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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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Capítulo 9 • 407<br />

que excitemos a ira dos inimigos do evangelho, e aqueles que empreendem<br />

efetuar um compromisso entre o mundo e Cristo, ao ponto de<br />

condenar todo gênero de escândalos, são extremamente dementes,<br />

visto que Cristo, ao contrário, consciente e deliberadamente provocava<br />

os homens perversos. Portanto, é preciso que atentemos bem para<br />

a regra que ele estabelece: que aqueles que são cegos, e condutores de<br />

cegos [Mt 15.14], sejam tratados sem qualquer consideração.<br />

15. Os fariseus também lhe perguntaram. As pessoas já tinham<br />

ouvido essa confissão dos próprios lábios do cego, e agora os fariseus<br />

também se tornam testemunhas dela, os quais poderiam ter objetado<br />

que um boato tinha infundadamente circulado por entre a plebe, e que<br />

tinham crido sem qualquer fundamento. E, em primeiro lugar, deixando<br />

de fora a questão quanto ao fato, polemizam somente sobre a lei<br />

que envolve o caso, porquanto não negam que Cristo restaurou a vista<br />

ao cego, porém descobrem um delito na circunstância do tempo em<br />

que ele feito realizado, e asseveram que não poderia ser uma obra de<br />

Deus, porquanto violava o sábado. Mas, em primeiro lugar, devemos<br />

inquirir se uma obra de Deus constituía uma violação do sábado. E o<br />

que os impede de perceber isso, senão o fato de que, em consequência<br />

de terem sido cegados por pecaminosos motivos e por malícia, nada<br />

conseguem ver? Além disso, já tinham sido sobejamente instruídos<br />

por Cristo de que os benefícios que Deus outorga aos homens não<br />

são mas inconsistentes em relação ao sábado do que à circuncisão, e<br />

as obras da lei obrigavam os homens a se absterem somente de suas<br />

próprias obras, e não das obras de Deus [Ex 20.8, 23.12]. Quando não<br />

reconhecem um erro que tem sido tão frequentemente refutado, tal<br />

atitude deve ser imputada à malícia obstinada, ou pelo menos, não<br />

existe nenhuma outra razão por que continuam no erro, senão porque<br />

decidiram continuar errando.<br />

Assim os papistas não cessam de manifesta, com empedernida<br />

impudência, suas descaradas e pueris calúnias, as quais já foram respondidas<br />

centenas de vezes. O que, pois, devemos fazer com eles?<br />

Quando surge uma oportunidade, devemos lutar, até onde vai nosso

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