dezembro.<br />

SEP aproveitou a reunião com a ARS Norte a propósito da<br />

devolução de hospitais à Misericórdia para colocar outras questões.<br />

Uma delas prende-se com a aplicação do acordo que prevê que<br />

todos os enfermeiros tenham como vencimento base os 1201€.<br />

De acordo com aquela estrutura sindical, a ARS Norte ainda não<br />

harmonizou o salário dos enfermeiros que estão em mobilidade<br />

especial, colocando-os numa posição de discriminação, comparativamente<br />

aos restantes. “É inadmissível, afirma o SEP, tanto<br />

mais que estes colegas, alguns deles que foram de hospitais EPE,<br />

tinham 40 horas de trabalho naquelas instituições. Outros recebiam<br />

incentivos. Quando vieram em mobilidade para a ARS Norte<br />

mantiveram as 40 horas mas retiraram os incentivos”. Segundo o<br />

SEP, questionada a ARS Norte das razões pelas quais estes enfermeiros<br />

mantiveram as 40 horas e retiraram os incentivos, é dito<br />

que a estes passou a aplicar-se o regime do Contrato de Trabalho<br />

em Funções Públicas. Contudo, e quando os CTFP ainda tinham<br />

as 35 horas, não se lhes aplicou esta regra apesar da agilidade em<br />

não manter os incentivos. “Agora tardam em fazer a harmonização<br />

salarial”.<br />

11


egiões<br />

[ Quanto aos enfermeiros a Recibo Verde dos SICAD<br />

e resultante da mesma reunião, a ARS Norte informou<br />

que pediram escusa da regra que dá prioridade aos<br />

concorrentes que já tenham um vinculo público.]<br />

Concurso de 2013<br />

Segundo informações recolhidas pelo SEP<br />

nesta reunião, já foi pedida autorização<br />

ao Ministério das Finanças para dar<br />

continuidade ao concurso. Assim que essa<br />

autorização se concretize começarão a<br />

chamar os enfermeiros, de acordo com a<br />

lista de classificação final<br />

Quanto aos enfermeiros a Recibo Verde dos<br />

SICAD e resultante da mesma reunião, a<br />

ARS Norte informou que pediram escusa da<br />

regra que dá prioridade aos concorrentes<br />

que já tenham um vinculo público. Este<br />

pedido de escusa não é novidade e já<br />

foi feita por outras ARS e hospitais do<br />

Sector Público Administrativo. Segundo<br />

o SEP, esta medida é imprescindível e de<br />

elementar justiça para tornar possível a<br />

regularização dos vínculos precários.


Dotações seguras, salvam vidas!<br />

CH de Lisboa Central<br />

Carência crónica de Enfermeiros aumenta as irregularidades<br />

A<br />

crónica carência de enfermeiros nesta<br />

instituição agravou-se com a saída de<br />

mais de 100 profissionais para os Cuidados<br />

de Saúde Primários., segundo o<br />

SEP.<br />

Outro problema é a média elevada de enfermeiros<br />

justificadamente ausentes, dos serviços decorrente<br />

de aposentações, baixas , licenças, etc.<br />

Estes vários factores, segundo o sindicato,<br />

determinam a existência de várias e profundas<br />

irregularidades na elaboração dos horários,<br />

nomeadamente horas extraordinárias programadas,<br />

16 horas de trabalho consecutivo, horas<br />

A falta de enfermeiros nos serviços do CH de Lisboa<br />

agravou a elaboração dos horários e o gozo dos direitos.<br />

acumuladas, feriados por gozar, etc.<br />

Também nesta instituição, afirma o SEP e à semelhança<br />

de outras “estamos disponíveis para<br />

elaborar um regulamento de horários”.<br />

Outra questão que esteve em cima da mesa,<br />

adianta fonte sindical, foi a revogação parcial<br />

do uso da flexibilidade de horário para apoio a<br />

filhos menores que, de acordo com o CA foi feito<br />

com o conhecimento da CITE, mas que o SEP<br />

não concorda.<br />

Finalmente e sobre a harmonização salarial o<br />

CA afirmou ir fazê-la agora que o acordo foi<br />

publicado em BTE.<br />

13<br />

http://www.sep.org.pt/files/2015/12/0<strong>31</strong>215LISBOA_chlc.pdf<br />

[ As irregularidades na elaboração<br />

de horários é a prática corrente num<br />

quadro de carência de profissionais,<br />

de excesso de horas acumuladas de<br />

trabalho, feriados por gozar e uma<br />

vida familiar e social desregulada.].


egiões<br />

PPP Hospital de Cascais - Dr. José de Almeida<br />

Aos enfermeiros não interessam<br />

as Parcerias Público Privadas da Saúde<br />

A opção do Governo de Durão Barroso em<br />

criar parcerias público privadas resultou numa<br />

forma, mais uma, de desregular o trabalho<br />

Sobre a harmonização<br />

salarial ficou o<br />

compromisso da<br />

entidade gestora de<br />

encontrar soluções<br />

durante o primeiro<br />

trimestre de 2016 assim<br />

como o regularizar os<br />

mais de 50 enfermeiros<br />

que ali estão contratados<br />

a recibo verde. .<br />

De acordo com a lei, este modelo de<br />

gestão privada é uma modalidade do<br />

sector administrativo, razão pela qual ,<br />

segundo o SEP aos enfermeiros que ali<br />

exercem funções se aplica a Carreira de Enfermagem<br />

(DL 248 e 247/2009). Aquela estrutura<br />

sindical defende que sendo um hospital que<br />

pertence à rede pública de hospitais e apesar do<br />

modelo diferente nada impede que a entidade<br />

gestora decida, por exemplo, harmonizar o salário<br />

dos enfermeiros a CIT nos 1201 e a forma<br />

de pagamento das horas de qualidade e extraordinárias.<br />

Aliás, afirmam, as leis do orçamento<br />

de 2014 e 2015 determinam que o pagamento<br />

daquelas horas se proceda de forma igual ao<br />

abrigo do Decreto Lei 62/79 para TODOS OS<br />

PROFISSIONAIS DE SAÚDE, não fazendo qualquer<br />

referência ao tipo de vínculo.


[Entidade Gestora fundamenta<br />

não actualização salarial<br />

com os bens alimentares,<br />

vulgo, cabazes oferecidos<br />

mensalmente aos enfermeiros.]<br />

15<br />

Os enfermeiros materializaram esta exigência<br />

na forma de uma abaixo-assinado<br />

que, por não ter tido resposta, os dirigentes<br />

decidiram remeter para pronunciamento da<br />

tutela. Sobre a harmonização salarial ficou<br />

o compromisso da entidade gestora de encontrar<br />

soluções durante o primeiro trimestre<br />

de 2016 assim como regularizar os mais<br />

de 50 enfermeiros que ali estão contratados<br />

a recibo verde. Sobre a organização do<br />

tempo de trabalho e os horários de 12 horas<br />

ainda que escudando-se que foram os<br />

enfermeiros que pediram, não vão autorizar<br />

porque reconhecem serem ilegais.<br />

http://www.sep.org.pt/files/2015/12/101215hcascais_A3.pdf


egiões<br />

PPP Escala Braga - Grupo José de Mello Saúde<br />

Prepotência até na<br />

imposição da ilegalidade<br />

A opção política por estes tipo de parcerias<br />

na área da saúde colide com vários direitos<br />

dos cidadãos e dos profissionais.<br />

Os enfermeiros fazem<br />

turnos de 12 e mais<br />

horas, os horários<br />

são constantemente<br />

alterados em função<br />

das necessidades dos<br />

serviços determinando<br />

que enfermeiros tenham<br />

horas a mais ou a menos<br />

numa adpatabilidade<br />

individual que é ilegal.<br />

Segundo o SEP, existe uma tentativa de desresponsabilização<br />

da entidade gestora da PPP face aos<br />

vários constrangimentos decorrentes do modelo<br />

de gestão. “Mas, em ultima análise têm sido os<br />

sucessivos governos e ministros da saúde os principais<br />

responsáveis” afirmam. Na verdade a opção política por<br />

estes tipo de parcerias na área da saúde colide com vários<br />

direitos dos cidadãos e dos profissionais.<br />

Um dos exemplos adiantados pelo SEP, é a Avaliação do<br />

Desempenho dos enfermeiros com Contrato de Trabalho<br />

em Funções Públicas. Esta avaliação e a consequente<br />

atribuição de menções qualitativas que lhes permitirá um<br />

desenvolvimento na carreira está colocado em causa porque<br />

todos os enfermeiros chefes optaram por um Contrato<br />

Individual de Trabalho. Esta avaliação do desempenho<br />

não se aplica aos enfermeiros com contrato individual de<br />

trabalho o que significa que aqueles enfermeiros chefes,<br />

agora coordenadores, que fizeram um contrato com o<br />

grupo Mello, não podem ser avaliadores. Conclui o SEP,


[Horas a mais ou a menos, em<br />

função das necessidades dos<br />

serviços é mais uma imposição<br />

ilegal aos enfermeiros do<br />

Escala Braga.]<br />

“inclusive poderá existir um conflito<br />

de interesses. Poderão os enfermeiros<br />

coordenadores atribuir a menção qualitativa<br />

mais elevada, o excelente, tendo<br />

em conta que isso terá um impacto na<br />

execução orçamental do grupo?” Sobre<br />

a harmonização salarial dos enfermeiros<br />

a CIT decorrente do acordo<br />

estabelecido entre Ministério da Saúde<br />

e SEP, o Escala Braga entende que não<br />

tem que o fazer precisamente porque<br />

os enfermeiros a CIT que ali exercem<br />

funções estabeleceram uma relação<br />

contratual exclusiva com o Grupo<br />

Mello. A mesma resposta relativamente<br />

à proposta de harmonização da forma<br />

de pagamento das horas penosas,<br />

feriados, fins-de-semana e extraordinárias.<br />

Curioso é, afirmam os dirigentes sindicais,<br />

que esta visão legalista relativamente<br />

às matérias acima descritas não<br />

se aplique à organização do tempo de<br />

trabalho. O código do trabalho estabelece<br />

a obrigatoriedade de turnos de<br />

8 horas/dia e 40 horas semanais. Os<br />

enfermeiros fazem turnos de 12 e mais<br />

horas, os horários são constantemente<br />

alterados em função das necessidades<br />

dos serviços determinando que<br />

enfermeiros tenham horas a mais ou a<br />

menos.<br />

17


egiões<br />

[A ferocidade exploradora<br />

da entidade gestora<br />

encontra na omissão das<br />

leis o terreno apropriado.]<br />

Esta adaptabilidade individual imposta unilateralmente<br />

é a demonstração da prepotência<br />

da entidade gestora que sobre esta matéria, e<br />

ainda que assumindo que é ilegal, nada faz.<br />

E que dizer dos 24 enfermeiros subcontratados<br />

que servem de “pau para toda a obra”. Esta desregulamentação<br />

só pode interessar à entidade<br />

gestora que se recusa a desenvolver um processo<br />

de contratação colectiva no hospital.<br />

Face a esta ferocidade exploradora que encontra<br />

na omissão das leis o terreno apropriado,<br />

o SEP irá fazer uma exposição detalhada ao<br />

Ministro da Saúde que assumiu iria reavaliar<br />

todos os contratos com as PPP, solicitar reunião<br />

à ARS Norte que tem a responsabilidade de<br />

acompanhar esta parceria e, ainda, solicitar aos<br />

grupos parlamentares que questionem o governo<br />

sobre as PPP, em concreto a Escala Braga.


DR Beira Alta<br />

Ação imediata na defesa do Caderno Reivindicativo do SEP<br />

Segundo o SEP - Beira Alta 35 horas para todos os enfermeiros e a existência de<br />

dotações seguras são problemas que, pelos constrangimentos na organização da<br />

vida pessoal dos enfermeiros, devem ter resolução imediata.<br />

As Horas de Qualidade e extraordináriasnão<br />

podem ser descuradas, afirmam<br />

os dirigentes sindicais. “Estes cortes<br />

dizia o governo, era só para acontecer<br />

durante o programa de ajuda financeira. O programa<br />

já acabou e afinal o problema mantémse”<br />

acusam e rematam“. Afinal Portugal não teve<br />

uma saída limpa ?<br />

Para os Dirigentes Sindicais, a valorização do<br />

trabalho dos enfermeiros e o respeito pela experiência<br />

profissional têm que ser uma prioridade<br />

até porque é cada vez mais insustentável a injustiça<br />

de existirem enfermeiros com 26 anos de<br />

serviço a ganhar o mesmo, ou quase, comparativamente<br />

aos que agora chegam à profissão. E<br />

rematam, “a valorização do SNS também passa<br />

pela valorização das carreiras profissionais.<br />

Segundo aquela fonte sindical é imprescindível<br />

que o Governo reinicie as reuniões de negociação<br />

do Caderno Reivindicativo.<br />

19<br />

(http://www.sep.org.pt/files/2015/12/021215DRBA_CADERNOREIVINDICATIV_2.pdf)


E NFE R ME<br />

INDIC ATO DOS<br />

S<br />

P OR TUGUE S E S<br />

IR OS

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