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NATIONAL BIOLOGY - PARATY 2015

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EDIÇÃO DE COLECIONADOR – CIDADES BRASILEIRAS<br />

OUTUBRO <strong>2015</strong>


SUMÁRIO<br />

• Expediente - pág.5<br />

• Mata Atlântica / Mangue / Saco do Mamanguá–<br />

pág.6<br />

• Ecossistema Marinho – pág.10<br />

-Costão Rochoso – pág.11<br />

-Peixes – pág.15<br />

-Outros animais – pág.21<br />

• Entrevista – pág.25<br />

• Turismo Ecológico – pág.26<br />

• Usina Nuclear de Angra dos Reis – pág.30<br />

• Bibliografia – pág.34<br />

Vera Sathie<br />

3


EXPEDIENTE<br />

Maria Luiza Costa n°21<br />

Vera Sathie n°30<br />

Samantha Saboya n°29<br />

Maria Luiza Souza n°20<br />

Bernardo Rosa n°2<br />

Mariana Ramos<br />

5


Maria Luiza Costa


MATA ATLÂNTICA,<br />

MANGUE E<br />

SACO DO<br />

MAMANGUÁ<br />

7


A Mata Atlântica<br />

ocupava o litoral,<br />

representando 15% de todo<br />

território nacional. Hoje<br />

restam apenas 7% graças ao<br />

desmatamento.<br />

O Saco do<br />

Mamanguá é um braço de mar<br />

de 8 quilômetros de extensão<br />

por 1 quilômetro de largura,<br />

rodeado por montanhas altas<br />

em ambos os lados e, ao<br />

fundo, encontra-se o maior e<br />

mais conservado manguezal<br />

da baía da Ilha Grande.<br />

O mangue é um<br />

ecossistema de transição<br />

entre os ambientes terrestre e<br />

marinho, de regiões tropicais<br />

e subtropicais. A vegetação é<br />

caracterizada pelas árvores<br />

de raízes suspensas que<br />

funcionam como filtros na<br />

retenção dos sedimentos.<br />

Por<br />

estar<br />

protegido das correntes<br />

marinhas e das ondulações<br />

maiores, com temperatura um<br />

pouco elevada é um berçário<br />

natural de peixes, crustáceos<br />

(especialmente camarões) e<br />

moluscos, o que leva a<br />

produção de mais de 95% do<br />

alimento que o homem<br />

captura do mar. É, também,<br />

protegido por projetos, como<br />

a campanha nacional<br />

"Mangue Faz a Diferença" e<br />

leis ambientais.<br />

Vera Sathie<br />

Maria Luiza Costa


Aproximaviagem<br />

Muitas atividades<br />

podem ser desenvolvidas no<br />

manguezal sem lhe causar<br />

prejuízos ou danos, como o<br />

cultivo de ostras ou plantas<br />

ornamentais (orquídeas e<br />

bromélias), criação de abelhas<br />

para a produção de mel ou<br />

atividades turísticas, recreativas,<br />

educacionais e pesquisa<br />

cientifica.<br />

Os<br />

principais<br />

fatores que causam alterações<br />

nas propriedades físicas,<br />

químicas e biológicas do<br />

manguezal são aterro e<br />

desmatamento, queimadas,<br />

deposição de lixo, lançamento de<br />

esgoto, lançamentos de<br />

efluentes industriais, dragagens,<br />

construções de marinas, pesca<br />

predatória.<br />

Não se deve utilizar<br />

barcos com motores para<br />

navegar pois isso pode destruir<br />

boa parte dos seres que compõe<br />

o ecossistema. Mesmo sabendo<br />

disso algumas pessoas insistem<br />

em entrar na região do mangue<br />

com lanchas e jet skis.<br />

Ecoviagem.uol<br />

9


ECOSSISTEMA<br />

MARINHO<br />

Antonio Heide


COSTÃO ROCHOSO<br />

O ambiente costeiro<br />

formado por rochas situado na<br />

transição entre os meios terrestre<br />

e aquático é conhecido como<br />

costão rochoso. Apesar disso é<br />

considerado muito mais uma<br />

extensão do ambiente marinho<br />

que do terrestre, uma vez que os<br />

organismos que o habitam estão<br />

predominantemente relacionados<br />

ao mar. Suas rochas possuem<br />

origem vulcânica e a fisiografia<br />

delas é modelada por um conjunto<br />

de processos químicos, físicos e<br />

biológicos, como batimento de<br />

ondas, ventos, chuvas, erosão, e<br />

incrustação . É distribuido em<br />

zonas formadas a partir das<br />

habilidades adaptativas dos<br />

organismos relacionadas<br />

aos fatores abióticos e bióticos,<br />

gerando fortes interações<br />

biológicas nesses ambientes, em<br />

decorrência do gradiente<br />

existente entre o habitat terrestre<br />

e o marinho.<br />

As 3 principais zonas<br />

são: supralitoral, mesolitoral e<br />

infralitoral.<br />

• Supralitoral -<br />

Permanentemente exposta ao<br />

ar, onde somente chegam<br />

borrifos de água do mar e<br />

nele vivem animais que se<br />

locomovem em terra firme<br />

adaptados à perda de água e à<br />

variação da temperatura.<br />

• Mesolitoral – Área sujeita às<br />

flutuações da maré, submersa<br />

durante a maré alta e exposta<br />

durante a maré baixa. Os<br />

organismos sésseis desta<br />

região são adaptados à<br />

variação diária das mudanças<br />

físicas, restringindo tanto sua<br />

alimentação quanto sua<br />

liberação de larvas a<br />

um período reduzido, eventos<br />

dependentes da maré cheia. Já<br />

os organismos errantes,<br />

podem migrar para regiões<br />

inferiores na maré baixa,<br />

permanecendo assim, sempre<br />

submersos, sofrendo grandes<br />

alterações de temperatura e<br />

salinidade.<br />

• Infralitoral – Região<br />

permanentemente submersa,<br />

onde começam a ter mais<br />

importância as relações<br />

bióticas, como predação,<br />

herbivoria, competição na<br />

determinação da distribuição<br />

dos organismos, uma vez que<br />

os fatores ambientais são<br />

mais estáveis. São<br />

predominantes animais<br />

invertebrados tais como<br />

poliquetas, crustaceos,<br />

moluscos, gastrópodes e<br />

bivalves, entre outros.<br />

11


Biophotos<br />

SUPRALITORAL:<br />

• Lígias – baratas d’aguá<br />

Labioma.wordpress<br />

MESOLITORAL:<br />

• Mexilhões<br />

• Cracas<br />

INFRALITORAL:<br />

• Algas verdes<br />

Cifonauta.usp


IMPORTÂNCIA:<br />

• Ecológica<br />

- locais de<br />

alimentação,<br />

refúgio,<br />

crescimento , reprodução de<br />

diversas espécies<br />

• Econômica<br />

-pesca esportiva –<br />

por conta dos predadores que<br />

vão ao costão se alimentar dos<br />

animais fixados nas rochas, a<br />

pesca é praticada com vara em<br />

vez de rede<br />

-aquicultura –<br />

criação de animais aquáticos<br />

como moluscos e crustáceos,<br />

prática que está sendo<br />

atualmente um dos segmentos<br />

de crescimento mais rápido da<br />

produção alimentar global.<br />

-especulação<br />

imobiliária – acontece quando<br />

as pessoas compram áreas<br />

verdes próximas ao Costão<br />

Rochoso esperando que após<br />

um tempo possam vender esse<br />

espaço por um valor muito<br />

alto.<br />

• Turística<br />

– mergulhos<br />

• Social<br />

-Ciências ambientais que se<br />

ocupam do estudo de<br />

ambientes costeiros, tanto<br />

para os recursos pesqueiros<br />

como para a sustentabilidade<br />

de algumas atividades<br />

socioeconômicas na zona<br />

costeira. Além de estudos<br />

multidisciplinares sob o<br />

ponto de vista da biogeografia<br />

que podem fornecer<br />

importantes resultados para<br />

avaliações ambientais e para<br />

o manejo atual desses<br />

ecossistemas, prevendo os<br />

impactos das mudanças<br />

climáticas. Um desses estudos<br />

está em fase inicial de<br />

desenvolvimento, pelos<br />

autores, em costões rochosos<br />

do município de Ubatuba,<br />

Litoral Norte de São Paulo.<br />

IMPACTOS<br />

ANTROPOMÓRFICOS:<br />

-Uso e ocupação<br />

inadequados – na alta<br />

temporada, a poluição das<br />

praias<br />

aumenta<br />

significativamente devido ao<br />

fato das pessoas urinarem e<br />

excretarem no mar, causando<br />

um acréscimo de carga<br />

orgânica e podendo alterar<br />

propriedades físico-químicas<br />

e, consequentemente,<br />

biológicas desses ambientes.<br />

Na região Sudeste do Brasil,<br />

este fato é agravado pelo alto<br />

índice de pluviosidade nessa<br />

época do ano, que contribui<br />

ainda mais com a poluição das<br />

águas costeiras. Outras<br />

questões são: a privatização<br />

das praias para construção de<br />

condomínios e o turismo<br />

recreativo de lancha que, com<br />

frequentemente derrama óleo,<br />

afetando diretamente os<br />

animais do costão.<br />

13


COMO PRESERVAR:<br />

• Criar legislação ambiental<br />

específica para os costões<br />

rochosos, uma vez que, no<br />

Brasil, outros ecossistemas<br />

próximos à linha costa, como<br />

dunas, margens de rios e<br />

manguezais, os costões<br />

rochosos já possuem e são<br />

protegidos<br />

• Programas de manejo<br />

sustentável em áreas de<br />

exploração de espécies de<br />

interesse econômico, e de<br />

recuperação de áreas<br />

degradadas<br />

• Programas de manejo<br />

sustentável em áreas de<br />

exploração de espécies de<br />

interesse econômico, e de<br />

recuperação de áreas<br />

degradadas para não<br />

comprometer os estoques<br />

naturais<br />

• Conscientização da população<br />

através de programas de<br />

educação ambiental<br />

• Áreas representativas dos<br />

costões rochosos deveriam<br />

ser protegidos para estudos a<br />

longo prazo, estabelecendo<br />

um sistema de<br />

monitoramento permanente<br />

de dados<br />

• A nível federal seria<br />

importante a implementação<br />

de programas de forma a<br />

evitar a concentração da<br />

população nas áreas<br />

litorâneas, ou mesmo para<br />

desestimular a instalação de<br />

novas indústrias e<br />

empreendimentos<br />

imobiliários que venham a<br />

agravar a degradação dos<br />

costões<br />

• A construção de estações de<br />

tratamento de esgoto em<br />

locais de alta densidade<br />

demográfica, para reduzir a<br />

poluição da região litorânea<br />

deveria ser incentivada<br />

• Em nível local, a participação<br />

efetiva da comunidade, e dos<br />

órgãos públicos na adoção de<br />

medidas que evitem o<br />

desmatamento<br />

indiscriminado de encostas e<br />

da pesca predatória<br />

Antonio Heide


PEIXES<br />

Existem centenas de<br />

espécies de peixes na baia de Paraty, e<br />

cada espécie tem grande importância<br />

não apenas no equilibro da cadeia<br />

alimentar, mas também na sustentação<br />

da vida humana local. Que conta com a<br />

fauna marinha para pesca que por sua<br />

vez tem enorme relevância na<br />

economia local. O ecossistema marinho<br />

tem grande importância para cidade de<br />

Paraty, portanto medidas como o<br />

respeito do defeso e se necessário<br />

criação de novas politicas de<br />

preservação devem sem levadas em<br />

consideração.<br />

Para entender melhor os<br />

ecossistema marinho de Paraty e sua<br />

importância, ajuda conhecer suas<br />

características gerais. Tal como, os<br />

peixes de Paraty em sua grande<br />

maioria são vertebrados aquáticos,<br />

providos de nadadeiras, que respiram<br />

por brânquias. A forma desses peixes<br />

tem relação direta com sua função no<br />

ambiente, para conseguir velocidade<br />

tendem a ser fusiforme, buscando a<br />

hidrodinâmica perfeita. Espécies que<br />

vivem em relação intima com o fundo<br />

do mar, vivem enterrados e são<br />

achatados. Já predadores possuem um<br />

corpo forte e maciço.<br />

Nos últimos 15 anos as<br />

formas de pescar e viver do homem da<br />

região de Paraty mudou drasticamente.<br />

Houve uma intensa valorização da<br />

cidade de Paraty, o que trouxe diversa<br />

industrias de pesca para área,<br />

consequentemente houve um êxodo dos<br />

pescadores locais. Esse processo<br />

aumentou o numero da pesca de porte<br />

industrial, que tem características<br />

altamente predatórias pois não<br />

respeitam as leis da natureza e<br />

comprometem a psicosidade da região.<br />

Dessa forma o equilibro entre o homem<br />

e o meio ambiente foi alterado, o que<br />

ameaça os pescadores artesanais<br />

sobreviventes e as diversas espécies de<br />

peixes do ecossistema.<br />

Um outro problemas<br />

que afeta o ecossistema marinho é o<br />

não cumprimento do defeso de diversas<br />

espécies. Essa medida consiste na<br />

proibição da pesca de alguns animais<br />

em certos períodos de tempo, a fim de<br />

estimular a reprodução dos mesmos,<br />

evitando, deste modo, a extinção.<br />

Todavia, grande parte a empreses de<br />

pesca locais não respeita tal medida e<br />

pratica a pesca ilegal. Esse não<br />

cumprimento do defeso pode estar<br />

interferindo no equilibro da cadeia<br />

alimentar marinha da área, que pode ao<br />

longo prazo pode causar danos<br />

irreversíveis a fauna e flora de Paraty.<br />

Afinal o ecossistema<br />

marinho de Paraty tem grande<br />

significado ecológico, econômico e<br />

social. Portanto o gerenciamento e<br />

conservação desses sistemas e de<br />

importância fundamental. Espécies de<br />

algas e animais devem ser preservadas<br />

para manter o equilibro da cadeia<br />

alimentar , pois sua desestruturação<br />

pode gerar uma reação prejudicial para<br />

todas as espécies existentes. Além disso<br />

a pesca industrial deve ser fiscalizada<br />

pois ela interfere na cultura, economia e<br />

costumes dos povo local que tem uma<br />

interação especifica com ambiente a<br />

séculos. Acima de tudo o ecossistema<br />

marinho de Paraty deve sem<br />

conservado por meio do cumprimento<br />

do defeso, regularização das indústrias<br />

de pesca.<br />

15


CORVINA<br />

• Nomes populares:<br />

Biophotos<br />

O peixe de água doce chamado Corvina é conhecido popularmente como<br />

Cruvina, Pescada-Branca e Pescada-do-Piauí.<br />

• Nome científico:<br />

Plagioscion squamosissimus.<br />

• Distribuição geográfica:<br />

Sua espécie é distribuída nos rios Parnaíba, Trombetas, Negro e Amazonas.<br />

Atualmente, vem sendo introduzida no Sudeste por empresas do setor<br />

hidrelétrico, nas Bacia do rio Paraná, do Prata e do São Francisco e nos açudes<br />

do Nordeste.<br />

• Habitat:<br />

O Corvina é um peixe que habita poços, remansos e reservatórios, vivendo em<br />

lugares fundos e de meia água<br />

• Características:<br />

O peixe Corvina é um peixe de escamas, com coloração prata azulada, boca<br />

oblíqua, com um grande número de dentes recurvados e pontiagudos. Possui<br />

dentes na faringe e a parte anterior dos arcos branquiais apresenta projeções<br />

afiadas com a margem interna denteada. Apresenta espinhos nas nadadeiras e<br />

duas nadadeiras dorsais. Não possui nadadeira adiposa. É capaz de produzir<br />

sons bem audíveis, por meio de músculos associados à bexiga aérea, que age<br />

como câmara de ressonância. Pode alcançar mais de 50 cm e atingir até os 4,5<br />

kg.


Fish Wallpapers<br />

TAINHA<br />

• Nomes populares:<br />

Tainha é a designação vulgar de vários peixes da família dos<br />

mugilídeos.<br />

• Nome científico:<br />

Mugil cephalus<br />

• Distribuição geográfica:<br />

Distribuem-se por todo o mundo, ocupando águas costeiras<br />

temperadas ou tropicais, existindo algumas espécies que vivem<br />

também em água doce.<br />

• Alimentação:<br />

Se trata de um peixe largamente utilizado na alimentação humana:<br />

por exemplo, desde<br />

• Características:<br />

Existem algumas discordâncias entre alguns sistemas de<br />

classificação., por conta da presença de espinhos nas barbatanas<br />

17


Photoshelter<br />

ROBALO<br />

• Nomes populares:<br />

Esse peixe tem os nomes diferentes ao longo da costa brasileira. Nas regiões<br />

Sul e Sudeste do Brasil, são chamados de robalo flexa ou robalão. Entre o norte<br />

do Rio de Janeiro e o sul da Bahia, tem o nome de furão, por furar as redes e<br />

tarrafas. Na Bahia, é conhecido como flexa ou rubalo. E, do norte da Bahia até o<br />

Oiapoque, é conhecido como camorim açu, camurim açu ou camury açu.<br />

• Nome científico:<br />

Centropomus undecimalis<br />

• Distribuição geográfica:<br />

São encontrados nos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico. Vivem em ambientes<br />

marinho, salobro e também em água doce.<br />

• Características:<br />

Possuem uma linha lateral ao longo do corpo que se estende até ao<br />

pedúnculo caudal; barbatana dorsal bipartida (exceto em uma espécie)<br />

com 7 ou 8 espinhas na primeira parte e uma espinha de 8 a 11 raios<br />

moles na segunda. Algumas espécies possuem três fileiras de barbatanas:<br />

barbatana anal com 3 espinhas e 6 a 9 raios moles; barbatana pélvica com<br />

uma espinha e cinco raios moles; e barbatana caudal arredondada,<br />

truncada ou bipartida. Têm ossos pré-orbital e pré-opercular armados<br />

com espinhas; e uma grande e afiada espinha próxima do opérculo.<br />

Normalmente possuem o focinho com perfil côncavo.


Squarespace<br />

CAÇÃO<br />

• Nomes populares:<br />

Cação-bruxa, uma espécie de tubarão marinho.<br />

• Nome científico:<br />

Notorynchus cepedianus.<br />

• Distribuição geográfica:<br />

Habita todos os oceanos com exceção do Mar Mediterrâneo<br />

especialmente na plataforma continental.<br />

• Alimentação:<br />

Tem uma alimentação generalista.<br />

• Reprodução:<br />

É uma espécie ovovivípara.<br />

• Características:<br />

Possui sete fendas brânquias, o seu corpo é fusiforme (pode atingir<br />

os 3 m de comprimento) e a cabeça é larga. Apresenta uma coloração<br />

cinzenta prateada a acastanhada dorsalmente e branca ventralmente.<br />

19


Wikimedia<br />

BAGRE VERMELHO<br />

• Nomes populares:<br />

Bagre vermelho<br />

• Nome científico:<br />

Ictalurus punctatus<br />

• Distribuição geográfica:<br />

São encontradas em quase todo o mundo, mas mais da metade das<br />

espécies conhecidas são nativas da América do Sul.<br />

• Alimentação:<br />

São, na sua maioria, predadores que se alimentam principalmente de<br />

outros peixes, artrópodes e vermes.<br />

• Características:<br />

O bagre têm capacidades de percepção gustativa reforçada, portanto,<br />

chamada de “língua de natação”, devido à presença de papilas<br />

gustativas em toda a superfície externa do corpo e no interior da<br />

cavidade orofaríngea.


OUTROS ANIMAIS<br />

Os<br />

equinodermos<br />

constituem um grupo de animais<br />

exclusivamente marinhos que<br />

inclui estrelas-do-mar, ouriços-domar,<br />

pepino-do-mar, entre outros.<br />

Esses animais possuem uma<br />

característica marcante, chamada<br />

de pés ambulacrais, este sistema<br />

auxilia na locomoção, excreção,<br />

circulação e respiração dos<br />

animais pertencentes ao filo. Os<br />

equinodermos tem uma<br />

importância ecológica bastante<br />

considerável, além disso, são uma<br />

atração turística em mergulhos,<br />

muito realizados em Paraty.<br />

A<br />

importância<br />

ecológica dos equinodermos em<br />

Paraty é bastante relevante, pois<br />

podem alterar a composição das<br />

espécies de qualquer nicho<br />

ecológico, mantendo o equilíbrio<br />

dos ecossistemas. Alguns<br />

equinodermos, como por<br />

exemplo, a estrela-do-mar tem<br />

importância também como<br />

predadora e esta no topo da<br />

cadeia alimentar. Se estes animais<br />

entrarem em extinção, há grandes<br />

riscos de provocar sérios danos<br />

em recifes de coral. O turismo<br />

também é uma atividade muito<br />

baseada nestes animais, pois<br />

provocam o interesse de muitos<br />

visitantes. Por sua beleza e por<br />

pertencerem a um ecossistema<br />

tão extraordinário e diversificado<br />

em espécies atraem a curiosidade<br />

de muitos, portanto é necessário<br />

que sejam preservados.<br />

A preservação de<br />

animais do filo equinodermata é<br />

essencial para que o ecossistema<br />

de Paraty continue diversificado e<br />

rico em beleza natural. O turismo<br />

é importantíssimo para que todos<br />

conheçam o aquário natural que<br />

Paraty representa, entretanto, é<br />

necessário tomar medidas para<br />

que ao visitar este ecossistema,<br />

não o comprometamos, pisando,<br />

por exemplo, em recifes de coral,<br />

que são o lar de muitos destes<br />

equinodermos. Sem a presença<br />

destes animais, o ecossistema<br />

marinho de Paraty não seria tão<br />

magnifico e diversificado.<br />

21


ESTRELA DO MAR<br />

Antonio Heide<br />

Maria Luiza Souza<br />

• Filo Echinodermata<br />

• Classe Asteroides<br />

• Possuem endoesqueleto calcário bastante superficial<br />

revestido por uma fina camada de epiderme<br />

• Tem um sistema digestivo com certo grau de complexidade,<br />

possuem boca, esôfago, estômago, intestino e ânus. Uma<br />

característica única desses animais é que elas evertem seu<br />

próprio sistema digestivo.<br />

• São animais carnívoros<br />

• Possuem uma capacidade de regeneração incrível<br />

• Possuem um sistema único que nenhum outro ser vivo<br />

do Reino Animal possui. O Sistema Ambulacral. Trata-se de<br />

um sistema hidrovascular que faz com que o animal se<br />

movimente.<br />

• Possuem também um sistema excretor e sua respiração<br />

ocorre por meio de brânquias.


OURIÇO DO MAR<br />

Antonio Heide<br />

• Filo Echinodermata<br />

• Classe Echinoidea<br />

• É protegido por espinhos longos e venenosos<br />

• Percorre regiões próximas ao litoral, nutre-se principalmente<br />

de algas e se enterra nos fundos arenosos para fugir de<br />

predadores.<br />

• Seu alimento básico são as algas, mas também se nutrem de<br />

materiais orgânicos, plantas e animais, vivos ou mortos.<br />

• Possuem lanterna-de-aristóteles, que compõe-se de cinco<br />

placas calcárias cujas bases se embutem no corpo e cujos<br />

ápices se projetam para a face ventral, onde as pontas dos<br />

dentes ficam em relevo.<br />

23


BENTOS<br />

Antonio Heide<br />

• Vivem apenas no fundo do mar, sendo fixos ou<br />

móveis.<br />

• A cadeia alimentar do ambiente bentônico é<br />

sustentada principalmente por macroalgas e<br />

microalgas marinhas, uma vez que, nesses<br />

ambientes, elas conseguem realizar a fotossíntese e<br />

produzir alimento.<br />

• Exemplo: Corais


Vera Sathie<br />

Vera Sathie<br />

ENTREVISTA<br />

• NB: Após a destruição de parte do mangue, o numero de<br />

espécies acabou diminuindo?<br />

• ENTREVISTADO: O mangue é um berçário natural e um<br />

ótimo lugar para as espécies marinhas procriarem,<br />

principalmente por possuir menos predadores, portanto<br />

pode se dizer que as espécies diminuíram sim.<br />

• NB: Nos últimos anos, houve um aumento ou diminuição<br />

da fauna na cidade de Paraty?<br />

• ENTREVISTADO: Estatisticamente não é estável. Há<br />

espécies que procriam mais ou menos dependendo do<br />

ano. Este ano, por exemplo, se observou a grande<br />

procriação de peixes como carapau e vermelhinho (curva<br />

muito aparente).<br />

José Luiz da Silva Silvio Gonçalves Stefano Martins<br />

(Pescador local) (Secretaria da Pesca e Estatística) 25


TURISMO ECOLÓGICO<br />

EM <strong>PARATY</strong><br />

Vera Sathie


27


Paraty é uma<br />

cidade rica em sua história e<br />

por isso atrai muitos turistas<br />

todos os anos, porém o alto<br />

de fluxo de visitantes pode<br />

ter consequências negativas<br />

no ecossistema de Paraty,<br />

como o mangue e a mata<br />

atlântica.<br />

De acordo com<br />

moradores da cidade,<br />

durante as temporadas de<br />

carnaval ou ano novo, os<br />

turistas que visitam Paraty<br />

poluem o mar e a cidade,<br />

tornando possível de<br />

observar centenas de<br />

garrafas, latas de alumínio e<br />

outros detritos por todos os<br />

lados. Um fator que agrava o<br />

problema é o sistema de<br />

limpeza da cidade que<br />

funciona de acordo com a<br />

maré, que quando sobe<br />

arrasta o lixo para o mar,<br />

fazendo com que muitos<br />

peixes e outros animais<br />

marinhos morram sufocados<br />

ao ingerir plásticos ou<br />

metais, e muitas vezes<br />

devido as correntes, esse<br />

lixo acaba indo parar no<br />

mangue, (mesmo nas partes<br />

preservadas) e fica<br />

depositado nessas áreas.<br />

Outro fator turístico<br />

que provoca consequências<br />

negativas no manguezal é o<br />

trânsito de barcos e jet-skis<br />

que invadem áreas proibidas<br />

com a finalidade de<br />

recreação. O ecossistema do<br />

manguezal é delicado e as<br />

ondas causadas por esses<br />

barcos a motor podem<br />

danificar da população que<br />

ficam presas a margem dos<br />

rios ou desbalancear a vida<br />

no costão, derrubando<br />

ostras e mariscos das<br />

rochas, e despejando óleo e<br />

gasolina que se misturam à<br />

água.<br />

Antonio Heide


A mata atlântica<br />

de Paraty também é afetada<br />

pelo turismo, mesmo que<br />

em menor escala, já que não<br />

há relação direta do turismo<br />

com o grande<br />

desmatamento desse bioma.<br />

Antonio Heide<br />

Trilhas e caminhos cercados<br />

por mata atlântica muitas<br />

vezes também não são<br />

respeitados. Turistas jogam<br />

lixo (agredindo o solo e<br />

tanto a fauna quanto a flora<br />

do sistema) ou modificam a<br />

vegetação ao levar alguma<br />

lembrança para a casa, gesto<br />

que parece inofensivo mas<br />

pode danificar ninhos ou<br />

colmeias em árvores e<br />

arbustos.<br />

Paraty investiu em leis de<br />

preservação desses<br />

ecossistemas, e lugares<br />

protegidos, que por si só se<br />

tornaram atrações turísticas,<br />

como o Parque Estadual da<br />

Serra do mar e diversas<br />

áreas no Saco do Mamanguá.<br />

Há uma crescente indústria<br />

que tenta reverter os danos<br />

causados pelo turismo<br />

desorientado, que se baseia<br />

no ecoturismo, e que<br />

promove visitas a lugares<br />

incríveis em Paraty com toda<br />

a fiscalização necessária<br />

para que não hajam<br />

complicações e graves<br />

consequências no meio<br />

ambiente. Paraty está se<br />

conscientizando que pode<br />

haver um equilíbrio entre<br />

sua principal fonte de renda,<br />

que é o turismo, e sua beleza<br />

natural.<br />

Por<br />

consequência, o governo de<br />

Antonio Heide<br />

29


asnoite.blogspot


USINA DE ANGRA<br />

DOS REIS<br />

31


Cursinhodapoli.org<br />

O centro nuclear<br />

Almirante Álvaro Alberto<br />

(CNAAA) já tem duas usinas<br />

em funcionamento, Angra 1,<br />

que funciona desde 1985, e<br />

Angra 2, que funciona desde<br />

2001; juntas as duas<br />

produzem o equivalente a<br />

um terço da energia elétrica<br />

do estado do Rio de Janeiro<br />

e são responsáveis por 3%<br />

da geração da energia<br />

nacional. Todavia, Angra 3<br />

está em construção desde<br />

1984, mas ficou 20 anos<br />

parada devido à falta de<br />

dinheiro e a suspenção do<br />

programa nuclear após o<br />

acidente de Chernobyl.<br />

Eletronuclear.gov<br />

As usinas são<br />

polêmicas devido ao fato de<br />

devolverem a água ao mar<br />

60°C mais quente, após usala<br />

para o resfriamento do<br />

vapor utilizado para<br />

movimentar o gerador<br />

elétrico.<br />

Essa elevação na<br />

temperatura da água afeta<br />

drasticamente o ecossistema<br />

marinho na região ao redor da<br />

usina, principalmente<br />

espécies fixas, incapazes de se<br />

locomover para ambientes<br />

mais adequados, feto que<br />

impede novas espécies de se<br />

desenvolverem.


FUNCIONAMENTO DE UMA USINA NUCLEAR<br />

Nêutron ataca o núcleo do átomo de urânio refinado<br />

Átomo de urânio<br />

Átomo de urânio se divide<br />

(fissões) em átomos mais leves,<br />

liberando calor e outros nêutrons<br />

Nêutrons liberados<br />

batem em outros<br />

núcleos, provocando<br />

reação em cadeia<br />

Nêutron<br />

Estrutura de Contensão<br />

Com refrigeração<br />

esquentada se divide<br />

em vapor e água<br />

Linha de Vapor<br />

Países com maior<br />

depósito de urânio<br />

Estações de<br />

energia nuclear em<br />

operação<br />

Vaso<br />

Reator<br />

Controle de Hastes<br />

Bomba<br />

Gerador<br />

Bomba<br />

Com a<br />

refrigeração da<br />

esfriada ela<br />

regressa<br />

novamente ao<br />

reator<br />

Condensador de<br />

refrigeração<br />

de água<br />

Mediante as principais bombas de<br />

circulação, a água é impulsionada através da<br />

zona ativa do reator, onde se esquenta á uma<br />

temperatura de 320°C graças ao calor<br />

expelido da reação nuclear<br />

Turbina de<br />

vapor funciona<br />

com baixa pressão<br />

de 6,4Mpa<br />

No<br />

condensador, o<br />

vapor se refrigera e<br />

converte em água<br />

para refrigeração<br />

Torre de resfriamento<br />

33


BIBLIOGRAFIA<br />

• http://www.eletronuclear.gov.br/AEmpresa/CentralNu<br />

clear.aspx<br />

• http://exame.abril.com.br/revistaexame/edicoes/1068/noticias/uma-obra-que-e-umabomba<br />

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Antonio Heide


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• http://www2.ib.unicamp.br/profs/eco_aplicada/revistas<br />

/be597_vol6_13.pdf<br />

• http://www.diariodovale.com.br/noticias/0,53181,Camp<br />

anha-de-protecao-a-mangues-e-lancada-em-Paraty.html<br />

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• http://ecologia.ib.usp.br/portal/index.php?option=com_<br />

content&view=article&id=70&Itemid=409<br />

35

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