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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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Capítulo 8 • 349<br />

tiva, se tenham reconhecido culpados, quando assim desaparecem<br />

como se fossem dominados pela confusão mental. Acrescenta-se<br />

imediatamente:<br />

Começando do mais velho até o último. Nossa atenção é atraída<br />

para esta circunstância, a saber, à proporção que cada um deles<br />

excedia os demais em honrosa posição, mais rapidamente o mesmo<br />

se conscientizava de sua condenação. Tomara que nossos escribas, 4<br />

que na atualidade vendem seus serviços ao papa para fazer guerra<br />

a Cristo, tivessem pelo menos tanta modéstia como esses homens.<br />

Mas são tão destituídos de vergonha que, enquanto se tornam infames<br />

por crimes tão detestáveis, gloriam-se no fato de que lhes é<br />

permitido ser tão abomináveis como bem lhes apraz sem qualquer<br />

punição. Devemos também observar quão amplamente essa convicção<br />

de pecado, pela qual os escribas se viram afetados, difere do<br />

arrependimento genuíno. Pois devemos deixar-nos afetar pelo juízo<br />

divino de uma maneira tal que não busquemos um refúgio para evitar<br />

a presença do Juiz, mas, ao contrário, nos dirijamos diretamente a<br />

ele a fim de implorar seu perdão.<br />

Jesus foi deixado sozinho. Isso foi ocasionado pelo Espírito de<br />

sabedoria, ou seja, que aqueles homens perversos, não tendo lucrado<br />

nada em tentarem a Cristo, se foram [sem nada conseguirem].<br />

Tampouco há alguma razão para dúvida de que continuaremos a desmantelar<br />

todos os artifícios de nossos inimigos, contanto que nos<br />

deixemos governar pelo mesmo Espírito. Mas frequentemente sucede<br />

que levam a melhor sobre nós, só porque, não atentando para<br />

suas armadilhas, não cuidamos em tomar conselho, ou melhor, confiando<br />

em nossa própria sabedoria, não levamos em conta o quanto<br />

carecemos do governo do Espírito Santo. Ele diz que Cristo ficou<br />

sozinho, não que o povo a quem anteriormente ensinava o tivesse<br />

abandonado, mas porque todos aqueles escribas que tinham trazido<br />

a adúltera não lhe deram mais aborrecimento. Ao lermos que a mu-<br />

4 “Pleust à Dieu que”.

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