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Informação na Gestão Pública da saúde sob uma ótica ... - capes

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90diversificação <strong>da</strong> economia no Estado e, fi<strong>na</strong>lmente, a estratégia <strong>da</strong> especialização industrialcalca<strong>da</strong> nos recurso <strong>na</strong>turais <strong>da</strong> região.Ao longo do século XX alter<strong>na</strong>ram-se períodos de predominância do café, depois <strong>da</strong>pecuária e laticínios e, mais recentemente, mineração e siderurgia alia<strong>da</strong> ao florescimento degrandes ci<strong>da</strong>des com setores de serviços bem desenvolvidos, incluindo o setor bancário commuitos representantes entre os maiores do país.Dulci (1999) investiga as bases em que as políticas de desenvolvimento se assentaram,a<strong>na</strong>lisando as elites tradicio<strong>na</strong>is e suas articulações: elite política, elite agrária, eliteempresarial urba<strong>na</strong> e elite técnica, nos setores público e privado, e <strong>na</strong>s suas versõestradicio<strong>na</strong>l e moder<strong>na</strong>. O Estado enquanto representação de interesses, no século XX, temorigens bem demarca<strong>da</strong>s <strong>na</strong>s relações de compromisso entre o poder privado local que seenfraquecia e o poder público em expansão, pela cooptação <strong>da</strong>s oligarquias pelo Estadoatravés de laços clientelísticos – o “coronelismo” seria <strong>uma</strong> vertente clara dessa tendência,presente até hoje em muitas regiões do Estado. Ao lado dessa tendência, Dulci (1999)mencio<strong>na</strong> no sistema político mineiro características essencialmente burocráticas identifica<strong>da</strong>scom o modelo weberiano de patrimonialismo – o que distinguiria o desenvolvimento mineirodo paulista, onde a hegemonia <strong>da</strong> burguesia cafeeira ficou patente – diferenciação queimplicava em interesses distintos – o que faz alguns autores negarem a existência de <strong>uma</strong>conjugação de interesses paulistas e mineiros <strong>na</strong> “política do café com leite”(SCHWARTZMAN, 1975). O Estado mineiro teria sido ocupado não por representantes <strong>da</strong>burguesia, mas por profissio<strong>na</strong>is liberais, <strong>sob</strong>retudo advogados, e funcionários públicos “decarreira”. A característica básica do sistema político tradicio<strong>na</strong>l seria, segundo Dulci (1999), aconvivência de um padrão conflitivo e um padrão de compromisso: <strong>na</strong> base (esfera local) <strong>uma</strong>lto grau de conflito entre facções políticas mobiliza<strong>da</strong>s por laços familiares e clientelísticosque, em contextos mais urbanos, transforma o “coronelismo” rural em “cartorialismo”. Nonível estadual a marca é o compromisso e a conciliação de interesses <strong>na</strong>s composiçõespolíticas. Horta (1956) classificou em cerca de 30 famílias, a que pertenciam 33 dos 55Presidentes de província e 80% dos Gover<strong>na</strong>dores republicanos até a <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> pesquisa –representando sempre partidos políticos que afirmavam-se “de centro”.As “novas elites”, surgi<strong>da</strong>s a partir do golpe de déca<strong>da</strong> de 50 e fortaleci<strong>da</strong>s pelo golpede 1964 alteram esse quadro por <strong>uma</strong> maior participação do empresariado, mas a importânciado estamento burocrático subsiste (FAORO, 1958). A interpretação de Dreyfuss (1981) eStarling (1986) volta-se para a superação desse dualismo, pela análise do manejo <strong>da</strong>s forçaspolíticas pelo empresariado – o que tentaria conjugar a centrali<strong>da</strong>de dos “políticos

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