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O OLHAR INOCENTE É CEGO 274Figura 207. Day Dreamer. Poltrona em papiermâché.Design H. Fitz Cook. Manufatura Jenningsand Bettridge, Belgrave Square and Birmingham.The Crystal Palace Exhibition IllustratedCatalogue, London 1851. Fac-símile,reimpressão. New York: Dover Publications, 1970.p. xi.Figura 208. Detalhe de cadeira em papiermâchécom pintura japonesa feita sobremadeira. Manufatura Jennens & Bettridge,Birmingham, Inglaterra. Ca. 1850.Victoria and Albert Museum, London.Disponível em: (12/04/08).Figura 209. Pote para chá. Tea Caddy. Papiermâché.Manufatura Jennens & Bettridge,Birmingham, Inglaterra. 1851. Victoria andAlbert Museum, London. Disponível em: (12/04/08).Figura 210. Caixa para trabalhos manuais.Papier-mâché. Manufatura Jennens & Bettridge,Birmingham, Inglaterra. Ca. 1850. Victoria andAlbert Museum, London. Disponível em: (12/04/08).

O OLHAR INOCENTE É CEGO 275Figura 211. Vista da nave oeste, interior do Palácio de Cristal, 1851.Aquarela e guache sobre papel de Henry Clarke Pidgeon (1807-80).Victoria and Albert Museum, London. Disponível em: (12/04/08).A possibilidade de se obter de forma barata uma duplicata exata de umobjeto esmeradamente trabalhado em madeira assume ares de falsificação nopensamento de John Ruskin. Para Ruskin é fundamental que qualquer trabalhosaiba extrair as peculiaridades do material escolhido. Em um texto de 1859,Ruskin sugere que “quando não se desejam as qualidades da substânciaempregada, deveria se empregar uma outra. [...] Se você não quer massa e solidez,não utilize o mármore. Se você quer leveza, escolha a madeira. Se quiserliberdade, use o gesso. Se quiser ductilidade, escolha o vidro. Não tente esculpirpenas, árvores, redes ou espuma em mármore. Antes, use-a para esculpir membrosbrancos e peitos largos”. 586 Mas, os tempos de meados do século sugeriam outroscaminhos e Ruskin reconhece que estes princípios, por ele apresentados, sãodiretamente contrariados por “nós modernos”. 587 De fato, o que parecia estaracontecendo é que, com o surgimento de novos materiais e suas combinações,novos conceitos de utilização de materiais iriam se impor sem limitações para ainventividade.A questão da simulação de um material por outro aparece em um texto deBenjamin como uma característica dos primórdios da técnica:586 RUSKIN, John. A economia política da arte. Rio de Janeiro: Editora Record, 2004. p. 126-127.587 Id.

O OLHAR INOCENTE É CEGO 274Figura 207. Day Dreamer. Poltrona em papiermâch<strong>é</strong>.Design H. Fitz Cook. Manufatura Jenningsand Bettridge, Belgrave Square and Birmingham.The Crystal Palace Exhibition IllustratedCatalogue, London 1851. Fac-símile,reimpressão. New York: Dover Publications, 1970.p. xi.Figura 208. Detalhe de cadeira em papiermâch<strong>é</strong>com pintura japonesa feita sobremadeira. Manufatura Jennens & Bettridge,Birmingham, Inglaterra. Ca. 1850.Victoria and Albert Museum, London.Disponível em: (12/04/08).Figura 209. Pote para chá. Tea Caddy. Papiermâch<strong>é</strong>.Manufatura Jennens & Bettridge,Birmingham, Inglaterra. 1851. Victoria andAlbert Museum, London. Disponível em: (12/04/08).Figura 210. Caixa para trabalhos manuais.Papier-mâch<strong>é</strong>. Manufatura Jennens & Bettridge,Birmingham, Inglaterra. Ca. 1850. Victoria andAlbert Museum, London. Disponível em: (12/04/08).

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