Meditações - PSB
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35. «Uva verde, cacho maduro, passa de uva; uma mudança a cada passo, nãopara aquilo que não é, mas para aquilo que ainda virá a ser». 9136. «O ladrão da tua livre vontade», escreve Epicteto, «não existe». 9237. Ele diz também que devemos desenvolver um sistema próprio para usar dosancionamento. Em relação aos impulsos, devemos ter o cuidado de os mantersempre sujeitos a alteração, livres dos interesses próprios, e devidamenteproporcionais aos méritos do caso. Os desejos devem também ser reprimidos aomáximo, e as aversões limitadas aos assuntos que controlamos.38. «Não há aqui uma questão de trivialidade», diz ele, «mas uma simplesquestão de sanidade ou insanidade».39. «O que é que desejais ter?» perguntava Sócrates. «Almas de homensrazoáveis ou imoderados?» «Razoáveis.» «De homens razoáveis sãos oudoentes?» «Sãos.» «Então por que não ides procurá-las?» «Porque já astemos.» «Nesse caso, porquê todo esse esforço e toda essa luta?»— 124 —
LIVRO 121. Todas as bênçãos que, daqui para a frente, procurares obter com as tuaspreces podiam ser tuas hoje, se não as negasses a ti mesmo. Bastar-te-á acabarcompletamente com o passado, entregar o futuro à providência e procurarsimplesmente orientar o presente no sentido da santidade e da justiça:santidade, com uma afectuosa aceitação do quinhão que te foi atribuído, umavez que a Natureza o produziu para ti, e a ti para ele: justiça, nas palavras, comuma verdade franca e directa, e nos actos, com o respeito pela lei e pelosdireitos dos outros. Também não te permitas criar qualquer obstáculo à maldade,aos equívocos ou às calúnias dos outros, nem às sensações que esta estruturade carne possa experimentar; a parte atormentada olhará por si própria. A tuahora aproxima-se; basta esqueceres tudo o resto e dares atenção apenas aotimoneiro da tua alma e à divina centelha dentro de ti — basta substituíres omedo de um dia teres de morrer por um medo de até a começares emconsonância com os verdadeiros princípios da natureza — para poderes aindatornar-te um homem, digno do universo que te criou, em vez de um estranho nasua própria terra, confundido com os acontecimentos de cada dia, como se setratasse de maravilhas não procuradas, e sempre dependente deste ou doseguinte.2. Deus vê o interior do espírito dos homens despido de todos os invólucros,cascas ou impurezas materiais. Agindo apenas através do pensamento, eleestabelece contacto com aquilo que neles é uma emanação de si próprio.Industria-te para fazer o mesmo e assim evitarás muitas distracções; porquequem é que, olhando mais para além deste invólucro de carne, alguma vez serámolestado por visões de roupas, casa ou fama ou qualquer dos outros hábitos ecenários da vida?3. Tu és formado de três partes: corpo, respiração e espírito. Os dois primeirosapenas te pertencem no sentido em que tu és responsável por cuidares deles;só o último é verdadeiramente teu. Portanto, se afastares deste teu eu real —isto é, do teu entendimento — tudo o que os outros fazem ou dizem e tudo o quetu próprio fizeste ou disseste no passado, bem como toda a ansiedade sobre ofuturo, e tudo o que afecta o corpo ou a respiração, sua parceira, e que está forado teu controle, bem como tudo o que rodopia à tua volta no turbilhão dascircunstâncias exteriores, para que os poderes do teu espírito, assim imaculadoe afastado de tudo o que o destino pode fazer, possa viver a sua vida emindependência, fazendo o que é justo, aceitando o que acontece, e falando averdade — se, repito, afastares desta tua faculdade-mestra todos estesacessórios pegajosos e tudo aquilo que reside nos anos vindouros ou passados,ensinando-te a ti mesmo a tornares-te naquilo que Empedocles chama uma«esfera totalmente redonda, na sua própria esfericidade se alegrando» e apreocupares-te apenas com a vida que vives no momento presente, então, até— 125 —
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35. «Uva verde, cacho maduro, passa de uva; uma mudança a cada passo, nãopara aquilo que não é, mas para aquilo que ainda virá a ser». 9136. «O ladrão da tua livre vontade», escreve Epicteto, «não existe». 9237. Ele diz também que devemos desenvolver um sistema próprio para usar dosancionamento. Em relação aos impulsos, devemos ter o cuidado de os mantersempre sujeitos a alteração, livres dos interesses próprios, e devidamenteproporcionais aos méritos do caso. Os desejos devem também ser reprimidos aomáximo, e as aversões limitadas aos assuntos que controlamos.38. «Não há aqui uma questão de trivialidade», diz ele, «mas uma simplesquestão de sanidade ou insanidade».39. «O que é que desejais ter?» perguntava Sócrates. «Almas de homensrazoáveis ou imoderados?» «Razoáveis.» «De homens razoáveis sãos oudoentes?» «Sãos.» «Então por que não ides procurá-las?» «Porque já astemos.» «Nesse caso, porquê todo esse esforço e toda essa luta?»— 124 —