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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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122 • <strong>Comentário</strong> do <strong>Evangelho</strong> de <strong>João</strong><br />

natureza, não existe sequer uma partícula de retidão. E, por isso, fica<br />

evidente que temos de ser formados para o reino de Deus através de<br />

um segundo nascimento. E o significado das palavras de Cristo é este:<br />

visto que a pessoa que só nasce do ventre de sua mãe é carnal, então<br />

ela deve ser moldada de novo pelo Espírito para que comece a ser espiritual.<br />

E a palavra Espírito é aqui usada em dois sentidos – para graça<br />

e para o efeito da graça. Em primeiro lugar, Cristo está nos ensinando<br />

que o Espírito de Deus é o único Autor de uma natureza pura e reta, e<br />

a seguir ele diz que somos espirituais, visto que somos renovados por<br />

seu poder.<br />

[3.7-12]<br />

Não te admires por eu te dizer: Deveis nascer de novo. O vento<br />

sopra onde quer e tu ouves sua voz, mas não sabes donde<br />

vem e para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do<br />

Espírito. Nicodemos respondeu e lhe disse: Como pode ser<br />

isso? Respondeu Jesus e lhe disse: Tu és mestre de Israel, e não<br />

entendes essas coisas? Em verdade, em verdade te digo: Nós falamos<br />

do que sabemos e testificamos do que temos visto; e não<br />

aceitais nosso testemunho. Se vos falei das coisas terrenas, e<br />

não me credes, como crereis, se vos falar das coisas celestiais?<br />

7. Não te admires. Os comentaristas têm torcido esta passagem<br />

de várias formas. Alguns pensam que ela constitui um libelo contra<br />

a estupidez de Nicodemos e dos que pensavam como ele, como se<br />

Cristo estivesse dizendo que não havia nada de surpreendente nisso<br />

se antes não tomassem posse do mistério da regeneração celestial,<br />

visto que nem mesmo na ordem natural compreendiam a razão das<br />

coisas sensíveis.<br />

Outros elaboram um significado um tanto engenhoso, mas muitíssimo<br />

forçado, a saber: que, assim como o vento sopra livremente,<br />

também somos postos em liberdade pela ação regeneradora do Espírito,<br />

e assim, livres do jugo do pecado, podemos correr voluntariamente

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