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Amoreiras - Permacultura para uma Aldeia

Este livro apresenta o primeiro Design de Permacultura alguma vez feito para uma aldeia histórica. É um plano geral que foi realizado para a Aldeia das Amoreiras que se localiza no concelho de Odemira, região do Alentejo, Portugal

Este livro apresenta o primeiro Design de Permacultura alguma vez feito para uma aldeia histórica. É um plano geral que foi realizado para a Aldeia das Amoreiras que se localiza no concelho de Odemira, região do Alentejo, Portugal

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O desafio é o de conseguir priorizar soluções integradas<br />

que sejam aplicáveis ao contexto do<br />

local, do tempo actual e das pessoas em causa,<br />

<strong>para</strong> atingir um futuro permanente, resiliente e<br />

com o mínimo de manutenção.<br />

RECOMENDAÇÕES<br />

A PARTIR DO ESTUDO<br />

DA PAISAGEM<br />

Em “Três paisagens e <strong>uma</strong> freguesia – O caso de<br />

estudo de São Martinho das <strong>Amoreiras</strong>”, o autor<br />

disserta sobre como deverá ser feita a gestão<br />

territorial da freguesia de São Martinho das<br />

<strong>Amoreiras</strong>, <strong>uma</strong> vez que na área da freguesia<br />

existe <strong>uma</strong> variedade de usos do solo diferentes,<br />

de recursos diferentes e de necessidades<br />

diferentes associada à habitação e trabalho<br />

em paisagens diferentes dentro de <strong>uma</strong> mesma<br />

unidade de gestão 1 , a freguesia:<br />

“Assumindo as limitações e competências que<br />

são atribuídas às freguesias sobre este domínio,<br />

caberá à freguesia de São Martinho das<br />

<strong>Amoreiras</strong> constituir-se como um espaço<br />

aberto de comunicação<br />

com a comunidade local sobre gestão das<br />

suas paisagens, permitindo a acomodação das<br />

diferentes formas de estar que se encontram<br />

no seio desta divisão administrativa devido à<br />

presença de três tipos de paisagens diferentes,<br />

paisagens naturais e culturais com motivações<br />

diferentes.”<br />

As recomendações <strong>para</strong> a gestão do território e o<br />

Plano Sectorial da Rede Natural 2000 8 enquadrado<br />

nos habitats de Floresta de Sobreiros e Montados<br />

de Quercus spp., presentes na área em estudo,<br />

apontam no mesmo sentido. Ambos recomendam<br />

a preservação e valorização dos habitats<br />

naturais sempre que eles se revistam de um valor<br />

específico resultante de um equilíbrio ecológico<br />

com diversidade vegetal e animal, prestando<br />

importantes serviços ecológicos ao território.<br />

Outras acções recomendadas por estes planos<br />

são a gestão cuidada das zonas ripícolas, das<br />

cumeadas dos montes e das zonas com declives<br />

acentuados. Nestas áreas em particular, bem<br />

como em todo o território em geral, deve ser<br />

dada atenção aos importantes serviços de protecção<br />

e produção prestados pelas florestas.<br />

Deve ser valorizada a protecção oferecida pela<br />

floresta pelo combate à erosão do solos através<br />

da regeneração da floresta com espécies autóctones<br />

reduzindo até um máximo de 15% a quantidade<br />

de espécies exógenas como o eucalipto.<br />

Deve ser valorizado e promovido o crescimento<br />

do sub-bosque associado às florestas de sobreiros<br />

e aos montados como forma de melhoramento<br />

e protecção dos solos e simultaneamente como<br />

forma de maximizar a função produtiva da floresta.<br />

De facto , é através do aproveitamento<br />

multifuncional da floresta que se tornará possível<br />

sobreviver nesta região de solos erodidos e<br />

esquelécticos, conseguindo assim valores<br />

acrescentados através da sua exploração <strong>para</strong><br />

madeira, biomassa, aguardente de medronho,<br />

pastagens, turismo, educação e ciência, recreação,<br />

produção de água, agricultura, protecção<br />

ao fogo, entre outros. A <strong>Aldeia</strong> das <strong>Amoreiras</strong>, os<br />

montes e o seu território envolta situa-se nesta<br />

freguesia nesta fronteira entre estas três paisagens,<br />

encontrando-se estes tipos e usos solo,<br />

relevo, etc. descritos acima e como tal as recomendações<br />

feitas por D’Abreu (et al) devem ser<br />

tomadas em atenção com a mesma relevância.<br />

DIAGNÓSTICO 38

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