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Meditações - PSB

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aseada na razão e na circunspecção! Assim, um espírito liberto de paixões éuma verdadeira cidadela; o homem não tem fortaleza mais segura onde procurarrefúgio e desafiar qualquer investida. Não entender isto é ignorância; masentendê-lo e continuar a não procurar refúgio é de facto um infortúnio.49. Nunca vás além do sentido das tuas impressões originais. Estas dizem-teque tal e tal pessoa está a falar mal de ti; foi essa a sua mensagem; elas nãoforam mais além, dizendo-te que isso te fez algum mal. Vejo que o meu filhoestá doente; os olhos dizem-me isso, mas não me dizem que ele corre perigo devida. Limita-te sempre às impressões originais; se não lhes acrescentares nadada tua lavra, estarás em segurança. Ou, quando muito, acrescenta-lhes apenaso reconhecimento da grande ordem mundial pela qual todas as coisas têm depassar.50. O pepino é amargo? Deita-o fora. Há roseiras bravas no teu caminho?Desvia-te. Isto chega. Não continues a dizer, «Por que é que se criaram coisasdestas?» O estudante da natureza vai rir-se de ti; como um carpinteiro ou umsapateiro se ririam se criticasses as aparas e os restos dos seus trabalhos queviste na oficina. Contudo, eles pelo menos têm onde pôr o lixo; enquanto que aNatureza não tem um lugar assim exterior. É este o milagre da obra: que apesardesta auto-limitação, ela contudo transmuta em si própria todas as coisas queparecem gastas ou velhas ou inúteis, e remolda-as em novas criações, para quenunca precise de provisões novas do exterior, ou de um lugar onde se desfazerdaquelas. O seu próprio espaço, os seus próprios materiais e a sua própriacapacidade são-lhe suficientes.51. Acção dilatória, conversação incoerente, impressões vagas; uma almademasiado constrangida interiormente; uma alma demasiado efusivaexteriormente; uma vida sem lazeres — evita estas coisas. O martírio, amutilação, a execração; como é que estes podem afectar a capacidade dohomem para continuar puro, são, moderado, justo? Um homem pode estar juntode uma límpida fonte de água doce e cumulá-la de palavras injuriosas; mas elacontinua a jorrar água fresca e sã; ele pode mesmo conspurcá-la comimundícies e porcarias, mas ela dissolve-as logo e lava-as rapidamente, ficandosem mácula. Como é que havemos de ser, nós próprios, senhores de uma talfonte perene? Salvaguardando o direito de sermos senhores de nós mesmos emtodas as horas do dia, em toda a caridade, simplicidade e modéstia.52. Sem uma compreensão da natureza do universo, um homem não podesaber onde está; sem um entendimento dos seus objectivos, ele não pode saberaquilo que é, nem aquilo que o próprio universo é. Se qualquer destasdescobertas lhe forem ocultadas, ele também não será capaz de apresentar umarazão para a sua própria existência. Então o que é que havemos de pensar dealguém que se preocupa em procurar o aplauso das multidões ululantes que nãosabem onde estão nem o que são?— 94 —

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