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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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Capítulo 3 • 139<br />

[3.22-28]<br />

Depois dessas coisas veio Jesus, juntamente com seus discípulos,<br />

para a terra da Judeia, e aí permaneceu com eles e batizava.<br />

E <strong>João</strong> também estava batizando no Enon, próximo de Salim;<br />

porque havia ali muitas águas. Vinham, pois, e eram batizados.<br />

Porque <strong>João</strong> ainda não fora lançado na prisão. Suscitou-se uma<br />

dúvida entre os discípulos de <strong>João</strong> e os judeus acerca da purificação.<br />

E chegaram a <strong>João</strong> e lhe disseram: Rabi, aquele que<br />

estava contigo dalém do Jordão, de quem deste testemunho,<br />

eis que ele batiza, e todos os homens vão a ele. <strong>João</strong> respondeu<br />

e disse: Um homem não pode receber coisa alguma se do céu<br />

não lhe for dada. Vós mesmos sois minhas testemunhas de que<br />

eu disse: Não sou o Cristo, mas fui enviado adiante dele.<br />

22. Depois dessas coisas veio Jesus. É provável que Cristo, assim<br />

que a festa acabou, foi para aquela parte da Judeia que ficava na vizinhança<br />

da cidade de Enon, que estava situada na tribo de Manassés.<br />

O Evangelista diz que havia ali muitas águas, e essas não eram tão<br />

abundantes na Judeia.<br />

Os geógrafos nos informam que essas duas cidades, Enon e Salim,<br />

não ficavam longe da confluência do rio Jordão e do ribeiro Jaboque, e<br />

acrescentam que Citópolis ficava em suas proximidades. À luz destas<br />

palavras, podemos inferir que <strong>João</strong> e Cristo administravam o batismo<br />

imergindo o corpo inteiro na água, ainda que não devamos nos entregar<br />

a muita fadiga com o rito externo, contanto que o mesmo concorde<br />

com a verdade espiritual e com a designação e a administração do<br />

Senhor. Até onde somos capazes de conjeturar, a vizinhança desses lugares<br />

permitiu a circulação de várias notícias, e deu-se lugar a muitas<br />

discussões acerca da Lei, acerca do culto divino e acerca da condição<br />

da Igreja, em consequência de surgirem, concomitantemente, duas<br />

pessoas que administravam o batismo. Pois quando o Evangelista diz<br />

que Cristo batizava, aplica isto ao início de seu ministério, ou seja, que<br />

ele então começou a exercer publicamente o ofício que lhe fora desig-

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