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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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288 • <strong>Comentário</strong> do <strong>Evangelho</strong> de <strong>João</strong><br />

te a fé. 46 Ao mesmo tempo, porém, reconheço que aqui nada se diz que<br />

não seja representado em termos figurativos e realmente outorgado<br />

aos crentes na Cia do Senhor, e Cristo ainda pretendia que a Ceia do<br />

Senhor fosse, por assim dizer, um selo e confirmação 47 deste sermão.<br />

Esta é também a razão por que o evangelista <strong>João</strong> não faz menção da<br />

Ceia do Senhor. E, por isso, Agostinho segue a ordem natural quando,<br />

ao explicar este capítulo, não toca na Ceia do Senhor até chegue à<br />

conclusão. Então ele mostra que este mistério é simbolicamente representado,<br />

sempre que as igrejas celebrem a Ceia do Senhor em alguns<br />

lugares diariamente, e em outros lugares somente no dia do Senhor.<br />

55. Porque minha carne é verdadeiramente alimento. Ele<br />

confirma a mesma afirmação em outros termos: “Como o corpo é enfraquecido<br />

e consumido pela falta de alimento, assim a alma, se não for<br />

alimentada com pão celestial, logo perecerá de inanição”. Pois quando<br />

declara que sua carne é verdadeiramente alimento, sua intenção é dizer<br />

que as almas ficarão famintas por falta desse alimento. Então, tu só<br />

acharás a vida em Cristo quando buscares a nutrição da vida em sua<br />

carne. Assim, devemos gloriar-nos com Paulo, de que nada reputamos<br />

como excelente senão Cristo crucificado, porque, tão logo nos afastamos<br />

do sacrifício de sua morte, com nada mais nos deparamos senão<br />

com a morte. Tampouco há alguma outra estrada que nos conduza<br />

a uma percepção de seu divino poder senão através de sua morte e<br />

ressurreição. Abracemos, pois, a Cristo como o Servo do Pai [Is 52.1],<br />

para que ele se nos revele como sendo o Príncipe da vida [At 3.15].<br />

Pois quando ele se esvaziou [Fp 2.7], foi para que, assim, fôssemos<br />

enriquecidos com a abundância de todas as bênçãos. Sua humilhação<br />

e descida ao inferno nos soergueram até o céu, e, ao suportar a<br />

maldição de sua cruz, ele hasteou a bandeira de nossa justiça como<br />

um esplêndido memorial de sua vitória. 48 Consequentemente, é falso<br />

46 “De la maniere perpetuelle et ordinaire de manger la chair de Christ, qui se fait par la foy<br />

seulement”.<br />

47 “Comme un seau et confirmation”.<br />

48 “Il a dressé l’enseigne de nostre justice comme un memorial magnifique de sa victoire”.

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