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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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242 • <strong>Comentário</strong> do <strong>Evangelho</strong> de <strong>João</strong><br />

cruéis desdenhadores da lei, todavia se vangloriavam em Moisés nos<br />

mais elevados termos, de modo que não hesitavam em fazer uso dele<br />

como um escudo contra Cristo. Se preconizasse que seria um poderoso<br />

e formidável adversário para eles, sabia que isso teria sido tratado<br />

com o máximo desdém; e por isso preconiza que uma acusação, esboçada<br />

por Moisés, será proferida contra eles.<br />

Moisés, em quem confiais. Há quem pensa que Cristo aqui realça<br />

a distinção entre seu próprio ofício e o de Moisés, porquanto pertence<br />

à lei convencer os homens de sua incredulidade. Mas isso é um equívoco,<br />

pois Cristo não pretendia isso, senão apenas abalar a confiança<br />

dos hipócritas que falsamente se gabavam de cultivar reverência por<br />

Moisés. Justamente como uma pessoa na atualidade, a fim de repelir<br />

os papistas com suas próprias armas, 23 se põe a dizer que não acharão<br />

inimigos mais decididamente opostos a eles do que os santos doutores<br />

da Igreja, sob cuja autoridade falsa e impiamente se escondem. 24<br />

Aprendamos também disto que não devemos gloriar-nos nas Escrituras<br />

sem boas razões, pois se não honrarmos o Filho de Deus através da<br />

verdadeira obediência de fé, todos quantos Deus levantou para serem<br />

suas testemunhas se erguerão contra nós como nossos acusadores no<br />

último dia. Ao dizer que confiavam em Moisés, ele não os acusa de superstição,<br />

como se atribuíssem a Moisés a causa de sua salvação, mas<br />

quer dizer que erravam em confiar na proteção de Moisés, como se o<br />

tivessem na conta de defensor de sua ímpia obstinação.<br />

46. Porque, se crêsseis em Moisés, também creríeis em mim.<br />

Ele mostra por que Moisés será o acusador deles. Rejeitam sua doutrina.<br />

Sabemos ser impossível formular um insulto maior aos servos de<br />

Deus do que quando sua doutrina é desprezada ou reprovada. Além<br />

disso, aqueles a quem o Senhor designou como ministros de sua Palavra<br />

devem estar prontos a defendê-la contra os que a desprezam, 25 e,<br />

portanto, ele deu a todos os profetas uma dupla comissão, para que<br />

23 “Pour rembarrer les Papistes de leur baston mesme.”<br />

24 “Du titre desquels ils se couvrent faussement et meschamment.”<br />

25 “Centre contempteurs.”

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