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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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450 • <strong>Comentário</strong> do <strong>Evangelho</strong> de <strong>João</strong><br />

babilônico – construíram segundo o modelo do antigo pórtico, e lhe<br />

deram o mesmo nome, para que ele fosse mais solenemente honrado,<br />

e Herodes, mais tarde, construiu um novo templo.<br />

24. Portanto, os judeus o cercaram. Este, indubitavelmente, foi<br />

um astucioso ataque contra Cristo, pelo menos por parte daqueles em<br />

quem se originou a trama. Pois o populacho poderia, sem qualquer<br />

fraude, desejar que Cristo declarasse publicamente que Deus o enviara<br />

para ser um libertador, umas poucas pessoas, porém, de forma<br />

astuta e estratégica, quiseram arrancar dele esta palavra, no meio da<br />

multidão, para que ele fosse morto pela plebe, ou para que os romanos<br />

lhe deitassem as mãos.<br />

Até quando manterás nossa alma em suspenso? Queixando-se<br />

de serem mantidos em suspenso, pretendem que estejam tão ardentemente<br />

desejos da prometida redenção, que suas mentes estão ávida e<br />

incessantemente ocupados pela expectativa do Cristo. E este é o genuíno<br />

espírito de piedade: não encontrar, em parte alguma, outro além<br />

de Cristo só, o qual satisfará nossas mentes, ou lhes dará o genuíno<br />

equilíbrio, como ele mesmo disse: “Vinde a mim todos os que estais<br />

cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei, e achareis descanso<br />

para vossas almas” [Mt 11.28, 29]. Portanto, os que vão a Cristo devem<br />

estar preparados da mesma forma como esses homens pretendiam<br />

estar. Mas estão errados em acusar a Cristo, como se ele até então<br />

não tivesse confirmado a fé deles. Pois a culpa era inteiramente deles<br />

se não tinham ainda um perfeito conhecimento dele. Mas esse é sempre<br />

o caso dos incrédulos, que decidem antes permanecer em dúvida<br />

do que consolidar-se com a certeza da palavra de Deus. E assim, em<br />

nossos dias, vemos muitos que voluntariamente fecham seus olhos e<br />

espalham as nuvens de suas dúvidas a fim de eclipsar a radiante luz do<br />

evangelho. Vemos também muitos espíritos levianos que mergulham<br />

em fúteis especulações e jamais encontram, ao longo de toda sua vida,<br />

uma posição permanente.<br />

Diz-nos claramente. Quando exigem que Cristo se declare<br />

livremente, ou franca e ousadamente, significam que não mais lhes co-

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