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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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Capítulo 9 • 427<br />

tencentes à condição ordinária. É uma falta muito comum entre os que<br />

se distinguem acima dos demais, que se deixam intoxicar pela soberba<br />

e quase se esquecem que também são seres humanos.<br />

41. Se fôsseis cegos. Estas palavras podem ser explicadas de duas<br />

formas: ou que a ignorância, em algum grau, aliava sua culpa, caso não<br />

fossem plenamente convencidos e deliberadamente não lutassem contra<br />

a verdade, ou que havia razão para esperança de que sua doença<br />

de ignorância fosse curada, caso apenas a reconhecessem. O primeiro<br />

ponto de vista é endossado pelas palavras de Cristo: Se eu não viera<br />

e não lhes houvera falado, não teriam pecado nenhum [Jo 15.22]. Mas<br />

como se acrescenta nesta passagem, mas gora que vos fala, vós vedes,<br />

a fim de que os pontos de contraste se correspondam reciprocamente,<br />

parece ser mais consistente explicá-las no sentido em que cego é<br />

aquele que, tendo ciência de sua própria cegueira, busca um remédio<br />

para a cura de sua enfermidade. 29 Dessa forma o significado será: “Se<br />

reconhecerdes vossa doença, não sereis totalmente incuráveis, mas<br />

agora, visto que pensais estardes em perfeita saúde, continuais num<br />

estado irremediável”. Ao dizer que se fossem cegos não teriam pecado<br />

algum, isso não justifica a ignorância, como se ela fosse inofensiva e<br />

estivesse além do alcance da condenação. Ele apenas insinua que a<br />

doença seria facilmente curada, se fosse realmente sentida, porque,<br />

quando o cego está desejoso de obter livramento, Deus está pronto a<br />

atendê-lo, mas aqueles que, insensíveis a suas doenças, desprezam a<br />

graça de Deus, são incuráveis.<br />

29 “Pour guairir son mal”.

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