E-REVISTA N.º 29

Revista electrónica do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, Nº 29 Revista electrónica do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, Nº 29

Sindicato<br />

dos Enfermeiros<br />

Portugueses<br />

n˚<strong>29</strong> - outubro/15<br />

INFO<br />

1<br />

Precariedade atingiu<br />

novo governo da<br />

coligação.


Índice<br />

Governo a prazo, sim ou não… .............................................................................................3<br />

Eleições no SEP a 27 de novembro<br />

Votar é intervir para reforçar ................................................................................................6<br />

capa<br />

Governo a prazo,<br />

sim ou não…<br />

2 3<br />

Ficha técnica<br />

Quem não cumpre harmonização salarial vai ter que cumprir .........................................8<br />

ULSAM<br />

Compromissos assumidos são mesmo para ser cumpridos ..........................................10<br />

IPST<br />

Reúne-se e nada acontece ................................................................................................14<br />

Hospital de Santarém<br />

Rotatividade de enfermeiros é um problema. ...................................................................16<br />

Hospital de Anadia<br />

SEP exige a Implementação da Direção de Enfermagem ................................................18<br />

ARS Lisboa e Vale do Tejo<br />

Problema de Saúde Pública com a<br />

desresponsabilização na recolha de resíduos contaminados. ...................................... 20<br />

Faro<br />

Escala de Evacuações da Urgência de Faro em Risco de Acabar .................................. 22<br />

E-revista: SEP-Info • Edição: SEP, Sindicato dos Enfermeiros Portugueses • email: sede@sep.pt • Tel: 213 920 350 • Fax: 213 968 202 • Morada: Av. 24 de Julho, 132,<br />

1350-346 Lisboa, Portugal • Diretor: José Carlos Martins • Coordenadora Técnica: Guadalupe Simões • Secretariado de Redação: Dora Galvão e Fernando Gama •<br />

Lay-out/Paginação: Formiga Amarela - Oficina de Textos e Ideias, Lda. • Web: Webisart • outubro 2015<br />

Cavaco Silva não foi o presidente de todos os portugueses. Uma<br />

vez mais. A sua intervenção, indigitando Passos Coelho para<br />

primeiro-ministro, foi uma vergonha para a democracia. Cavaco<br />

Silva confundiu a sua opinião pessoal com os seus deveres<br />

enquanto presidente. Afirmar a tradição como lei em democracia,<br />

ignorar a vontade de um milhão de portugueses que votaram nos<br />

partidos que ele acha não poderem governar, apesar de terem<br />

representação parlamentar, é um mau serviço prestado a Portugal.<br />

Cavaco Silva demonstrou mais uma<br />

vez não estar à altura das necessidades<br />

do país.<br />

Em 10 anos, podem-se contar pelos<br />

dedos das mãos as vezes que este Presidente<br />

da República foi o “Presidente de todos os<br />

Portugueses”. Foi o presidente de si próprio<br />

quando se queixou dos cortes que a sua pensão<br />

tinha sofrido, foi-o talvez quando vendeu<br />

ações do BPN a preço acima do mercado<br />

(pelo menos não se livra da controvérsia),<br />

foi-o quando não impediu o governo de adotar<br />

medidas inconstitucionais e foi-o agora<br />

quando deu o dito por não dito e indigitou a<br />

coligação mais votada para formar governo<br />

sem qualquer garantia de estabilidade. E para<br />

aqueles que o acima referido não chegue,<br />

não esqueçamos o discurso de Cavaco Silva


quando anunciou a sua decisão de<br />

indigitar Pedro Passos Coelho para<br />

formar governo, demonstrando a sua<br />

aversão ao sistema democrático do<br />

qual fazem parte todos os partidos<br />

políticos, incluindo os de esquerda.<br />

Cavaco Silva nunca foi o Presidente<br />

de todos os portugueses tal como<br />

não o tinha sido enquanto primeiro-<br />

-ministro.<br />

Mais, Cavaco Silva, tendo em conta<br />

a sua decisão e as suas palavras,<br />

pretende coagir o maior partido da<br />

oposição a aceitar e aprovar o programa<br />

de governo e, posteriormente,<br />

o orçamento de Estado para 2016.<br />

Cavaco Silva, o tal que “nunca se<br />

engana” não contou com uma esquerda<br />

pela primeira vez mobilizada<br />

e empenhada em convergir no<br />

essencial e disponível para fazer<br />

governo. As várias circunstâncias<br />

assim o obrigam, nomeadamente, a<br />

situação interna e externa. Importa<br />

não esquecer que esta já era a vontade<br />

do povo há muito, por diversas<br />

vezes demonstrada nas urnas, mas<br />

nunca consequenciada. Seja pela<br />

mudança dos lideres ou das tendências<br />

internas dos diferentes partidos,<br />

a verdade é que podemos estar a um<br />

passo de ter um governo de aliança<br />

entre todas as esquerdas. E, seguramente,<br />

há denominadores comuns<br />

que permitirão fazer o caminho na<br />

defesa dos cidadãos, com politicas<br />

que salvaguardem o património que<br />

foi sendo construído desde o 25 de<br />

Abril.<br />

4 5<br />

Leal da Costa, Ministro<br />

da Saúde<br />

Neste ainda governo (por pouco<br />

tempo, segundo tudo indica) foi<br />

anunciado por Pedro Passos Coelho<br />

que Leal da Costa seria o Ministro<br />

da Saúde. Será um pouco demais<br />

apelidar o agora ministro da saúde<br />

como um dos carrascos do SNS e<br />

[ Podemos estar a um passo de ter<br />

um governo de aliança entre todas<br />

as esquerdas. E, seguramente,<br />

há denominadores comuns que<br />

permitirão fazer o caminho na defesa<br />

dos cidadãos, com politicas que<br />

salvaguardem o património que foi<br />

sendo construído desde o 25 de Abril.]<br />

dos cuidados de saúde primários, no<br />

anterior governo e enquanto secretário<br />

de estado da saúde. Com ele, a prioridade<br />

não foi os Cuidados de Saúde<br />

Primários e a reforma que estava em<br />

curso. Com ele a reforma foi desmantelar<br />

equipas pluridisciplinares, aprovar<br />

mega agrupamentos de centros de<br />

saúde, encerrar unidades de cuidados<br />

na comunidade e/ou reduzir equipas,<br />

avançar para a municipalização dos<br />

cuidados de saúde possibilitando que<br />

os municípios criem unidades de cuidados<br />

na comunidade. Tudo isto se<br />

foi fazendo mentindo de forma descarada<br />

aos parceiros que, quando o<br />

questionavam, afirmava “nada está a<br />

ser discutido”. Por causa dele, mas não<br />

só, o diploma do enfermeiro de família<br />

ficou aquém do que os profissionais e o<br />

SNS exigiam e a polémica em torno dos<br />

Técnicos de Ambulância e Emergência<br />

aconteceu. Ainda da responsabilidade<br />

de Leal da Costa, é preciso não esquecer,<br />

é o aumento da lista de doentes<br />

dos médicos com tentativas em várias<br />

unidades para que se aplique também<br />

aos enfermeiros. Igualmente, a medida<br />

“a cada criança um médico de família”<br />

promovendo a “divisão” do núcleo que<br />

é a missão dos profissionais de saúde<br />

nas USF e UCSP.<br />

E porque quem já fez isto e tem este<br />

tipo de comportamento não para enquanto<br />

não destruir tudo. É bom que<br />

este governo caia no mais curto espaço<br />

de tempo!


atual<br />

Eleições no SEP a 27 de novembro<br />

Votar é intervir para reforçar<br />

SEP apela ao fortalecimento da sua organização<br />

e à capacidade da sua intervenção através da<br />

participação na eleição dos seus Dirigentes<br />

6 7<br />

VOTE<br />

vote<br />

[ Segundo o SEP, a democracia sindical<br />

concretiza-se no direito dos seus<br />

associados participarem na vida sindical,<br />

indispensável no momento atual de forte<br />

ataque aos seus direitos ]<br />

Vão decorrer a 27 de novembro, as eleições para<br />

os “Corpos Gerentes” que integram os dirigentes<br />

da Mesa da Assembleia Geral, do Conselho<br />

Fiscalizador, da Direção Nacional e das Direções<br />

Regionais nos Açores, Alentejo, Aveiro, Beira Alta, Castelo<br />

Branco, Coimbra, Faro, Leiria, Lisboa, Minho, Santarém,<br />

Setúbal, Porto e Trás-os-Montes do SEP para o quadriénio<br />

2015-2019.<br />

Segundo o SEP, a democracia sindical concretiza-se no<br />

direito dos seus associados participarem na vida sindical,<br />

indispensável no momento atual de forte ataque aos seus<br />

direitos, e votar é também exercer esse direito, fortale-<br />

cendo a organização e a sua capacidade de<br />

intervenção.<br />

A este desafio concorreu uma única lista<br />

para a Mesa da Assembleia Geral, Direção<br />

Nacional e Conselho Fiscal e também uma<br />

única lista para a sua Direção Regional que<br />

irão a sufrágio com a designação de Lista A.<br />

Esclarece o SEP, são eleitores, todos os sócios<br />

com quotas em dia, que exerçam a sua<br />

atividade nos distritos da sua região. O voto<br />

é secreto, podendo votar em urna na mesa<br />

de voto em que se encontram inscritos, dentro<br />

do horário de funcionamento. Poderão<br />

optar pelo voto por correspondência desde<br />

que expedido até à data da Assembleia Eleitoral<br />

– 27 de novembro.<br />

O apelo à participação e o modo de fazê-<br />

-lo será desenvolvido em carta enviada<br />

aos seus associados através da divulgação<br />

dos locais das mesas de voto e horário de<br />

funcionamento; Boletim de voto e envelope<br />

RSF (para os votos por correspondência);<br />

Composição da lista candidata e respetivo<br />

programa de ação.


atual<br />

CIT<br />

Quem não cumpre<br />

harmonização salarial<br />

vai ter que cumprir<br />

[ A harmonização salarial dos CIT continua a revelar alguns<br />

problemas em situações muito particulares, a que urge dar<br />

resposta. O SEP vai fazer o levantamento das situações em<br />

causa para as resolver ]<br />

Várias são as instituições que ainda não pagaram as<br />

remunerações resultantes do acordo de harmonização<br />

salarial dos CIT. Vão ter de fazê-lo, independentemente<br />

da publicação ou não no Boletim do Trabalho e<br />

Empresa.<br />

8 9<br />

Na reunião de 22 de outubro com o Ministério<br />

da Saúde foi analisado o cumprimento do<br />

acordo estabelecido relativo à harmonização<br />

salarial dos CIT. São várias as instituições que<br />

ainda não pagaram alegando que o referido acordo ainda<br />

não foi publicado em Boletim de Trabalho e Emprego.<br />

Segundo o SEP, o Ministério da Saúde assumiu que a<br />

sua orientação é para pagar independentemente da publicação.<br />

Ainda, de acordo com aquela estrutura sindical,<br />

foi assumido o compromisso de fazer o levantamento<br />

das instituições “faltosas” para remeter à tutela.<br />

Entretanto, várias têm sido as questões colocadas,<br />

decorrentes desta harmonização, nomeadamente,<br />

por parte dos enfermeiros em situação de mobilidade<br />

(cedência, comissão serviço) nas instituições<br />

do Setor Público Administrativo, principalmente,<br />

nos centros de saúde. Segundo o SEP esta situação<br />

também será reportada ao Ministério da<br />

Saúde. Quanto aos enfermeiros que recebiam<br />

incentivos e que agora tendo sido “harmonizados”<br />

deixaram de os receber, “as situações terão<br />

que ser analisadas caso a caso e os enfermeiros<br />

deverão recorrer ao sindicato com uma cópia do<br />

contrato” afirmam.


egiões<br />

ULSAM<br />

Compromissos<br />

assumidos são mesmo<br />

para ser cumpridos<br />

Resolvida situação dos enfermeiros subcontratados e<br />

desregulamentação de horários, eis realidades distintas a<br />

conflituar na ULSAM.<br />

10 11<br />

Depois de um período de alguma incerteza motivada em<br />

grande parte pelas informações contraditórias, fornecidas<br />

até por alguns responsáveis dentro da instituição, o<br />

SEP considera estar definitivamente resolvida a situação<br />

dos enfermeiros subcontratados pela ULSAM. Aquela estrutura<br />

sindical afirma, em resolução, que se trata da concretização de<br />

contrato a termo incerto para substituição de enfermeiros com<br />

ausências prolongadas. Essa era, também a expectativa destes<br />

colegas no momento em que aceitaram a subcontratação. A<br />

grande diferença é que em vez dos 780€ (salário base) passarão a<br />

auferir os 1201€.<br />

Ainda segundo aquela estrutura sindical, a contratação<br />

destes enfermeiros, nos termos acima<br />

referidos, não coloca em causa a contratação<br />

pela bolsa de recrutamento, para contrato por<br />

tempo indeterminado e de acordo com a respetiva<br />

seriação. Adianta ainda o SEP que, face<br />

aos últimos acontecimentos, o CA assumiu que<br />

serão contratados 53 enfermeiros por tempo<br />

indeterminado ao contrário dos 23 inicialmente<br />

previstos.<br />

Regulamento de Horários<br />

A consagração de regras é uma necessidade<br />

manifestada pela maioria dos enfermeiros da<br />

ULSAM. Segundo o SEP, os atropelos à lei têm<br />

sido demasiados: horas a mais sem qualquer<br />

[ Segundo o SEP, os atropelos à<br />

lei têm sido demasiados: horas a<br />

mais sem qualquer perspetiva de<br />

pagamento, horas a menos sem<br />

qualquer razão aparente, horários<br />

de 12, 7, 10 e 8h, dias de ausência<br />

contabilizados a 7 horas, ausência<br />

de regras de rotatividade, etc ]


A questão da desregulação<br />

dos horários assume<br />

particular importância para<br />

todos os trabalhadores<br />

e em particular para os<br />

enfermeiros que, pela<br />

natureza da profissão não<br />

devem, por questões de<br />

segurança exercer as suas<br />

funções em situação de<br />

esgotamento.<br />

12 13<br />

perspetiva de pagamento, horas a menos<br />

sem qualquer razão aparente, horários de<br />

12, 7, 10 e 8h, dias de ausência contabilizados<br />

a 7 horas, ausência de regras de rotatividade,<br />

etc. Esta situação ainda que possa<br />

beneficiar alguns enfermeiros, nomeadamente<br />

os que têm duplos empregos, beneficia<br />

em particular a instituição.<br />

Depois do regulamento de horários ter sido<br />

aprovado em reunião da direção de Enfermagem,<br />

várias questões têm sido colocadas<br />

e, segundo aquela estrutura sindical, muitas<br />

delas sem fundamento. É verdade, dizem os<br />

[ os problemas suscitados para manter os atuais horários<br />

prendem-se, diz o SEP, essencialmente com a organização<br />

das próprias unidades ]<br />

dirigentes sindicais, que o departamento de<br />

urgência que agrega a urgência de Viana,<br />

Ponte de Lima e a SUB de Monção, têm horários<br />

de 12 horas decididos e aferidos com<br />

as respetivas equipas que demonstraram<br />

algumas reticências em aplicar as novas regras.<br />

Quanto aos outros serviços, nomeadamente,<br />

consultas externas, cirurgia de ambulatório<br />

e bloco operatório, os problemas<br />

suscitados para manter os atuais horários<br />

prendem-se, diz o SEP, essencialmente com<br />

a organização das próprias unidades.<br />

Segundo o SEP, há uma ressalva relativamente<br />

ao Bloco Operatório porque o cumprimento<br />

imediato dos horários de 8h/dia<br />

determinará uma diminuição significativa da<br />

atividade programada. Neste contexto e tal<br />

como foi decidido na reunião da Direção de<br />

Enfermagem onde o SEP participou a convite<br />

da Enfermeira Diretora, a aplicação destas<br />

regras naqueles serviços será feita de forma<br />

gradual. Para isso espera-se, afirma o SEP,<br />

que todos sejam parte da solução e não da<br />

criação de mais problemas.


egiões<br />

IPST<br />

Reúne-se e nada<br />

acontece<br />

[ Na garantia de prestações de cuidados de saúde em segurança<br />

para os dadores e para os profissionais, em todas as equipas<br />

devem estar no mínimo dois enfermeiros. ]<br />

O SEP faz saber que a reunião concretizada a 17 de<br />

setembro com o Conselho Diretivo (CD) do Instituto<br />

Português do Sangue e Transplantação foi… um<br />

quase nada! De acordo com aquela estrutura sindical<br />

existem um conjunto de assuntos já discutidos em<br />

reuniões anteriores aos quais o CD continua sem dar<br />

resposta, nomeadamente, o pagamento do trabalho<br />

extraordinário em divida desde 2009.<br />

14 15<br />

O<br />

SEP afirma que a justificação para a não-solução do problema<br />

do pagamento das horas extraordinárias avançado pelo<br />

IPST – necessidade do aval da tutela – é falso já que em maio<br />

passado em reunião, o Ministério da Saúde garantiu que o IPST<br />

tinha autonomia gestionária para cumprir com os seus deveres perante<br />

dos enfermeiros. Outra das matérias analisada prende-se com as ajutas<br />

de custo e, segundo o SEP, também aqui é inadmissível o posicionamento<br />

do CD que pretende fazer “tábua rasa” da Carreira de Enfermagem<br />

em prol de uma circular (sem peso legislativo). Ainda outra polémica<br />

que envolve os enfermeiros e a sua estrutura representativa é a forma<br />

como são constituídas as equipas de<br />

colheitas. Segundo o SEP, na garantia<br />

de prestações de cuidados de saúde<br />

em segurança para os dadores e para<br />

os profissionais, em todas as equipas<br />

devem estar no mínimo dois enfermeiros.<br />

Esta exigência assume particular<br />

relevância em determinadas sessões<br />

de colheitas efetuadas em condições<br />

de maior exigência, nomeadamente,<br />

nas deslocações ao Algarve. “Com o<br />

calor e a alteração dos hábitos alimentares<br />

devido às férias aumenta a possibilidade<br />

de efeitos adversos durante<br />

as colheitas. Nestas circunstâncias,<br />

e porque normalmente existem colheitas<br />

a decorrer simultaneamente, é<br />

imprescindível a existência de mais do<br />

que apenas 1 enfermeiro” explica fonte<br />

sindical. Para sustentar esta posição,<br />

os enfermeiros do IPST solicitaram um<br />

parecer à Ordem dos Enfermeiros no<br />

sentido de serem estabelecidas dotações<br />

seguras também nesta área.<br />

Esse Parecer foi feito e enviado para os<br />

requerentes e para o Conselho Diretivo<br />

do IPST que alega não ter recebido.<br />

Concursos, Direção de Enfermagem/<br />

Avaliação do Desempenho, saúde<br />

ocupacional e regulamento de horários<br />

foram outras matérias discutidas e<br />

disponíveis em www.sep.org.pt<br />

Em conclusão, o SEP incentiva os<br />

enfermeiros do IPST a mobilizarem-<br />

-se no sentido de por cobro a este<br />

posicionamento reiterado do CD que<br />

sistematicamente alega “não temos<br />

aval da tutela”, “não conhecemos”, “não<br />

recebemos”, “estamos a fazer mas é<br />

moroso”, etc.


egiões<br />

Hospital de Santarém<br />

Rotatividade de<br />

enfermeiros é um problema.<br />

Após a greve de quase uma semana levada a cabo<br />

pelos enfermeiros em agosto de 2014 foi possível<br />

desbloquear as autorizações para admitir enfermeiros<br />

e o Conselho de Administração aceitou negociar um<br />

regulamento de horários<br />

16 17<br />

A<br />

prova de que algo vai mal na saúde, é o aumento da<br />

rotatividade de enfermeiros, um problema que só poderá<br />

ser resolvido com medidas efetivas de retenção,<br />

afirma o SEP. De facto, adianta, o número de saídas<br />

de profissionais para fora do país e para os cuidados de saúde<br />

primários, determina uma rotatividade nunca vista. Se a<br />

ida para fora de Portugal prende-se, essencialmente com as<br />

questões económicas e o reconhecimento do valor do trabalho<br />

já a opção pelos cuidados de saúde primários prende-se<br />

com a garantia de um horário compatível com<br />

as obrigações familiares, nomeadamente o<br />

acompanhamento dos filhos.<br />

O aumento do horário de trabalho para as 40<br />

horas, situação que o SEP afirma poder vir a<br />

ser reconvertida em função da nova composição<br />

da Assembleia da República, para os<br />

enfermeiros que trabalham por turnos significou<br />

a perda de 2 a 3 descansos no período de<br />

referência das 4 semanas. Para além disso e<br />

face à carência de enfermeiros o que se constata,<br />

afirma aquela estrutura sindical, é que os<br />

enfermeiros são obrigados a fazer mais do que<br />

o seu horário normal de trabalho, diminuindo<br />

ainda mais os períodos de descanso entre cada<br />

turno e o aumento do descontentamento pela<br />

“sensação (real) que passo a vida no hospital”.<br />

Para minimizar estes problemas o Conselho<br />

de Administração aceitou negociar um regulamento<br />

de horários.<br />

O aumento do horário de<br />

trabalho para as 40 horas,<br />

situação que o SEP afirma<br />

poder vir a ser reconvertida<br />

em função da nova<br />

composição da Assembleia<br />

da República, para os<br />

enfermeiros que trabalham<br />

por turnos significou a<br />

perda de 2 a 3 descansos no<br />

período de referência das 4<br />

semanas


egiões<br />

Hospital de Anadia<br />

SEP exige a<br />

Implementação<br />

da Direção de<br />

Enfermagem<br />

18 19<br />

Enfermeiros em cedência de interesse público, aplica-se-lhes a<br />

legislação da Administração Pública/Carreira de Enfermagem.<br />

A implementação da Direção de Enfermagem é imprescindível<br />

para a nova Avaliação do Desempenho.<br />

Decorrente da intervenção institucional e ação<br />

sindical da responsabilidade do SEP, junto da<br />

ARS Centro e Ministério da Saúde/ACSS, foi<br />

possível clarificar da legislação a aplicar aos<br />

enfermeiros do Hospital de Anadia que se encontram<br />

em cedência de interesse público no que diz respei-<br />

to à Avaliação do Desempenho e à constituição da Direção de<br />

Enfermagem ou férias... Este esclarecimento já foi recebido pela<br />

Misericórdia de Anadia.<br />

Desta forma, o SEP reafirmou em comunicado, que a não implementação<br />

da Direção de Enfermagem, imprescindível para a operacionalização<br />

da “nova” Avaliação do Desempenho pode colocar<br />

em causa, entre outras questões, a formal e legal Avaliação do<br />

Desempenho dos Enfermeiros.<br />

Toda informação poderá ser consultada aqui:<br />

http://www.sep.org.pt/files/2015/09/240915aveiro_anadia.pdf


egiões<br />

ARS Lisboa e Vale do Tejo<br />

Problema de Saúde<br />

Pública com a<br />

desresponsabilização<br />

na recolha de resíduos<br />

contaminados.<br />

o destinatário está autorizado a recebê-los. Este<br />

20 21<br />

Recolha de resíduos contaminados é, no setor da saúde, uma<br />

área de elevada especialização, uma vez que os riscos são<br />

elevados. Deste modo, o SEP considera que o transporte de<br />

resíduos contaminados não deve ser feito pelos enfermeiros<br />

nem na mesma viatura que transporta o material esterilizado.<br />

Segundo o SEP, em algumas Unidades de Saúde dos Centros<br />

de Saúde de Lisboa, os enfermeiros estão a ser coagidos<br />

a transportar os resíduos contaminados dos domicílios<br />

pondo em risco a saúde pública. Considera a DRL<br />

de Lisboa do SEP, que o transporte de resíduos contaminados não<br />

deve ser feito pelos enfermeiros, nem deve ser feito na mesma<br />

[ O lixo não deve circular<br />

de um domicílio para<br />

outro devido aos riscos de<br />

contaminação inerentes,<br />

nem deve ser sujeito a<br />

variações de temperatura<br />

ambientais que facilitam a<br />

proliferação bacteriana ]<br />

viatura que transporta o material esterilizado. O lixo<br />

não deve circular de um domicílio para outro devido<br />

aos riscos de contaminação inerentes, nem deve ser<br />

sujeito a variações de temperatura ambientais que<br />

facilitam a proliferação bacteriana.<br />

O SEP apoia-se na contestação desta medida, considerando<br />

que a DGS diz que as entidades onde os<br />

enfermeiros exercem, deverão certificar-se que a<br />

operação de transporte dos resíduos é realizada por<br />

empresa devidamente habilitada para o efeito e que<br />

mesmo procedimento deve aplicar-se aos resíduos<br />

da mesma natureza nos Cuidados de Saúde Primários.<br />

Considera o SEP, que o enfermeiro está obrigado a<br />

“criar um ambiente de cuidados seguro, através de<br />

estratégias de garantia da qualidade e de gestão do<br />

risco”.<br />

A DR de Lisboa do SEP exige a responsabilização da<br />

ARSLVT no transporte de resíduos contaminados,<br />

visto ser esta a produtora dos resíduos.


egiões<br />

Conselho de Administração<br />

do CH do Algarve confrontase<br />

permanentemente com<br />

situações de irregularidade,<br />

uma vez que não leva<br />

a sério o diálogo com<br />

os representantes dos<br />

trabalhadores<br />

Faro<br />

Escala de<br />

Evacuações da<br />

Urgência de Faro<br />

em Risco de Acabar<br />

[ vários enfermeiros comunicaram que não vão continuar a colaborar<br />

na escala de evacuações como o têm feito até aqui ]<br />

22 23<br />

Com decisões unilaterais, desrespeito pelo<br />

trabalho dos profissionais e ignorando as<br />

mais elementares regras do bom senso para<br />

organização dos serviços, o CA do CH do<br />

Algarve dá um péssimo exemplo do que deve<br />

ser um Conselho de Administração<br />

Em texto enviado aos jornalistas, o SEP denuncia<br />

que o CA do CH do Algarve decidiu,<br />

unilateralmente, alterar a forma de pagamento<br />

aos enfermeiros que se voluntariam<br />

para pertencer à escala de evacuações de doentes<br />

urgentes, reduzindo o valor deste serviço para metade.<br />

Apesar da legislação que consagra o regime<br />

de prevenção desde 1979 prever que<br />

a instituição pague metade do valor<br />

hora aos profissionais que estão de<br />

“chamada/a aguardar” para ocorrer<br />

a situações de transporte de doentes<br />

urgentes para outras instituições, a<br />

verdade é que a partir do momento<br />

em que são chamados para efetuar<br />

o transporte, passam naturalmente a<br />

receber como trabalho extraordinário<br />

efetuado, uma vez que o serviço vai<br />

para além do seu horário normal de<br />

trabalho.<br />

Considera o SEP, que o CHA, uma vez<br />

mais, em total desrespeito pelo trabalho<br />

dos profissionais decidiu fazer<br />

alterações sem nada comunicar.<br />

Só quando os enfermeiros questionaram<br />

a alteração do valor verificado<br />

no seu talão de vencimento é que<br />

foram convocados para uma reunião,<br />

onde lhes foi confirmada a decisão,<br />

com a agravante de lhes ter sido dito<br />

que ainda correm o risco de terem de<br />

devolver o dinheiro de evacuações<br />

já realizadas. Isto é inacreditável! Já<br />

vários enfermeiros comunicaram que<br />

não vão continuar a colaborar na escala<br />

de evacuações como o têm feito<br />

até aqui.<br />

Sobre esta matéria, O CA enviou o seu<br />

entendimento que está a ser analisado<br />

pelo Gabinete de Contencioso do<br />

SEP.


Ganha<br />

Força<br />

Força<br />

24<br />

Ganha<br />

Sindicaliza-te<br />

ENFERMEIROS<br />

SINDICATO DOS<br />

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