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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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172 • <strong>Comentário</strong> do <strong>Evangelho</strong> de <strong>João</strong><br />

separados por algum tempo do restante das nações sob a expressa<br />

condição de que o puro conhecimento de Deus irradiasse deles para<br />

o mundo inteiro. Equivale a isto: que Deus não é adorado apropriadamente<br />

senão mediante a certeza de fé, a qual não pode ser produzida<br />

de qualquer outra maneira senão pela Palavra de Deus. Daí, segue-<br />

-se que todos quantos abandonam a Palavra caem em idolatria, pois<br />

Cristo testifica plenamente que um ídolo, ou uma imaginação de seu<br />

próprio cérebro, substitui a Deus quando os homens são ignorantes<br />

do verdadeiro Deus. Ele acusa, ainda, de ignorância todos aqueles a<br />

quem Deus não se revelou, pois logo que somos privados da luz de sua<br />

Palavra, as trevas e a cegueira reinam.<br />

É preciso observar que os judeus, quando traiçoeiramente renunciavam<br />

o pacto da vida eterna que Deus fizera com seus pais, eram<br />

privados do tesouro que até aquele tempo haviam desfrutado, pois<br />

não tinham sido expulsos da Igreja de Deus. Agora que negaram o Filho,<br />

não tinham nada em comum com o Pai, pois todo aquele que nega<br />

o Filho não tem o Pai [1Jo 2.23]. O mesmo juízo se deve formar acerca<br />

de todos os que apostatam da fé pura do evangelho em prol de suas<br />

próprias invenções e tradições dos homens. Ainda que os que adoram<br />

a Deus segundo seu próprio critério ou tradições humanas se lisonjeiam<br />

e se aplaudem em sua obstinação, esta única palavra, trovejando<br />

do céu, lança prostrados tantos quantos se imaginam divinos e santos:<br />

Vós adorais o que não conheceis. Segue-se disto que, se quisermos que<br />

nossa religião seja aprovada por Deus, ela tem de repousar no conhecimento<br />

obtido de sua Palavra.<br />

23. Mas a hora vem. Agora vem a última sentença concernente a<br />

revogação do culto ou cerimônias 9 prescritas pela lei. Ao dizer que a<br />

hora vem, ou que virá, ele mostra que a ordem estabelecida por Moisés<br />

não será perpétua. Ao dizer que a hora já chegou, ele põe um fim às cerimônias<br />

e declara que o tempo de reforma mencionado pelo apóstolo<br />

[Hb 9.10], portanto, já se cumpriu. No entanto, ele aprova o templo,<br />

9 “C’est à dire, des ceremonies.”

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