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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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Capítulo 7 • 343<br />

mos afirma que Cristo não deve ser condenado até que seja ouvido, e<br />

o mesmo se poderia dizer em prol de um ladrão ou de um assassino,<br />

pois é um sentimento notório e proverbial que é melhor inocentar o<br />

inocente do que condenar o culpado. Além disso, em suas tentativas<br />

de livrar a pessoa de Cristo, ele deixa e abandona a doutrina. O que<br />

encontraremos aqui que seja digno de um cristão? 25 Assim, a semente<br />

do evangelho, que depois produziu fruto, estava ainda oculta e incubada<br />

nele. Aplicaremos este exemplo muito mais proveitosamente a<br />

outro propósito, a saber, que o Senhor frequentemente faz com que<br />

a doutrina, que parecia haver perecido, gradualmente tome uma raiz<br />

oculta e, depois de um longo período, germine algum broto, primeiramente<br />

como uma planta prematura, depois uma planta vicejante e<br />

vigorosa, justamente como a fé de Nicodemos adquiriu, da morte de<br />

Cristo, novo e súbito vigor.<br />

52. És tu também da Galileia? Diziam que todos quantos favorecessem<br />

a Cristo eram procedentes da Galileia, e isso é expresso de<br />

modo infame, como se ele não pudesse ter ninguém entre seus seguidores<br />

que não fosse procedente de um pequeno e desconhecido<br />

recanto da Galileia. 26 A extrema violência a que incitam contra Nicodemos<br />

mostra com que furioso ódio ardia contra Cristo, pois ele não<br />

tinha empreendido defender a Cristo em termos partidários, mas dissera<br />

apenas que ele não devia ser condenado sem antes ser ouvido.<br />

Assim se dá entre os papistas de nossos próprios dias, ninguém pode<br />

demonstrar a mais leve aparência de brandura para que o evangelho<br />

não seja oprimido sem ser imediatamente considerado herege pelos<br />

inimigos que ardem de paixão.<br />

53. E cada um foi para sua própria casa. Agora surge um impressionante<br />

desfecho da transação. Se alguém levar em conta o reinado<br />

dos sacerdotes naquele tempo, com que furor eram excitados e quão<br />

numerosa era sua comitiva, e, em contrapartida, se considerarmos<br />

que Cristo estava desarmado e indefeso e que não havia nenhum gru-<br />

25 “D’un homme fidele et Chrestien”.<br />

26 “De ce petit coin incognee de Galilee”.

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