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Remake nº01

Primeira edição Revista Remake, com a história de Donkey Kong e muito mais!!!

Primeira edição Revista Remake, com a história de Donkey Kong e muito mais!!!

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emake<br />

a revista da época que<br />

se comprava revista<br />

O MACACO<br />

QUE SALVOU<br />

A<br />

NINTENDO<br />

Como tudo começou D.K. vs King Kong Fotos da família Kong


Vamos Economizar?<br />

Lavar o carro usando uma mangueira pode gastar<br />

até 560 litros de água!!!


Eeditorial<br />

O primeiro<br />

editorial a<br />

gente nunca<br />

esquece<br />

<strong>Remake</strong><br />

Ideia Original<br />

Rafael Oppenheimer<br />

Equipe<br />

Editor<br />

Fernando Felix<br />

Olá pessoal sejam bem-vindos à primeira edição da<br />

<strong>Remake</strong>, a revista da época em que se comprava revista.<br />

Nosso objetivo é proporcionar a vocês amigos leitores<br />

uma nostalgia fazendo-os relembrar coisas que marcaram<br />

as suas vidas, tanto na televisão, música, esportes,<br />

videogames e muito mais.<br />

Neste primeiro número traremos a história do gorila mais<br />

amado dos games, Donkey Kong. Você descobrirá como<br />

aconteceu sua criação, além de várias curiosidades<br />

desses mais de 30 anos de D.K. e muito mais!!! Então<br />

sente-se, ligue o seu aparelho na tomada e divirta-se com<br />

a <strong>Remake</strong><br />

Ps: Gostaria de agradecer a professora Eliza Casadei<br />

que apresentou a arte de se fazer revista e ao professor<br />

Rafael Grohmann que sugeriu o nome da revista ainda na<br />

faculdade e também ao amigo Leandro Lopes que deu<br />

dicas preciosas em relação ao design da revista.<br />

Colaborador Especial<br />

Leandro Lopes<br />

Contato<br />

revistaremake@gmail.com<br />

facebook.com/revistarmk<br />

Obrigado<br />

Equipe <strong>Remake</strong><br />

Deadpool curtiu o nosso editorail


Índice<br />

07 Pensamento <strong>Remake</strong><br />

08 <strong>Remake</strong> Indica<br />

10 D.K. Como tudo Começou<br />

20 Álbum de fotos da família Kong<br />

22 Em um cinema bem longe de você<br />

23 De Volta para o passado<br />

24 Coisas que aprendi com Mamonas Assassinas


Quem é esse<br />

Confira a resposta no fim desta edição


Frase<br />

<strong>Remake</strong><br />

Eu prefiro morrer do quer perder a vida!!!<br />

O seriado Chaves<br />

possui várias frases<br />

que marcaram a<br />

nossa infância. Que<br />

tal começarmos<br />

com uma das mais<br />

engraçadas?<br />

Enquanto brincava<br />

com Quico, Chaves<br />

no alto da vila solta o<br />

seguinte bordão: “Eu<br />

prefiro morrer do que<br />

perder a vida”. Mas o<br />

que o Chavinho quis<br />

dizer com isso????<br />

Podemos conferir<br />

uma “explicação na<br />

imagem ao lado.<br />

Acesse a nossa<br />

página no Facebook<br />

para relembrar da<br />

cena completa.<br />

Uau!!! Agora tudo faz sentido<br />

Revista <strong>Remake</strong> - 7


8- Revista <strong>Remake</strong><br />

<strong>Remake</strong><br />

Top Gang<br />

Sinopse: Topper Harley (Charlie Sheen)<br />

está vivendo em um templo budista, seu<br />

incompetente ex-comandante (Lloyd<br />

Bridges) na Casa Branca e reféns americanos<br />

precisam ser resgatados no Oriente<br />

Médio! Topper é o único homem para o<br />

serviço, mas ele está obcecado demais<br />

por sua ex-namorada (Valeria Gollino)<br />

para aceitar a tarefa, até que uma bela<br />

agente da CIA o coloca de volta na sela.<br />

É uma missão hilariante que leva Topper<br />

e sua Top Gang por uma trilha repleta de<br />

ação, de sátiras dos clássicos do cinema<br />

e conta com a participação de rostos<br />

famosos em cenas divertidas. Não podemos<br />

esquecer da cena da galinha, ahhhh<br />

a cena da galinha...<br />

Direção: Jim Abrahams<br />

Elenco: Charlie Sheen, Lloyd Bridges, Valeria<br />

Golino, Brenda Bakke, Richard Crenna.<br />

Duração: 88 minutos


Indica<br />

2: A Missão<br />

Revista <strong>Remake</strong> - 9


10- Revista <strong>Remake</strong><br />

Como tudo<br />

D.K., o vilão que se<br />

tornou herói. A<br />

origem de seu<br />

nome é incerta, mas ao que<br />

tudo indica, fruto de um erro de<br />

tradução. Confira como este<br />

macaco se tornou um dos principais<br />

“massacotes” da Nintendo.<br />

No início dos anos 80, a Nintendo<br />

nem sonhava em se tornar uma<br />

das maiores empresas de jogos<br />

eletrônicos, o mundo caminhava<br />

ainda nos jogos de fliperama que<br />

até então era dominada pela<br />

Atari e o pior, a primeira tentativa<br />

da empresa japonesa em entrar<br />

no mundo dos jogos virtuais nos<br />

Estados Unidos foi um fracasso,<br />

o Radar Scope. O público norteamericano<br />

não se interessou por<br />

mais um jogo de tiro nos moldes de<br />

Space Invaders e Galaga (aquele<br />

game que o agente da S.H.I.E.L.D.<br />

está jogando em Os Vingadores),<br />

para não perder os dois mil<br />

gabinetes do Radar Scope que<br />

não foram vendidos a Nintendo<br />

teria que “reciclar” as máquinas, ou<br />

seja, criar um novo jogo em cima<br />

daquele sistema que eles tinham<br />

disponíveis.<br />

Então para criar um novo jogo que<br />

pudesse aproveitar essa estrutura,<br />

a Nintendo anunciou um concurso<br />

interno, eles receberam várias<br />

sugestões, e a melhor veio de uma<br />

fonte surpreendente, um artista<br />

com jeitão de menino, cabelo<br />

desgrenhado, formado em design<br />

industrial, mas sem experiência<br />

prévia com jogos. Quem era ele?<br />

Ninguém mais, ninguém menos que<br />

Shigeru Miyamoto, então com 29<br />

anos.<br />

Ao lado Miyamoto trabalhou<br />

Gunpei Yokoi, eles tinham o modelo<br />

do Radar Scope, seu novo jogo<br />

deveria atender as seguintes<br />

especificações: um monitor Sanyo<br />

instalado lateralmente exibindo<br />

gráficos rasteirizados (baseado


começou<br />

em pixel), um conversor DAC<br />

(digital-analógico), então podia<br />

transformar a sinalização eletrônica<br />

da placa do jogo em sons. Ele<br />

rodava o microprocessador de<br />

8 bits Zilog Z80 e um painel de<br />

controle com um joystick e um<br />

botão.<br />

O presidente da Nintendo Hiroshi<br />

Yamauchi queria que o novo<br />

jogo fosse baseado no desenho<br />

animado Popeye, já que um filme<br />

estrelado pelo saudoso Robin<br />

Williams no papel do marinheiro<br />

estava sendo produzido.<br />

Contudo, Yamauchi descobriu que<br />

levariam anos para a Nintendo<br />

adquirir os direitos de um produto<br />

global como o Popeye para o<br />

fliperama.<br />

Miyamoto, no entanto estava<br />

comprometido não tanto com a<br />

história do Popeye, mas com o seu<br />

objetivo, derrotar o vilão para salvar<br />

a garota. O enorme adversário<br />

peludo e a alta e magricela heroína<br />

que precisava ser resgatada, além<br />

do herói de meia-idade com um<br />

forte senso de justiça, mas que não<br />

era tão forte (isso considerando o<br />

Popeye antes do espinafre é claro).<br />

Esse modelo de narrativa fazia do<br />

herói um azarão, dando a ele um<br />

motivo nobre para lutar. Então<br />

nada de Popeye e nada de Brutus?<br />

Tudo bem Brutus seria outra pessoa.<br />

O Popeye com outro nome faria a<br />

mesma coisa. E Miyamoto gostava da<br />

ideia de batizar um videogame com<br />

o nome do vilão, como em Space<br />

Invaders. Seria mais fácil inventar um<br />

nome bom para um grande gorila<br />

no papel do vilão. Então nada de<br />

Popeye e nada de Brutus? Tudo bem<br />

Brutus seria outra pessoa. O Popeye<br />

com outro nome faria a mesma coisa.<br />

E Miyamoto gostava da ideia de<br />

batizar um videogame com o nome<br />

do vilão, como em Space Invaders.<br />

Seria mais fácil inventar um nome bom<br />

Revista <strong>Remake</strong> - 11


12- Revista <strong>Remake</strong><br />

para um grande gorila no papel<br />

do vilão. Então nada de Popeye e<br />

nada de Brutus? Tudo bem Brutus<br />

seria outra pessoa. O Popeye com<br />

outro nome faria a mesma coisa.<br />

E Miyamoto gostava da ideia de<br />

batizar um videogame com o<br />

nome do vilão, como em Space<br />

Invaders. Seria mais fácil inventar<br />

um nome bom para um grande<br />

gorila no papel do vilão. Então<br />

nada de Popeye e nada de Brutus?<br />

Tudo bem Brutus seria outra pessoa.<br />

O Popeye com outro nome faria a<br />

mesma coisa. E Miyamoto gostava<br />

da ideia de batizar um videogame<br />

com o nome do vilão, como em<br />

Space Invaders. Seria mais fácil<br />

inventar um nome bom para um<br />

grande gorila no papel do vilão.<br />

Um gorilão irritado... Que<br />

antagonista perfeito!!! Um gorila<br />

grandão, zangado e bobo não<br />

deixaria Olivia Palito, quer dizer a<br />

outra garota escapar. Miyamoto<br />

decidiu usar o nome do King<br />

Kong, sinônimo japonês para<br />

macaco. King Kong afinal havia<br />

escalado o Empire State e lutado<br />

contra Godzila, um toque cultural<br />

compartilhado para um jogo nipoamericano.<br />

A seguir Miyamoto arriscouse<br />

a fazer a tradução. Ele<br />

compreendia inglês muito bem,<br />

mas nunca conseguia pronunciá-lo<br />

corretamente. Ele queria a palavra<br />

inglesa para “teimoso”, já que um<br />

gorila teimoso estava no centro do<br />

jogo que criara. E que animal era<br />

mais teimoso do que um burro?<br />

Assim, um jogo com um macaco<br />

foi batizado com o nome de uma<br />

besta de carga. Miyamoto tinha um<br />

nome e um vilão em Donkey Kong.<br />

Donkey Kong?


A história seria sobre um homem<br />

corajoso enfrentando o grande<br />

macaco teimoso para salvar a<br />

garota. Reconhecendo que as<br />

ações e motivações eram mais<br />

importantes do que os nomes em si,<br />

a donzela em apuros seria apenas<br />

“Lady”, nem o herói tinha um nome<br />

de verdade, ele era “Jumpman”<br />

(que se tornaria o nosso querido<br />

Mario, mas isso é assunto para outra<br />

edição).<br />

O Donkey Kong (apelidado de<br />

D.K.) em si era grande, para<br />

realizar a ideia de Miyamoto de<br />

ter três personagens de tamanhos<br />

diferentes misturados. D.K.<br />

costumava ter seis vezes mais pixels<br />

do que Jumpman, condizendo<br />

com seu peso, castanho claro<br />

e escuro foram as cores mais<br />

usadas, mostrando músculos<br />

compactos, braços grandes e<br />

peludos, pernas terminando em<br />

amplos pés simiescos, orelhas que<br />

pareceriam comicamente grandes<br />

se não amparassem uma boca<br />

do tamanho de uma melancia<br />

madura.<br />

No jogo Donkey Kong ficaria no<br />

topo da tela e Jumpman tentaria<br />

subir, os jogadores estavam<br />

acostumados com inimigos<br />

na parte de cima. Que melhor<br />

ambientação do que uma<br />

construção? D.K. poderia atirar<br />

barris abaixo pela estrutura de aço<br />

e o Jumpman teria de pular para<br />

escapar deles. Ao invés de apenas<br />

uma tela introdutória conduzindo<br />

ao jogo, Miyamoto queria ver uma<br />

história animada depois que cada<br />

moeda fosse inserida. Donkey<br />

Kong, com Lady na mão subia até<br />

o topo da construção (ainda não<br />

inclinada), quando ele batesse<br />

o pé, a tela se transformaria<br />

criando seu agora familiar formato<br />

tracejado.<br />

Após o primeiro nível, ainda<br />

teríamos outra cutscene, na<br />

qual Jumpman e Lady ficariam<br />

brevemente juntos, antes que D.K.<br />

a agarrasse novamente e subisse<br />

mais alto nas vigas.<br />

No começo, não foi nada<br />

fácil vender Donkey Kong. Os<br />

fornecedores de fliperama e<br />

equipes de venda estavam tão<br />

confortáveis com os jogos de<br />

tiro, quanto os garotos em inserir<br />

moeda nas máquinas. Esse jogo<br />

era completamente diferente.<br />

Como se vende um título sobre um<br />

carpinteiro (isso mesmo) lutando<br />

contra um macaco que joga barris<br />

nele? Com um nome que não faz<br />

sentido em inglês?<br />

Enfim os primeiros kits de conversão<br />

foram aprontados. Minoru Arakawa,<br />

presidente da Nintendo of<br />

America registrou o nome Donkey<br />

Kong (fracassaram todas as suas<br />

tentativas de mudar o título. Com<br />

os dois mil gabinetes convertidos, a<br />

Nintendo então precisava de uma<br />

cobaia, eles colocaram os jogos<br />

do Donkey Kong em dois bares na<br />

área de Seattle.<br />

Revista <strong>Remake</strong> - 13


14- Revista <strong>Remake</strong><br />

Donkey Kong imediatamente<br />

começou a render mais de<br />

US$30,00 por dia em moedas, muito<br />

mais que Radar Scope. Dessa forma<br />

os gabinetes foram se expandindo<br />

e cada máquina rendia mais de<br />

US$200,00 por semana, são quase<br />

cinco quilos em moedas.<br />

A demanda parecia crescer<br />

exponencialmente, com todo<br />

fliperama precisando de um<br />

gabinete, depois dois e por fim três.<br />

Naquela época havia sessenta<br />

mil máquinas Donkey Kong sendo<br />

usadas simultaneamente pelo<br />

mundo. Havia uma probabilidade<br />

sessenta vezes maior de encontrar<br />

uma máquina Donkey Kong do que<br />

um cinema exibindo Indiana Jones<br />

e os Caçadores da Arca Perdida,<br />

o filme mais popular em 1981, na<br />

semana da estreia.<br />

A psicologia popular diria que,<br />

enquanto a maioria dos outros<br />

jogos oferecia uma forma de<br />

destruir e Pac-Man dava uma<br />

forma de fuga, Donkey Kong<br />

proporcionava um jeito de resgatar.<br />

Isso não afetava o mimetismo do<br />

jogo, mas certamente mudava a<br />

motivação dos jogadores, afinal,<br />

a vida de uma garota estava em<br />

risco ali.<br />

Um Novo Kong, Jr.<br />

da aventura.<br />

No entanto Miyamoto não se<br />

sentia assim... Ele queria girar o<br />

“triângulo amoroso” dando algum<br />

respeito ao grande macaco.<br />

Donkey Kong grande demais para<br />

as máquinas de 1982 não poderia<br />

ser um personagem jogável, então<br />

ficaria com o papel da donzela<br />

sequestrada, Donkey Kong Jr., um<br />

macaco menor e mais ágil, seria<br />

o herói. Ele também teria o jogo<br />

batizado com o seu nome.<br />

Isso abria espaço para mais um<br />

personagem e outro papel a<br />

preencher. Miyamoto sabia que<br />

subverter as convenções do<br />

público causaria um bom drama,<br />

fazendo com que de repente<br />

todos tivessem pena de um vilão<br />

e, também, vissem um inesperado<br />

traço ruim naquele que era visto<br />

como herói. Assim, Mario seria<br />

o vilão, o dono que trancava<br />

o bicho de estimação e não o<br />

deixava livre e tenta matar o filho<br />

que busca fugir da prisão. Era<br />

um próximo passo natural para os<br />

relacionamentos da história.<br />

Em Quito, Shigeru Miyamoto<br />

recebeu a incumbência de fazer<br />

uma continuação. Ele tinha feito<br />

grandes planos para o Donkey<br />

Kong original, mas teve de se virar<br />

com as sobras do Radar Scope.<br />

Agora, porém, ele tinha carta<br />

branca e uma equipe para fazer<br />

o trabalho pesado de design para<br />

ele, milhões de moedas validaram<br />

a visão inicial. Jogadores do mundo<br />

inteiro aguardavam a continuação


Neste novo jogo o<br />

botão exclusivo para<br />

pular continuava ali,<br />

mas Júnior, além de<br />

saltar, podia escalar<br />

correntes e cipós e,<br />

ao tocá-los, ele os<br />

derrubava sobre vários<br />

inimigos, isso substituiria<br />

o ataque com o<br />

martelo.<br />

D.K. Vs King Kong<br />

A Coleco (que havia comprado<br />

os direitos de Donkey Kong para<br />

o videogame) ainda estava<br />

preparando o seu ColecoVision,<br />

foi então procurada pela MCA<br />

Universal, que queria investir<br />

na empresa. Mas como diria o<br />

outro: “a vida é uma caixinha<br />

de surpresas” e assim que os<br />

presidentes das duas empresas<br />

estavam na mesma sala, o<br />

chefão da Universal deixou de<br />

lado o pretexto de investimento e<br />

ameaçou processar a Coleco se<br />

ela vendesse o ColecoVision com<br />

o Donkey Kong. Para a Universal, o<br />

Donkey Kong era uma infração ao<br />

personagem King Kong.<br />

Um telex deu as instruções à<br />

Coleco, destruir todos os produtos<br />

ligados ao Donkey Kong, parar<br />

com todas as campanhas de<br />

marketing e entregar à Universal<br />

todo o dinheiro ganho com o<br />

macaco e ela logo aceitou dar<br />

3% do lucro líquido, algo em torno<br />

de US$5 milhões, pois queria ter o<br />

seu caminho desimpedido para o<br />

lançamento do seu videogame.<br />

O mesmo telex foi enviado para<br />

a Nintendo of America, que não<br />

sabia que a sua parceira havia<br />

cedido às pressões da Universal.<br />

A resposta inicial da Nintendo<br />

era pagar o valor pedido para se<br />

livrar do problema o quanto antes.<br />

Foi então que Howard Lincoln,<br />

advogado da Nintendo of America<br />

pesquisou e viu que a Nintendo<br />

tinha argumentos fantásticos contra<br />

a Universal... Poderia provar que<br />

Donkey Kong e King Kong eram<br />

pessoas diferentes, quer dizer,<br />

animais diferentes.<br />

Uma reunião envolvendo as<br />

três partes foi realizada em Los<br />

Angeles, para tentar arrumar as<br />

coisas. Arakawa e Lincoln foram<br />

os enviados da Nintendo, ao lado<br />

de representantes da Universal<br />

e Coleco (que ainda não havia<br />

contado nada). Em bom português,<br />

ou japonês, ou inglês, como queira,<br />

a Nintendo disse que a Universal<br />

estava falando bobagem.<br />

D.K. na visão da Universal<br />

Havia vários outros produtos<br />

não licenciados do King Kong<br />

no mercado e a produtora não<br />

havia ido atrás de nenhum deles,<br />

a questão era o dinheiro da<br />

Nintendo. Timidamente a Coleco<br />

tentou fazer com que a Nintendo<br />

Revista <strong>Remake</strong> - 15


16- Revista <strong>Remake</strong><br />

aceitasse os termos, mas de nada<br />

adiantou.<br />

Não tinha jeito a questão iria para<br />

os tribunais, como se a ação já<br />

não fosse complicada o bastante,<br />

um novo interessado apareceu:<br />

Tiger Eletronics que comprara os<br />

direitos exclusivos sobre King Kong<br />

da Universal para um jogo portátil.<br />

E por incrível que pareça o jogo<br />

King Kong da Tiger era uma cópia<br />

descarada de Donkey Kong. Ao<br />

invés de barris tínhamos bombas, as<br />

plataformas tortas eram retas e a<br />

empresa também dera ao herói um<br />

chapéu de bombeiro.<br />

Então Howard Lincoln convocou<br />

um advogado bem sucedido em<br />

tribunais chamado John Kirby para<br />

preparar a defesa da companhia.<br />

O processo Universal City Studios<br />

Inc. versus Nintendo Co. Ltd. Durou<br />

sete dias. Kirby ouviu a equipe<br />

jurídica da Universal apresentar<br />

o caso- os dois tinham tramas<br />

similares, ambos tinham macacos<br />

chamados Kong, então a Nintendo<br />

havia plagiado. Kirby por sua<br />

vez, ressaltou todas as diferenças<br />

entre o jogo e o filme. Ele leu<br />

depoimentos de Shigeru Miyamoto<br />

explicando como o jogo foi criado.<br />

Eis que Kirby deu o bote. Em 1975,<br />

a Universal processou a RKO,<br />

produtora original de King Kong.<br />

Usando uma linha que venceu o<br />

caso provou que o macaco rei<br />

estava em domínio público, já que<br />

o filme era de 1933, a Universal<br />

não precisava pagar um centavo<br />

aos “proprietários” de King Kong<br />

porque qualquer um poderia<br />

fazer o que quisesse com ele...<br />

King Kong não podia ter donos.<br />

Com base nesse processo anterior<br />

ganho pela Universal, Kirby pediu a<br />

rejeição primária da ação, que foi<br />

concedida.<br />

O juiz Robert W. Sweet acabou<br />

com as pretensões da Universal<br />

destruindo ponto a ponto<br />

sua argumentação de forma<br />

completamente brutal. Em primeiro<br />

lugar, a Universal não era dona<br />

de King Kong. Em segundo lugar,<br />

mesmo que fosse Donkey Kong não<br />

era uma cópia de King Kong. Em<br />

terceiro lugar, ainda que fosse, isso<br />

seria considerado paródia, o que<br />

é legal. Ô loco bicho e não parou<br />

por aí. Todas as empresas às quais o<br />

estúdio enviara ordens de cessação<br />

tinham o direito de processar<br />

a Universal para recuperar o<br />

pagamento de “royalties” e mais,<br />

o juiz Sweet considerou que o<br />

jogo King Kong da Tiger, mesmo<br />

com suas mudanças superficiais,<br />

era uma imitação evidente de<br />

Donkey Kong, a Universal tinha que<br />

pagar a taxa de licenciamento à<br />

Nintendo pelo jogo da Tiger. E por<br />

seus excelentes serviços prestados<br />

o Sr. Kirby foi recompensado com a<br />

maior honra da Nintendo... A partir<br />

de 1992, a fabricante lançou uma<br />

série de jogos popular sobre uma<br />

bolinha rosa, seu nome? Kirby.<br />

D.K. nos pediu um tempo para fazer um lanche


D.K. e Mario em<br />

Caminhos Diferentes<br />

E a Verdadeira<br />

Identidade do Macaco<br />

Até que os grandes rivais Mario<br />

e D.K. se separariam. Miyamoto<br />

apresentou um novo protagonista<br />

humano em Donkey Kong 3, de<br />

1983, Stanley, o exterminador. No<br />

jogo D.K. se encontra no centro<br />

superior da tela e, mais uma vez<br />

faz o papel de vilão, pendurado<br />

entre dois cipós da selva. Quando<br />

ele esmurra uma colmeia, aparece<br />

uma variedade de insetos, prontos<br />

para atacar Stanley em diversos<br />

tipos de ataque. O exterminador<br />

precisa liquidá-los com o aerossol<br />

para insetos e, depois que eles<br />

acabarem, pegar um spray mais<br />

poderoso ainda e bombardear o<br />

próprio Donkey Kong, e o único<br />

alvo disponível para Stanley é o<br />

traseiro do gorila, proporcionando<br />

assim uma diversão ainda melhor.<br />

Atualmente Mario e D.K. só saem<br />

na porrada em Super Smash Bros.<br />

Mas e agora após mais de 30 anos<br />

de sua criação, qual o caminho<br />

trilhado pelo nosso querido D.K.?<br />

Ah ele estrelou vários games<br />

que ficaram para a história,<br />

conhecemos outros membros da<br />

família Kong, lutou em Smash Bros.,<br />

rasgou curvas em Mario Kart etc..<br />

Essas afirmações estão corretas...<br />

Em partes... O nosso gorilão que<br />

jogava barris em Jumpman na<br />

verdade é... Cranky Kong!!! Aquele<br />

vovô que te dava dicas na cabine<br />

em Donkey Kong Country.<br />

Afinal de contas quem é o D.K. que<br />

conhecemos hoje? O macaco da<br />

gravata para ser mais claro. Bom ai<br />

temos um certo impasse, algumas<br />

fontes dizem Donkey Kong Jr. é o<br />

nosso atual D.K.,<br />

Revista <strong>Remake</strong> - 17


18- Revista <strong>Remake</strong><br />

já há quem diga que Júnior teve<br />

um filho e esse “Jr. Jr.” é o D.K.<br />

Eu acredito que a teoria de<br />

que Junior é pai de D.K. seja a<br />

verdadeira, pois em Mario Tennis<br />

64, tanto D.K. Jr. quanto D.K. são<br />

personagens jogáveis, ou seja não<br />

poderiam ser o mesmo macaco.<br />

escrita “No Hopers”;<br />

+ Curiosidades<br />

• D.K. é figurinha carimbada nos<br />

jogos Mario Kart, mas no primeiro<br />

jogo da franquia no Super Nintendo<br />

quem deu as caras foi Donkey Kong<br />

Junior;<br />

• Donkey Kong Country foi o<br />

primeiro título do DK que não<br />

foi feito por Miyamoto, ele foi<br />

produzido pela Rare;<br />

• Em Donkey Kong Country 2:<br />

Diddy Kong’s Quest, na parte do<br />

museu dos Heróis do Videogame<br />

do Cranky, além Mario, Link e Yoshi,<br />

podemos ver também os sapatos<br />

do Sonic que estão ao lado de uma<br />

lata de lixo, com uma plaquinha<br />

• Em 2000 a TV Record chegou<br />

a exibir o desenho do Donkey<br />

Kong aos domingos. Os estúdios<br />

Medialab e Nelvana, produziram no<br />

total 26 episódios;<br />

• Em Donkey Kong 64, dentro da<br />

Frantic Factory você encontra o<br />

fliperama original do Donkey Kong<br />

e é possível jogá-lo;


• O macaquinho Diddy é sobrinho<br />

de D.K.;<br />

• Na animação Detona Ralph, um<br />

dos jogos que serviu de base foi o<br />

Donkey Kong clássico. Ralph seria o<br />

nosso D.K. enquanto o carpinteiro<br />

Conserta Felix Jr. foi inspirado em<br />

Jumpman;<br />

• Donkey Kong foi um dos “vilões”<br />

do filme Pixels que estreiou em julho<br />

de 2015.<br />

Legal o seu texto fera, toca aqui!!!<br />

Revista <strong>Remake</strong> - 19


20- Revista <strong>Remake</strong><br />

Álbum de foto<br />

D.K./Cranky<br />

Diddy,<br />

D.K. Jr.<br />

Candy<br />

Kiddy<br />

Diddy<br />

Swanky<br />

Funky


s da família Kong<br />

D.K. /Cranky<br />

D.K.<br />

D.K. e Dixie<br />

Tiny<br />

D.K. Jr.<br />

Lanky<br />

Wrinkly<br />

Chunky<br />

Revista <strong>Remake</strong> - 21


22- Revista <strong>Remake</strong><br />

E<br />

m<br />

u<br />

m<br />

c<br />

i<br />

n<br />

e<br />

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c<br />

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De Volta para o<br />

Passado<br />

Um pirulito que quando<br />

acabava, você ainda<br />

poderia brincar com ele?<br />

Esse era o charme do<br />

Pirocóptero, disponível em<br />

várias cores, era só encaixar<br />

a “hélice” no palito e girar<br />

usando as mãos.<br />

Algo simples, mas com<br />

diversão garantida,<br />

competindo com os amigos<br />

para ver que jogava mais<br />

longe etc. Só tinha que<br />

tomar cuidado para não<br />

acertar o olho de outra<br />

pessoa. E o jingle? Pirulito<br />

que voa voa / pirulito que<br />

vai voar / quem gosta de<br />

mim é ele / e quem gosta<br />

dele sou eu”<br />

Curiosidade: em 2011<br />

em jogo válido pela<br />

LIbertadores, o então<br />

técnico do Santos, Muricy<br />

Ramalho foi atingido,<br />

supostamente por um<br />

pirocóptero atirado das<br />

arquibancadas. Veja<br />

a imagem e tire suas<br />

conclusões.<br />

Revista <strong>Remake</strong> - 23


24- Revista <strong>Remake</strong><br />

Coisas que aprendi com<br />

1- Comer tatu dá dor nas<br />

costas;<br />

2- Maconheiro gosta de<br />

feijão;<br />

3- A soma dos quadrados<br />

dos catetos é igual à<br />

porra da hipotenusa;<br />

4- “Chopis Centis” é lugar<br />

para dar rolezinho;<br />

5- Se você for convidado<br />

para uma suruba, não vá!;<br />

6- O sabiá sabe assobiar;<br />

7- O pediatra cuida dos<br />

pés;<br />

8- O zoista cuida dos zóio;<br />

9- Tigres brigam por prato<br />

de trigo;<br />

10- Pau que nasce torto<br />

mija fora da bacia;<br />

11- É fácil confundir Dejair<br />

com João do Caminhão;<br />

12- Não é jegue... É<br />

jumento;<br />

13- Baiano fala oxente;<br />

14- Se você tirar, E, D e<br />

de vem em quando C,<br />

certamente irá repetir a 5º<br />

série;<br />

15- Agosto é mês de<br />

vacinção;<br />

16- O homem é corno e<br />

cruel;<br />

17- Não dê um Rebook<br />

e uma calça Fiorucci<br />

“praquela mina” que<br />

você está afim;<br />

18- Gay também é gente;<br />

19- Money que é good<br />

nóis num have


É o Agumon


Seja você o Super-Herói

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