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Informação na Gestão Pública da saúde sob uma ótica ... - capes

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66oposição são evidenciados por <strong>uma</strong> pesquisa feita <strong>na</strong> Biblioteca do Congresso pelo autor, querevela um crescimento abrupto do interesse pelo tema após a Segun<strong>da</strong> Guerra Mundial e a“guerra fria”, especialmente após a revolução cuba<strong>na</strong>.Essa visão do atraso ibérico é contesta<strong>da</strong> por Paula (2000), ao afirmar que amoderni<strong>da</strong>de ocidental é, em grande parte, <strong>uma</strong> invenção ibérica. Em Portugal constituiu-se oprimeiro Estado-<strong>na</strong>ção moderno, a primeira revolução burguesa, as grandes <strong>na</strong>vegações, asconquistas <strong>da</strong> África, Ásia e América, o romance de cavalaria, o direito inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l etc. -que fazem dos séculos XV e XVI “séculos ibéricos”. Mas o mesmo autor assi<strong>na</strong>la que, ain<strong>da</strong>no século XVI, o Dom Quixote de Cervantes ilustra a glória perdi<strong>da</strong>.Esse olhar do atraso <strong>sob</strong>re o país, no entanto, não foi i<strong>na</strong>ugurado pelos EstadosUnidos. Os viajantes estrangeiros desde o Brasil colônia freqüentemente apontavam asdiferenças baseando-se em características culturais – ain<strong>da</strong> que, como exploradores de umpaís em formação, evidenciassem a “pouca i<strong>da</strong>de” <strong>da</strong> <strong>na</strong>ção e <strong>da</strong> cultura – ain<strong>da</strong> <strong>uma</strong> colôniaportuguesa. O livro <strong>da</strong> atriz francesa Toussaint-Samson (2003), publicado origi<strong>na</strong>lmente (etardiamente) em 1883 é um registro diferenciado, e o fato de ter sido feito por <strong>uma</strong> mulher,assim como os <strong>da</strong> inglesa Maria Graham (em 1823) e <strong>da</strong> alemã I<strong>na</strong> von Binzer (em 1880) jádemarca <strong>uma</strong> origi<strong>na</strong>li<strong>da</strong>de. Mas, como a maior parte dos viajantes europeus, revela um mistode admiração e crítica, a primeira pelas características pessoais e afetivas <strong>da</strong> população, asegun<strong>da</strong>, pela pouca discipli<strong>na</strong> e a falta de organização social.Essa segun<strong>da</strong> característica, que reflete-se no aparato <strong>da</strong>s leis e <strong>da</strong> Administraçãopública foi estu<strong>da</strong>do por Oliveira Via<strong>na</strong> (1987), ao a<strong>na</strong>lisar as instituições políticas brasileiras.Este autor escreveu, buscando os fun<strong>da</strong>mentos sociais do Estado, acerca dos “pressupostosculturológicos” dos regimes democráticos europeus; sua conclusão é que a constituição doEstado-Nação foi <strong>uma</strong> tarefa imposta após a revolução francesa aos povos europeus “e depoispor irradiação imitativa”, aos demais povos civilizados do mundo. Segundo este autor é nodetalhe “aparentemente insignificativo” <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de cultural do pensar coletivista que está oíndice indicativo do grau de excelência ou de corrupção deste sistema político.Quando praticado pelos anglo-saxões, que são povos dotados desta consciência<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l este regime revela-se admirável. Quando, porém, organizado ou executadopor outros povos que os imitam mas são carentes destes atributos de consciênciapolítica (tais como gregos, eslavos, balcânicos e celtas), já este regime entra arevelar as suas falhas e perigos. (VIANNA, 1987, p.141).Estes povos “nunca se elevaram acima <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de de clã, <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de de aldeiaou <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de de ci<strong>da</strong>de (polis)”. “Não há, pois, clima ou ambiente próprio para <strong>uma</strong>

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