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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 1

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 1.

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Capítulo 2 • 99<br />

havia sido corrompido pelos homens perversos, e assim renovar e defender<br />

a santidade do templo.<br />

Ora, aquele templo, como bem o sabemos, fora edificado para<br />

ser a sombra daquelas coisas cuja vívida imagem está em Cristo. Para<br />

que permanecesse consagrado a Deus, ele tinha de ser usado única e<br />

exclusivamente para usos de cunho espiritual. Por essa razão, ele declara<br />

ser ilícito que o templo se convertesse num mercado. Ele achou<br />

seu argumento na instituição divina, a qual é nosso dever defender.<br />

Por quantas ilusões possa Satanás nos enganar, saibamos ser ímpio<br />

tudo quanto (por menor que seja) nos desvie do mandamento divino.<br />

Seria um ilusório e corrupto engano que o culto divino fosse defendido<br />

e promovido, se os sacrifícios estivessem convenientemente à mão<br />

para os crentes. Visto, porém, que Deus destinara seu templo a outros<br />

usos, Cristo desconsidera as objeções que poderiam surgir contra a<br />

ordem estabelecida por Deus.<br />

Os mesmos argumentos não aplicam, na atualidade, aos nossos<br />

edifícios para o culto público. Mas ao que foi dito do antigo templo se<br />

aplica justa e apropriadamente à Igreja, a qual é o santuário celestial<br />

de Deus na terra. Razão pela qual a majestade de Deus, que habita a<br />

Igreja, deve estar continuamente diante de nossos olhos, para que ela<br />

não seja maculada por qualquer impureza. Sua santidade, porém, só<br />

permanecerá íntegra se não lhe for admitido nada que seja estranho à<br />

Palavra de Deus.<br />

17. Seus discípulos lembraram. Há aqueles que gastam seu<br />

tempo inquirindo sobre como os discípulos teriam se lembrado da<br />

Escritura, a qual lhes era até então desconhecida e estranha. Não<br />

devemos imaginar que esta passagem da Escritura ocorreu à sua lembrança<br />

imediatamente; e sim que mais tarde, quando, instruídos por<br />

Deus, consideraram entre si o que significaria esta ação de Cristo, esta<br />

passagem da Escritura ocorreu-lhes sob a direção do Espírito Santo.<br />

E é verdade que a causa da obra de Deus nem sempre nos é evidente<br />

de imediato. Senão que depois, no transcurso do tempo, ele faz com<br />

que seu propósito nos seja conhecido. E esse é um freio bastante efi-

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