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O olhar inocente é cego. A construção da cultura visual ... - capes

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ResumoKosminksky, Doris; Cipiniuk, Alberto; Villas Boas, Glaucia. O <strong>olhar</strong><strong>inocente</strong> <strong>é</strong> <strong>cego</strong>. A <strong>construção</strong> <strong>da</strong> <strong>cultura</strong> <strong>visual</strong> moderna. Rio de Janeiro,2008. 306p. Tese de Doutorado - Departamento de Artes, PontifíciaUniversi<strong>da</strong>de Católica do Rio de Janeiro.O momento atual traz em seu bojo uma enorme carga de excessostecnológicos e estímulos sensoriais em uma <strong>construção</strong> simbiônica, algumas vezespercebi<strong>da</strong> como ápice do projeto moderno, outras, compreendi<strong>da</strong> como uma etapaposterior a este empreendimento - o pós-moderno. As novas tecnologias e suasmediações são segui<strong>da</strong>mente aponta<strong>da</strong>s como agentes decisivos nastransformações do modo de <strong>olhar</strong>. Consideramos que apesar <strong>da</strong>s tecnologiasatuarem como agente catalisador de determina<strong>da</strong>s conseqüências, elas não chegama caracterizar condição suficiente de possibili<strong>da</strong>de para que estas transformaçõespossam se realizar em qualquer socie<strong>da</strong>de ou período. A nossa pesquisa sugereque o <strong>olhar</strong> moderno foi construído sobre um trip<strong>é</strong> formado pelas tecnologiasmodeladoras <strong>da</strong>s relações tempo-espaço, pelas convenções que contribuíram paraa sua compreensão e naturalização e por uma pe<strong>da</strong>gogia que inculcou a aberturapara o novo, de modo a garantir a perpetuação do modo de <strong>olhar</strong> resultante. Estetrabalho volta-se para o passado, buscando localizar continui<strong>da</strong>des e contradições<strong>da</strong> <strong>cultura</strong> <strong>visual</strong> contemporânea, considerando uma <strong>construção</strong> em cama<strong>da</strong>s, isto<strong>é</strong>, os modos de <strong>olhar</strong> anteriores não são simplesmente superados, mas absorvidosnos modos subseqüentes. Neste contexto, examinamos dois momentos ou modosde <strong>olhar</strong>. O <strong>olhar</strong> ciclópico ou clássico, constituído ao longo <strong>da</strong> Renascença,fun<strong>da</strong>mentado com a convenção <strong>da</strong> perspectiva e divulgado pela invenção <strong>da</strong>gravura e, o segundo modo, o <strong>olhar</strong> panorâmico, construído a partir <strong>da</strong> segun<strong>da</strong>metade do s<strong>é</strong>culo XIX, arquitetado sobre as transformações urbanas, a profusão deobjetos e imagens e a compressão tempo-espaço produzi<strong>da</strong> pelas novastecnologias de transporte e comunicação. Este novo <strong>olhar</strong>, ao mesmo tempo emque criou novas possibili<strong>da</strong>des perceptivas, tamb<strong>é</strong>m necessitou de processos defixação e padronização, o que foi realizado atrav<strong>é</strong>s do desenvolvimento de uma

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