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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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490 • <strong>Comentário</strong> do <strong>Evangelho</strong> de <strong>João</strong><br />

sua obstinada resistência, são mais monstros que homens. Quanto ao<br />

fato de a notícia ser levada aos fariseus e não a outros, 17 é porque, em<br />

proporção a sua hipocrisia, eram os mais ferozes em sua oposição ao<br />

evangelho. Pela mesma razão, ele logo depois faz expressa menção<br />

deles, quando relata que se reuniram em concílio. Deveras constituíam<br />

uma parte dos sacerdotes, mas são especialmente nomeados pelo<br />

evangelista em virtude de servirem ao propósito de vilmente acender<br />

a fúria de todo o concílio.<br />

47. Então os principais sacerdotes e os fariseus se reuniram em<br />

concílio. Não menos monstruosa é a cegueira dos sacerdotes, que é<br />

aqui descrita. Se não fossem excessivamente estúpidos e brutais, pelo<br />

menos teriam se deixado influenciar por alguma reverência a Cristo,<br />

depois de tão extraordinária demonstração de seu divino poder. Agora<br />

deliberada e intencionalmente se congregam com o fim de sepultar a<br />

glória de Deus, diante da qual se veem constrangidos a ficar perplexos.<br />

Aliás, não proclamam publicamente que desejam fazer guerra contra<br />

Deus, mas como não podem extinguir Cristo sem subverter o poder<br />

de Deus, inquestionavelmente lutam abertamente contra esse poder<br />

com presunção e sacrilégio. De fato a infidelidade é sempre arrogante<br />

e despreza a Deus, porém de forma alguma se precipita ao ponto de<br />

erguer seus chifres contra Deus. Mas quando os homens delongam<br />

sua luta contra Deus, o resultado a que por fim chegam é que tentam<br />

ascender acima do céu, segundo os métodos dos gigantes, 18 sem qualquer<br />

reverência pela divina majestade, 19 porquanto reconhecem que<br />

Cristo realizou muitos milagres. E donde procede seu grande poder?<br />

Portanto, abertamente se preparam para esmagar o poder de Deus<br />

que resplandece nos milagres de Cristo. Contudo Deus não está inativo,<br />

mas ainda que por algum tempo pareça ignorá-los, ele ri de sua tola<br />

arrogância, até que chegue o tempo de executar sua ira, como lemos<br />

no Salmo 2.4, 5.<br />

17 “Plustost qu’à quelques autres”.<br />

18 “Veja-se p. .......,<br />

19 “De la Divine majestté”.

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